Os 50 Melhores Álbuns Nacionais (2024)

 Os 50 Melhores Álbuns Nacionais (2024)

Melhores Álbuns Nacionais (2024)

2024 é a sétima vez nos dedicamos a fazer listas de Melhores Álbuns do Ano no Hits Perdidos. Não será a única do site, além desta com escolhas do editor teremos também individuais dos colaboradores (veja a lista do Diego Carteiro). A intenção é essa mesma trazer diversos pontos de vista e novas dicas para quem acompanha o Hits Perdidos.

A ideia não é polemizar ou dizer que um disco é pior por não estar na lista. Muito pelo contrário, estas listas tem a intenção de recapitular o que rolou por aí – e não foi pouca coisa.

Por aqui, por exemplo, foram ouvidos mais de 295 discos nacionais ao longo do ano. De estilos diferentes, com histórias peculiares, discursos e uma musicalidade que mostra um pouco sobre para onde a música brasileira está caminhando.

Listas são polêmicas por si só e no ano passado reunimos um time de jornalistas e formadores de opinião para dar seus pitacos sobre a confecção destas (Confira Aqui).

Melhores Álbuns Nacionais (2024)

Lista de Melhores Álbuns Nacionais de 2018 (Confira a Lista).
Lista de Melhores Álbuns Nacionais de 2019 (Confira a Lista).
Melhores Álbuns Nacionais de 2020 (Veja a Lista).
Lista de Melhores Álbuns Nacionais de 2021 (Confira a Lista).
Lista de Melhores Álbuns Nacionais de 2022 (Confira a Lista).
Melhores Álbuns Nacionais de 2023 (Confira a Lista).

Nossa lista passeia por ritmos como instrumental, Samba, Rock, Soul, Jazz, Alternativo, Experimental, Hip Hop, Pop, Indie, R&B, Experimental, Shoegaze, Trap, post-punk, hardcore, Axé e Samba. Sem regras estabelecidas, muitas vezes um crossover de estilos é visível.

Os 50 Melhores Álbuns Nacionais (2024)


Os 50 Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos

 


50) Melly Amaríssima


Melly - Amaríssima (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Som Livre
Gênero: Pop / R&B / MPB / Afrobeat

Melly definitivamente não lançou o disco da sua vida. E isso não é necessariamente algo negativo. Mas a estreia da baiana é um projeto no mínimo interessante dentro do universo tão careta e cheio de fórmulas batidas do pop brasileiro.

Com composições com coração aberto para falar sobre os dramas e amores da juventude, a artista traz elementos do R&B, entre afrobeat como recurso e um diálogo com a MPB. Um curta-metragem, lançado simultaneamente ao álbum, agiganta a narrativa do disco de um talento que tem tudo para crescer dentro do seu nicho nos próximos anos. A posição 50 é um voto de confiança. Russo Passapusso (BaianaSystem) e Liniker participam da estreia.

49) El Presidente Beleza tem Cura


El Presidente - Beleza tem Cura (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Trópico Música
Gênero: Rock Psicodélico / Neo-Psicodelia / MPB

De um projeto solo idealizado por João Mario, El Presidente hoje em dia pode ser considerado um supergrupo de Sergipe já que sua formação atual além de João conta com Gabriel Perninha (The Baggios), Fábio Aricawa (Cidade Dormitório) e Gagau.

O material conta com a produção de Benke Ferraz, dos Boogarins, que também tem se destacado nos últimos anos no campo da produção musical.

Segundo o guitarrista, Gagau, o trabalho do produtor ajudou a transformar o resultado das músicas, trazendo ainda mais elementos de pop psicodélico para o resultado final. O processo de produção de Beleza tem Cura, que sairá pelo selo Trópico, também foi marcado por uma dinâmica diferente, onde instrumentos para as canções eram gravados aos poucos sem ordem definida de “estamos gravando agora esta faixa”, o que o músico conta que contribuiu para que tudo fosse feito de maneira leve.

Encontro tão interessante e mesmo embriagado pela verve psicodélica não se fecha a isso. Explora ritmos brasileiros, timbres, música eletrônica e novas frequências de forma bastante inventiva e por essa dose de ousadia vale o destaque em nossa lista. Yves Deluc, Tori e Benke Ferraz colaboram ao longo da jornada do disco.

48) Nego Gallo YOPO


Nego Gallo - YOPO (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Independente
Gênero: Rap

Lançado já no final de 2024, quando caras como Nego Gallo e Don L lançam novas músicas, é quase que obrigação parar para o ouvir. Dois pilares do rap cearense atual que continuam elevando o nível a cada novo lançamento. Se Veterano (2019) tinha roubado a cena, Yopo continua firme explorando bases rítmicas interessantes, como trap, bregafunk, reggae e a inerente conexão com a América Latina, se somam as rimas afiadas.

Sempre com as vivências do dia a dia dentro do seu flow, política da gestão anterior e temas como a xenofobia vão para o primeiro plano. Grandes artistas da geração como o supracitado Don L, Rico Dalasam e Diomedes Chianski participam de parcerias.

47) Bebé SALVE-SE (Leia resenha)


Bebé - SALVE-SE (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Coala Records
Gênero: Indie Rock / R&B / Jazz / Eletrônica

Para quem acompanha os passos de Bebé, todos os saltos que tem acontecido em sua carreira, mesmo que com pouca idade, não são uma surpresa. A paulista, de apenas 20 anos, de Piracicaba (SP), além de ter uma família musical, mostra foco e compromisso em cada passo de sua jornada em um mercado difícil – em um momento que precisa ser repensado em várias esferas e cheio dos seus caminhos.

Após apresentar sua face artística para o mundo com seu primeiro álbum, ela apresenta nesta quinta-feira (23), SALVE-SE, projeto em que além de ter novamente parceria com Sérgio Machado Plim, agora dá um passo ainda maior dentro do estúdio, o de assinar a sua co-produção.

O álbum teve mixagem de João Milliet e masterização de Felipe Tichauer, gravação do instrumental no Estúdio Plim e das vezes no estúdio Buena Família com engenharia de Tofu Valsechi.

Durante a audição, a artista revelou para os presentes um pouco mais sobre os detalhes da sua obra. Como, por exemplo, a brincadeira com seu nome (Salvego) com “Salve-se” e essa busca inerente ao ser humano. Ela ainda contou que a tentativa de se aproximar com um público da sua faixa etária fez com que ela experimentasse ainda mais, tanto esteticamente, como nas possibilidades sonoras. De indie ao jazz, do psicodélico ao pagode, do inventivo funk carioca, o hype do trap, a música eletrônica. Ouvir o disco acaba sendo um deleite para quem pesquisa por estéticas sonoras e quer ver os artistas novos cada vez ousando mais.

