25 discos nacionais fora do hype do primeiro semestre (2025)
MONCHMONCH é destaque na lista Fora do Hype do Hits Perdidos. – Foto Por: Marina Mole
Discos fora do Hype para conhecer lançados no primeiro semestre (2025)
Meio ano se passou e provavelmente você se deparou com listas parciais de Melhores do Ano até aqui (como a do ótimo Música Instantânea). Nada contra essas listas, pois são importantes para ajudar com que artistas independentes tenham cada vez mais circulação… mas e os discos de artistas emergentes fora do hype deste radar?
Aqueles de artistas que tem potencial, mas que por estarem em uma fase inicial da carreira ou não terem os holofotes da mídia, acabam passando um pouco distantes. Seja por desconhecimento dos curadores, seja por não contemplar o background de quem a faz, seja por não ter um apoio promocional de grandes gravadoras ou distribuidoras. E tudo certo, mas nem por isso merecem ser esquecidos. Pensando nisso, no ano passado decidi fazer a lista de discos fora do hype lançados nesse começo do ano como uma brincadeira.
Totalmente experimental, já que foi a primeira vez que faço por aqui, então sugestões e críticas sempre serão bem-vindas. Se servir para você orelhar e ampliar seu repertório de artistas, ou até mesmo dar uma chance para aquele artista que você já conhece, mas não deu tanta moral na primeira audição, sinto que já consegui alguma coisa.
Como curiosidade, ao todo foram ouvidos até aqui 134 discos e 26 EPs, todos nacionais. Claro que gostei de muitos mais, mas pelo critério de estar fora do hype, limitei a elencar eles sob esse conceito. Outros do primeiro semestre que gostei muito, mas que os artistas já gozam de certo prestígio de popularidade, estarão na nossa aguardada lista de Melhores Álbuns Nacionais (2025) que sai em dezembro.
Confira a lista de 2024

25 Discos fora do Hype lançados no primeiro semestre (2025)
Ao todo, a lista com discos fora do hype conta com 22 álbuns e 3 EPs, sim, decidi não excluir esses trabalhos. Essa lista também não terá ordem de importância, por isso ela foi feita na ordem alfabética. Vamos lá!
Celecanto Não tem nada pra ver aqui
Viajando pelas ondas psicodélicas com referências que passam pelo indie rock e até mesmo o punk rock, o grupo que tem Miguel Lian em sua formação faz uma refinada estreia em Não tem mais nada pra ver aqui e entra em nosso radar. Entre as referências diretas e indiretas do material estão nomes como Joy Division, Television, Talking Heads, Shame, Squid, Black Country New Road, Lô Borges, Milton Nascimento, Caetano Veloso, O Terno e Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo.
O disco é dividido em dois momentos estéticos: na primeira parte do álbum, o eu lírico reflete sobre o caos externo, trazendo para as canções temas como comprenssão da existência num mundo acelerado, corporativista e capitalista. Já o segundo momento é mais intrínseco e afetivo, voltado a um caos interno, revelando sentimentalismo e até dilemas românticos, conforme revela o release.
Stevie Victor Bebê Clube
Produzido pela idealizadora da banda brasiliense Palamar, Bebê Clube é a estreia de Stevie Victor como solista. Com raízes na MPB mas também passando por outras frequências rítmicas, o trabalho mergulha em temas como a experiência de ser parda no Brasil, os ritos da vida adulta, os laços de família e a construção de territórios afetivos. O material conta com participações especiais de artistas da cena do DF, como Margaridas e Pratanes.
Ente Voltarei a Ser Parte de Tudo
Representando a cena carioca, Ente é uma banda de rock experimental liderada pelos compositores Lucca Valadares e Arthur Bittencourt. Preparado ao longo de mais de 4 anos, o quarteto ainda conta com a bateria de Gael Sonkin (Mundo Video) e o baixo de Nicolas Geraldi. Entre as participações especiais estão Bruno Berle e Marina Nemésio nos vocais, Marcelo Callado na percussão, Stephanie Doyle no violino, Alberto Continentino, que lançou um dos melhores discos do ano até o momento, e Paulo Emmery no baixo.
As influências vão desde o folk noventista do Red House Painters e a psicodelia praiana de Connan Mockasin até o prog brasileiro do Clube da Esquina e dos mais inventivos pós-bossanovistas, encontrando ressonâncias em artistas tão díspares quanto Panda Bear e John Fahey, André 3000 e Pedro Santos.
