Ano novo e tempo de mudanças no Hits Perdidos. O ano passado foi marcado pelo grande sucesso dos listões de videoclipes que até deram origem a um estudo super detalhado sobre a produção audiovisual do independente brasileiro.
Desta vez resolvi fazer algumas alterações nos moldes. Teremos mensalmente a lista de melhores clipes do mês, outra de lyric videos e uma terceira de sessions.
Janeiro
Fevereiro
Março
Em Abril continuamos a parceria com o programa Udigrudi da Play TV, onde o Hits Perdidos seleciona semanalmente alguns videoclipes para aparecer por lá. Inclusive fizemos um guia completo de “Como fazer para seu clipe aparecer na TV?“.
Vários clipes dos listões já tem aparecido na programação. Lembrando que o programa vai ao ar todos os domingos às 20 horas.
Neste mês de maio trarei os melhores que saíram no último mês e que merecem destaque. Claro que o listão continua democrático e no fim você encontrará uma playlist no youtube – e Spotify – com os 70 coletados ao longo do mês.
A produção independente cresce a cada dia que passa e o investimento na divulgação também. Em uma geração em que poucos escutam um disco do começo ao fim, o artifício dos web clipes tem sido uma boa maneira de expor seus trabalhos.
E estes são feitos de todas formas, com alto ou baixo custo de produção. Com ideias mais certinhas a criativas. No fim das contas o que interessa é eternizar aquele momento e expor seu trabalho com a estética que mais convém atrelar a imagem da banda.
Em Abril inúmeras bandas começaram a divulgar seus curtas promovendo singles antigos ou que estarão presentes em seus futuros álbuns ou EP’s. Reunimos 70 clipes lançados neste mês que mostram alguns dos novos talentos da música independente brasileira. O que impressiona é termos uma média de 2,33 clipes sendo lançados no independente por dia. Na lista temos artistas de 14 estados.
Misturando Soul, Acid Jazz, Rock e o Pop a banda Mushgroom, de São Paulo, lançou no dia 17/04 o colorido videoclipe para “Surgery”. A faixa que integra o álbum Six Senses lançado no ano passado, ganhou um videoclipe dançante com direito a neon e muitas luzes coloridas. Os grandes destaques são a fotografia e a maquiagem.
O clipe foi dirigido por Hilário Pereira, teve como Film Maker Deivide Leme, e Ale Saraiva como diretor de fotografia. Priscila Mestriner foi a responsável pela maquiagem e Thalita Zago foi a coreógrafa.
Tendo membros de Curitiba, São Paulo e Mariscal (SC), o Water Rats está na ativa desde 2012. No dia 03/04 foi lançado o videoclipe para “Rolling Stoners”, este que foi gravado durante a Forever Vacation Sudamerica Tour, esta feita em conjunto com o Deb & The Mentals.
A faixa faz parte do álbum Year 3000, lançado no fim do ano passado 2017 através dos selos Forever Vacation Records, Laja Records e HBB. Já o vídeo foi dirigido e editado por Denis Carrion.
“Essa faixa é um pedido de ajuda do Water Rats aos Rolling Stones. A gente quer descobrir uma maneira de continuar tocando e ficando doidão até envelhecer, tendo um lifestyle abusivo, com a diferença que não somos milionários como eles.
…com um tom irônico, o som tem uma pegada ACDC/Beastie Boys, fugindo um pouco do punk rápido, mas com a personalidade do WR bem implícita, seguindo a linha criada na música ‘Mad Dog’ (EP ‘Hellway To High’)”, conta Capilé.
“O clipe mostra os Water Rats chegando em um bar para assistir um show
(quem toca são os integrantes de Deb & The Mentals). Eles acabam gostando
tanto da banda (e usando algumas drogas) que chegam a fantasiar estar tocando no lugar dos D&TM. No final, vemos que tudo não passa de imaginação”, explica o diretor Denis Carrion
Recentemente fizemos um faixa-a-faixa do novo álbum do power trio gaúcho, El Negro. Desta vez eles chegam com o videoclipe para “Eu Quero Ver Você Dançar Pra Valer”, faixa que conta com a participação de Carlinhos Carneiro, do Bidê Ou Balde, na segunda voz. O vídeo foi lançado no dia 18/04 e conta com a direção de Carlinhos e Ricardo Lage.
