Toda sexta-feira saem inúmeros lançamentos e muito material acaba ficando de fora das nossas postagens por uma série de motivos. Mas a procura por Hits Perdidos não acaba apenas no envio de releases para imprensa; e pensando nisso resolvemos criar a coluna Release Radar.
Sim, homônima a playlist semanal do Spotify, para colocar vocês à par dos principais lançamentos sem a necessidade de que os artistas, selos ou suas respectivas assessorias de imprensa tenham enviado o material.
Feito um “encontro as escuras” resenharemos, singles, EP’s, discos, mixtapes e o que acharmos interessante que saiu após às 00h da sexta-feira nas principais plataformas digitais. Será nossa coluna de “pitacos” semanais da música pop.
Décimo segundo Post do Release Radar, comentem se gostaram e se deve continuar!
Os Autoramas aproveitaram esse ano todo estranho – e fora de órbita – para resgatar canções, versões e até mesmo apresentar algumas inéditas. Algumas chegaram até mesmo ganhar videoclipe como é o caso da repaginada “Carinha Triste” em um remix do Edu K que anteriormente só estava disponível no saudoso Trama Virtual (lembra dele?).
Entre as surpresas temos: “Comida” (clássico dos Titãs), “Blue Suede Shoes” (versão ao vivo para o clássico do Carl Perkins), o B-Side “Meu Broto Aprendeu Karatê” que ganhou um clipe em animação divertidíssimo, entre faixas acústicas e em parceria com outros artistas. Um “pequeno box” para fãs em 10 faixas, nada pode parar os Autoramas!
Que saudade do In Venus! O último álbum Ruína completou esse ano 3 anos de seu lançamento e agora a banda de post-punk paulistana abre terreno para Sintoma. “Ansiedade” em sua introdução já deixa logo o recado: “Felicidade instantânea trazida por abismos absolutos, uma ideia de falso controle e uma gigante vontade de mostrar ao mundo o que não se é”.
O mundo moderno e o modus operandi da sociedade desenfreado, e muitas vezes entorpecido, sendo criticados no melhor estilo Gang Of Four que também transparece em sua linha de baixo pulsante. Os conflitos, confusão, opressão e o amolar das facas também aparecem ao longo da produção audiovisual que acompanha o single.
Produzida pelo Porto Dragão Sessions, uma iniciativa do Hub Cultural do Ceará realizada pelo Porto Dragão, através da Secretaria da Cultura do Ceará, a coletânea “Desaterro” traz um panorama da cena contemporânea musical cearense em 14 faixas.
A tracklist reúne algumas faixas até então inéditas:
“Minha Praia” Lorena Nunes
“Balneabilidade Livre” Ilya
“A faca/dois gumes” – Soledad
“No fim daquela estrada” – Casa de Velho
“Próxima Estrofe” – Procurando Kalu
“Sangria” – Jonnata Doll
“Minuta” – Astronauta Marinho
“Mal Agradecido” – maquinas
“Bote fé na vida” – Erivan
“Herói” – LPO
“Antes do disparo” – Oto Gris
“Cavalo Dado” – Projeto Rivera
“Jardim Suspenso” – Daniel Groove
“Escolher pra quê” – Danchá
A escuridão e os universos dentro da nossa “caixa preta” reverberam na intensa “Minha Cabeça”, novo single + clipe da cantora, tecladista, compositora e produtora musical, Luna França. A canção dialoga sobre estar preso dentro dos próprios pensamentos feito um labirinto que causa a sensação de claustrofobia e ansiedade – tão presentes em nossos dias.
A faixa ganha ainda mais importância para a artista por se tratar de uma das suas primeiras composições.
“Era uma época cheia de dúvidas, inseguranças e medo do novo. Sentia a necessidade de me libertar e me expressar de alguma forma, mas não sabia como. Em um momento de ansiedade e angústia, no meu quarto, escrevi essa letra de uma só vez. Fui entendê-la mais profundamente anos depois”, conta Luna
A faixa ganhou um clipe produzido pela Salga Filmes (BIKE, Neptunea) e Panamá Filmes (Tulipa Ruiz, O Terno, Luiza Lian) com inspirações no cinema americano das décadas e 40 e 50. Com roteiro e direção assinados pela própria artista em parceria com Matias Borgström e Thany Sanches.
Drik Barbosa em parceria com o rapper Rashid apresentou no dia 12/11 o single + clipe para “Sobre Nós”, um lançamento Lab Fantasma. Ancestralidade, resistência e preservação da identidade reverberam no projeto que olha para o amanhã. A faixa integra um projeto maior que envolve mais três singles até mesmo uma audionovela, NÓS.