É justamente nesse universo estético livre, que a geração Z consome música, procurando vibes e menos atenta a se fechar em caixinhas mercadológicas, que a artista ganha lastro em um disco que não passa dos 28 minutos. Algo que temos notado cada vez mais comum no mercado, onde alguns bombons, por assim dizer, ficam para as versões Deluxe. O modo de consumo também mudou e toda indústria tenta repensar formas de realizar seus lançamentos.

Ao mesmo tempo que permite ser vulnerável, desde elucidando sentimentos, dentro da experiência de autoconhecimento e conflitos da sua juventude, a artista sabe que não pode errar e colabora com artistas como Dinho Almeida, dos Boogarins, em “Recado Dado” e o rapper fluminense BK’, em “De Ponta Cabeça”. Ela vai em busca de encontrar uma forma mais simples de se relacionar com o mundo e a cena musical ao seu entorno.

Quando o assunto são referências, Bebé é enfática: Milton Nascimento, Lô Borges, Boogarins, Tuyo, BK’, Kali Uchis, Esperanza Spalding e Solange Knowles.

46) Black Pantera PERPÉTUO


Black Pantera PERPÉTUO


Selo: Deckdisc
Gênero: Rock / Metal / Crossover / Hardcore

Se teve um disco de rock que chamou a atenção por explorar uma estética que não víamos com tanta frequência desde meados dos anos 2000 no cenário nacional foi o do Black Pantera. O trio mineiro mistura metal, crossover, funk metal, hardcore, new metal e um discurso de empoderamento negro com canções de denúncia social, política e emancipação em um momento de urgência. Altamente recomendado para fãs de Ratos de Porão e Devotos.

Confira também: Lista com os 25 discos fora do Hype do Primeiro Semestre (2024)

45) Gracinha Corpo Celeste


Gracinha - Corpo Celeste (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: DOSOL
Gênero: Indie Pop / Psicodelia / Dream Pop

Por vezes aparecem discos no radar que não chegam por lugar nenhum. Esse foi assistindo vídeos no YouTube, me interessei e logo que saiu o disco me surpreendi positivamente com um trabalho que fala sobre temas sensíveis como a solidão.

De São João de Meriti (RJ), mas radicada em Natal (RN), a artista traz em suas músicas a vivência como mulher negra e lésbica, viajando pelas ondas do indie pop, psicodelia e dream pop sem perder a brasilidade.

44) Thiago França Canhoto de Pé


Thiago França - Canhoto de Pé (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: YB Music
Gênero: Jazz / Experimental

E não é que o disco menos planejado, segundo o próprio Thiago França, chegou na nossa lista de Melhores Álbuns Nacionais (2024)?

É pelo improviso e a cadência que o disco vai crescendo a cada nova audição. A narrativa do disco, que tem aquele espírito de carnavais de outros tempos, conta até mesmo uma reinterpretação de “Dor Elegante”, de Itamar Assumpção. O lançamento reúne ótimas participações especiais de Juçara Marçal e de dois integrantes do Aguidavi do Jêje. Além da marcante faixa-título de quase 9 minutos, o material ainda tem outra regravação, de “Cabecinha no Ombro”, faixa de Paulo Borges.

43) Forgotten Boys Click Clack (leia resenha)


Forgotten Boys - Click Clack (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: ForMusic Records, Läjä Records
Gênero: Garage Rock / Punk / Rock

A volta do Forgotten Boys, em Click Clack, marca também o primeiro álbum de estúdio desde Taste It (2011), conta com 10 faixas inéditas. O registro também está sendo disponibilizado em LP (Läjä Records), CD (Läjä + ForMusic Records) e digitalmente pela ForMusic Records. Os materiais físicos podem ser adquiridos no site da Läjä Records.

As gravações foram realizadas nos estúdios Artsy Club e Jalapeño Verde em São Paulo, e o disco foi masterizado por Carl Saff em Chicago, nos Estados Unidos. Eles revelam que as músicas foram gravadas ao vivo em 2 ou 3 takes (cada canção). Desta forma, mostrando todo lado rebelde e selvagem que os consagrou ao longo da carreira.

O público pode conhecer antes mesmo de Click Clack chegar ao mundo os singles “Sway” e “Absurd Butterfly” que já revelavam um pouco do veneno por trás da cozinha dos paulistas. O fascínio pelo universo dos livros e filmes, que foi se consolidando ao longo da discografia dos paulistas, reverbera no novo álbum de estúdio.

42) Mundo Video Noite de Lua Torta (leia resenha)


Mundo Video - Noite de Lua Torta (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Balaclava Records
Gênero: Indie Rock / Indie Pop / Experimental

Quando o duo Mundo Video lançou seu EP de estreia pela Seloki Records até mesmo utilizamos o termo bater no liquidificador referências da cultura pop para tentar definir a sonoridade ao mesmo tempo que distópica super interessante da experimentação sonora proposta pelo projeto.

Formado por Gael Sonkin (Ovo ou Bicho) e Vitor Terra, os cariocas não colocam limites para as experimentações sonoras. Muitas vezes abstratas e com um bom toque de dadaísmo. Passando por uma gama de referências que vão do hyper pop, passando pelo do indie, metal, samples de vídeo games, reggae, cinema, séries e muito mais com o intuito de materializar sua música como um conceito aberto a novas possibilidades e linguagens sem se prender a qualquer corrente ou tendência.

A proposta central, ao mesmo tempo que simples, é complexa: criar canções desprendidas de regras e amarras, tudo isso com estética de produção caseira e independente, como eles mesmo frisam.

Sempre me perguntava ouvindo, principalmente o primeiro EP, sobre como funcionaria ao vivo. Porque muitas vezes quando o som é muito elaborado, repleto de loops e programações, a chance de acontecerem imprevistos e não ser uma experiência tão legal tanto para o artista, como para o público, é enorme. Com a chegada do segundo EP isso de certa forma parece ter sido solucionado.

Eles revelam que a sonoridade do álbum de estreia foi construída na estrada, a cada performance ao vivo em diferentes contextos, ele foi sendo aperfeiçoado. Em relação ao aspecto eletrônico, eles comentam que surgiu após um convite para um show em uma rave. Após isso, o álbum foi lapidado com uma roupagem indie pop, adicionando posteriormente a parte lírica.

No campo das referências para o debut o Mundo Video cita um leque amplo de artistas como Tears for Fears, Tim Maia, Daft Punk e Lulu Santos.

41) Supervão Amores e Vícios da Geração Nostalgia (leia resenha)


Supervão - Amores e Vícios da Geração Nostalgia (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Frase Records
Gênero: Indie Rock

Assim como muitos artistas, na pandemia as coisas ficaram esquisitas, e muitas dúvidas pairavam no ar. Os gaúchos da Supervão chegaram a lançar durante esses dois anos o EP Depois do Fim do Mundo (2020) e entre 2021 e 2022, uma série de singles experimentais que iam da energia das raves digitais, passando por uma imersão e experimentação eletrônica a até mesmo o trap. Quando tudo dava a entender que o projeto ia encerrar as atividades de vez, o “por que continuar fazendo música os salvou”.