Os grandes destaques do vídeo são: a convergência com o estilo – e proposta, o bom uso das luzes e figurino. O clipe foi gravado no camarim do Gravador Pub em Porto Alegre em dezembro de 2017.
“A gente enxerga como uma daquelas músicas com muita energia do Iggy Pop, ele sempre fez todo mundo dançar pra valer. A música é cantada pelo baixista Fabian Steinert e tem também um flerte com Elvis na forma de cantar”, explica Mumu.
“Eu Quero Ver Você Dançar Pra Valer’ é uma congruência de felizes coincidências. Estive na Toca do Bandido, no Rio, durante a gravação do segundo e vibrante disco da El Negro, e minha música preferida era essa. Tanto que pedi para eles que eu gravasse uns backing vocals porque não queria ficar de fora”, explica Carlinhos.
“Para o lançamento dela, juntamos ideias para um clipe simples e com nenhuma aparição da banda. Eles me convidaram para dirigí-lo (eu havia recém dirigido o “Felicidade Espacial” da Ultramen) e, para conseguir fazê-lo, chamei o meu amigão de longa data Ricardo Lage. O resto, é o que vemos em tela: Julha Franz e León Rojas, nossos dois personagens numa só baita artista”, completa.
“Queríamos filmar uma transformação, chegamos em uma ideia com a cara da banda, com a cara do que existe na cidade e com a cara do rock sem firulas”, finaliza Mumu.
É sempre muito legal poder trazer para vocês ideias simples mas com um resultado divertido. O videoclipe dos brasilienses da Cachimbó faz jus a isso.
No dia 26/04 foi lançado o clipe para “Daqui pra lá”, primeiro single do disco Bó que será lançado neste mês de maio. A temática da faixa veio literalmente do papel de bala (Freegells) e segundo seus membros “diz respeito à passagem do tempo e às mudanças que acontecem nas nossas vidas enquanto ficamos à espera daquela pessoa a que trataremos por apelidos tão íntimos quanto vergonhosos.”
Para ilustrar a situação, eles procuraram retratar através do visual e comportamento diversas tribos urbanas. Tudo isso para entregar ao público uma sensação de que seus integrantes foram muitas outras pessoas até encontrar os seus.
Até por isso você se diverte, seja pela atuação como pelo efeito surpresa do que acontecerá no próximo take. Bastou uma boa ideia na cabeça e criatividade na hora de buscar elementos para caracterizar os integrantes, mérito da produção. A direção é assinada por Tomás Alvarenga, já a produção ficou por conta de Fernanda Duarte.
No mês passado a banda Homens de Melo, de São José dos Campos (SP), elaborou um faixa-a-faixa contando mais sobre seu recém lançado disco por aqui.
No dia 04 de abril eles lançaram o videoclipe para a faixa “Lá Sei”. O clipe foi dirigido e editado por Larissa Vescovi e teve como atores Isabela Alcantra, Beca Diniz, Miguel Nador, Yago Carvalho, Mariana Bibanco, Gabriel Sielawa e Tamara Maria Cardoso. Assim como o álbum, o vídeo carrega uma narrativa muito poética através de tons acizentados. Vale a pena conferir o clipe que conta com um ótimo roteiro e fotografia.
No dia 05/04 a banda Plutão Já Foi Planeta, de Natal (RN), lançou o videoclipe para “Estrondo”. Ela que é a primeira faixa lançada pela banda após o álbum A Última Palavra Feche a Porta. O destaque do vídeo fica pelo bom uso da paleta de cores e sua narrativa que deixa a clara introspecção da canção.
“Existe uma mensagem sensual no registro, mas não queria que ficasse tão explícito. Daí, surgiu a ideia de criar uma cerimônia que promove uma reunião entre as pessoas”. – conta o diretor e roteirista Philippe Noguchi
“É como se a canção crescesse acompanhada do contexto do ritual da cerimônia”, diz Natália Noronha, que compôs a canção.
“A música fala de um encontro de energias e a água é o canal para isso, como na Pororoca, evento da natureza do qual a letra de “Estrondo” se refere. Quando a água invade a piscina, é sinal que todos estão convertidos para aquela energia, que desemboca em uma catarse coletiva”, finaliza a musicista
Transição e apostar em uma nova sonoridade, é isto que o videoclipe de “NVMO” da banda paulistana Alaska evidencia. De um som mais calcado no emo e post-rock do primeiro disco, Onda, para um som mais eletrônico e com experimentações (mas sem deixar de ser rock). É deste norte que aparentemente devem percorrer em seu segundo álbum.
