Ainda estamos em novembro mas isso não significa que não tenhamos álbuns suficientes para fazer um apanhado com 15 ótimos álbuns de bandas australianas lançados em 2020.
A Austrália tem artistas incríveis e por aqui já fizemos duas listas (Lista I | Lista II). Desta vez o foco da nossa lista serão bandas de rock alternativo / indie. Temos de artistas em ascensão local a consolidados a nível mundial. Vamos lá!
O sétimo álbum do Violent Soho foi lançado em abril deste ano logo no começo da pandemia mas nem por isso passou em branco. Nele a banda de Brisbane traz 10 faixas inéditas com canções que tem em média 3 minutos de duração ou seja energético com referências de grunge, punk rock e rock alternativo.
Na época do lançamento a crítica local classificou que o álbum tem seus altos e baixos. Por outro lado foi o segundo disco do grupo a alcançar instantaneamente o topo das paradas da Austrália….sendo assim, entre os fãs, foi um sucesso absoluto.
De Melbourne, na Austrália, e na ativa desde 2013, o Rolling Blackouts Coastal Fever pode ser considerada já uma banda consolidada do cenário local mas nem por isso deixa de surpreender.
Em Sideways To New Italy, explora texturas do rock alternativo, post-punk e, diferentemente do disco da Fiona Apple, não caiu muito no gosto da Pitchfork que deu uma amarga nota 6,6. O que é completamente descartável como nota de corte.
O disco que saiu via Sub Pop Records, tem um pouco de power pop e talvez irá agradar a quem curtir college rock bands e guitar bandas, afinal a banda conta com três guitarristas que também compõe. Com 10 músicas, o álbum tem um propósito muito claro: entreter e divertir. É bastante açucarado e até mesmo romântico.
O segundo álbum de estúdio do Tired Lion sairá no dia 20/11 mas pelos singles que já saíram até agora dá tranquilamente para colocar entre os mais interessantes da lista.
O single “Lie To Me”, por exemplo, teve sua letra escrita pela vocalista Sophie Hopes fala sobre mansplaining. O álbum foi produzido por Luke Boerdam do Violent Soho.
É o terceiro álbum de estúdio de uma das bandas australianas recomendadas para quem gosta de Fidlar, Wavves e os conterrâneos do Violent Soho.
“Nós não planejamos fazer um grande álbum, ou um álbum polido, ou um álbum sobre festas porque o último deu certo, ou um álbum não sobre festas porque queremos nos afastar disso. É apenas escrever sobre coisas diferentes em nossas vidas. Sempre seria apenas Dunies”, contou o vocalista Danny Beus na época do lançamento
Temos um álbum de estreia por aqui de uma banda que surgiu em 2016 e que no ano seguinte lançou seu primeiro EP. O disco consegue trazer referências de bandas como The Kooks e também flertar com o pop punk, ou seja jovem e fácil de ouvir.
O duo apresentou este ano seu terceiro álbum e fugiu um pouco da sonoridade dos dois primeiros onde flertava com o Surf Rock. Neste álbum mais indie, digamos assim, as referências são mais intensas como os contemporâneos do Fountaines D.C. e também abraçando de vez referências do rock alternativo e do grunge.
É o segundo álbum de uma das ótimas bandas australianas de indie pop australiana e conta com quase uma hora de duração. Inclusive foi indicado em seis categorias no Annual Australian Recording Industry Association Awards, entre elas de melhor álbum do ano. Inclusive a ideia do disco é re-imaginar os livros de auto-ajuda de uma forma solta e traz lições aprendidas através de desilusões amorosas.
Acredito que irá agradar a fãs de Arctic Monkeys embora exista um punhado de referências interessantes como o funk rock.
É o terceiro álbum da banda, foi lançado em julho, e tem o espírito das batalhas do dia-a-dia. Rock alternativo é a palavra que define e irá agradar a fãs de grupos como Primal Scream. Fino!
“[É] sobre como as pessoas estão sempre procurando por algo melhor. Tem aquele senso universal com o qual qualquer pessoa pode se identificar, aquela exaustão que você às vezes sente tentando alcançar mais ou ser algo mais.”, contou o guitarrista Johnny Took na época do lançamento.