O novo registro marca também a entrada de Olimpio Machado, no baixo, e Rafaela Both, na bateria. Entre as influências diretas ele citam The Strokes, The Smiths, El Mató a un Policía Motorizado, Men I Trust e Happy Mondays.

Esse cenário de incertezas e de volta por cima marca o retorno de forma implacável. Nele vemos uma banda que bate num dos temas mais em voga no cenário pós-pandemia, a nostalgia, mas sem deixar de mostrar as partes negativas dela.

No caso deles não mirando no fator mercadológico da coisa toda, mas sim, em revisitar as próprias memórias e ir de encontro com a sua própria essência como músicos. E mais do que isso, em quanto seres humanos que fazem diversos sacrifícios para manter seus sonhos juvenis vivos. É fácil se identificar.

O disco abraça toda uma geração dos seus 30 e poucos, e também dialoga com o revival do indie dos anos 2000 por parte de quem não viveu mas que gostaria, algo similar ao revival do emo, mas de forma que suas letras conversam em difetntes planos. Ao mesmo tempo que olha para dentro, consegue transmitir pensamentos coletivos, o famoso Zeitgeist. Bem diferente do Faz Party eletrônicopop e festivo, eles com suas guitarras grudentas, versam sobre as dores e a força da amizade como combustível para recalcular a rota. Tudo isso de forma leve e cativante.

40) Papisa Amor Delírio (saiba mais)


Papisa - Amor Delírio (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Costa Futuro
Gênero: Pop Psicodélico / Indie Pop

Depois de Fenda, Papisa muda a frequência em Amor Delírio em disco que tem até mesmo feat com a Luiza Lian. Nele ela questiona o amor romântico sob um olhar sobre as próprias relações e de outras pessoas.

Da angústia passando pela ilusão e a desilusão… do quente ao frio. Não entregando as respostas de bandeja mas propondo o exercício. A psicodelia e a experimentação eletrônica ganham ainda mais corpo nesse novo trabalho que sai da sua zona de conforto de diferentes formas.

39) Varanda Beirada (leia a resenha)


Varanda - Beirada (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Independente
Gênero: Indie Rock / Rock

A cena do que chamamos de “fora do eixo” do rock alternativo parece que sempre traz consigo um frescor para a música brasileira contemporânea. Juiz de Fora, em Minas Gerais, é a casa de ótimos artistas do segmento como, por exemplo, Basement Tracks e Baapz. Nos últimos anos estivemos acompanhando aos poucos o surgimento da banda Varanda.

No fim de agosto foi a vez do debut Beirada ser lançado. O álbum contou com a produção de Paulo Emmery nos estúdios LaDoBê (Juiz de Fora) e Pulo Home Recs (Rio de Janeiro). Uma curiosidade fica por conta da capa que foi confeccionada pela própria vocalista Amélia do Carmo. O material ainda conta com participações especiais de Manu Julian (Pelados) e Dinho Almeida (Boogarins).

Talvez o mais interessante no debut seja justamente como ele vai “comendo pelas beiradas”. O trocadilho não é por acaso, as curvas sinuosas que o material faz até te apontar os caminhos onde quer chegar se alinham feito uma grande estrada. “P.Q. P.Q” se parar para olhar bem, tem um pouco dos ares do lado mais canastrão do post-punk nacional dos anos 80 – este que sim sempre bebeu muito da música brasileira, o que dava um tempero a mais em algumas bandas.

As linhas de baixo de “Barcos no Mar”, por exemplo, fazem um pêndulo entre Talking Heads e a música brasileira. Um rock torto, divertido e sônico. A progressão de acordes em sua atmosfera caricata vai da psicodelia dos Mutantes a aspereza do Gang Of Four. O sentimento de se atirar e ver aonde pode chegar, algo inerente ao navegar pelo circuito independente, se traduz na composição.

“Cama de Vento” abaixa um pouco a poeira e traz o dueto de vocais em um tom mais sóbrio que vai agradar os fãs dos cariocas da Ventre. “Vida Pacata” é uma faixa que vem acompanhada de um videoclipe divertido com direito a campo de futebol e tudo mais. Ela tem cara de rádio. E isso é algo legal, daquelas que criam imagens para o ouvinte e uma boa dose de reflexões sobre os relacionamentos modernos. Tudo isso com referências do funk e do soul. Confira a resenha completa clicando aqui.

38) Raça 27 (leia a resenha)


Raça - 27 (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Balaclava Records
Gênero: Indie Rock / Pop Rock

Após lançar os singles “144“, “Nem Sempre Fui Assim” e “Debochado (feat. Carlos Dias do Polara)”, o Raça no dia 27/08 lançou seu quarto álbum de estúdio, 27, pela Balaclava Records.

São mais de dez anos de estrada do grupo, formado por Popoto Martins Ferreira (guitarra e vocal), Thiago Barros (bateria), João Viegas (teclado e vocal), que foi responsável pela produção do álbum ao lado de Roberto Kramer e tem o conceito do disco elaborado em conjunto do artista plástico e tatuador Lucas Peixe, cuja pesquisa acadêmica sobre pipas e tatuagens ajudou a nortear as canções. Inclusive, a capa do disco e dos singles é assinada por ele.

Ao todo o material reúne 14 faixas e traz consigo um novo olhar dos integrantes, muito disso por sua pesquisa e imersão sonora em universos em que eles não tinham explorado ainda, como os dos anos 70 no Brasil. Entre eles artistas como Jorge Ben, João Gilberto, Rita Lee, João Donato e Ana Mazzotti.

Além do recorte de referências, eles convidaram artistas como Gab Ferreira, Dada Joãozinho, Marina Nemesio e Maurício Takara para colaborar. Também participa o argentino Gal Go, conhecido por seu trabalho como integrante dos ingleses do King Krule. O hermano participa do feat na faixa “Eu Penso” que também conta com os vocais da produtora SHEIVA.

37) Exclusive Os Cabides Coisas Estranhas


Exclusive Os Cabides - Coisas Estranhas (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Independente
Gênero: Indie Rock

Depois de estourar no TikTok, e ter um disco divertido (Roubaram Tudo [2020]), a duvida que pairava no ar seria como os catarinenses do Exclusive Os Cabides iam administrar tudo isso. O bom humor e a ironia acabam ressoando em boas músicas feitas para cantar junto.