“A ruptura surgiu de maneira natural, como resposta do nossos próprios descontentamentos e frustrações enquanto artistas, em relação ao que era – e ainda é – esperado de nós como uma suposta ‘banda de rock’.
Um modelo que se sustenta pelo mesmo tipo de conteúdo e retórica, sendo fotos de show-sempre-sucesso nas redes sociais, ou exigindo que as canções sejam sempre dominadas pelas guitarras.
Isso freia o desenvolvimento dos artistas, a reflexão do público e a dimensão do estilo, o que de certa forma empobrece todo o circuito e as possibilidades de conexão com a nossa audiência. Parece algo incoerente e bastante arrogante. E se é isso que se associa a uma banda de rock, queremos estar bem distantes daí”, cutuca o vocalista, André Ribeiro.
“‘NVMO’, além de apresentar alguns caminhos novos do nosso ciclo criativo, explora uma estética sonora que propõe nos distanciar da prateleira onde foram colocadas as bandas de rock, e nos aproximar do público através de uma linguagem mais literal e direta, sem a mediação de um conceito ou uma abstração, como foi feito no ‘Onda’”, revela o baterista Nicolas Csiky.
Essa relação (quase) líquida e espontânea das redes sociais foi inclusive mote para as composições. Para se inspirarem eles colheram relatos dos próprios fãs que puderam compartilhar seus relatos pessoais de maneira anônima por meio do Curious Cat (para os mais velhos “é basicamente um novo formspring”).
Agora estou curioso para saber o que vai dar dessa mistura tão conectiva e plural que os ruídos – e testemunhos – agregarão ao novo registro. Já o clipe traz das sombras, escuridão, cores fortes, câmera lenta, contemplação e agito para narrar um pouco destas histórias perdidas por algum lugar da (web)esfera.
Em alguns casos versões ganham videoclipes contextualizados e no caso da releitura da Nação Zumbi para “Refazenda” de Gilberto Gil – o registro foi atrás de imagens inéditas do músico baiano. A versão integra o álbum Radiola NZ ( Vol.1).
Produzida pela Paranoid e dirigida por Denis Cisma, a produção revela imagens inéditas do compositor na Bahia dos anos 70. Captadas pelo fotógrafo Mario Luiz Thompson de Carvalho, as imagens exclusivas mostram, através das lentes de uma Super 8, momentos pessoais de Gil na praia entre familiares e amigos.
“Atendendo o desejo da banda de ter a imagem de Gilberto Gil na produção, comecei a estudar formatos para essa premissa. Então, resolvi buscar materiais originais que nos dessem a oportunidade de revisitar o tempo retratado na música. Foi quando encontramos Mario Luiz Thompson e seu acervo”, conta Denis Cisma.
O diretor ainda se inspirou em uma entrevista na qual Gilberto Gil revelou escrever “Refazenda” preocupando-se primeiramente com as rimas e, após ter o material completo no papel, procurou encontrar um sentido para a obra.
“Nesse processo criativo dele, procurei, de alguma forma, provocar o acaso da mesma maneira na produção do filme. Por isso, editamos o material da Super 8 separadamente e, quando unimos as gravações, aconteceu o acaso esperado. Para fazer essas duas camadas conversarem adicionamos as máscaras ‘ameboides’ em 2D”, explica
O próximo videoclipe vem direto de Aracajú (SE) com a banda Mantre. O clipe de “Sem Razão” tem cenas gravadas em Buenos Aires e na praia de Jatubá, em Sergipe. Uma canção que carrega o sentimento de culpa só poderia mesmo era ganhar um vídeo com muitas metáforas e produção cinematográfica.
No roteiro escrito por Jesus Alves, o personagem principal fica preso em uma sequência de fatos ligados a um acidente.
“Há um bom tempo a banda já vinha sentindo a necessidade de transcender o que estava sendo gravado no álbum Introspecto (2016), era um desejo de criar algo que resumisse a essência da música, e que contemplasse a atmosfera do nosso projeto. O que parecia um devaneio, depois de alguns meses se tornou um pré-roteiro que mexeu com todos. O estranhamento foi ganhando vida e só aumentava a sensação de estar próximo de concretizar algo que desejávamos muito”, conta o baterista Nonato.