The Completers The Completers
Após 10 anos de maturação da sonoridade, o quarteto The Completers, de Porto Alegre (RS) lançou um disco interessante pelo selo Yeah You!. A estreia flutua entre as ondas darks do post-punk de artistas como The Cure, Joy Division, The Sound e Wire, mas sem perder a fúria transgressora punk. A masterização do disco ficou por conta de Carl Saff, que já trabalhou com Sonic Youth, Dead Moon, Wipers, Mudhoney, Fu Manchu e muitas outras bandas.
Clara Bicho Cores da TV
De Minas Gerais, Clara Bicho após se destacar com uma série de singles lançou o seu primeiro EP, Cores da TV pelo selo Bolo de Rolo (sublabel do Rockambole). O disquinho ainda conta com parcerias com Sophia Chablau, na faixa título, e “Árvores do Fundo de Quintal” parceria a distância feita com os catarinenses da Exclusive Os Cabides. A produção é assinada por Diego Vargas, da Pluma, e o material passa por temas como o cotidiano, o sentimentalismo da vida adulta e a fusão de gêneros que orbitam o universo do indie rock.
Tropitrōnix Sunset Feelings
O duo de irmãos produtores de música eletrônica composto por irmãos-produtores João Paulo Scalla Oliani ‘Fubá’ (DJ, Músico e Produtor) e Breno Scalla Oliani (Baixista e Produtor), de Poços de Caldas (MG), Tropitrônix, mistura Soul, Disco, House, Chill, Jazz, Funk e Psicodelia em suas ondas no álbum de estreia Sunset Feelings.
Entre as participações especiais, o material conta com o cantor e compositor Luan Ribeiro, o ‘Moonrib’, em “Dreams Come True” e “For You I Pray”, e o músico-guitarrista Lagunaz, em “Infinite Lagunaz Solo”.
Maré Tardia Sem Diversão Pra Mim
De tempos em tempos, surgem bandas que soam como verdadeiras trilhas sonoras perdidas de Tony Hawk’s Pro Skater. Já aconteceu com os californianos do FIDLAR e do Wavves, e agora o Brasil entra no páreo com força: o som cru e enérgico da Maré Tardia, banda de Vila Velha (ES), é mais uma ótima pedida para fãs de punk rock, pós-punk, surf music, shoegaze e aquela nostalgia carregada de atitude.
O segundo álbum do grupo, Sem Diversão Pra Mim, foi gestado ao longo de três anos e chegou ao mundo via Deck Disc, com produção de Alexandre Capilé (Sugar Kane, Water Rats) e Gus Lacerda no Estúdio Costella, em São Paulo. A formação conta com Bruno Lozorio (guitarra/voz), Gus Lacerda (guitarra/voz), Canni (baixo/voz) e Vazo (bateria). A faixa que dá nome ao disco também foi a primeira composta em conjunto pelos quatro integrantes.
As letras mergulham nos dilemas do jovem adulto: vícios, incertezas, crises existenciais e a eterna busca por reconhecimento. A capa, pintada à mão pelo artista capixaba Gustavo Moraes, completa a estética visceral e honesta do projeto. Leia mais!
Rodrigo Stradiotto Smoko Vol. 2
Após lançar Smoko, em 2024, pelo selo Scream & Yell, os curitibanos Rodrigo Stradiotto, Caio Marques e Luis Henrique Pellanda experimentou ainda mais trazendo referências de tempos gloriosos do rock, como David Bowie e Television, misturados a referências mais pujantes do indie rock. Um disco altamente indicado para quem gosta das guitarras popularizadas pelas bandas indies nos anos 2000.
“O Smoko tem como principal característica ser o que a gente está a fim de fazer. E eu estava com saudade de tocar mais guitarra e de pautar mais os arranjos nelas. No álbum anterior e nos outros projetos, eu estava muito nas teclas, nos synths e afins. E acho boa essa alternância”, diz Stradiotto para o Scream & Yell.
Vera Fisher Era Clubber Veras I
Um dos destaques da cena de Niterói (RJ), o álbum de estreia da banda Vera Fischer Era Clubber, Veras I, saiu pela Palatável Records, selo se dedica à pesquisa de música feita com sintetizadores, sem amarras de gênero.
