Vivemos um momento incrível na música independente nacional. Ela que possuí diversos nichos e estilos mas que se você sair um pouco do “seu rolê” vai facilmente se surpreender com o universo de boas bandas eclodindo no underground brasileiro.
O exercício de se informar, prestar a atenção aos lançamentos mas principalmente ir nos shows e apoiar é extremamente necessário. A maioria deles é feito total na base do D.I.Y. com produtoras interessadas e buscando seus caminhos para trilhar. Como por exemplo os shows e festivais realizados pelo pessoal do A Porta Maldita, Raro Zine, Sinewave. Além claro da Festa Gimme Danger organizada pela Débora Cassolatto.
Temos por exemplo agora um senhor palco a céu aberto em São Paulo que é a Av. Paulista – aberta para o público aos domingos. Ela tem recebido semanalmente diversos artistas desde músicos, passando por artesãos e a poesia musicada ao longo de sua extensão.
Eventos como a Virada Cultural realizada no mês de maio, Festival Febre (Sorocaba – SP) e o Dia da Música são algumas oportunidades para quem não está tão informado e engajado no cenário nacional prestar a atenção neste momento criativo e transformador em que estamos vivendo.
A sua maior plataforma de disseminação tem sido a internet e seu poder de em poucos cliques você conhecer um novo som, uma nova cena e o trabalho de muitas pessoas. São pessoas que dividem seu tempo entre seus trabalhos convencionais – para pagar as contas – e a arte.
Trabalham duro nos ensaios, gastam um belo dinheiro em suas gravações, agitam na divulgação e fazem todo “o corre” possível para serem enxergados. É, não é das missões mais fáceis hoje em dia fazer o que mais ama na vida.
Mas na arte encontram um motivo para viver. E isso muitas vezes é perceptível ao presenciar suas apresentações, o suor jogado no palco, o esmero em produzir um show com detalhes, performance mas principalmente: fazer algo honesto que vem feito um grito da alma. Uma fúria, uma vontade de desbravar o mundo para no fim do dia ganhar alguns trocados e quem sabe sair com um baita sorriso no rosto no fim de um set.
Pensando nisso hoje decidi aqui falar sobre algumas bandas que vocês realmente precisam ver ao vivo pois o espetáculo e o show de performance merecem destaque. E quem sabe elas ainda inspiram você a ter uma banda ou pensar melhor em como montar sua próxima apresentação?
10 – Mel Azul
Sinceramente quando soube que ia ir no show deles eu me neguei a ouvir para não criar nenhum tipo de expectativa. Apenas vi na página de facebook o som descrito como “Rock Foda”. Dei umas boas risadas e simpatizei mesmo não sabendo o que esperar.
Chegando na Jai Club – casa localizada na Vila Mariana (São Paulo) – fiquei ansioso só de ver que era muita gente no palco, fantasiada de tudo que é personagem da cultura pop mundial. O som envolve uma porção de ritmos passando pelo rock, blues, a música tribal, ritmos latinos, o funk alá motown e o rap.
Aliás vale frisar que todos cantam e interpretam seu personagem no palco. Não demora muito para você ficar boquiaberto com o que está vendo. Altamente recomendável para fãs de Figueroas – e sua lambada quente – a Racionais passando no meio do caminho por Neil Young e o baixo envolvente do Flea do Red Hot Chili Peppers. Ouça o disco Bonde do Esgoto lançado pelo selo Freak.
9 – Moblins
Numa atmosfera completamente diferente temos o incrível mundo da Moblins. Uma viagem intergaláctica pelo mais perturbado que a música mundial já nos apresentou.
Com influências de Björk, Nick Cave, NIN, Radiohead, baixo alá heavy metal, trip-hop, beats darks entorpecidos da cultura japonesa e seu fantástico mundo de animes e video games. Aliás Moblin para quem não sabe é um dos inimigos da saga Zelda.
O show do duo formado por Viviane Barbosa e Steve Di Pace é todo introspectivo e potente. Você não sabe muito o que esperar sobre quais elementos novos eles vão somar na percussão, entre uma guitarrada e um sintetizador mais pesado.
No show que eu fui por exemplo eles no meio do set encaixaram uma música que tinham composto apenas 3 horas antes. E é nesse risco e nesse caos que a Moblins te surpreende. Saiba mais sobre eles em matéria feita pelo Hits Perdidos.
8- Porno Massacre
Se tem um show que você tem que ver ao menos uma vez na vida é o da Porno Massacre. Pense em um show pensado nos mínimos detalhes, onde a dramaturgia converge com a experimentação musical e tudo faz – e não faz – sentido após os primeiros acordes do punk’n’roll cheio de glam rock do grupo paulistano.
Inspirados pelo espírito do Marquês de Sade, todo tipo de recurso é usado: de filmes de bang bang macaroni a temática dos filmes de terror. Em um dos shows que estive presente realizado na Sub Galeria – galeria localizada na Barra Funda (São Paulo) – General Sade, o exuberante vocalista entra com jaqueta e cap de capitão da marinha embaixo de um guarda chuva cheio de penduricalhos de fetos recém-nascidos.
E com uma dancinha ele sobe ao palco vindo direto do meio da multidão. Ao longo do show temos performances de gaitas e sexualidade expressa á flor da pele, de maneira bem humorada e debochada.
This post was published on 15 de novembro de 2016 11:00 am
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