“Durante nosso brainstorm tivemos a ideia de um ciclo em que o personagem está preso a um lapso temporal caçando a si mesmo. Essa foi a forma de metaforizar a culpa que sofremos sobre nossos próprios atos. No caso, o ato do personagem ter matado sua família em um acidente”, revela Nonato.
Na parte técnica: Jesus Alves (roteiro, direção, montagem e correção de cor), Florencia Castro (produção), Nicolas Schneider (direção de fotografia e correção de cor), Federico Nístico (assistente de câmera) e Gabriela Leston (fotografia). Os atores foram Fernando Pardo e Florencia Castro.
No dia 04/04 o Gagged com PREMIERE no Hits Perdidos lançou o videoclipe para “Cidade Sem Lugar”. O cenário do videoclipe do Gagged é uma São Paulo hostil, sem espaço para o diálogo e cheia de conflitos sociais. Impunidade e medo de um futuro ainda mais desgostoso é o que inspira os compositores da canção.
A faixa é o primeiro registro a ser lançado do próximo disco dos paulistas. Para a missão de gravar o clipes eles convocaram Deivide Leme, da Couraça Filmes, que assina a direção e produção.
O vídeo é simples mas direto ao ponto e nele mostra a banda tocando dentro de uma caixa forrada pro papel jornal, do chão ao teto feito uma caixa de sapato. Durante os takes aparecem manchetes de jornais com as aberrações que estamos expostos todo dia, como a violência, a impunidade e os escândalos. O lado desumano do cotidiano de São Paulo é amplamente criticado.
A produção do vídeo foi um caso a parte, para revestir as paredes com colagens de jornais foi necessário um dia inteiro de trabalho. Este que foi feito da própria banda junto ao diretor.
Sobre o conteúdo das manchetes de jornais eles comentam:
“É uma das consequências das relações permeadas predominantemente pela
lógica do dinheiro. Tudo aquilo que foge da lógica da eficiência, tudo aquilo que
apresenta a imperfeição humana, tudo aquilo que contesta – ou emperra – o
ritmo da ‘máquina’ é rechaçado, rebaixado, marginalizado”, aponta o vocalista
Zeca.
O hardcore vibrante da banda revela um pouco da nova fase do grupo que além do disco deve lançar em breve um livro que conecta o punk rock a uma análise política da realidade contemporânea.
De Olinda para o listão de melhores clipes do Hits Perdidos. o vídeo “Distante” d’O Barco lançado no dia 16/04 chamou bastante a atenção por aqui. Muito disso por seu roteiro, fotografia e narrativa poética que dialoga com a composição através de metáforas.
No clipe, a atriz Pâmella Valença lida com a dualidade e a angústia da esquizofrenia. “Vivemos em uma era de constante agilidade e cansaço pela rotina dos dias. A letra da canção buscou retratar que a esquizofrenia pode ser um estado normal do ser humano”, comenta Vicente Gallo, vocalista d’O Barco e um dos diretores do videoclipe
“Foi corrido e complicado, tínhamos apenas dois dias para filmar”, conta o diretor que utilizou do recurso do drone para as gravações, feitas na praia de Rio Doce. Vicente e Júlio Fonseca dividem a direção. Já a produção foi realizada pelo Subverso Lab.
Após lançar um clipe em 360, no dia 20/04 a Cordel do Fogo Encantado de Arcoverde (PE) disponibilizou em versão “normal” o videoclipe para “Liberdade, A Filha do Vento”.
A direção é inclusive assinada por por Eduardo Pereira, Felipe Falcão, Lirinha e Clayton Barros, integrantes do grupo. As gravações aconteceram no Sítio Alcobaça, que fica na cidade de Buíque (PE) e no Vale do Catimbau, em Arcoverde (PE).
“Participar do clipe, também como diretor, foi um trabalho incrível pra mim, pois, depois da música, a fotografia e o vídeo são minhas paixões artísticas. Me dedico à criação de imagem desde 2000, passando pela fotografia analógica, até a digital. Além disso, fazer uma direção coletiva foi muito rico, pois discutimos sobre várias ideias até chegarmos nesse resultado”. – conta Clayton sobre a experiência como co-diretor
Quem frequenta a paulista aos domingos com certeza já se deparou com a banda de folk The Leprechaun se apresentando. No dia 06/04 eles lançaram o videoclipe para “Nothing Is Gonna Be All Right”, faixa presente no álbum Isosceles.
