Terno Rei lança versão para “São Paulo” em novo EP no melhor estilo Acústico MTV
O Terno Rei continuará colhendo frutos do Violeta ainda neste ano com o lançamento de um EP acústico. Após o sucesso da Live Session na qual atualmente já passa da casa de 180 mil plays (confira), eles lançarão no dia 02/10 um EP, com direito até mesmo a versão para “Eu Amo Você”, autoria de Cassiano e Silvio Rochael, sucesso absoluto na voz de Tim Maia em 1970.
Além da versão, o novo registro traz versões desplugadas de quatro faixas presentes no álbum Violeta. A captação do material veio de uma live transmitida em Julho no YouTube do Nico’s Studio em Curitiba, esta que inclusive foi destaque na lista de live sessions lançadas em Julho do Hits Perdidos.
A motivação, claro, veio deste momento todo estranho onde shows presenciais ainda não são possíveis.
“Sem os shows, sentimos a necessidade de trazer alguma novidade. Como a maioria das nossas músicas surgem de gravações no violão, achamos que um acústico faria todo o sentido. Acaba sendo uma forma gostosa de nos reconectarmos com as músicas de uma maneira mais crua”, conta o vocalista Ale Sater que recentemente lançou um single em parceria com o projeto Nuven
Terno Rei: A Inspiração nos Acústicos da MTV Brasil
Os acústicos da MTV Brasil, claro, estão presentes no imaginário de toda uma geração e com o Terno Rei não foi diferente, tanto que Ale Sater, além de confessar a inspiração em entrevista exclusiva para o Hits Perdidos, ao lado dos companheiros de banda, ainda revela mais sobre a roupagem. O primeiro single a ser revelado nesta sexta-feira (04/09) é a versão acústica para “São Paulo”.
“São Paulo é uma das composições que melhor resume o Violeta, por trazer bastante do synthpop presente no álbum todo, e uma letra que aborda os temas de confusão e cidade, assuntos que eu gosto bastante de escrever.
Nesse acústico, acredito que foi a versão mais interessante que gravamos e por isso optamos por lançá-la antes. Ficou com uma roupagem que me remete muito aos unpluggeds antigos da MTV.”, conta Sater
A faixa também acompanha um vídeo com direção de Rapha Moraes (OFilme).
Entrevista: Terno Rei
Conversamos com o Terno Rei que optou por responder a entrevista coletivamente, a banda anunciou recentemente ter 20 músicas em fase de produção para um novo álbum que deve ser lançado ainda em 2021.
Vocês estão lançando um novo EP acústico e o primeiro single é São Paulo, do seu terceiro disco “Violeta”. Como aconteceu a ideia de transformar faixas mais eletrônicas do disco em versões acústicas?
Bruno: “Originalmente as músicas acabam vindo, em sua grande maioria, através de violão antes e o Acústico foi uma maneira de reconectar-se à composição de uma maneira mais crua, o que foi bem legal pra nós!”
Violeta é um disco mais acessível e pop, com flertes a música eletrônica. Quais foram as referências na concepção do álbum?
Bruno: “Realmente, acho que nós quatro estávamos ouvindo sons de vários gêneros, inclusive eletrônica, e também era um desejo explorar novas ambiências. Na época, eu estava ouvindo muito pop r’n’b, folk, synth pop…e dai tentando colocar um pouco disso em nossas músicas.”
As composições do Violeta ocorreram entre 2017 e 2018, com temáticas sobre relacionamentos e solidão. Como essas composições soam para vocês em 2020 em tempos de pandemia e quarentena?
Ale: “Naturalmente, o tempo muda um pouco essas composições. Algumas coisas não têm o mesmo peso e outras ganham um “valor” diferente. Acho que a quarentena acaba acelerando esse processo…. Outras coisas ficam mais em evidência.”
A estética do novo clipe nos remete aos acústicos de nossa finada MTV. Quais são os acústicos MTV favoritos de vocês?
Ale: “Alice in Chains: Internacional / Cássia Eller: BR”
Bruno: “Shakira e Nirvana.”
Greg: “Nirvana e Capital Inicial.”
Lubas: “Legião Urbana e Nirvana.”
O EP também conta com um cover de “Eu Amo Você”, conhecido pela voz de Tim Maia. Como surgiu a ideia de um cover integrar a tracklist e como foi a escolha?
Greg: “Nós já tínhamos tocado esse cover como Faixa Bônus do programa “Cultura Livre” da TV Cultura. Vieram muitos comentários de fãs que amaram a versão, pedindo pra ela estar nas plataformas, então aproveitamos a situação de já estarmos no estúdio com tudo pronto e gravamos mais essa música como um presente pro nosso público. Essa música foi gravada inteiramente ao vivo.”
Vocês também lançaram dois singles com o trio curitibano Tuyo. Podemos esperar mais colaborações como essa?
Greg: “Sim, estamos trocando ideias de sons novos com artistas que curtimos bastante, deve surgir um feat bem legal em breve.”
Nas redes sociais vocês são bem ativos e próximos dos fãs, sempre respondendo a todos principalmente no Twitter. Como essa aproximação com o público influenciou o crescimento da banda?
Lubas: “Nós sempre gostamos de falar com o público nos shows e acabamos estendendo isto no Twitter. Acho que essa comunicação fácil aproxima mais as pessoas e faz com que elas também ajudem a propagar as novidades que aparecem.”
Recentemente vocês anunciaram que já possuem 20 músicas novas para um disco cheio. O que podemos esperar do novo disco? Pode nos adiantar alguma coisa?
Lubas: “A ideia é fazer mais algumas músicas e dentre elas escolher as que mais emocionam a gente. O processo de criação do disco está sendo bem legal, pois estamos nos reunindo em um sítio para compor com calma, sem a pressa de um estúdio em São Paulo, e isso tudo acaba fluindo mais natural.
Sobre a expectativa, podemos dizer que estamos trabalhando para lançar algo que seja melhor que o Violeta. Experimentando novos instrumentos e alguns caminhos que ainda não percorremos.”
Em momentos de incertezas, desalentos nessa pandemia que estamos vivendo, qual recado vocês podem deixar aos seus fãs?
Ale: “Para quem tem mais dificuldade de estar sozinho(a) nesse momento, eu espero que essas pessoas tenham força e, se necessário, procurem ajuda. A música pode ser uma companhia legal também.
Pra quem consegue se virar melhor sozinho, acho que está sendo um tempo bom para ficar tranquilo e realmente parar um pouco. Aproveitar que não tem muita coisa rolando e não fazer nada mesmo.”