Indie Neon BR: terraplana, Grisa, Delusis, Marrakesh, eliminadorzinho e mais

 Indie Neon BR: terraplana, Grisa, Delusis, Marrakesh, eliminadorzinho e mais

Dia de estreia no Hits Perdidos! Continuando a saga de apresentar às 10 novas editorias, a Indie Neon BR trará conteúdos em micro-resenhas do que de melhor tem acontecido no Indie Nacional. Singles, discos e novidades com o radar antenado do Hits Perdidos ganham o palco em um post informativo que acompanha sempre uma playlist!

Sobre a Indie Neon BR

A Indie Neon BR visa apresentar novidades de artistas contemporâneos aliados à identidade do Hits Perdidos com foco em artistas que usem artifícios como sintetizadores, experimentem texturas oníricas e flutuem entre gêneros correlatos ao Indie Rock e seus afluentes. Por aqui você encontrará sons alternativos fora do convencional empurrado goela abaixo todos os dias, nosso Lado B reunirá micro-resenhas, listas e playlists alimentadas aos poucos.

Do synthpop ao lo-fi de quarto, passando por dream pop tropical, post-punk revival e beats cheios de vapor estético — aqui é o lugar do underground.

Uma editoria dedicada ao indie brasileiro com sintetizador, identidade e com o espírito DIY. Pra quem faz som em casa, na garagem ou com estética além do lado esquerdo do dial — e quer ser descoberto por quem escuta além do algoritmo.


Indie Neon BR - Playlist destaque curadoria Hits Perdidos


Estreia da Editoria: Indie Neon BR

Grisa Amor Trespasse

Após residência artística na Casa Líquida, a artista sonora, luthier eletrônica, engenheira mecânica e mestre em engenharia acústica, Grisa disponibilizou Amor Trespasse pelo selo midsummer madness. Os amores transpõem a narrativa do álbum que tem enfoque no minimalismo e navega pelo íntimo, entre travessias e transformações deste processo de autoconhecimento.

A multiartista assina a voz, violão, o Omnichord, baixo elétrico e teclado Hering, além de instrumentos que ela mesma construiu como uma cítara medieval, uma guitarra cigar-box, um telefone-microfone e um teremim. Grisa assina a produção ao lado de Gil Mosolino (Applegate, Bike). O resultado é um álbum indie folk bastante sensível, atmosférico, repleto de camadas e de experimentos.

Pelados “Estranho Feito”

Pelados deve lançar muito em breve seu terceiro álbum de estúdio pelo atento selo RISCO. E parece que experimentar os limites do que é a caixinha do pop e o que é alternativo se materializa na primeira mostra do vindouro material, “Estranho Efeito”. Entre loops, arranjos, colagens sonoras, ecos e beats, eles conversam com a música global sem perder o DNA brasileiro.

Echo Upstairs Estranhos Lugares Para os Olhos

Depois de alguns anos acompanhando de perto o trabalho, Echo Upstairs finalmente coloca na rua seu álbum de estreia via midsummer madness. Estranhos Lugares Para os Olhos, mistura shoegaze, dream pop e folk psicodélico com direito a muitas distorções nas guitarras e vocais suaves de Ana Zumpano. Surrealismo, introspecção, paisagens sonoras e um emaranhado de ondas psicodélicas fazem deste material uma grande viagem com apenas a passagem de partida.

terraplana natural

O segundo álbum dos curitibanos do terraplana, natural, continua a explorar a estética dos pedais de distorção e chiados do shoegaze. Gêneros como Slowcore, post-hardcore e o post-punk também entram entre as referências. O álbum foi produzido e mixado pelo estadunidense JooJoo Ashworth (Automatic, SASAMI) e masterizado por Greg Obis da Chicago Mastering Service.

“O processo inteiro desse álbum foi muito mais natural [que o primeiro]. Compusemos as músicas nos períodos de intervalos entre shows do olhar pra trás, e as coisas foram saindo de um jeito bem mais fácil e leve. Conversei com a Samira [Winter] no Balaclava Fest que tocamos em 2023, e ela comentou que conhecia um produtor que poderia gostar de trabalhar com a gente.

Então entrei em contato com o JooJoo, apresentei as demos que tínhamos e ele topou de imediato. Durante a gravação do álbum, tudo fluiu de um jeito bem fácil e divertido. A questão da língua pode ter sido uma barreira em alguns momentos, porque nenhum de nós é fluente em inglês e muito menos ele em português, mas por causa disso também aconteceram diversos momentos divertidos que deixava a coisa mais leve, e acho que isso fez com que a música também falasse por nós ou por ele em certos momentos.