Essa dica vai para fãs de rock psicodélico, gravado entre 2019 e 2020 o terceiro álbum do Ocean Alley, Lonely Diamond, foi lançado em junho. Aliás eles inclusive antes da loucura toda da pandemia iriam excursionar ao lado do ótimo Psychedelic Porn Crumpets.
É o quinto álbum do multi-instrumentista Jay Watson (Tame Impala, POND) e foi rotulado pela Pitchfork como seu mais ambicioso até aqui. Por aqui achei bastante interessante o desprendimento e as referências que exploram texturas de diferentes regiões do mundo de referências a Syd Barret a até mesmo a música do norte da África.
O projeto de Alexandra Lynn tem referências de folk pop e folktrônica. Seu álbum de estreia é leve, pop, cativante e narra histórias pessoais não tão boas assim de maneira bem humorada e com direito a sing-alongs. Daqueles discos que quando você percebeu acabou.
O álbum da Nat Vazer faz uma série de questionamentos, conta com arranjos na medida, e é orgânico como a vida. O som dyela não é nada óbvio se vermos a trajetória onde passou por bandas de metal e de punk rock antes de ouvir artistas como Andy Shauf, Aldous Harding e Adrianne Lenker (Big Thief). A artista que vê a música como terapia para curar a alma tem raízes no Vietnam e Malásia e falou para a NME sobre a falta de representatividade no cenário indie de Melbourne.
“Em termos de diversidade apenas no cenário musical de Melbourne, acho que temos um longo caminho a percorrer. Mas se artistas como Mitski, Vagabon, Jay Som, The Tontons e Japanese Breakfast foram capazes de quebrar o molde branco independente da América, é apenas uma questão de tempo antes que isso aconteça na Austrália.”, disse Nat Vazer
Em maio Alex Lahey pegou todos de surpresa e lançou um novo EP que foi gravado inteiramente em casa durante o período de isolamento. Ao invés de criar novas canções ela resolveu regravar antigas para encontrar um resultado que a deixasse mais satisfeita.
São 5 canções que ela fez questão de gravar cada uma em um canto da casa. “Every Day’s The Weekend (Laundry Version)”, “Let’s Go Out (Bedroom Version)”, “I Haven’t Been Taking Care Of Myself (Hallway Version)”, “Unspoken History (Attic Version)” e “Wes Anderson (Bathroom Version)”.
O trio mistura punk e rock’n’roll sem muitas firulas mas faz isso com muita competência. Seu novo álbum foi lançado em março e conta com oito canções que flertam com o rock de garagem e a crueza do punk rock.
Divertido no mínimo não é mesmo? Por aqui separamos uma sessão ao vivo da banda para você ver como funciona ao vivo.
Você deve ter chegado aqui e se perguntado: mas ele não vai falar mesmo do Tame Impala mesmo? Bom, pensei por um tempo se deveria deixar de fora mas seria completamente injusto para um álbum que mostra uma nova face do trabalho do Kevin Parker.
Ao invés de tentar refazer o mesmo álbum mais uma vez, ele ousa e vai procurar referências em nomes como Brian Eno e flerta com o pop e o eletrônico como nunca. Mas ele é esperto também, deixa em The Slow Rush faixas para os velhos fãs ficarem satisfeitos.
Chegará aos melhores do ano do hits? Acredito que não mas uma coisa é certa: arriscou e isso é super válido em qualquer que seja a fase de um artista.
É claro que não íamos deixar vocês sem uma playlist com as faixas dos 15 ótimos álbuns de bandas australianas lançados em 2020. Confira a nossa lista no Spotify e siga o Hits Perdidos por lá para playlists exclusivas (clicando aqui).
Por aqui já fizemos listas dos países: Austrália (Parte 1 | Parte 2), Canadá, Palestina, Turquia, Países Comunistas, Holanda, Coréia do Sul, Colômbia (Videoclipes) e 30 Bandas Colombianas, Artistas Africanos,Porto Rico e Espanha.
Playlist Lançamentos Internacionais 2020
This post was published on 9 de novembro de 2020 11:49 am
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