Transformações e descobertas dão norte ao 1º álbum da Dolores 602

 Transformações e descobertas dão norte ao 1º álbum da Dolores 602

Certos discos caem feito uma cura para tempos nebulosos e dias nublados. De certa forma eles nos trazem uma leveza e energia boa para que possamos lidar com as dificuldades e problemas do dia-a-dia.

Traduzir isso em palavras e conseguir musicar de maneira pop – e cativante – é um verdadeiro dom. Esta é a fórmula do primeiro álbum da banda de Belo Horizonte, Dolores 602.

Cartografia foi lançado no dia 02/03 e serve de combustível para que tentemos ver a vida sob um olhar mais leve e buscando progredir como ser humano em nossa passagem por esse plano. Para encarar a vida em meio a inúmeras possibilidades e nos auxiliar com que nos reerguamos feito uma fênix no horizonte. Apesar das barreiras e da carga pesada ainda há espaço para novas batalhas e consequentemente novos sorrisos.


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Dolores 602 lança seu primeiro disco. – Foto Por: Raquel Pinheiro 

A banda mineira é composta por Débora Ventura (voz, violão, guitarra), Camila Menezes (baixo, ukulele, voz), Isabella Figueira (bateria, gaita, escaleta) e Táskia Ferraz (guitarra, vocais)​. Após 7 anos juntas, e tendo apenas um EP lançado, chegou a hora de lançar seu primeiro álbum de estúdio.

Antes do lançamento do disco, no fim de novembro, elas lançaram o videoclipe para “Dolores”, faixa que encerra o álbum. Este que foi dirigido pela Raquel Pinheiro em conjunto com a banda. Chegou até a estrelar a lista de clipes independentes lançados em novembro do Hits.



Sobre o disco elas comentam:

“A música gravada tem essa potência de chegar em lugares inesperados e é isso que queremos: trilhar novos caminhos e continuar escrevendo essa história”, comenta Isabella.

“Cartografar é um processo de constante transformação e descoberta, nunca termina e para nós está começando um novo caminho”, analisa Camila.

“Fizemos o disco num processo estendido, com tempo de deixar a música amadurecer. Começamos experimentando roupagens diferentes de músicas já existentes e novas canções foram surgindo. A escolha das que iam entrar pro disco baseou-se numa sensação de pertencimento”, pontua Débora sobre o processo criativo por trás do trabalho”, diz Débora

“Acho urgente falar sobre pequenas belezas. Nosso tempo tá confuso, as pessoas são enganadas facilmente com notícias ruins o tempo todo e desejar amor ao outro é uma
forma de mudar essa perspectiva”​, reflete Táskia.

“O disco traz uma mensagem de liberdade, de viagem, de esperança, de novos
caminhos, aceitação e superação.”, relata a banda

Dolores 602 – Cartografia (02/03/2018)

O álbum tem co-produção de Thiago Corrêa (Transmissor) – no qual o conjunto já havia anteriormente trabalhado junto no  single “Petit a Petit“. O registro conta com 10 faixas e 34 minutos de duração.

O lado leve e pop do disco está presente inclusive nas influências que a banda cita de grupos como Maglore, The Black Keys, Widowspeak, Warpaint, passando por The Cranberries, Rita Lee e os conterrâneos do Pato Fu.

O disco não quer fechar as reflexões e respostas para quem ouve mas claro que o momento tenso político e social acaba influenciando faixas como “Astronauta”, um dos destaques do lançamento.

“De certa forma esse trabalho descreve alguns aspectos do que a gente vive, mas não que isso seja algo fechado. Qualquer pessoa que estiver ouvindo é capaz também de cartografar por si mesma e dar sua significação”, pontua Camila.



O álbum se inicia com a doce e zen “Cura Meu Olhar” que passa uma sensação de paz e reconforto. Um pop perfeito e muito bem produzido que fala sobre se redescobrir para se levantar. Daqueles prontos para tocar nas FM’s. O interessante são os flertes com o alternativo e a leveza inerente a canção.

Sobre a canção, Camila conta que se inspirou no projeto visual CURA – Circuito Urbano de Arte, intervenção urbana plural que coloriu uma paisagem antes cinza.