O vídeo foi dirigido por Max Lima em parceria com Rodolfo Francisco Marga, da M ao quadrado, e foi gravado em Vargem Grande (SP). O roteiro conta a história de um homem que perdeu sua mulher e passa por dias solitários.
“Esse clipe vem em um momento novo, em que estamos mais maduros como banda. Esperamos que todos possam se emocionar com a mensagem que ele passa assim, como nós nos emocionamos”, afirma a vocalista Fabiana Santos.
Apesar de hoje em dia viverem em Vancouver, Canadá, a Palm Haze nasceu ainda como um duo durante uma viagem para Ilhabela (SP). Formado em 2015 por Anna Wagner e Lucas Inacio, o som mistura Shoegaze, Dream Pop, Alternative Rock e Grunge. Inclusive eles tem show marcado no Breve no dia 17/05 ao lado do S.E.T.I. e Early Morning Sky, única oportunidade de vê-los em terras brasileiras neste ano.
No dia 20/04 foi a vez deles lançarem o videoclipe para “Tangy Dream”, colorido e contemplativo, lembrando muito a estética do RIDE, Sonic Youth e Mazzy Star.
A não tanto tempo assim fizeram a Premiere do mais recente lançamento da Amphères de Santos (SP) por aqui. No dia 05/04 foi a vez de “A Dança” ganhar um videoclipe – e claro que performance artística não poderia ficar de fora.
As cenas do videoclipe foram gravadas no Centro Cultural Português, no Centro Histórico de Santos, e tem como convidada especial a dançarina de flamenco Thaís Caniatti, que traz movimento à música Dança. Já a direção é assinada por Rodiney Assunção.
A tão esperada animação da Mudhill para “Just Look Back” finalmente foi lançada no dia 23/04. A faixa esta presente no disco Expectations (2016), e teve clipe produzido por Ricardo Kump.
O roteiro é inclusive pós-apocalíptico e a animação acontece em um universo paralelo onde os computadores são mais importantes nas nossas vidas, a banda vandaliza um dos seus e o deixa jogado no meio de um terreno baldio. O personagem Bill, um apaixonado por computadores vê a cena e os faz pagar pelo comportamento.
“A letra da música foi baseada no filme ‘Her’ [Spike Jonze] e a história é basicamente sobre um homem que se apaixona por uma voz de computador. No começo da internet no Brasil, eu usava muito o ICQ para conhecer garotas, porque eu era muito tímido. Para quem não conhece, era uma espécie de Tinder ou Happn da época. E sem conhecer a pessoa pessoalmente, eu me apaixonava pelas palavras lidas e ligações no telefone. Cheguei até namorar algumas que conheci pela internet”, conta nostalgicamente o vocalista Zeek Underwood.
O desenho ainda conta com uma série de “easter eggs”, dos anos 90 (obviamente, onde tudo gira no universo da Mudhill). Com a presença de atores conhecidos da década, como John Candy e Chevy Chase, além de referências a jogos de videogame “Full Throttle” e “Double Dragon”.
A big-band de Funk/Soul/Rock e P-Funk paulistana, Big Pacha, no dia 20/04 lançou o videoclipe para “Suor”. O clipe foi produzido pela Salga Filme e teve roteiro, direção e edição realizados por Lana Scott.
A rotina pesada do trabalho e o desgaste físico são mostrados em diferentes situações no vídeo, em uma letra que fala literalmente sobre o ato de suar. Desde o suor por pegar pesado no batente, como o suor no momento da diversão.
Também não faz tanto tempo assim que fizemos a Premiere do EP do Kanduras. No dia 03/04 foi a vez de “Vem Cá” ganhar um videoclipe carnavalesco (pois é, em abril depois de tantos em fevereiro – e março). Os encontros e desencontros dos blocos, e festas, de carnaval são retratados no clipe dirigido e roteirizado por Gabriel Dantas.
Logo no dia 01/04 o duo brasiliense, Cabra Guaraná, lançou o nonsense e toscocore clipe para “Imortal”. O mérito está todo na forma escrachada de subverter até mesmo o que deveria (ou não) ser um clipe sério.