No fim, saímos desse processo todo com um aprendizado muito forte de produção, da forma de ver, fazer e tratar a música, e também de confiança no nosso próprio trabalho.”, comenta Vinícius.

Winter “Without You”

De Curitiba, atualmente radicada nos Estados Unidos, Winter vem lançando uma série de novos materiais, entre eles o single “Without You”. Samira lançará em agosto o álbum Adult Romantix pela Winspear. Suas curvas sonoras do dream pop recaem de maneira doce como as canções as canções de grupos como Cocteau Twins.

“Essa música mergulha nesse sentimento de saudade, do que chamamos em português de ‘saudades’”, explica ela em um comunicado à imprensa do exterior. “É uma palavra que não tem tradução para o inglês e descreve um profundo estado emocional de saudade nostálgica por algo ou alguém ausente, perdido ou inatingível.”

Marrakesh Marrakesh

Também de Curitiba, a Marrakesh lançou pela Balaclava Records, em julho, seu terceiro álbum de estúdio, este que leva o nome da banda. Entre as mudanças significativas, o álbum foi composto inteiramente em português e abraçou outros estilos dentro do rock alternativo, o que revitalizou a sonoridade, paleta e capacidade de diálogo com o público brasileiro. Apego, dilemas envolvendo autoimagem e resiliência estão entre os temas do disco que flerta com o pós-rock, indie rock, emo e shoegaze.

Delusis Imerso

Delusis, é o novo projeto de Dimetrius Ferreira (ex-Mahmed), de Natal (RN). Sua estreia aconteceu em julho com o EP Imerso (Carmen Records), material que carrega a melancolia inerente ao antigo projeto, com direito a muitas camadas, efeitos e atmosfera viva, repleta de referências do experimental, shoegaze e pós-punk, tudo isso de forma bastante onírica pronta para trilhas sonoras de filmes. O mini-compacto com três faixas foi gravado em São Paulo por Roberto Kramer (ROKR), com co-produção de Gabriel Arbex e baterias por Lubas (Terno Rei).

Favourite Dealer “Frustrated”

Em atividade desde 2019, a banda curitibana Favourite Dealer composta por Wil Oliveira (vocal), Gus Ferrer (guitarra e backing vocals), Jeangiorgio Bartos (baixo) e Bruno Maciel (bateria) lançou seu novo single “Frustrated” em julho. Segundo os próprios, a música é uma espécie de desabafo interno e consciente sobre insatisfação e a falta de perspectiva de futuro sob o olhar da nova geração que cada vez mais se vê perdida em meio a tantos estímulos externos.

A dissonância e o ar mais rocker ganham o peso de fusão entre Indie Rock, o grunge e o new metal em meio a um relato de uma jovem presa nas entranhas da ansiedade generalizada, perdida entre possibilidades, desejos reprimidos e uma rotina exaustiva. A faixa é o segundo single do vindouro segundo álbum dos paranaenses que será lançado ainda neste ano.

eliminadorzinho “Cinza e Carmesin”

A todo vapor a eliminadorzinho lançou no dia 30/07 o single “Cinza e carmesim”, este que conta com a participação de Rubens Adati (Meu Nome Não É Portugas/COMA). O último lançamento antes da estreia do novo disco que sucederá o elogiado Rock Jr. e será lançado pela Cavaca Records.

Fúria, melancolia, explosão, angústia e descompasso eclodem no minimalismo e urgência da faixa que tem como tema transicionar. “Essa é uma composição sobre transicionar. É sobre a pulsão de vida e sobre transformar a tristeza e o ódio em uma força construtiva”, explica Gabri Eliott.

A faixa é o resultado de uma produção colaborativa da banda com Rubens AdatiGabriel Olivieri Calvin Voichicoski, que assina a mix, a faixa teve guias e overdubs captados no Inhamestúdio, foi gravada no Estúdio Cavalo e masterizada por tttigo.

Vianna Moog “És”

Com previsão de lançar o EP, PU, em setembro, a banda de São Leopoldo (RS), Viana Moog, disponibilizou no dia 01/08 o single “És” tendo como referências grupos como P.I.L, The Cure e da banda mineira Último Número. Seu estilo, inclusive, flutua entre a estética lo-fi, o indie dos anos 2000, o noise pop e a poesia urbana.

“No álbum, ‘És’ representa a fragilidade e a confusão de amar o que nos faz mal e fazer mal a si mesmos.”, comenta Everton Cidade, vocalista, escritor e poeta.

Playlist: Indie Neon BR

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