O lado mais flertador e “a dois” ganha corpo e retoques com muita delicadeza em “Ponte Zen”. Cheia de metáforas, erotismo e clima quente, a faixa mostra tudo isso por um viés apaixonado. A jam que antecede a parte da canção é bastante interessante por conta de sua progressão de acordes.

“Astronauta” é um hit perdido e fala sobre as tempestades e destruição dos tempos lamacentos que temos vivido. Mas ao invés de ter um ar pessimista…ruma para o campo de procurar soluções para não ficar preso a inércia. Esses começos e recomeços, furacões e transformações que temos que passar para encontrar uma luz no fim do túnel.

“Cartografia”, faixa que também dá nome ao disco, é uma com as letras mais bonitas do registro. Com uma levada inclusive mais indie folk que lembra um pouco o estilo da banda OutroEu.

Inclusive já que citamos uma banda nacional nesta resenha, se gostar do som da Dolores 602, recomendo fortemente procurar pelos discos da Plutão Já Foi Planeta de Natal (RN). Mas voltando a faixa, ela chega de mansinho e Débora e Camila dividem o vocal fazendo um bonito dueto.


https://www.youtube.com/watch?v=O13N_nW_oyg


No dia 08/03 a canção ganhou um videoclipe que retrata o corpo como casa de uma individualidade a ser respeitada, um universo de experiências, possibilidades, marcas e sensações únicas. O vídeo foi dirigido por Xande Pires e teve a produção realizada pela Imago Filmes.

Nas palavras de Camila Menezes (baixista e autora da música), a concepção do
vídeo se encontra na questão de como é habitar um corpo e “de que forma a vida
das pessoas, na busca de se entenderem como são, reflete na constituição de seus
corpos”.

“Joy”, que em inglês significa literalmente prazer, chega de mansinho e com o clima de conquista. É sobre se entregar sem medo de errar – e ser feliz. Um dos destaques da faixa fica para o trabalho dos vocais e pelas linhas de guitarra.

Assim chegamos a segunda metade do álbum com “Voo” que já começa com guitarras bluseiras. A percussão também tem papel fundamental na ambientação do som que junto da guitarra dá toda a sensação de voo.

“Seu Azul” tem atmosfera mais contemplativa em seu instrumental e é toda melódica. Como a faixa mesmo diz “melodia fria” e através dela tenta buscar a reflexão sobre a libertação. Tocando assim em um dos pontos principais do registro.

Uma das preferidas do Hits Perdidos é “Maior”, esta que é uma parceria da Dolores com os vocais de Thiago Corrêa e a guitarra Henrique Matheus. Foi a última a ser composta – e gravada – e faz uma viagem com o adendo de guitarras setentistas.

Ficou bastante interessante isso de aliar no primeiro trecho vocais femininos e depois agregar a participação de Henrique. Mais uma vez o tema é o recomeço, o curar das dores e o seguir em frente. A necessidade de envolvimento para que as mudanças fluam.

“Outono” é sobre a tristeza, remorso mas conta com a esperança de tempos mais ensolarados. Que esses tragam novas aventuras, amores e emoções intensas. O rock progressivo ganha terreno em seu fim.

Assim chegamos a “Dolores” que como adiantamos antes em novembro teve seu clipe lançado. Este que traz imagens dos arquivos da banda coletados durante os 7 anos de existência. A canção conta com o acordeon de Iara de Andrade que transmite o tom dramático que a composição clama. Como se fosse uma milonga argentina.


CAPA


O primeiro álbum da banda mineira Dolores 602, Cartografia, tem a missão de trazer bons ares para tempos obscuros. Vê o mundo sob uma perspectiva otimista, relata a ardência das paixões, fala sobre a libertação e o espaço individual. De uma maneira bastante pop mas buscando elementos no rock progressivo, alternativo, folk e blues – o que só enriquece o trabalho.

A produção merece um grande destaque pelos belos arranjos e por não tirar o brilho das composições. Estas que são delicadas, cheias de metáforas e deixam o campo aberto para o ouvinte ir além. Um bom disco para deixar tocando e sentir todas as dores, renascimentos e transformações que vivemos – e continuaremos a viver.

