Hoovaranas se liberta em “Me Joguei”, single com fefel (Boogarins, Carabobina)
Trio parananese lança single “Me Joguei” com integrante dos Boogarins
Pude conhecer o trabalho da Hoovaranas em 2019 através do EP Poluição Sonora. Na época 0 trio de Ponta Grossa (PR) formado por Rehael Martins, Eric Santana e Jorge Bahls, até então; tinha respectivamente 15, 16 e 18 anos. Instrumental por essência o material não se prendia em um estilo, e trazia surf rock, post-rock, math-rock, shoegaze, rock progressivo e até mesmo elementos punk rock dentro do amplo campo de referências.
Algo natural de um momento onde a busca pela identidade é algo latente. Lembro até de encaixar eles dentro de uma nova safra de bandas que aparecia naquele momento Sick (MG), Taco de Golfe (SE), Origens (AL), The Nebula Room Experience (RS) e Mineiros da Lua (MG).
Quatro anos depois, em fevereiro, eles lançam seu segundo disco, Alvorada (leia mais). O novo material traz referências de Jazz, psicodelia, math-rock em uma linguagem que eles até definem como “mais sóbria”. Agora eles apresentam em Premiere no Hits Perdidos, “Me Joguei”, o primeiro single da história da Hoovaranas com vocais e letra.
Hoovaranas “Me Joguei (feat. fefel)”
Composta por Rehael Martins, a faixa tem letra escrita a quatro mãos por ele ao lado de Raphael Vaz, o fefel dos Boogarins e Carabobina, que também colabora nos vocais da canção e toca sintetizador. Lançada nesta sexta-feira (09/12) o single foi produzido de maneira D.I.Y. (faça você mesmo) com captação, mixagem e masterização de Eric Santana.
Com melodias lentas e intensidade, “Me Joguei” tem o lado jazzy indo de encontro com a psicodelia, e muita sensibilidade. fefel leva para os vocais a leveza, suspiros e o plano dos sonhos. Fãs de Crumb e dos próprios Boogarins irão se identificar com a levada e aura noventista espacial da canção. A libertação, o desprendimento e autodescoberta dão o rumo das linhas de baixo que ecoam no horizonte, entre guitarras soltas e bateria alta.