Retrospectiva 2017: 100 Hits Perdidos do Indie Nacional @Spotify

 Retrospectiva 2017: 100 Hits Perdidos do Indie Nacional @Spotify

A música independente nacional passa por um período um tanto quanto interessante. De certa forma fica a cada dia mais complicado acompanhar o nível de produção que estamos observando. Chegar nesta reta do ano e enumerar quais discos mais gostou fica uma tarefa um tanto quanto difícil. Até diria que injusta.

O que temos observado por aqui também é uma melhor organização partindo de selos e coletivos. Através de uniões e projetos sólidos. A internet que por muitas vezes é uma ferramenta muito útil de divulgação também tem seus poréns. O profissionalismo e o planejamento estratégico são armas que a cada dia deixam de ser luxo para se tornar realidade.

E isso envolve todo o pacote. Da produção, passando pela forma de se comunicar com a imprensa, a coordenação de turnês a identidade. A música engloba muita coisa além de um grupo de amigos afim de fazer um som.

O Ano do Hits Perdidos

  • Listões

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2017 já começou a todo vapor com mil projetos em andamento. O desafio de cobrir um ano da produção de videoclipes começou logo em janeiro com o primeiro listão de clipes (confira a lista).

De lá para cá tiveram mais 10 listões e uma quantidade aproximada de mais de 800 vídeos catalogados. Inclusive o listão de Dezembro e um estudo de caso sobre as listas – e tendências – deve sair em breve.

  • Mutante Radio

A parceria com a Mutante Radio continua de pé, em setembro fizemos 1 ano dentro da rádio que chega a dezembro a 1 ano e meio de existência. O programa do Hits Perdidos alcançará até dia 31/12 a marca de 65 programas transmitidos. Sempre trazendo lançamentos, programas temáticos e nunca repetindo a fórmula. Ele que vai ao ar às terças-feiras às 19 horas.

O Dezgovernadoz, programa que foi diário e agora conta com seis edições por semana chegou no mês de dezembro a marca de 400 episódios transmitidos. Este que passou por várias mudanças dentro da grade da Mutante Radio. Além do time de colaboradores de 2016 para cá ter passado por uma série de alterações, tivemos mudança de horário.

O programa que antes ia ao ar às 22 horas na Mutante Mecânica diariamente, migrou para às 16 horas de segunda a sábado. Atualmente o time conta com o trio do Aperta O Play às segundas, Ricardo e Reinaldo da Old Books Room às terças, Hits Perdidos às quartas, Fábio Shiraga do Limeira Colorida às quintas, convidados especiais às sextas e Ricardo Drago CEO da Mutante Rádio aos sábados. Obrigado Paula Puga (Toca A Cena) pela parceria no Dezgovernadoz também, sentiremos falta por aqui!

No fim do ano ainda ganhamos a estreia do + Dezgovernadoz que tem a missão de acordar os ouvintes da Mutante com 2 horas de música independente nacional logo pela manhã (das 7 às 9 horas).

  • Tributo Ao Pato Fu

Em maio foi a vez do tributo ao Pato Fu, O Mundo Ainda Não Está Pronto, ser lançado em parceria com o Crush em hi-fi. A coletânea reuniu 30 artistas independentes.



Em 2017 a banda mineira Pato Fu  completa 25 anos trazendo na bagagem 10 discos de estúdio, 2 discos ao vivo, 5 DVDS e 34 singles. Pensando nisso, Rafael Chioccarello (Hits Perdidos) e João Pedro Ramos (Crush em Hi-Fi) decidiram criar seu segundo tributo em parceria, “O Mundo Ainda Não Está Pronto”, homenageando a criativa e divertida banda mineira. Nada como seguir o exemplo dos Patos e criar versões desconstruídas e inovadoras, assim como fizeram em repaginações de hits como “Eu Sei” do Legião Urbana, “Qualquer Bobagem” dos Mutantes e “Eu”, da Graforréia Xilarmônica.

Em 1992, Fernanda Takai (vocal e guitarra) frequentava uma loja de instrumentos musicais e lá fez amizade com dois funcionários, John Ulhoa (vocal e guitarras) e Ricardo Koctus (vocal e baixo). Surgia o Pato Fu, trio que abusava do experimentalismo pop com influências que iam da psicodelia ao punk rock, passando pela new wave, bossa nova e rock and roll. “Fazemos muitos sons diferentes, mas, no fim, podemos dizer que somos uma banda do universo pop, que vai de Beatles a Sepultura. Tudo isso vale”, explicou John Ulhoa. Desde então, a banda só cresceu, lançando os discos “Rotomusic de Liquidificapum” (1993), “Gol de Quem?” (1995), “Tem Mas Acabou” (1996), “Televisão de Cachorro” (1998), “Isopor” (1999), “Ruído Rosa” (2001), “Toda Cura Para Todo Mal” (2005), “Daqui Pro Futuro” (2007), “Música de Brinquedo” (2010) e “Não Pare Pra Pensar” (2014) e colecionando hits como “Sobre O Tempo”, “Perdendo Dentes”, “Canção Pra Você Viver Mais”, “Pinga” e muitas outras. Hoje, a banda conta também em sua formação com Glauco Mendes na bateria e Richard Neves nos teclados.