Com colagens caseiras, e não se importando com o acabamento (até tirando sarro disso), eles se divertem, passam sinceridade e fisgam seu público com seu funk / trip-hop / psicodélico. O primeiro álbum sairá ainda este ano.
No dia 03/04 a carioca Galega lançou o videoclipe para “Mundo Caos”. O senso de humor e o jeito escrachado da narrativa são os grandes destaques do vídeo.
“O diretor Orlando Ávila optou por uma estética do Kaos, de alegorias, de lugares como o Centro do Rio de Janeiro, com muita gente andando com pressa, no meio das ruas do Saara, no caos do trânsito, pra representar a cidade nos sufocando, paralelo que ele faz com a água, quando canto submersa, sem conseguir respirar. Em ambos os cenários há resistência, porque há festa, movimento, e mesmo sufocada, ainda estou cantando”, conta Karine Carvalho, a Galega.
No dia 04/04 a banda OutroEu de Nova Iguaçu (RJ) lançou o videoclipe para “Ai de Mim”, este que conta com a participação da Sandy. A fotografia e as locações são os grandes destaques do curta.
O vídeo, com direção de Philippe Noguchi, tem inspiração no surrealismo contemporâneo. A ideia é contar uma história de transformação e liberdade, com uma proposta estética original e inédita. As gravações aconteceram em quatro locações em São Paulo: um quarto, um barco, uma praia e um descampado.
O Folk / Pop também tem espaço na lista deste mês. No dia 23/04, o músico paulista, Julian Campos disponibilizou o vídeo para “Qual Será o Nome Dela”, faixa do disco Sorte, Acaso ou Tanto Faz. O vídeo dirigido por João F. Saddock mostra em seu roteiro como os acasos da vida fazem parte de nosso cotidiano.
No dia 04/04 foi a vez da paranaense Karol Conka lançar o videoclipe para “Cabeça de Nego” este que faz homenagem ao eterno Sabotage e foi dirigido por Johnny Araujo e Leandro Lima.
O mérito do vídeo está justamente no processo de pesquisa, locação e adentrar ao universo da lenda do rap. Tanto é que em seu começo o papo central do clipe era como era o comportamento e hábitos dele – e tem como plano de fundo o local onde Sabotage cresceu.
Já no dia 04/04 foi a vez dos cariocas do 3030 lançar um vídeo em parceria com o Emicida. A faixa em questão é “Febre de Mudança” que está presente no disco Alquimia. O clipe que foi dirigido por Pedro Coqueiro e que tem roteiro de Duda de Almeida impressiona pela fotografia, cores e boas locações.
Depois de lançar o aclamado Regina, lançado no ano passado, o rapper niLL disponibilizou no dia 20/04 o videoclipe para “WiFI”.
O vídeo traz o rapper acompanhado de banda em uma apresentação para alguns “fantasmas” envoltos em lençóis. Com direção e roteiro de Davi Rezaque (nill), co-escrito por Ronald Rios, captação de imagens pela Black Pipe e edição de Video Mauler.
A MC de Guarulhos (SP), Letícia Alcântara, lançou no dia 16/04 o clipe para “Leoas Bravas”. Este que conta com a participação de mulheres negras, em close, retratando as belezas, as semelhanças e as diferenças de cada uma. Mostrando a luta da mulher na sociedade. O clipe que foi dirigido por Keyla Carolyne teve a produção é assinada por Peixe Barrigudo e Vale das Pretas.
O Haikaiss no dia 20/04 lançou um clipe tirando sarro com “seus haters”. A faixa em questão é “Isso Que Me Resta” – primeiro single a ser divulgado do novo disco que se chamará Aquário.
O vídeo dirigido por Naio Rezende mostra eles vestidos como ET’s e faz referências a vários filmes dos anos 00 do gênero, como por exemplo MIB e parece ter sido inspirado na videografia do Eminem.
A rapper paulista Caroline Souto, a Souto MC, lançou no dia 23/04 o videoclipe para “Mambo”. Produzido integralmente por mulheres, a história contada no clipe sequencial continuará em Selena, já em processo de produção. A direção de “Mambo” é assinada por Érica Pascoal.
