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Release Radar: METZ, Mac DeMarco, Yo La Tengo, Stevie Nicks, BK’, Ga Setubal, Cigana, Bemti, RROCHA, A Balsa, Daniel Tupy, Elízia, Dani Black, Jangada Pirata e muito mais!

Toda sexta-feira saem inúmeros lançamentos e muito material acaba ficando de fora das nossas postagens por uma série de motivos. Mas a procura por Hits Perdidos não acaba apenas no envio de releases para imprensa; e pensando nisso resolvemos criar a coluna Release Radar.

Sim, homônima a playlist semanal do Spotify, para colocar vocês à par dos principais lançamentos sem a necessidade de que os artistas, selos ou suas respectivas assessorias de imprensa tenham enviado o material.

Feito um “encontro as escuras” resenharemos, singles, EP’s, discos, mixtapes e o que acharmos interessante que saiu após às 00h da sexta-feira nas principais plataformas digitais. Será nossa coluna de “pitacos” semanais da música pop.

Release Radar: 09/10


METZ Foto: Divulgação

Sétimo Post do Release Radar, comentem se gostaram e se deve continuar!

Documentário: BK’ “O Líder em Movimento”

Há algumas semanas o rapper carioca BK’ apareceu por aqui e ganhou uma resenha no Release Radar com o excelente disco Líder em Movimento. BK’ foi para Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro, onde passou 7 dias isolado em um sítio dando vida ao seu novo álbum, o registro do processo virou um documentário com filmagem, direção e edição de João Victor Medeiros.

Além dos bastidores, o curta mostra as vivências do artista com seus companheiros de Pirâmide Perdida, especialmente Jonas Profeta (JXNV﹩), que assina os beats de 8 entre as 10 faixas do disco, e El Lif Beatz, produtor executivo e co-diretor criativo do álbum.

Gravado durante a pandemia o doc ainda conta com a participação de Pedro Malcher (pianista e arranjador) e Magno Brito (instrumentista) Arthur Luna (engenheiro de gravação e mixagem).



Bemti e Esteban Tavares “Tango (En Español)”

Já era hora de “Tango” ganhar uma versão em castelhano, não é mesmo? No lugar de Johnny Hooker, da versão em português, Bemti convocou Esteban Tavares o que deu ainda mais dramaticidade que o idioma naturalmente impõe. Fãs de Era Dois vão se despedir do disco bailando em grande estilo.

Ga Setubal Via

O Ga Setubal apareceu no Hits Perdidos algumas vezes tendo lançado videoclipe em Premiere e também nas listas de Melhores Clipes (Já viu a última que saiu ontem?). Integrante da banda Pitanga em Pé de Amora, Setúbal também colaborou com a Trupe Chá de Boldo e com o músico, cantor e compositor Rafael Castro.

São 9 faixas e 34 minutos de duração que compõe via que interliga as linhas aos sentimentos. A produção é assinada por Charles Tixier (Luiza Lian, RISCO) e Lourenço Rebetez.

“Quando escutei Oya Tempo, da Luiza Lian, não apenas fui tocado pelos elementos musicais do disco como decidi que o Charles [Tixier] era ‘o cara’ pra produzir o trabalho que eu queria”, contou o músico

Inclusive a Luiza participa de “Volúpia Pura”, uma faixa que parece dialogar com Azul Moderno, disco que foi eleito o melhor álbum nacional de 2018 segundo o Hits Perdidos.

“Por ser uma música que fala precisamente do prazer sensitivo, do desejo causado pelas formas, beleza e imagem, a ideia do vídeo foi compilar imagens de filmes que tivessem esse caráter magnético e atraente. Nas escolhas de imagens do Lufe Bollini estão presentes a beleza, a sensualidade e os gestos que nos captam, que dão ‘água na boca’. No Fim, tudo na música se resume a isso: Água na boca…”, completa Ga Setúbal.

O Debut Solo

O registro mostra uma MPB moderna, versátil, com um leque variado de soluções e instrumentos que criam diversas imagens mentais – e nos leva para diferentes lugares. O amor e suas camadas acaba interligando as linhas, e fios, do emaranhado que compõe o disco.

A passagem do tempo e a beleza das transformações dentro do relacionamento de um casal, por exemplo, aparecem na bela “Monolito”. O eletrônico se une as teclas em “Chuva E Ócio” flertando com a Bossa, e o jazz, com direito até mesmo do sopro como elemento, o que cria toda uma atmosfera singular. A riqueza da música do nosso país entra em cena em “Decassílabas” que promove uma mistura de ritmos eletrificados.

GENTIL “Meu Tempo pra Falar”

A não muito tempo atrás lançamos em Premiere no Hits Perdidos o single de estreia do GENTIL, “Livre de Culpa“. Com uma proposta bem livre em poder alternar de estilos, em “Meu Tempo pra Falar” ele deixa um pouco de lado o trip hop e traz o synth pop com direito a cordas de nylon, referências do folk, e melodias pop.