Entrevista

[Hits Perdidos] Queria saber como foi o processo para que o álbum fosse lançado. Vocês já tocam juntas a 7 anos, como foi este momento de chegar e falar: “É agora!”?

Isabella: Há quatro anos tivemos a experiência de gravar nosso primeiro EP Dolores 602, que foi um registro das primeiras canções que fizemos. Isso possibilitou que nossa música chegasse em muitos lugares, algumas rádios começaram a tocar e fizemos diversos shows pra divulgar esse trabalho.

Em 2016 veio esse desejo de voltar a estúdio pra gravar as novas músicas que fomos compondo nesse tempo, a partir dessa percepção de como a música gravada tem essa potência de chegar em lugares inesperados.

Além disso, vimos também como uma oportunidade de gerar mais consistência à nossa identidade sonora. Estar em estúdio pode ser um momento muito especial pra uma banda, é uma experiência totalmente diferente de fazer shows. Possibilita uma imersão no trabalho, um olhar diferente, uma escuta diferente, além de muitas experimentações.  É como se colocássemos uma lupa em cada detalhe, em cada som.”

[Hits Perdidos] O álbum é cheio de leveza e tem uma mensagem otimista sobre a vida, mesmo nos tempos estranhos que temos vivido, é a maneira poética que vocês encontraram para abraçar quem mais precisa de conforto? Como veem as relações humanas e essa era de distanciamento, de relações líquidas e frágeis?

Camila: “Desde as nossas primeiras músicas, as pessoas sempre nos deram esse feedback, de que a nossa música tem energia e leveza ao mesmo tempo. Escolher falar poeticamente de coisas bonitas, de formas otimistas de enfrentar situações difíceis, de aceitar que problemas existem e buscar sair deles nos renovando, tudo isso tem aparecido em nossas letras porque refletem o modo como estamos tentando lidar com essas situações. Somos seres humanos e buscamos compreender os processos humanos com sinceridade e empatia. Acreditamos que esse é o caminho.

No clipe de “Cartografia” lançado no último dia 8 de março, por exemplo, quisemos exaltar a liberdade de sermos quem somos. O mundo precisa desse conforto que vem do respeito de uns pelos outros. Se pudermos levar esse conforto através da música, maravilha!”


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As composições são fortes, cheias de simbolismo e metáforas. – Foto Por: Samuel Mendes.

[Hits Perdidos] Consigo ver que vocês tem muita delicadeza em cada estrofe bater forte no ouvinte. Quais compositores e compositoras mais admiram?

Camila: “Temos influências variadíssimas! É até difícil achar algumx artista que seja unanimidade entre nós (risos). Talvez essa nossa forma de expressão tenha mais a ver com uma visão de mundo feminista, de construção do mundo que queremos, por meio de uma elaboração poético-musical que transcenda padrões e busque na experiência humana o seu substrato.”

Isabella: “Tenho ouvido bastante os discos da Luiza Brina, Letrux, Anelis Assumpção, Xênia França, Fernanda Branco Polse e Warpaint. Também não posso deixar de citar a Marina Lima como uma grande referência pra mim.”

Táskia: “Gosto muito de como o Gilberto Gil e o Caetano escrevem, mas acho que não chego nem perto da genialidade deles. Rodrigo Amarante, Marcelo Camelo, Tulipa Ruiz, Tim Bernardes, Rita Lee.”

[Hits Perdidos] O ano passado foi muito importante para as compositoras e musicistas do país, muitas delas conseguiram um grande destaque nas listas de melhores do ano. Como veem este ótimo momento? O futuro da música é feminino? E quais dificuldades ainda enfrentam dentro do mercado da música?

Camila: “Como a própria pergunta diz, o momento é ótimo! =) Não só para as mulheres, mas para o mundo, que está aumentando seu nível de auto-conhecimento.

Explicando: se pensarmos que as mulheres sempre foram atuantes em todos os âmbitos sociais, apesar de toda repressão, mas que a maior parte da história foi escrita e documentada por homens falando sobre homens, o que conhecemos da história da humanidade é muito pouco.