A coletânea reúne diversos artistas do cenário independente nacional dando seu toque em versões para as canções do Pato Fu, as recriando em passeios por estilos como rock, tecnobrega, forró, rap, MPB, folk, stoner rock, psicodelia, experimentalismo…

Participam do tributo :

Antiprisma (São Paulo/SP), Berg Menezes (De Recife/PE mas vivendo em Fortaleza/CE), Capotes Pretos na Terra Marfim (Fortaleza/CE), Der Baum (Santo André/SP) , Djamblê (Limeira/SP), Eden (Salvador/BA mas vivendo em São Paulo), Dum Brothers (São Paulo/SP), Estranhos Românticos (Rio de Janeiro/RJ), FELAPPI e Marcelo Callado (Niterói/RJ), Floreosso (São Paulo/SP), Gabriel Coelho e Renan Devoll (São Bernardo do Campo/SP), Gilber T e os Latinos Dançantes (Rio de Janeiro/RJ), Horror Deluxe (De Pouso Alegre (MG) mas vivendo em Taubaté/SP), João Perreka e os Alambiques (Guarulhos/SP), Lucas Adon (São Paulo/SP), Lerina (Santo André/SP), Mel Azul (São Paulo/SP), Molodoys (São Paulo/SP), Paula Cavalciuk (Sorocaba/SP), Pedroluts (São Paulo/SP), Serapicos (São Paulo/SP), Silvia Sant’anna (São Paulo/SP), Subcelebs (Fortaleza/CE), The Cabin Fever Club (São Paulo/SP), The Outs (Rio de Janeiro/RJ), Theuzitz (Jandira/SP), TucA e Thaís Sanches (Campina Grande/PB mas vivendo em São Paulo/SP), Valciãn Calixto (Teresina/PI), Venus Café (de Volta Redonda/RJ mas vivendo no Rio de Janeiro/RJ) e Yannick com Camila Brumatti (São Paulo/SP).

A arte da capa, inspirada nos robôs gigantes do clipe de “Made In Japan”, foi feita pelo designer Pedro Gesualdi, que também é músico e atualmente toca nas bandas DERCY, Japanese Bondage e Danger City.



O tributo foi um sucesso tendo saído nos principais jornais, rádios, sites, blogs….e até o Pato Fu abraçou o projeto. Pudemos conhecê-los durante a participação deles no Festival Magnéticos que aconteceu em Maio no Sesc Pompeia.


CORREIO
Tributo ao Pato Fu no Jornal Correio Braziliense. – Foto: Reprodução

Mas mais do que conhecê-los, ter a mídia do país inteiro envolvida…ainda tivemos a oportunidade de escrever sobre os 25 anos dos Patos na página oficial do Spotify. Quando parecia não poder ficar melhor, Fernanda Takai e Ricardo Koctus fizeram um faixa a faixa no Facebook Oficial da banda.


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  • Contramão Gig

Quando a gente acha que não compra mais “tretas” em julho nascia o Contramão Gig. Fomos para o campo dos eventos com bandas autorais e daí surgia o Contramão Gig e Contramão Session.

Série de shows feita em parceria com os blogs Cansei do MainstreamRockALT e Crush em hi-fi realizadas entre julho e dezembro de 2017 tendo recebido no palco do Bar da Avareza e Estúdio Aurora shows dos artistas e bandas independentes: MolodoysDum BrothersThe BombersIn Venus, Letty And the GoosDevilishPapisaGrenáBratislava, CiganaThe Lonesome DuoRoger AlexMarcelo GrossMissing Takes e BTRX.


PAPISA
Rita Oliva, Papisa, durante seu show no Contramão Gig. – Foto Por: Elisa Oieno


  • Dia da Camiseta de Banda Independente (#DCBI)

2017


No dia (09/12) comemoramos o segundo Dia da Camiseta de Banda Independente. Uma iniciativa que surgiu em 2016 após Joyce Guillarducci (Cansei Do Mainstream) observar datas como:

– ‘WYOBTTWD – Wear Your Old Band T-Shirt To Work Day’ (criado pela inglesa BBC Radio 6 em Novembro de 2008), incentivando seus ouvintes a vestirem suas velhas camisetas de banda para trabalhar naquele dia.