“Quem nunca pensou no tempo desperdiçado após perder um grande amor? Se você pudesse voltar atrás pra fazer tudo de outra maneira, conseguiria mudar o passado? Muitas vezes o fim é inevitável e, também é inevitável pensar que podemos ter perdido um bom tempo de nossas vidas acreditando que determinado tipo de amor seria suficiente. Muitas vezes não é.

Infelizmente, somente em um futuro pós desilusão é que percebemos certas coisas. Comigo não foi diferente, talvez, em um dos momentos mais difíceis da vida, em pleno isolamento social, tal reflexão foi visceral.”, comenta Gentil Nascimento.

O registro conta com captação e mixagem por Lício Daf e masterização, na fita analógica, por Anderson Guerra (Bunker Analog).

A Balsa “Veraneio Temporal”

De São Paulo, A Balsa é um duo pop experimental, formado por Fil Souza e Brunno Bari, que tem programado uma tríade de singles para esse fim de 2020. Depois de apresentar “Ondas do Rádio”, com inspirações no pop dos anos 80, nesta sexta-feira eles lançam o single “Veraneio Temporal”, explorando as ondas do pop psicodélico com uma faixa com aquela cara de “Verão Indie” que até combina com o calor que tem feito esses dias, não é mesmo?.

“Veraneio Temporal” ganhou um clipe filmado em Londres gravado durante a reabertura pós-pandemia em pleno verão europeu, se bem que na cidade o sol é sempre um coadjuvante e não costuma dar muito o ar da graça, não é mesmo?

A canção tem essa atmosfera de ser levada pelas ondas das suas frequências e é bastante descritiva fazendo com que o ouvinte entre de cabeça e queira dar fast-foward para o verão (e para o fim da pandemia).



RROCHA “RUA”

Música e Produção Audiovisual se cruzam feito sinestesia em “RUA”, single de estreia do projeto RROCHA, do Rafael Rocha que você talvez conheça por conta da banda gaúcha Wannabe Jalva.

“Estar sozinho no sentido da palavra, comigo mesmo, é algo que pra mim nunca combinou com o ato de fazer música. Por isso que desde o primeiro dia deste projeto eu trouxe meus melhores amigos e artistas que admiro para estarem e criarem comigo nessa nova estrada. Buscar a minha identidade através da troca e da expressão artística em algo que me faça novo.

Unir tudo que me representa em forma de música, filme, livro, beat, o que for, e apenas ser e estar presente comigo ali, livre. Mas, eu sempre soube que não importa onde e como, seja no palco tocando, seja na rua filmando, seja em um festival, seja fotografando outros artistas que admiro, foi a música que me trouxe e me traz diariamente até aqui. A busca por ela nunca cessou, e a vontade de tocar (de dentro) pra fora já transbordou faz tempo”, pontua RROCHA.

Em “RUA” a vontade de dar uma volta na rua para retomar os eixos é iminente como Rafael narra em seus versos. A experiência de convergência do trabalho, que promete uma série de vídeos, e até mesmo um livro se complementa no videoclipe, cria uma experiência sensorial que te transporta através dos vídeos e das fotografias.



Bird Fantasma “Otro Lugar”

Bird Fantasma é o nome do projeto do mexicano Miguel Insignares que em seu som tem referências de shoegaze, dream pop e post-rock. Ele lança o single “Otro Lugar” que fala sobre se reerguer após a queda. Não olhando para trás e tentando construir um mundo melhor, como o próprio músico comenta. Inclusive adorei o rótulo que usaram no release: Sci-fi punk. Crocante e estridente feito a guitarra dos Pixies.



Elízia “O Coração Parece Não Bater”

De Belo Horizonte (MG) a Elízia já apareceu no Hits Perdidos em 2018 e agora eles apresentam a primeira canção inédita em dois anos. “O Coração Parece Não Bater” integrará o EP Anedonia (parte II) que contará com três músicas e fala sobre a saudade.

“É sobre não reconhecer os próprios passos. Sobre não se lembrar mais como é viver fora da zona de conforto, que se transforma em comodismo e passa a não ser mais uma escolha. É sobre esse processo de reencontro consigo mesmo, as reflexões, as ações e as dores que permeiam esse momento.”, conta o quarteto 

O mais interessante é o amadurecimento da banda em relação aos trabalhos anteriores e as novas referências que trouxeram para o som; mas sem deixar de lado características do rock dos anos 90 e do emo presentes desde o início do grupo.

“O Coração Parece Não Bater” teve clipe gravado durante a Quarentena pela vocalista Ana Sarmento no prédio onde reside, em parceria com o diretor Panda e a fotógrafa Eloah Roberta, que também assina a capa do single.



Dani Black “Desnudar de tudo (Sinfônico)”

O cantor e compositor paulista Dani Black recentemente lançou o registro audiovisual Frequência Rara Ao Vivo com direito a participações especiais de Fabio Brazza, Mariana Nolasco, e Maria Gadú.