“O clipe tem grande significado pra mim, em tudo, desde o início do roteiro, até os detalhes mais imperceptíveis”, comenta a MC
“Quando a Souto chegou com a gente pra fazer o videoclipe, trocamos uma ideia e decidimos que precisávamos contar uma história; e aí pensamos fazer Mambo e Selena como continuidade um do outro”, explica Érica Pascoal, que assina a direção e direção de fotografia do vídeo com o selo Ganga Prod, uma produtora audiovisual formada só por mulheres.
O destaque é justamente por através da relação da invisibilidade social de um ambulante, mostrar como a sociedade reage com desdém a quem está suando para ganhar seu dinheiro de maneira honesta. Sendo assim, o mérito está na contextualização de seus fortes versos. Após o lançamento ela prepara seu primeiro EP que sairá ainda em 2018.
Além dos 28 eleitos como melhores do mês nas playlists do Youtube e Spotify vocês poderão encontrar os clipes dos artistas e bandas:
Trampa “Guerra” (Brasília / DF), Punching Namard “Never Again” (Rio de Janeiro / RJ), Belga “Âmbar” (Brasília / DF), Procurando Kalu “Psicotropical” (Sobral / CE), De um Filho, De um Cego “Braço de Ferro” (Jacarezinho / Maringa / PR), Roboto “Flauta Doce” (Belo Horizonte / MG), Carcadia “That Morning” (Santa Rita do Sapucaí / MG), Chameleo “Color Blind” (Curitiba / PR), Kassin “Relax” (Rio de Janeiro / RJ), unDRONES “Moça” (Maranhão), Daniel Peixoto “Aura Negra” (Fortaleza / CE), Escambau “Duro En Mi Coche” (Curitiba / PR), Seu Juvenal “Rock Errado” (Ouro Preto / MG), Gamp “Tudo que acaba” (Belo Horizonte / MG), OCRIME77 “Pataco” (São Bernardo do Campo / SP), Sinta a Liga Crew “Correria” (João Pessoa / PB), Lukash “Asa Negra” (Rio de Janeiro / RJ), Escombro HC “Entre Lobos” (São Paulo / SP).
Síntese “Vento” (São José dos Campos / SP), Djonga “Corra” pt. Paige (Belo Horizonte / MG), Vinikov “Balalaica” (Belo Horizonte / MG), Moara “Peito Aberto” (Brasília / DF), Sergio Estranho | Tadeu Msour | Eloy Polemico “Ofício Sagrado” (São Paulo / SP), Taz Mureb “Depois das Duas” (Rio de Janeiro / RJ), VigárioZ Crod Alien “Crizze do Cramunhão” (Limeira / SP), Mooca All Stars “Pode Acreditar” (São Paulo / SP), Bertone “Ah Mulher!” (Patos de Minas / SP), Peu Del Rey “O Lado Bom da Vida” (São Paulo / SP), Nino “Navegar Neste Mistério” (Porto Alegre / RS), Crappy Jazz “Subitamente” (Londrina / PR), Vesta “Reagir” (Praia Grande / SP), Distrito Zero part. Siquieri “Facínoras” (São Paulo / SP), KMILA CDD “Ciranda da Vida” (Rio de Janeiro / RJ).
Rodolfo Krieger “Louvado Seja Deus” (part. especial Arnaldo Baptista) (Porto Alegre / RS), Paulo Carvalho “O amor não é pra ser amado” (São Paulo / SP), Daniel Villares “O Que o Vento Traz” (Rio de Janeiro / RJ), Luanna “Panca” (São Paulo / SP), Hempadura “5 Tiros” (Porto Alegre / RS), Roberta Campos “Amiúde” (Part. Marcelo Camelo e Marcelo Jeneci) (Caetanópolis / MG), Drive “Destino” (Rio de Janeiro / RJ), Du Negreiro “Tenha Fé” (Rio de Janeiro / RJ) e Fluxo Sonar “Até o Fim” (São Luis / MA).
PLAYLIST NO YOUTUBE
Preparamos também uma playlist no Youtube com os 70 videoclipes coletados durante o mês de abril. Assim quem quiser ver tudo de uma vez basta apertar o play.
PLAYLIST NO SPOTIFY
Desta forma chegamos a playlist com os clipes independentes lançados no mês de Abril (2018). Dos 70 vídeos do post, 52 possuem as faixas no Spotify. Muito disso por conta que algumas faixas serão disponibilizadas quando o EP ou álbum forem lançados na plataforma e outros pelo artista/banda não ter material por lá.
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This post was published on 2 de maio de 2018 11:36 am
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