– O dia da Camiseta de Rock (criado pela 89 em novembro/2014).

Assim após conversar com outros sites/blogs/canais de youtube a ideia ganhou maiores proporções. Desta forma se uniram e moldaram o conceito da nova data integrantes do Hits Perdidos, Ouvindo Antes de Morrer, Rádio Minhoca, Debbie Records, Crush Em Hi-Fi, Vi Shows e Podcast, Minuto Indie, PacóviosRockalt e Mutante Radio.

Além de estimular a venda de camisetas de bandas e artistas independentes a campanha visa dar visibilidade a este cenário que brilha mesmo com todas as dificuldades. Desta forma quem participar da iniciativa será recompensado!

“Hoje é dia de correr para caprichar na camiseta e espalhar a palavra, vamos fazer esse dia acontecer! E ah, queremos fotos, muitas fotos, então não deixem de registrar sua escolha com as hashtags #DCBI” foi a convocatória e os resultados podem ser vistos no instagram.

Para este ano aproveitamos a proximidade da data com a última edição do Contramão Gig (06/12) que recebeu a Missing Takes (RS) e a BTRX para fazer uma mini-feirinhas de camisetas de bandas independentes. Quem esteve presente pode renovar a coleção de camisetas de bandas brasileiras. Tivemos a presença do Projeto Torto, Moblins, Dum Brothers e Howlin Records no evento.

  • Cobertura de Shows

Em 2017 estivemos presentes em 110 apresentações de artistas do Brasil e do exterior. A cobertura de tudo isso está registrada no instagram oficial do Hits Perdidos. Alguns shows como do Ventre e Carne Doce, Macaco Bong e Dercy e Ludovic ganharam resenhas bastante comentadas por aqui.


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  • 100 Hits Perdidos do Indie Nacional #2017 @Spotify

Chegamos naquele momento onde ficaremos cansados de ver listas de melhores do ano. Aqui no Hits fazemos um pouco diferente. Separamos 100 Hits Perdidos de 100 artistas do nosso cenário independente que tem feito bonito Brasil afora. Compartilhe com aquele amigo que diz que não se faz mais música boa e viva o independente.

–>Siga o Hits Perdidos no Spotify afinal de contas em breve teremos mais surpresas <—


100 Hits Perdidos 2017


Definitivamente 2017 foi o ano das mulheres na música e a lista de 100 Hits Perdidos deixa isso muito claro. Se compararmos a lista de 2016 com a deste ano também veremos o rap / hip-hop ganhando território.

A playlist mostra também que temos artistas produzindo material de alta qualidade independente do estilo musical ou cidade natal. Temos diversos “Brasis” dentro dela e isso que talvez a torne interessante e não mais uma lista de melhores. Não há ranking de quem é melhor que ninguém, e sim conta com 100 sons que foram lançados neste ano que merecem a nossa atenção.

A lista conta com os artistas e bandas:

Lava Divers, Gorduratrans, Supervão, LudovicThe Tape Disaster, My Magical Glowing Lens, Bike, Cigana, Thrills & The Chase, Kalouv, Molho Negro, Bratislava, Lutre, Cinnamon Tapes, Papisa, Miêta, Musa Híbrida, Sammliz, The Raulis, In Venus, Rakta, Theuzitz, Sheila Cretina, Giallos, Kill Moves, Fernando Motta, Giovani Cidreira, Lvcasu, Carbona, The Bombers, Color For Shane, Leões de Marte, This Lonely Crowd, Melies, Dercy, KKFOS, Corona Kings, Stereophant, Fleeting Circus, Barba Ruiva, Medulla, Camarones Orquestra Guitarrística, Talude, Luísa e os Alquimistas, Far From Alaska, FireFriend, Loomer, Joe Silhueta, Pedroluts, Mopho, Muntchako, Luiza Lian, Letrux, Siso, Xênia França, As Bahias e a Cozinha Mineira, Maglore, Kiko Dinucci, Porcas Borboletas, Mombojó, Zé Bigode, Rimas e Melodias, Brisa Flow, Flora Matos, Djonga, Negro Leo, Baco Exu do Blues, Don L., Rincon Sapiência, Macaco Bong, Metá Metá, Black Pantera, Quarto Ácido, Astro Venga, SixKicks, Red Mess, The Muddy Brothers, Ralo, Rallye, Bullet Bane, menores atos, Os Gringos, Ekena, Luedji Luna, Tassia Reis, Nana, Lucas Santtana, Curumin, Nevilton, Rosa Idiota, Sabine Holler, Ema Stoned, Soledad, FingerFingerrr, Congo Congo, Marrakesh, Frabin, Catavento, Van der Vous e Astralplane.

Siga a lista no Spotify


 

-> Confira também a retrospectiva de 2016

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