Eles nos lembram que discos também são feitos para nos divertir e isso dentro do Indie Rock onde muitos se levam a sério demais é fantástico. As referências são boas e fazem um bom paralelo com o Indie de outros tempos. “Luminária de Lava”, “Rua da Lua Cheia” “Lagartixa Tropical” sintetizam as várias camadas que o disco explora – e vão ficar martelando na sua cabeça.

36) Oruã Passe


Oruã - Passe (2024) - Melhores Álbuns 2024 - Hits Perdidos


Selo: Transfusão Noise Records
Gênero: Indie Rock / Experimental / Psicodelia / Post-Punk / Krautrock

O quarto álbum de estúdio dos cariocas do Oruã é marcado pelas camadas sonoras e é por si só bastante atmosférico. A estrada e experiências no exterior contribuíram para a elaboração do trabalho que tem guitarras barulhentas e linhas de baixo marcantes.

A mensagem social também é um papel importante dentro da narrativa do lançamento como os próprios integrantes afirmam no material de divulgação: “Oruã está encorajando o público a se levantar. Contra o racismo. Contra a brutalidade. Contra a opressão patrocinada pelo estado. Para refutar a violência; buscando viver livre, com igualdade e camaradagem”.

35) Dead Fish Labirinto da Memória


Dead Fish - Labirinto da Memória (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Deckdisc
Gênero: Hardcore

Lançado em janeiro de 2024, quebrando todos os protocolos de “época ruim para lançar discos pois serão esquecidos no fim do ano”, o nono álbum de estúdio dos capixabas do Dead Fish deixa um pouco de lado estar 100% composto por músicas politizadadas do lançamento anterior e olha pelo retrovisor memórias, muitas delas dos primeiros dias.

Suas letras falam sobre infância, amigos, família, mas também sobre a Ditadura, sobre lutas, desigualdades e mágoas com uma nação que insiste em apostar no atraso social. O vocalista Rodrigo Lima (50) afirmou até mesmo em entrevista que queria fazer um álbum de memórias inspirado em Realismo Capitalista e Meus Fantasmas, duas obras de Mark Fisher. Uma forma da banda se reinventar mais uma vez após uma carreira sólida dentro da música brasileira.

“Eu queria que fosse uma coisa de memória coletiva, mas não teria como acessar uma memória coletiva se não falasse do que eu vivi, da minha realidade coletiva. Então, como os outros integrantes da banda escreveram muito menos e tocaram muito mais, ficou muito mais na cara que é um álbum de memórias meu.”, contou o músico em entrevista para a revista Bravo

34) Liniker Caju


Liniker - Caju (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Estúdio Brocal
Gênero: Pop / Samba / Jazz / House / Pagode / Arrocha / Disco / Reggae

Marcado pela excelente produção de Liniker, Fejuca e Gustavo Ruiz, o disco é daqueles que se faz presente na lista pelo conjunto da obra. Principalmente por conseguir levar um disco com referências longe da lógica rasa do atual pop brasileiro ao mainstream e, desta forma, ser reconhecido pela massa sem apelar para clichês, autotunes e trechos para virar remixes de 15 segundos para o TikTok. Muito pelo contrário, músicas longas e com arranjos sofisticados abraçam a produção em seus melhores momentos. O que mostra como não se deve subestimar a capacidade do público de massa em absorver obras mais complexas.

O álbum ainda conta com participações de Lulu Santos, BaianaSystem, ANAVITÓRIA, Pabllo Vittar, Priscila Senna, Melly, Tropkillaz e Amaro Freitas. Apesar do excelente instrumental, mixagem e arranjos, as frágeis composições são o ponto negativo de Caju. Por esta razão, fica a torcida para o amadurecimento artístico nos próximos lançamentos.

33) Dora Morelenblau PIQUE (leia a resenha)


Dora Morelenbaum - Pique (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Coala Records
Gênero: MPB

Antes do dia do lançamento, a carioca já tinha disponibilizado dois singles, “Caco”, que logo nos chamou a atenção, e “Essa Confusão”. A capa do disco conta com a direção de Maria Cau Levy – que já assinou trabalhos de Ana Frango Elétrico e Luiza Lian – Dora Morenlenabum e Ana Frango Elétrico. A arte busca captar a essência do álbum de imagem em movimento, refletindo sobre a jornada contínua e a experiência sonora.

O registro conta com vários musicistas como Sérgio Machado (bateria), Alberto Continentino (baixo), Luiz Otávio (teclados) e Guilherme Lirio (guitarra), que logo na primeira faixa “Não Vou Te Esquecer” (parceria com Tom Veloso) emulam um quarteto de jazz. Diogo Gomes (Trompete), Marlon Sette (Trombone) e Jorge Continentino (Sax) contribuem no sopro em “Venha Comigo” (parceria com Sophia Chablau).

“A Melhor Saída”, “Talvez (As Canções)”, “Petricor”, “Pique” também são resultados da prolífera parceria com Tom Veloso, “Caco”, foi feita em parceria com o parceiro de Bala Desejo, Zé Ibarra. “Sim, Não” é a única que ela assina sozinha.

O álbum de estreia foi entre abril e dezembro de 2023, no Rio de Janeiro, por Angelo Wolf no Wolf Studio com assistência de Arthur Martau. As cordas foram registradas por Leo Alcântara no Estúdio Visom, a mixagem é assinada por Angelo Wolf (Wolf Records) e a masterização por Miguel Pinheiro Marques (Arda Recorders). Confira a resenha completa clicando aqui.

32) Os Garotin Os Garotin de São Gonçalo


Os Garotin - Os Garotin de São Gonçalo (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: MangoLab
Gênero: Soul / R&B / Samba / MPB

Formado há 2 anos, o trio fluminense que em sua linha de frente conta com Anchietx, Cupertino e Leo Guima faz uma verdadeira ode a Soul Music mas sem perder toda verve das nossas raízes brasileiras. A chegada do disco de estreia ajudou a consolidar a sonoridade e proposta musical. Foram justamente os antigos bailes black que espiraram o disco que aposta suas fichas no groove, na leveza e no campo sentimental.

31) Silvia Machete Invisible Woman


Silvia Machete - Invisible Woman (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Biscoito Fino / Think Records
Gênero: MPB

O segundo álbum de estúdio da cantora e compositora Silvia Machete foi lançado em abril e sucede Rhonda (2020). Tendo participações de Maria Luiza Jobim, na versão para “Two Kites” de Tom Jobim, e produção em conjunto com Lalo Brusco. É o campo do amor e dos relacionamentos que nutre o álbum que foi lançado no Japão pela Think Records.

