The Lonesome Duo & The Lonesome Balladeers: Back to the (Past)
O Dinamite Sunset tem se firmado a cada edição uma das melhores festas para a galera que curte boa música, sempre com atrações do cenário do rock independente do Brasil, a festa tem sido uma das responsáveis para fortalecer a cena.
Mais uma edição da festa aconteceu no anoitecer deste último domingo (15.06), no Dinamite Studius. Com Free drinks e cerveja, as bandas convidadas da noite representaram o que tem de melhor na cena e honraram a responsabilidade.
Confesso que apenas conhecia o Tagore, até já citado em outro post por aqui, mas a grande novidade e grata surpresa foi o show da banda The Lonesome Duo & The Lonesome Balladeers.
Em clima de copa, show aconteceu durante o jogo Bósnia 1 x 2 Argentina, o árbitro apita e começa o show. Não conhecia a banda até então o que fez com que me empolgasse durante o concerto e de pouco em pouco a banda foi me ganhando.
É super natural quando você não está familiarizado com o som de uma banda fazer diversas associações com distintas bandas. E neste caso as referência foram inúmeras que tive até que anotar para não esquecer de nenhuma.
Bandas folclóricas, caipiras, de blues, country, hibilly, rockabilly, bluegrass, latinas e oldies não faltaram na lista. Sim, o som dos caras é uma verdadeira salada e bastante temperada com o melhor do passado, diga-se de passagem.
Para citar algumas bandas que em certos momentos me lembraram o estilo versátil do conjunto eu citaria: Old Man Markley (Bluegrass moderno que flerta com o punk), Mariachi El Bronx (banda alter ego do pessoal do The Bronx versão mexicana), carreira solo do Mike Ness (Social Distortion), esta última citada pelo brother Rafael Pirotti dentre outras que lembrei na hora e agora esqueci pois estava consumindo o drink da casa (risos).
Em aproximadamente uma hora e vinte de show muita coisa aconteceu. Um destaque fica para as excelentes versões de clássicos da música mundial como por exemplo: Muddy Waters, Robert Johnson, Screamin’ Jay Hawkins, The Memphis Jug Band (“Cocaine Habit” da década de 20).
Confira um trecho do show da banda:
Em “Cocaine” rolou o trocadilho bastante pontual até citando o Maradona #TaTendoCopa. A vibe que o show te passa é bastante singular e complexa mas eu explico: tem horas que parece que você está em uma igreja de Nova Iorque, em outros momentos soa como se você estivesse em um espetáculo circense, em alguns momentos utiliza-se da gaita e te remete aos blues típico do programa “Sexytime” transmitido pelo Multishow (sim, eu sei que você em algum momento da vida assistiu a esse soft porn, amigo não se acanhe).
A vibe tenebrosa do cover de “Put Spell On You” do Screamin’ Jay Hawkins, resulta matadora e cai como uma luva no repertório do show. Em alguns outros momentos rola um coral acappela, sim, aquele típicos de coral de igreja e com autoridade, vale destacar a potencia do vocal do vocalista e a sintonia com os backin vocals.
Uma hora pensei que James Dean ia levantar da tumba para vir dançar com o público presente no Dinamite Studius e faltou pouco para isso acontecer de fato.
O Tagore em seguida fez um bom show mas quem roubou a cena mesmo foi o pessoal do The Lonesome Duo & The Lonesome Balladeers, ficou missão impossível superar o que aconteceu no teraço da estúdio depois do show dos caras. Quem viu, viu…quem não viu terá que ir atrás da agenda de shows deles para não marcar touca e perder um show deste calibre (mais uma vez).
A Dinamite Sunset acontecerá regularmente a cada duas semanas sempre trazendo o melhor do que está “rolando” aqui. Fique ligado na página do estúdio e prepare-se para as próximas bombásticas apresentações do puleiro da zona sul.