O ano passado foi muito bom porque as mulheres se cansaram de tentar entrar em espaços já existentes, os quais eram muito masculinizados, e passaram a se unir e criar seus próprios espaços, como o Festival Sonora, a Mostra Mulheres Criando, a Mostra Sêla, a WME, dentre outras iniciativas.

Com isso, a produção feminina recente começou a aparecer com a força que lhe é própria. Não acreditamos que o futuro da música será apenas feminino. As mulheres estão se mostrando para abrir caminho para a pluralidade que vai além do binário feminino-masculino. Somos muito mais que isso. ”

[Hits Perdidos] Em “Maior” temos guitarras mais pesadas setentistas que diferem do resto do disco. Queria que contassem sobre as influências e experimentações que se permitiram nesse primeiro registro.

Táskia: “Durante todo o processo do disco procuramos os timbres de cada instrumento muito focadas na sensação que gostaríamos que cada música transmitisse.  Foi uma espécie de laboratório mesmo, em que experimentamos vários pedais antigos como o Memory Man da Electro Harmonix e o RE20 da Boss.

Na gravação de  “Maior” tivemos a participação mais que especial do Henrique Mateus, com uma guitarra pontual e precisa, fazendo outra linha mas nessa mesma pegada.”


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[Hits Perdidos] Pude ler o nome da banda e uma das influências se justamente Cranberries. Somei tudo e pensei: Seria uma homenagem a Dolores O’Riordan sua origem? Como lidaram com a recente perda desta importante figura do rock?

Táskia: “Bem que podia ser uma bela homenagem, mas não é essa a origem do nome Dolores 602! Eu e a Débora somos muito fãs do Cranberries e pra gente foi um baque, acho que pra todas (os) que gostavam da banda e da cantora. Ela sempre será uma grande referência.”

Débora: “Fiquei triste, foi um baque mesmo, demorei a acreditar. No dia fui assistir alguns vídeos do Cranberries na internet e achei uma entrevista antiga onde eles contam um pouco a história da banda, do teste da Dolores pra vocalista, de como eles se sentiram ouvindo ela cantar pela primeira vez… Umas coisas bem legais que eu nunca soube.

Ouvi bastante Cranberries na adolescência, e a Dolores como uma frontwoman cantora, instrumentista e compositora me despertou demais pra música e também me inspirou a seguir neste caminho.”

[Hits Perdidos] “Astronauta” tem metáforas ótimas para esses nascimentos e renascimentos que temos que viver ao longo da vida. Com alegrias, decepções e erguida de cabeça. Em tanto tempo de banda o que fez com que nunca desistissem e corressem atrás dos seus sonhos? E na vida em geral, o que mais as motiva viver neste velho mundo?

Camila: “Nossa…! Se olharmos para trás, tantas coisas já passaram… e, no entanto, estamos aqui. É difícil dizer o que nos fez superar todas as dificuldades e continuarmos em busca dos nossos sonhos. O que sabemos é que nunca faltou colo entre nós. Nunca faltou um ouvido, mesmo quando não sabíamos o que dizer.

É desafiador trabalhar em grupo, principalmente num grupo que se recusa a ter uma band leader, modelo muito comum no mercado musical e com o qual não nos identificamos, pois somos um grupo que busca uma construção horizontal e consensual.

A música “Astronauta” surgiu depois de uma das crises da banda. Foi um momento difícil em que precisávamos nos renovar. E foi também no momento próximo ao golpe de estado que sofremos no Brasil.

A mensagem que a música deixa é que somos fortes e devemos continuar a caminhar, nunca desistir, pois poderemos encontrar outras flores no caminho, que são o resultado da nossa persistência.”

[Hits Perdidos] Queria que contassem sobre o primeiro clipe que a alguns meses foi destaque por aqui no Hits Perdidos.

Isabella: “Desde o começo da produção do disco havia um consenso entre nós da importância de fazer o registro em video desse processo no estúdio, da rotina de ensaios e gravações.