30) Caxtrinho Queda Livre


Caxtrinho - Queda Livre (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: QTV Selo
Gênero: MPB / Samba / Experimental

A estreia do músico de Belford Roxo (RJ) pelo selo QTV que sempre abraça em sua curadoria sons experimentais e desafiadores, se constrói através de personagens mundanos tendo samba como seu ponto de partida. O material tem produção de Eduardo Manso e Vovô Bebê, este último que já apareceu em nossas listas de melhores álbuns anteriores. Nomes como ToriAna Frango Elétrico e Bruno Schiavo fazem participações especiais ao longo do disco.

29) Teto Preto FALA


Teto Preto - Fala (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: MambaRec
Gênero: Eletrônica / Dance Punk / Acid House

Após mudanças na formação, e já no fim do ano, o Teto Preto se mantém pulsante e urgente em Fala 6 anos após Pedra Preta (2018). Tendo sempre espaço para a experimentação, seja na participação da gaúcha Saskia, como no saxofone de Thiago França, passando pelo lado teatral, latinidade em feat com Jup do Bairro e a ousada participação de Getúlio Abelha que traz a alma do forró para a experimentação eletrônica do fim do mundo.

28) hoovaranas Três (confira a resenha)


hoovaranas - Três (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Independente
Gênero: Indie Rock / Math Rock

Pude conhecer o trabalho da hoovaranas em 2019 através do EP Poluição Sonora. Na época o trio de Ponta Grossa (PR) formado por Rehael Martins, Eric Santana e Jorge Bahls, até então; tinha respectivamente 15, 16 e 18 anos. Instrumental por essência, o material não se prendia em um estilo, e trazia surf rock, post-rock, math-rock, shoegaze, rock progressivo e até mesmo elementos punk rock dentro do amplo campo de referências. 4 anos, em 2022, após ter maturado o som e encontrando coesão nas referências, veio o Alvorada.

Neste ano a vez de Três ganhar a luz do dia, ainda carregando uma alta dose de sensibilidade rítmica e um caldeirão instrumental parrudo.

“Três” traz um olhar mais realista e pesado sobre a vida em si, nossos problemas internos e como o externo nos afeta, as questões da modernidade, ansiedade, depressão, males cada vez mais comuns e que já fazem parte do nosso dia a dia. O disco traz uma sombra, não de uma forma negativa, mas de uma forma mais interna, melancólica e emotiva”, explica Eric

O material tem captação de Luis Vinicius Pacheco (@viniciuspiralinda), mix e master de Alejandra Luciani e produção do próprio baterista Eric Santana. Além de 7 faixas autorais, o disco conta com uma versão de “Refazendo”, originalmente lançada pelos Boogarins.

27) Mc Luanna Sexto Sentido


Mc Luanna - Sexto Sentido (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Independente
Gênero: Rap / Trap / Bounce / Dancehall

A rapper baiana radicada em São Paulo lançou seu álbum de estreia. Questões raciais, existencialismo e sentimentos à flor da pele fazem do disco intenso e de destaque. De promeça do rap a realidade, a artista em seu disco traz participações de artistas como Drik Barbosa, Menor MC, Monna Brutal e Ana Rima.

26) 5 a Seco Sentido


5aSeco - Sentido (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Lemon Music
Gênero: MPB / Pop Rock

De surpresa a 5 a Seco se reuniu e lançou Sentido, todo processo sensorial de gravação por si acabou ajudando a dar o nome do disco. Além da narrativa rica, o material ainda conta com a participação do Chico Buarque (“Comédia de Enganos”), logo na faixa que abre o novo registro lançado já no fim de 2024. O registro conta com três músicas para cada um dos cinco vocalistas, com excessão de “Sigamos” que é um dueto dos Pedros (Viáfora e Altério). A produção do material é assinada Tó Brandileone.

25) Rashid Portal


Rashid - Portal (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Independente
Gênero: MPB / Rap

Lançado no mágico portal do 08/08, Rashid fez um dos álbuns mais delicados do ano. É bem verdade que deixou o rap um pouco de lado e entrou de cabeça no universo da MPB. Os personagens e situações abordadas dão conselhos para o ouvinte e trazem experiências universais. Estas que ele chama carinhosamente de portais.

Participações de Lagum, Ruxell, Melly, Lenine e até mesmo uma homenagem ao filho Cairo, mostram o apelo emocional e a profunda transformação que se tornar pai fez com o rapper. Ele sai da zona de conforto para se reinventar e olha para outra perspectiva assim como percursores – e vanguardistas – costumam levar a responsabilidade para si. Um disco que tem tudo para envelhecer bem e que dá luz aos diversos momentos de transformação que passamos ao longo da vida.

24) Saulo Duarte Digital Belém


Saulo Duarte - Digital Belém (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: YB Music
Gênero: Cumbia / Carimbó / Guitarrada

De Belém do Pará, mas radicado em São Paulo desde 2008, Saulo Duarte lançou seu segundo álbum solo em 2024. Pautado na reconexão com as suas raízes, ele propõe ao longo do material justamente o que o título propõe, a fusão entre o digital e o regional. Aldo Sena, Russo Passapusso, Larissa Luz, Layse, Anäis Sylla, Klaus Sena e Manoel Cordeiro ajudaram a consolidar as raízes do disco com suas participações. Ele mesmo apelida o disco como autêntico baile do terceiro mundo.

23) Papangu Lampião Rei


Papangu - Lampião Rei (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Chumbo Grosso Records
Gênero: Rock Progressivo / Jazz

Os paraibanos do Papangu mais uma vez nos entregam um tremendo disco. O sucessor de Holoceno (2021) mistura Jazz, ritmos brasileiros, metal e algumas pitadas de psicodelia. Sim, tem espaço para tudo isso. Desta vez os sintetizares se misturam até mesmo ao tão brasileiro forró. Um bom exemplo sobre como em sua construção há bastante versatilidade nas soluções.

A narrativa do Lampião faz do disco uma aventura épica para mostrar a transformação do personagem, do começo da sua jornada a se tornar uma lenda. É interessante ver como em cada disco eles mostram uma nova faceta e se tornam cada vez mais referência dentro do universo da música experimental brasileira.

22) cool sorcery TERRA INVADERS


cool sorcery - TERRA INVADERS (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Independente
Gênero: Indie Rock / Bedroom Pop / Garage Rock / lo-fi

De Brasília (DF), a one man band é um projeto capitaneado por Marcos Assis. Inclusive, músico assina a produção, gravação e mixagem. O disco, apesar de solo, reúne participação de vários artistas como Bananas Caipiras, Stray Dogs To Good Homes, Tombeau e Goblin Daycare (punk lo-fi da Turquia), além da cantora Gaivota Naves (Joe Silhueta). Com muitas misturas sonoras – e estética de ficção científica – o disco vai do rock de garagem as trilhas de videogame, com direito a misturas eletrônicas, estética lo-fi e progressões.