Pautado pela música eletrônica e darkwave, de grupos como Crystal Castles, sua narrativa que passa pelo lado mais dark da noite, entre dor, drogas, desavenças, sexo e prazeres. Nele, o legado de artistas dos anos 80, como Gang 90 & Absurdettes, Fausto Fawcett e Fernanda Abreu é reverenciado.
Jovens Ateus Vol. 1
Dois anos depois do primeiro EP, o grupo Jovens Ateus, de Maringá (PR), que tem em seu DNA o pós-punk dos anos 80, com referências do estrangeiro mas também de bandas clássicas nacionais, lançou pela Balaclava Records o álbum de estreia Vol. 1.
É notória a guinada que a produção tem em relação à visceralidade dos primeiros trabalhos, o leque de referências se expandiu com mais melodias plásticas e arranjos que vão para outros lugares, como o lado mais rustico do Thrash Metal, em “Saboteur Got Me Bloody”, a cadência quase onírica do dream pop. O encontro com o produtor resultou em uma sonoridade ainda mais imersiva, o que, por sua vez, evidencia por sua vez o mergulho profundo, e poético, no campo das composições dos paranaenses.
Vovô Bebê BAD ENGLISH
Quem voltou a lançar discos foi Vovô Bebê ao lado de um time com artistas do calibre de Ana Frango Elétrico, Guilherme Lírio e Biel Basile (O Terno). Dessa vez o compositor, arranjador e produtor carioca transita entre vertentes do rock e a estética dos anos 1990 em um disco em inglês. O material tem a produção de Chico Neves.
“Esse disco é como uma volta no tempo, uma espécie de retorno ao período em que eu me formei musicalmente, que no caso foi na minha adolescência nos anos 90. Na verdade, é um recorte bem específico de uma época: Rádio Cidade, grunge, Gugu, Spice Girls, bandas gringas e o rock nacional com suas misturas inusitadas. Odelay do Beck. Inclusive muitos trabalhos produzidos pelo Chico.
O resultado não é exatamente esse, é mais uma sensação estética que eu me permiti revisitar e usar como guia na hora da produção, depois de mais de 20 anos. (Ou seja: é outra coisa!)”, resume Vovô.
MonchMonch MARTEMORTE
O projeto experimental MONCHMONCH lança o disco MARTEMORTE (saiba mais). O material foi gravado entre Brasil e Portugal e lançado pelos selos Saliva Diva (PT) e Seloki Records (BR). Idealizado pelo paulistano Lucas Monch, suas referências sonoras passam pelo punk rock, jazz, experimental e pós-punk, o que ele curiosamente categoriza como Punk Tropical.
Já no campo das referências além do som, os videogames, HQs e o capitalismo tardio são as maiores inspirações do disco com menos de 19 minutos de duração. O punk torto dos suecos do Viagra Boys e a poesia concreta do Tom Zé, estão dentro das influências perceptíveis ao longo da odisseia do material que usa elementos de spoken word, cacofonias e pedais de distorção como seus aliados.
Fernando Motta Movimento algum
Destaque da cena mineira, o cantor e compositor Fernando Motta lançou em maio seu novo disco com produção de Thiago Klein (Quarto Negro, Apeles) e participações especiais das bandas terraplana (PR) e Paira (MG). Se você procura por guitarras raivosas, sintetizadores e pianos em um universo que mistura dream pop, shoegaze, jangle, slowcore, pós-punk e flerta com música eletrônica e o dance noventista talvez seja um material para mergulhar com calma.
Basement Tracks Midnight Show
O quinteto mineiro Basement Tracks lançou seu segundo álbum, Midnight Show, segundo a banda em um processo de pesquisa e descoberta, tentativa e erro que levou 2 anos. O contexto do disco envolve uma pandemia, perdas, mudanças de casa e de cidade, problemas de saúde e demandas da vida adulta. Novo registro Amélia do Carmo no segundo single, “Dive”, e Stéphanie Fernandes em “20/20” e continua explorando as curvas da neo-psicodelia e do rock alternativo dos anos 80.
Flaira Ferro Afeto Radical
A cantora, bailarina e compositora pernambucana Flaira Ferro disponibilizou seu terceiro álbum de estúdio, Afeto Radical, com direito a participações especiais de grandes nomes da música nacional Lenine e Elba Ramalho. Completam as participações a violeira Laís de Assis em “Sabe”, que ainda conta com arranjos de cordas de Dora Morelenbaum (Bala Desejo) e Vanessa Moreno faz backing vocals na faixa “Irrelevar”.