Desta vez ele aparece com uma versão para o single “Desnudar de Tudo (Sinfônico)” no qual é acompanhado de uma orquestra. A faixa foi captada durante o Festival Novos Talentos no Parque gravado em dezembro de 2019 direto do Parque do Ibirapuera. O resultado é impactante e o faixa acompanha de uma animação feita por Pamela Munhoz.



Daniel Tupy Bem

Nas últimas semanas já tinha saído um dos singles do EP Bem do Daniel Tupy por aqui, agora acabou o mistério e é oficialmente lançado por completo. O integrante da Marrakesh lança o registro com quatro faixa, inclusive com a participação de Vitor Milagres (ROSABEGE), em “Pra Quem?”.

“Eu precisava parar de fingir que estava bem para os outros e realmente estar bem comigo mesmo. Não podia mais ignorar essa e outras questões. Precisava encarar elas, o jeito que encontrei foi produzindo este trabalho”, comenta Daniel Tupy.

O eletrônico reverbera em suas camadas com direito a delay, efeitos, colagens, samples, sintetizadores, teclados e uma mixagem que deixa seus sentimentos ainda mais à flor da pele. “Pra Quem?” tem até mesmo referências de trap.

O EP teve pós-produção e mixagem de Thiago Fernandes (ROSABEGE) e masterização de Pedro Soares (RROOMM.CO).

Jangada Pirata “Alumiou”

O quarteto cearense Jangada Pirata com uma nova formação apresenta o single “Alumiou” e entre as referências eles trazem a música local, os ritmos latinos e o rock dos anos 70.

O destaque fica para a potência dos vocais da Cecília Mesquita que dá toda a teatralidade que a canção de pouco mais de 5 minutos de duração pede. Aliás, o som é bastante imersivo e através da calmaria, e da arte de contemplar a beleza do silêncio, traz o ouvinte para mais perto. A faixa ganhou um videoclipe com direito a performance da bailarina Beatrice Arraes. Um lançamento Mercúrio Música.



Cigana Tudo Que Há de Novo

A Cigana, de Limeira (SP), resolveu experimentar e gravar totalmente a distância o resultado é o EP Tudo Que Há de Novo que saiu pela Eu Te Amo Records. Isso permitiu testar novas referências que vão de Billie Eilish ao lo-fi hip hop.

“Nós produzimos esse trabalho de uma maneira totalmente diferente do que em nosso álbum ‘Todos Os Nós’ – enxergamos as músicas como beats, não nos limitamos ao formato clássico de banda para compor os arranjos das músicas e isso acrescentou muito. Prestamos mais atenção para grooves e construção de camadas”, reflete Matheus Pinheiro.

De novidade mesmo temos o single “Por Dentro do Que Há” e um remix de Cosmo Curiz para “Impaciência” já que previamente foram lançados os singles “Impaciência” e “Dá pra voltar?”. O tempo e sua passagem acabam interligando o EP mais experimental do grupo até o momento. Para o trabalho eles contaram com a a ajuda do produtor FLOWERZ.

“Acredito que esse EP representa, mais do que tudo, sensações intensificadas: sejam nossas impaciências, nossas saudades dos amigos que amamos, dos rolês que crescemos dando juntos, nossas dúvidas e angústias… São letras muito verdadeiras e que só foram possíveis de existir pelos impactos da pandemia e quarentena em cada um de nós”, completa Matheus.

Você Não Pode Deixar de Ouvir!

O disco do METZ Atlas Vending

O novo álbum do Theatre Royal Portraits
O novo EP do Yo La Tengo Sleepness Night
O novo álbum de B-Sides do Mac DeMarco Other Here Comes The Cowboy Demoso
O novo álbum do TRAVIS 10 Songs
Novo álbum do Touché Amoré Lament

Os Singles do Release Radar

Bleached “Stupid Boys”
Soccer Mommy “crawling in my skin” (Actress Remix)
Acid Mothers Temple “The Wizard”
Mourn “Stay There”
Tennis “Superstar”
Porches “I Miss That”
Small Black “Tampa”
Frank Turner, Jon Snodgrass “Bad Times Good Times”
Django Django “Spirals”
Lykke Li “BRON”
Bee Bee Sea “Day Ripper”
KADAVAR “Eternal Light (We Will Be Ok) / Everything Is Changing”
AC/DC “Shot In The Dark”
S. Carey “Take It With Me”
Cocorosie “End of the Freak Show”
Ben Kweller “Only a Day”
This Is The Kit “Was Magician”
Clairo “I’ll Try Anything Once” (Strokes Cover)
Anderson. Paak “Jewelz”
John Cale “Lazy Day”
Spectres “On Nepotism”
Jeff Tweedy “Gwendolyn”
Cirio “A Culpa é da Ong, Talkey”
Stevie Nicks “Show Them The Way”

This post was published on 9 de outubro de 2020 12:45 am

Rafael Chioccarello

Editor-Chefe e Fundador do Hits Perdidos.

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