21) Sofia Freire Ponta da Língua


Sofia Freire - Ponta da Língua (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Independente
Gênero: Art Pop / Dark Pop

O terceiro álbum da cantora, compositora, tecladista e produtora musical de Recife (PE), Sofia Freire, nos surpreendeu positivamente desde a primeira audição. Com inspirações em artistas como Björk e Cocteau Twins, os sintetizadores e o lado sentimental expandem a narrativa da sua jornada em Ponta da Língua. Ela mesmo compôs, produziu e gravou as nove faixas que compõe o registro.

20) Taxidermia Vera Cruz Island


Taxidermia - Vera Cruz Island (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Independente
Gênero: Eletrônica / Experimental / Indie Pop / trip-hop

Quem volta a dar as caras por aqui é o duo Taxidermia, formado pelos baianos Jadsa e João Milet Meirelles (Baiana System) que enfim lançam seu primeiro disco explorando sintetizadores e frequências sonoras experimentais eletrônicas.

Não bastasse o arsenal do duo, eles ainda chamaram para colaborar nas faixas do seu primeiro disco, Vera Cruz Island, nomes como Bruno BerleIara RennóYan CloudTuyoRei LacosteToriPedro BienemannChico CorreaVírus e Vuto.

19) Yago Oproprio Oproprio (leia a resenha)


Yago Oproprio - Oproprio CAPA do disco de estreia 2024 - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos
Capa do álbum de estreia de Yago Oproprio

Selo: Som Livre
Gênero: Rap / Boom Bap

O debut Oproprio, também consolida suas referências que vão do boom bap, passando pela música latina, o que tem muito a ver com a sua própria história, já que na adolescência viveu na Venezuela, e na EP, ele até mesmo cita nomes como Cássia Eller, Jorge Ben Jor, Chico Buarque e outros como parte das suas referências. Já no rap ele tem como inspirações em nomes como Criolo, Sabotage e Racionais MCs.

O material tem produção do beatmaker Patrício Sid e o projeto desenvolvido ao longo de 2023 pela EME Cultural, de Raphael Damiati, junto com o diretor criativo Fernando Marar, marca um novo momento da carreira de Yago. Leia a resenha completa aqui.

18) Boombeat METamorFOSE


Boombeat - METamorFOSE (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Independente
Gênero: Rap / Dance / Eletrônica / R&B / Soul / Pop

Com produção de Gabriel Saffi, e participações de nomes como Emicida, FBC, Urias, Duquesa e Tuyo, Boombeat através das rimas constrói um projeto que fala sobre autoestima, experiências próprias e amor sob a perspectiva travesti.

“Eu quis trazer diversidade para o álbum para que eu consiga atingir um público maior, mas também para humanizar o meu corpo e entender que posso falar de vivências sem necessariamente falar sobre uma luta específica. Posso estar falando sobre amor, sobre ódio e sobre várias temáticas em que pessoas cis também podem se identificar com aquela música e entender que a gente também tem humanidade nas nossas relações, e que nossas vidas também podem se cruzar de alguma maneira”, contou Boombeat na época do lançamento.

17) Tuyo Paisagem


Tuyo - Paisagem (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: BMG
Gênero: R&B / Pop / Eletrônica

Em trabalho mais solto e com liberdade para falar de temas que antes ficavam de fora do radar em meio a outras urgências, vemos a Tuyo cada vez mais perto dentro do lugar do pop que gostariam chegar. Tudo isso, sem perder a aura e o lado de experimentações eletrônicas que marcam o DNA do projeto. Esse ecoar das mudanças, e o tempo como uma grande paisagem, dão cores a um belo disco com participações como Arthur Verocai, Joca e Luedji Luna.

16) Jota.Pê Se o Meu Peito Fosse o Mundo


Jota.Pê - Se o Meu Peito Fosse o Mundo (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Som Livre
Gênero: MPB / Pop / Samba-Rock

Com seu pop suave que mistura uma série de ritmos brasileiros, como o samba-rock, Jota.Pê (ÀVUÀ) consegue impressionar por sua versatilidade e canções que ficam na sua cabeça com facilidade, além claro, dos arranjos. O material tem faixa com Gilsons, parceria com João Cavalcanti e uma releitura de “A ordem natural das coisas” do Emicida.

15) Bruno Berle No Reino dos Afetos 2


Bruno Berle - No Reino dos Afetos 2 (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Coala Records / Psychic Hotline / Far Out Recordings
Gênero: R&B / Indie / MPB

Confesso que não sou grande fã do primeiro álbum de estúdio, mas o segundo acredito que Bruno Berle conseguiu encontrar uma estética interessante. O músico de Maceió (AL) dá um salto na qualidade da produção, deixando seu R&B lo-fi mais encorpado de elementos. Programações, samples, baterias eletrônicas e sintetizadores aparecem de formas criativas para contar suas histórias dialogando com a música global.

14) Céu Novela


Céu - Novela (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Urban Jungle
Gênero: MPB / Reggae / Soul

Sucessor de APKÁ! (2019), Novela tem produçào de Pupillo e colaboração com o norte-americano Adrian Younge. Ela pega toda a bagagem dos discos e tributos para reoxigenar suas referências apostando no groove e se aperfeiçoando, o que faz o disco ser leve e com referências que nos levam para os anos 60 e 70 em suas paisagens. É na riqueza dos detalhes que está o brilho do álbum.

13) Maria Beraldo Colinho (leia a resenha)


Maria Beraldo - Colinho (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: RISCO
Gênero: Art Pop / Experimental

Não parece, mas já se passaram 6 anos do lançamento de CAVALA (RISCO), álbum de estreia de Maria Beraldo. Uma das fundadoras da Quartabê, tendo integrado as bandas do músico Arrigo Barnabé, tocar com Elza Soares, e ter trabalhado em discos e shows de nomes como Negro Leo, Iara Rennó, Dante Ozzetti, Romulo Fróes, Lineker e Manu Maltez, além de mais recentemente assinar a direção musical das peças de Felipe Hirsch, e compor trilhas para diversos longa-metragens e para o Balé da Cidade, deixava todos ansiosos por saber qual seria o destino de seu próximo voo solo. Neste ano, Beraldo apresenta Colinho, registro de inéditas que reúne 11 faixas, sendo dez delas de autoria própria, solo ou em parceria, além de um samba de João Nogueira.

Se a liberdade, sexualidade, a saída do armário e a emancipação já permeavam o disco anterior, seu novo lançamento passa pela elaboração acerca de sua identidade de gênero não binária. Maria aproveita todo esse processo de descoberta e de aprendizado sobre si para criar uma narrativa digna de psicanálise.