Na parte das composições, artistas de Pernambuco e da Paraíba, incluindo Juliano Holanda (Goiana), Isabelly Moreira (São José do Egito), PC Silva (Serra Talhada), Isabela Moraes (Caruaru) e Lucas Dan (Santa Rita-PB) contribuem no trabalho.
No campo da sonoridade o mergulho vai desde os ritmos populares do Nordeste — frevo, cavalo-marinho, capoeira, caboclinho e maracatu rural — e os mistura a influências do rock, do pop e da música experimental. Entre as referências estéticas de Flaira para este trabalho estão nomes como Ave Sangria, Alceu Valença, Lenine, Cátia de França, Mutantes, Itamar Assumpção, Gilberto Gil, Rosalía e Stomp.
Desalmado Monopoly of Violence
Em seu quarto álbum, Monopoly of Violence, lançado pela Blood Blast (braço da Nuclear Blast), o Desalmado apresenta sua nova formação e o peso do death metal contemporâneo que se funde com o hardcore.
A crítica aos efeitos da crise do capitalismo na sociedade ocidental faz parte da parte lírica que também aborda ao longo do disco dilemas pessoais, violência e danos sociais.
Moptop Long Day
Após voltar, a banda nacionalmente conhecida durante os anos 2000, disponibilizou um álbum quase de surpresa, Long Day. Entre as influências nomes como Tom Petty, The Rolling Stones e elementos do gênero Americana — permeiam o trabalho. Já as letras forma inspiradas nas mudanças, os desafios e as contradições da meia-idade e da vida moderna. O resultado surpreende justamente pela facilidade do ouvinte notar a leveza e a vontade de explorar novos territórios musicalmente.
“Estamos mais velhos, mais leves. Não temos aquela ansiedade de antes. A motivação agora é puramente artística — fazer algo que nos orgulha, dividir com quem quiser ouvir e ver até onde essa música pode nos levar”, diz Gabriel Marques, vocalista da banda
Abraskadabra Pack Your Bags
A veterana banda curitibana de Ska/Punk, Abraskadabra, desta vez lança pela Repetente Records, um disco gravado nos EUA com Roger Lima, do Less Than Jake. O processo de composição das músicas foi feito em sua maioria pelo saxofonista e vocalista Thiago Trosso e o guitarrista e vocalista Eduardo Gonçalves (Du).
No álbum você vai encontrar temas como ansiedade (’Talking To The Walls’), a sociedade atual (’What’s The Point’), amizade (’Better As A Team’) e luto (’Lucky Day In Hell’).
terraplana natural
O segundo álbum dos curitibanos do terraplana, natural, continua a explorar a estética dos pedais de distorção e chiados do shoegaze. Gêneros como Slowcore, post-hardcore e o post-punk também entram entre as referências. O álbum foi produzido e mixado pelo estadunidense JooJoo Ashworth (Automatic, SASAMI) e masterizado por Greg Obis da Chicago Mastering Service.
“O processo inteiro desse álbum foi muito mais natural [que o primeiro]. Compusemos as músicas nos períodos de intervalos entre shows do olhar pra trás, e as coisas foram saindo de um jeito bem mais fácil e leve. Conversei com a Samira [Winter] no Balaclava Fest que tocamos em 2023, e ela comentou que conhecia um produtor que poderia gostar de trabalhar com a gente.
Então entrei em contato com o JooJoo, apresentei as demos que tínhamos e ele topou de imediato. Durante a gravação do álbum, tudo fluiu de um jeito bem fácil e divertido. A questão da língua pode ter sido uma barreira em alguns momentos, porque nenhum de nós é fluente em inglês e muito menos ele em português, mas por causa disso também aconteceram diversos momentos divertidos que deixava a coisa mais leve, e acho que isso fez com que a música também falasse por nós ou por ele em certos momentos.
No fim, saímos desse processo todo com um aprendizado muito forte de produção, da forma de ver, fazer e tratar a música, e também de confiança no nosso próprio trabalho.”, comenta Vinícius.