“A sensação é a de que estamos na mesma luta dos nossos antepassados. Muitos deles morreram desumanizados. É na força deles, que foram arrancados da África, escravizados e não pararam de cantar sequer um minuto, que eu busco energia para esse novo projeto”, conta Drik Barbosa.
“Com ele, quero interligar os nossos nós e extrair da dor o antídoto que injeta força na nossa resistência. A ideia é fazer isso através do afeto, do diálogo e do autocuidado”, explica.
“Eu quis escrever algo que fizesse com que o(a) ouvinte olhasse pra dentro de si e ali buscasse alguma saída, cura ou até mesmo a força para encontrar ajuda de fora. É como uma meditação, um mantra. Eu sou uma força da própria consciência da pessoa falando com ela”, comenta o rapper paulistano.
Ainda durante sua turnê por Portugal Chico Bernardes escreveu “Em Meu Lugar”, uma canção sobre a contemplação da solitude. Durante o período de isolamento o músico mostrou sua composição para Arthur Decloedt (baixista e arranjador) que incrementou arranjos ao lado de um time de primeira linha transformando o andamento música, uma novidade para Chico dentro da sua carreira solo a experiência colaborativa.
Arthur convidou a clarinetista Maria Beraldo (Quartabê), o violinista Felipe Pacheco Ventura (Baleia), o cellista Rafael Cesário (quarteto de cordas da cidade de São Paulo) e o trompetista Amilcar Rodrigues (Mauricio Pereira).
As referências segundo o músico vão dos anos 60/70 mas também colidem com artistas contemporâneos como Dirty Projectors e The Staves. A faixa lançada neste semana já mostra um amadurecimento nesse sentido, tanto na temática como nos resultado final dos arranjos em relação ao material de estreia. Ganha corpo com elegância e profundidade. Queremos ver mais!
Acidental, projeto de Alexandre M., experimenta revisitando uma canção da sua antiga banda de Ska, Parachamas. O resultado é dark, e bastante diferente da original, o que mostra mais uma vez como experimentar novos gêneros faz com que possamos sentir ainda mais intensamente os versos de algumas canções.
“Me influenciei na fase mais obscura do Depeche Mode, álbum Black Celebration pra chegar na sonoridade de “Porto”. A música praticamente não tem guitarra, toda a base é feita por programação, samples e sintetizador, que inclusive traz frequências com ruído para a faixa. As vozes abrem bastante harmonias e são carregadas de reverb, pra deixar a música ainda mais intensa”, revela Alexandre.
A canção ao mesmo tempo que serve para aquecer para o disco de estreia da banda, que será lançado no ano que vem, não integrará o projeto.
“Ela tem a cara do Acidental, mas não tem a cara do disco”, conta o músico com ar de mistério
O músico pernambucano radicado no Rio de Janeiro Yves Agua apresenta o single “Milonga de Severina” passeando pelo ritmo que dita seu título mas misturando com a quentura do nosso Brasil. A faixa integrará um trabalho maior que será lançado no ano que vem, um homem um vegetal.
Segundo o músico que compôs a música ao lado do violeiro e historiador pernambucano Vinicius Barros: “Milonga de Severina” é um diálogo de solfejos agudos, barítonos e graves que juntos intercedem pela ruptura da vida hostil das Severinas. Repare que muitas coisas estão nas entre linhas da poesia.”
O músico gaúcho Felipe Quadros lança o single “Como Antes” que explora a fusão do bolero e o samba em um pop rock de fácil assimilação. A temática passa pelo fim de um romance e a vida que tem que seguir.
Em julho Giovanna Moraes apresentou o ótimo disco Direto da Gringa que está na nossa pré-lista de melhores álbuns de 2020. Agora ela revisitará as faixas em um formato mais roqueiro no EP Rockin’Gringa.
A primeira faixa a ser revelada através de uma live session é “Singularidade” que questiona os algoritmos e nossa relação com eles.
A cantora, guitarrista e produtora de jazz luso britânica Sonia Bernardo no ano que vem lançará seu segundo EP, Wasn’t There, Someone Told Me via Seloki Recs. De West London ela pode trabalhar no registro que reunirá 4 faixas ao lado de Skinny Pelembe, Dave Maclean (Django Django), Luke Wynter (Nubyan Twist / Roller Trio) e Oscar Robertson (Sunglasses For Jaws).
Ela mesma foi a responsável pela direção e edição do vídeo para “All You Leave Is Love” que tem um roteiro soturno e bastante intrigante. Que voz! Já estamos ansiosos para o lançamento que chegará no começo de 2021.