Se em CAVALA a pluralidade de estilos, texturas e soluções sonoras em pouco mais de 24 minutos foram o grande destaque da estreia, Maria Beraldo consolida sua capacidade em pesquisar, timbres, efeitos e novas possibilidades em Colinho. Agregando ao seu leque referências musicais que permeiam os universos do funk, samba, pop, jazz, noise, eletrônica, folk e a canção popular e de concerto, tudo isso, sem perder sua aura punk transgressora, bom humor e uma boa dose de ironia.

Ao todo o segundo álbum de Beraldo tem mais de 40 minutos de direção onde revela um lado mais confidente onde convida o ouvinte a compreender seus processos sob seu olhar de maneira leve, melódico, poético e reverberante. Explora os ritmos como combustível para falar sobre sexo e a sexualidade de forma leve e elevando a sua potência. Talvez seu respeito e universalidade que fazem dele tão empático, dos desentendimentos aos questionamentos, do calor a ressignificação da identidade.

O material reúne parcerias com Juçara Marçal e Kiko Dinucci (em “Baleia”), Zélia Duncan (“Matagal”), Ana Frango Elétrico (“Masc”) e Negro Leo (“Quem Sou Eu”). O material foi produzido por Maria Beraldo e Tó Brandileone e tem os instrumentistas Thiago França, Rodrigo Campos, Fábio Sá, Sérgio Machado, Marcelo Cabral, Chicão, entre outros, além de e Maria que tocam inúmeros instrumentos. Beraldo, inclusive, assina os arranjos para cordas.

12) Hermeto Paschoal Pra você, Ilza


Hermeto Paschoal - Pra você, Ilza (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Rocinante
Gênero: Jazz / Samba

O alagoano Hermeto Pascoal fez uma grande homenagem a sua esposa, Ilza, com quem foi casado por 46 anos em um belíssimo e emocionante álbum que celebra a vida. Entre os músicos que o acompanham ao longo da odisseia estão André Marques (piano), Jota P (saxofone), Fábio Pascoal (percussão), Itiberê Zwarg (baixo) e Ajurinã Zwarg (bateria). São paisagens de momentos de vida repassados de forma positiva ao longo da obra, esse transporte para os cenários que agigantam o disco e mostram sua grande sensibilidade.

11) PLUMA Não Leve a Mal (leia a resenha)


PLUMA - Não Leve a Mal (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Selo Rockambole
Gênero: Indie Pop / Dance Music / Neo-Psicodelia

Não Leve a Mal é uma espécie de viagem sonora por diferentes frequências e cenários, muitas vezes cruzando os limites entre o real e o irreal. Tanto que as experiências universais das suas letras mostram como eles querem abrir a roda para se conectar musicalmente com outros espaços onde antes não tinham lastro.

De lidar com traumas mundanos a não enxergar limites para onde pode chegar, o upbeat das músicas é naturalmente dançante e justamente isso faz com que as fronteiras do que é indie, do que é dance músic, do que é groove, do que é música brasileira, do que é psicodelia se entrelaçam em um movimento onde as respostas são encontradas ao longo do caminho.

São ao todo 12 faixas e pouco mais de 45 minutos de duração, em um momento onde poucos param para ouvir um disco todo, é um desafio por si só captar a atenção mas toda essa natureza fonográfica da PLUMA em transformar tudo em sinergia com o movimento, com as artes visuais e com a vibe, algo tão em busca pela Gen Z, pode servir como elemento surpresa em uma indústria cada vez mais tomada por fórmulas e algoritmos que empobrecem a música que consumimos dia após dia.

Em tempos onde muito se discute e se estuda sobre “A música não está piorando; gêneros estão”, como apontado em artigo da MIDiA, vemos como eles estão construindo algo que talvez seja maior do que uma banda, maior do que um pequeno coletivo de músicos que nunca sonharam em fazer música até a faculdade, mas que inspire outros artistas e cenas a explorar a música como um exercício para quebrar paradigmas e regras mercadológicas (empurradas diariamente goela abaixo).

Encontrar o Zeitgeist de uma geração, em uma velocidade em que cada vez mais evoluem e se entrelaçam em menor período de anos, é um desafio sentido à flor da pele por criativos que muitas vezes tem que antever o futuro mesmo temendo pelo fracasso.

Uma cruz dividida e carregada por diversos artistas, em tempos de uma competição digital e horas logado, o disco da PLUMA parece nos convidar a deixar o celular um pouco de canto para experimentar um pouco a vida offline. Ou como eles dizem em “Se Você Quiser”: “Queria ficar te admirando de perto/mais perto/assim… Só quero agora eu quero ter/No seu tempo/ Um minuto de atenção/Um momento/Nada Mais/Que um vapor no ar”.

10) Adorável Clichê sonhos que nunca morrem (leia resenha)


Adorável Clichê - sonhos que nunca morrem (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Balaclava Records
Gênero: Shoegaze / Dream Pop / Post-Rock / Indie Rock

Após 4 longos anos o trabalho está disponível para todos trazendo consigo mais sintetizadores consigo do que o habitual da discografia dos catarinenses que teve seu álbum de estreia O Que Existe Dentro de Mim presente na lista de Melhores Discos Nacionais de 2018 do Hits Perdidos, é bem verdade.

sonhos que nunca morrem é um disco que passa por temáticas que vão dos conflitos dos relacionamentos, entre as despedidas, tomadas de ação, receios, confissões e o etéreo. Sempre flutuando pelas influências do rock gélido que compreende o som do grupo que passeia pelo dream pop, post-rock, indie e shoegaze, tendo grupos como Explosions in the Sky, Slowdive, Diiv e The Joy Formidable, como referências diretas.

9) Duquesa Taurus, Vol. 2


Duquesa - Taurus, Vol. 2 (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Boogie Naipe
Gênero: R&B / Rap / Trap

A baiana Duquesa volta com tudo no Vol. 2 de Taurus com direito a participações de artistas como Baco Exu do Blues, Urias, Jovem Dex, Yunk Vino, Zaila, Tasha & Tracie e a produção de Go Dassisti e Iuri Rio Branco.

O futurismo também é uma das marcas e a sensação de continuação com mais recursos e possibilidades é algo notório a cada audição. Ela versa sobre estética, critica a ausência de canetadas de rappers masculinos e cópias de flows, autoestima e a força de resistência das mulheres negras na cena, aparecem ao longo do disco com as parcerias.

8) Nina Maia INTEIRA (leia a resenha)


Nina Maia - INTEIRA (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Seloki Records
Gênero: MPB / Jazz / Indie Pop

No fim de outubro, uma das grandes revelações do ano do cenário musical paulistano, a mineira de nascença Nina Maia, lançou seu ótimo álbum de estreia, INTEIRA. Reunindo 8 canções, o material é daqueles que reúnes canções de toda uma vida, com suas vivências pessoais da juventude, servindo como norte para os processos de amadurecimento e cura pessoal.