Pedro Emílio Enquanto os Distraídos Amam
Misturando pop, indie, música urbana e MPB, com direito a produção de Matheus Stiirmer, Pedro Emílio lançou em maio o álbum Enquanto os Distraídos Amam. Entre as inspirações para o registro o músico revela que histórias alheias e momentos corriqueiros, se transformaram em canções cujas letras refletem dores e desejos universais. No campo artístico, ele cita referências como Tom Misch, Men I Trust, Tuyo, Djavan e Gilberto Gil.
“Gosto de pensar que de qualquer conversa, existe a possibilidade de nascer uma música, um texto ou até mesmo uma frase intrigante. Eu dei atenção a distração das pessoas ao meu redor.”, diz Pedro
LABRADOR Eu Quero Morrer Num Dia De Sol
Em junho a LABRADOR disponibilizou seu álbum de estreia, Eu Quero Morrer Num Dia De Sol. O grupo foi fundado ainda na pandemia por Theo Ladany, integrante das bandas independentes cariocas Um Quarto (¼) (midwest emo), Clava (Hardcore) e Ventilador de Teto (indie rock). Se juntaram a ele os músicos Luis Bernardo (Um Quarto (¼), milk & honey) na bateria, Victor Damazio (Manchester Fluminense, Sereno), no baixo, e Virgínia Ballesteros, no violino.
A proposta sem amarras faz do projeto ter uma estética multigênero que tem como referências um leque que vai de João Gilberto a Sepultura, indo das dissonâncias passando por tempos quebrados a carga explosiva do punk nas percussões. Entre as temáticas que o disco aborda estão a amizade, o amor e a morte.
Jonabug três tigres tristes
O álbum de estreia da banda de Marília (SP), Jonabug, três tigres tristes, conta com 10 faixas que transitam por sonoridades como indie rock, shoegaze, grunge e até mesmo o revival do pop punk. Entre as temáticas o disco explora dilemas de relacionamentos, situações angustiantes do dia a dia e a fragilidade dos laços afetivos. Suas canções transitam entre o inglês e o português.
Superafim Mouth
A estreia da dupla Superafim, composta por Adriano Cintra e Clara Lima, ambos ex-integrantes do Cansei de Ser Sexy, têm como referências do indie rock dos anos 2000 vem através de um EP lançado pelo selo Sound Department. Além de participação de Duda Beat na faixa título e colaboração com Marina Gasolina, em “Let Me Go”.
Apesar de curto, o material consegue fazer um elo interessante entre o pop de outros tempos e o indie rock. O que transforma tudo em algo bastante nostálgico e contemplativo, transitando entre a pista de dança e o divã.
dadá joãozinho 1997
O fluminense dadá joãozinho (ROSABEGE) retorna com o EP 1997 lançado pelo selo Innovative Leisure. O material que leva o nome do ano de seu nascimento conta com a participação da carioca Jadidi e dos paulistas da banda Raça. O lado mais cru e visceral aparece em um disco que o músico opta pela espontaneidade com direito a gravações em um único take de voz e violão para captar o momento.
Joaquim Varanda dos Palpites
A estreia do cantor, compositor e instrumentista Joaquim, Varanda dos Palpites, vem pelo selo Coala Records. A produção é assinada pelo próprio artista em conjunto com Marcus Preto. Em sua banda, o músico contou com uma banda ao vivo composta por Fábio Sá (baixo), Filipe Coibra (guitarra) e Biel Basile (bateria). A mixagem ficou por conta de Tó Brandileone, e a masterização por Felipe Tichauer.
Entre os contemporâneos, artistas como Tim Bernardes, Sophia Chablau, Paulo Novaes, Ana Frango Elétrico e Clarice Falcão, entram nas referências. Clássicos como Beatles, Stevie Wonder, Elis Regina, Chico Buarque, Aldir Blanc, Os Mutantes, além de Angela RoRo, homenageada no disco, entram nas influências diretas.
No campo das participações especiais, Rubel participa na faixa “Falta” e Luiza Villa em “Me Conta”, faixa onde Joaquim explora a versão brasileira de “Something Stupid” de Frank e Nancy Sinatra.
“Nos interessava nesse álbum imprimir, de alguma forma, a sonoridade do meu voz-e-piano ao vivo em um arranjo de banda gravado. Acredito que as escolhas dos integrantes da banda e gravar a cozinha simultaneamente, somadas às mixes e masterizações sublimes de Tó e Felipe, foram fundamentais pra chegar nisso.”, diz Joaquim.