Stall the Örange, projeto do músico Luiz Libardo, lança seu EP de estreia calcado em referências que passam pelo dream pop, rock alternativo ao post-punk. O EP está sendo lançado pelo selo catarinense Nuzzy Records e conta com três faixas.
A percepção da realidade após um período em que teve que lidar com a síndrome do pânico é o fio condutor da registro que segundo o músico conta com influências de nomes como The Cure, The Growlers, Siouxsie and the Banshees e The Smiths.
O resultado é soturno ao mesmo tempo que pop e até mesmo radiofônico. Efeitos na voz, flertes com o sintetizadores, referências do lo-fi e do rock dos anos 70 e 80 são notórias dentro do andamento do registro. “Wish” que encerra o registro se assemelha a baladas de Billy Idol.
A banda de grindcore cearense Facada (confira entrevista) que está em atividade desde 2003 lançou o clipe para “Tudo me Faltará”. A ideia inicial era fazer uma produção aos moldes convencionais mas daí veio a Quarentena e os planos mudaram.
Optaram por realizar um clipe caseiro mas que traduzisse a essência desse momento de caos e confusão generalizado. Segundo eles o “clipe com tudo que tem direito” fica para outra mas como ser uma das principais referências do gênero no país deveria bastar, não é mesmo?
Nesta sexta-feira o SKIPP is DEAD, do Amapá, disponibilizou sua live session futurista dividida em duas partes. “Alternate Start” e “Kessler Syndrome”, integram o EP Blast Off!. Confira no release radar!
“Essa live é uma transmissão pirata, resultado da sabotagem de uma tecnologia holográfica de última geração da maligna Corporação H3. A proposta é mostrar ao público como poderia ser se a gangue de piratas espaciais se juntasse para fazer uma apresentação, já que foi impossibilitado por conta da pandemia no Planeta Terra. O vídeo tem como inspiração as lives que foram feitas por artistas nas redes sociais, porém adaptada para um formato que cabe melhor na estética futurista/espacial.”, explica SKIPP.
Álbuns e EPs
AC/DC POWER UP
Andrea Bocelli Believe
André Ribeiro Liso
Boogarins Levitations Sessions
Bordoá Divagar
Brian Eno Film Music 1976 – 2020
Bruno Capinan Leão Alado Sem Juba
Casa Maré Solta Teu Grito
Chris Stapleton Starting Over
Cry Club God I’m Such A Mess
Cyro Sampaio Nada Presta
Dirty Projectors 5EPs
Dirty Projectors Ring Road EP
Elton John Elton: Jewel Box
Frank Turner & Jon Snodgrass Buddies II: Still Buddies
Hachiku I’ll Probably Be Asleep
Jesse Kivel Infinite Jess
Jesu Terminus
L.A. Guns Renegades
Lambchop TRIP
Mae Muller No One Else, Not Even You
Marika Hackman Covers
McFly Young Dumb Thrills
Nada Surf Never Got Together (Deluxe Edition)
The Nels Cline Singers Share The Wealth
Neon Dreams The Happiness Of Tomorrow
Paris Jackson Wilted
Phoebe Bridgers Copycat Killer (EP)
Psychedelic Porn Crumpets The Terrors
Sergiopí Auradelic
Sophie Ellis-Bextor Songs From The Kitchen Disco
Tarda Futuro
The Cribs Night Network
The Darcys Fear & Loneliness
Tolentino Caos
Supervão Depois do Fim do Mundo (Tem Matéria no Hits Perdidos!)
Urbanites Keep Me Moving
Vivar Not The Same
William Basinski Lamentations
Yukon Blonde Vindicator
Yungblud Weird!
Kiwi Jr. “Cooler Returns”
Teenage Fanclub “Home”
Run The Jewells “No Save Point”
Parquet Courts “Hey Bug”
Dune Rats “Too Tough Terry”
Guided By Voices “Crash at Lake Placebo”
Sharon Van Etten “Silent Night” e “Blue Christmas”
Billie Eilish “Therefore I Am”
Boris “Absolutego”
Melvins “I Fuck Around / Bouncing Rick”
The Antlers “It Is What It Is”
Sigur Rós “Stender Aeva”
Chuck Hipolitho “Deixando a Vida Me Levar”
Gal Costa e Rodrigo Amarante “Avarandado”
Gaspacho “Pandemônio”
Enigna Experience “The Zone”
Foo Fighters “Shame Shame”
Fiusa “Deixa Queimar”
Half Japanese “Undisputed Champions”
Teago Oliveira “Esotérico” (Gilberto Gil)
Axel Lór “Ansiedade”
Apráticos “Feliz é a Estrada”
Alexandre Z “Filhos de Carnaval”
O Grilo “Meu Amor”
This post was published on 13 de novembro de 2020 12:23 am
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