Então chamamos a Raquel Pinheiro, uma grande amiga e videomaker incrível que já havia trabalhado conosco na época que gravamos nosso EP pra nos acompanhar em algumas dessas sessões e a partir disso produzir o making of desse processo de gravação do disco . Só que numa das últimas sessões, em que chamamos vários amigos pra gravarem o coro na música “Dolores” e acabou rolando uma festinha no estúdio, a Quel lançou essa ideia de usarmos alguns dos registros pra fazermos também o clipe da música.

Topamos na hora e decidimos que seria muito legal também resgatar vários registros que havíamos feito ao longo dos últimos anos, muitos deles feitos por nós mesmas em celular, e outros por gente que sempre esteve ao nosso lado nesses anos de trajetória.  São vários momentos descontraídos da gente na estrada, aeroportos, palcos e outras diversas situações que fazem parte da nossa vida como banda.

Gostamos desses clipes que têm esse clima de retrospectiva e que acabam sendo uma oportunidade de olhar pra trás e perceber tantas coisas que já vivemos e quantas lembranças boas construímos ao longo desses anos.”

[Hits Perdidos] Como foi trabalhar com o Thiago Corrêa e como chegaram ao nome do álbum?

Isabella: “A primeira vez que trabalhamos com o Thiago foi em 2015, quando gravamos o single “Petit a petit” em co-produção com ele. E tudo fluiu tão bem que a partir dessa experiência cresceu a vontade de fazermos o disco com ele.

A maneira dele de trabalhar casou muito bem com a nossa porque ele sempre se mostrou muito aberto pra construir de forma coletiva, trocando com a gente e acolhendo nossas ideias. Mostramos pra ele as canções que tínhamos, trocamos muitas ideias , ele acreditou no nosso trabalho e acabamos vivendo uma espécie de laboratório com ele pra encontrar a identidade sonora do disco.

Com ele gente pôde experimentar novos timbres nesse processo, novos instrumentos,  e outras formas de gravar, porque desde o início houve essa busca pra que o disco soasse o mais orgânico possível, como num show ao vivo.É interessante ver a transformação da banda também ao longo desse processo.

Quando começamos a produção do disco, não tínhamos o nome do disco, tínhamos algumas canções que já tocávamos nos shows e queríamos gravar. Foi somente no final do processo, e depois de muitas conversas que escolhemos dar nome ao disco de Cartografia, que também é o nome de uma das músicas. Pra nós, o disco traz uma sensação e uma mensagem de liberdade, de viagem, de esperança, de novos caminhos, aceitação e superação. De se abrir para algo novo e entender esses caminhos.”


CURA


[Hits Perdidos] Vocês se apresentam em São Paulo no próximo dia 16 no Breve com participações especiais da Ekena, Camila Garófalo, Fernanda Branco Polse e Julia Branco – e show de abertura da Marina Melo. É a primeira vez que vem para a cidade apresentar canções do disco, quais as expectativas e qual recado dariam para o público paulista?

Camila: “Será o lançamento do disco Cartografia! Depois de São Paulo é que faremos o show de lançamento em Belo Horizonte, nossa cidade. Estamos muito animadas com a troca que já está acontecendo com nossas convidadas na preparação para o show. Já estivemos em São Paulo com nosso trabalho anterior, o EP Dolores 602, e tivemos uma acolhida sensacional.

Temos a sensação de muita afinidade com o público de São Paulo, de que falamos a mesma língua. Esperamos que esse show de lançamento do Cartografia em SP seja mais uma oportunidade de somar com as minas daí, que têm feito um movimento maravilhoso para a visibilidade da música das mulheres.”

Shows de Lançamento

Em São Paulo (16/03)

Dolores 602 em São Paulo
Participação especial:
Ekena, Camila Garófalo, Fernanda Branco Polse e Julia Branco – Show de abertura: Marina Melo)
Data:
16 de Março de 2018
Horário:
19h
Local: Breve
– Rua Clélia, 470 – Pompeia
Ingressos
: R$ 15
Evento no Facebook
Mais informações


BREVE


Em Belo Horizonte (06/04)

Dolores 602 – Show de Lançamento
Data: 6 de Abril de 2018
Horário: 20:30h
Local: Galpão Cine Horto – Rua Pitangui, 3613 – Horto
Ingressos: R$20 (inteira) e R$10 (meia)

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