A cantora de 21 anos, com ainda muito futuro pela frente, dividiu a produção musical com o músico e produtor paulista Yann Dardenne (Seloki Records). Como todo álbum surge de processos, muitos deles oriundos de testes de tentativa e erro, acerto e maturação, foi a partir dos shows ao vivo que os caminhos foram se concretizando.

Além de Nina (piano, rhodes e guitarra), a banda completa que participou das gravações conta com Thalin (bateria), Valentim Frateschi (baixo), Francisca Barreto (cello) e Thales Hashiguti (viola e violino). Estes que compõe uma cena proeminente contemporânea em seus respectivos projetos.

Jazz, Indie Pop e a MPB acabam aparecendo entre as referências, muitas vezes de forma sutil e plástica com direito a colagens sonoras que criam atmosferas intensas em um disco que olha para o passado pelo retrovisor. As influências fundem o contemporâneo, como ela mesmo revela em entrevista exclusiva para o Hits Perdidos, mas também olha pelo retrovisor grandes clássicos da música brasileira.

7) Zé Manoel CORAL


Zé Manoel - CORAL (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Independente
Gênero: MPB

Zé Manoel mais uma vez se faz presente em nossa lista de melhores do ano e com muita leveza em Coral. Um disco repleto de ótimas harmonais e capricho nos elementos na produção. O álbum do pernambucano tem parcerias de nomes como Alessandra Leão (“Siriri”), Gabriela Riley (“Golden”), Luedji Luna (“Malaika”) e Liniker (“Deságuo Para Emergir”). O material conta com a produção de Bruno Morais. Ancestralidade, raízes e movimento são palavras que definem o quanto o álbum abrange referências sem repetir fórmulas.

6) Boogarins Bacuri


Boogarins - Bacuri (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Urban Jungle
Gênero: Rock / Neo-Psicodelia

Após 5 anos os goianos do Boogarins retornam com Bacuri, trabalho que eleva a capacidade de produzir canções pop e consolidam a banda como banda de rock que bebe sim da psicodelia mas que não se limita a isso. Eles vão de encontro com o renomado As Plantas Que Curam (2013) mas mostram uma banda madura indo de encontro com o futuro.

O single “Corpo Asa”, por exemplo, é um dos grandes destaques e uma das canções de amor do ano. A coprodução e mixagem do álbum ficaram sob a responsabilidade de Alejandra Luciani. Para mim ouvir o disco ao vivo em apresentação no Cine Joia fez com que a percepção do novo disco fosse elevada, por lá eles soltam ainda mais a mão e o show de luzes ajuda a complementar a narrativa.

5) Moreno Veloso Mundo Paralelo


Moreno Veloso - Mundo Paralelo (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Independente
Gênero: MPB / Samba

Dez anos após Coisa Boa (2024), Moreno Veloso lança Mundo Paralelo com composições que vieram justamente do período de isolamento, e, consequentemente da fuga da realidade mundana que estávamos acostumados. O refinamento e parcerias cirúrcicas com nomes como Jaques Morelenbaum, Marcelo Costa, Nina Becker e Tiganá Santana, ainda tem espaço para uma regravação de Marina Lima.

4) Crizin da Z.O. Acelero


Crizin da Z.O. - Acelero (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: QTV Selo
Gênero: Experimental / Samba / Punk / Funk Carioca

Mais uma vez a QTV lançando um disco experimental que você não sabia que deveria ouvir. O projeto mistura funk carioca, cruzando os territórios do samba ao rap, do punk ao gabba, da música do Oriente ao pagodão baiano, sem limites para a provocação sonora como parte da estética. Ironia, lifestyle, futurismo distópico, provocação e altas doses de adrenalina fazem parte deste lançamento. Depois me conta o que achou!

3) Thalin, Cravinhos, VCR Slim, iloveyoulangelo e Pirlo Maria Esmeralda


Thalin, Cravinhos, VCR Slim, iloveyoulangelo e Pirlo - Maria Esmeralda (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos.jpg


Selo: Sujoground
Gênero: Hip-Hop / Rap

Para mim esse é um dos grandes discos de 2024. O selo Sujoground juntou Cravinhos, Thalin, VCR Slim, iloveyoulangelo e Pirlo e nomes como DonCesão, do trapper tchelo rodrigues, yung vegan, Servo, RUBIQuiriku e Marília Medalha nas participações em um projeto grandioso que potencializa a união. A mistura estética que engloba vários ritmos além do rap, e colagens sonoras, me impressionou por si só. Assim como a sua narrativa que te prende do início ao fim.

“O o álbum conta a história do eu lírico Maria Esmeralda, que não se passa nos dias atuais. Entendemos a narrativa e a cronologia ao longo das faixas, onde se mescla a estética do cinema marginal, puxando a MPB e o conceito da ruptura cultural, com uma nova roupagem, a união entre o nostálgico e o novo, utilizando elementos tenros nas produções musicais.”, contam os integrantes do projeto

2) Antônio Neves Deixa Com a Gente


Antônio Neves Deixa Com a Gente


Selo: Mexxe
Gênero: Samba / Jazz / Choco

Quando Antônio Neves lançou seu primeiro disco até mesmo alcançou listas de melhores do ano, mas o seu segundo é ainda melhor. Lançado pelo selo Mexxe, samba, gafieira, choro e jazz andam juntos em harmonia, muito obrigado. O universo do Vasco até mesmo conduz sua narrativa, vale a pena o play!

1) Amaro Freitas Y’Y


Amaro Freitas - Y'Y (2024) - Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos


Selo: Psychic Hotline
Gênero: Jazz

Nos últimos anos o pernambucano Amaro Freitas pode trabalhar ao lado de nomes como Tim Bernardes e Bruno Berle, e em 2024 lançou seu disco pelo selo estadounidense Psychic Hotline. A própria faixa título tem participação do jazzista inglês Shabaka Hutchings.

O quarto álbum faz uma homenagem a Floresta Amazônica, seus rios e o povo indígena Sateré-Mawé da região. As suas gravações aconteceram entre Recife, Milão e Estados Unidos. Entre os outros convidados estão o guitarrista norte-americando de jazz Jeff Parker, Brandee Younger, o baterista Hamid Drake (Don Cherry, Herbie Hancock) e o contrabaixista cubano Aniel Someillan. A produção é dividida entre o músico, Laercio Costa e Vinicius Aquino. A mixagem por Vinicius Aquino e masterização por Kevin Reeves. Não deixe de assistir a uma apresentação do músico!

PLAYLIST: Os Melhores Álbuns Nacionais (2024)


Os 50 Melhores Álbuns Nacionais (2024) - Hits Perdidos - Playlist


É claro que uma lista com 50 Melhores Álbuns Nacionais (2024) ia contar também com uma playlist no Spotify para você conhecer tudo!

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