Com Kiko Dinucci e fãs, Bumbo Caixa lança clipe para “Eu não consigo parar”

Em atividade desde 2012, a Bumbo Caixa ao longo da sua jornada já lançou os álbuns Fantasmas da Quebrada (2011) e Use suas pernas. Hoje em Premiere no Hits Perdidos eles lançam um novo clipe.

O que também marca uma nova fase da Bumbo Caixa, muito disso pela mudança de formação. Atualmente a banda conta com Clara do Prado (bateria), Ana Zumpano (teclado/sintetizador – Echo Upstairs, ex-Lava Divers) e Elisa Oieno (baixo – Antiprisma), além de DW Ribatski (voz e guitarra).

Inspirados nas festinhas online no zoom (tem algo mais Quarentena que isso?) eles decidiram apresentar o videoclipe para o single “Eu não consigo parar” de uma forma bastante animada. Decidiram reunir amigos, fãs e músicos para simular a “fritação” de uma festa em sua versão 2.0.


Bumbo CaixaFoto Por: Rafael Bulleto

Bumbo Caixa “Eu não consigo parar”

O single inclusive conta com a participação de participação de Kiko Dinucci (Metá Metá) e do produtor Fernando Rischbieter. A faixa contou com a produção de Gui Jesus, Diogo Valentino e DW Ribatski; que também cuidou de vozes, composição, samples e instrumentos.

A gravação e a masterização foi feita por Gui Jesus, no Estúdio Canoa, a mixagem é assinada por Diogo Valentino. Também participaram da canção da Bumbo Caixa Igor Medeiros (bateria e monotribe), Igor Medeiros (monotribe), Fernando Rischbieter (guitarra), Kiko Dinucci (guitarra).

A ideia para aquecer para o relançamento do álbum é  justamente lançar quatro singles antes de disponibilizar o disco completo. As capas inclusive são interligadas feito um jogo de quebra-cabeças. “Use suas pernas”, por exemplo, traz a pintura do artista Stanislaw Tchaick (Water Rats, Deb and the Mentals).

O Videoclipe

O videoclipe foi feito da maneira mais colaborativa possível. Como dito anteriormente a ideia de simular uma festa 2.0 ganhou ainda o incremento de um filtro de instagram que deixou a brincadeira ainda mais psicodélica. Com direito a muitos amigos, a experiência reflete como dá para se divertir mesmo estando cada um no seu quadrado.

“Pensamos em fazer algo conectado com a contemporaneidade nesses sentidos de usar o formato e filtro simples do próprio local Instagram. O clipe usa um filtro do instagram e foi feito no formato vertical, pensando na divulgação principalmente através dele. A ideia surgiu principalmente por causa do momento em que o único modo de juntar pessoas é virtualmente.”, explica DW Ribatski



Entrevista: Bumbo Caixa

Pedimos para a Elisa, a Ana e a Clara contarem mais sobre a entrada no projeto.

Elisa

“Eu entrei na banda meio que recentemente, fizemos alguns ensaios antes da pandemia para eu tirar as linhas e pegar a vibe. Fiquei muito feliz com o convite, adoro tocar com a Ana e tinha vontade de tocar com o DW desde outros carnavais. Conheci a Clara já no Bumbo Caixa, e amei fazer parte da “cozinha” com ela.

Tocar com eles é sempre muito divertido, e o tipo de som sai um pouco da minha zona de conforto, o que é ótimo. O que seria meu primeiro show com a Bumbo Caixa teve de ser cancelado por conta da pandemia, mas a banda tem uma produção intensa mesmo em quarentena, galera criativa no talo.”

Clara:

“Entrei na Bumbo Caixa meio assim do nada. Me mudei pra São Paulo em 2018 e veio a calhar de ser exatamente na frente do DW, com vista pra janela dele. Conhecia o trampo do DW como ilustrator e quadrinista, mas não na música, depois descobri que até tinha um pôster da Bumbo Caixa pregado na parede. Dai conversa vai, conversa vem, ele descobriu que eu tocava bateria no Rabanadas (minha banda com o meu marido) e me convidou pra entrar pra BC.

No começo fiquei MEGA insegura, pois tocava a pouco tempo e nunca tinha tocado em uma banda com outras pessoas. Nos primeiros ensaios fiquei tentando me achar, ficava meio assim, pois meu jeito de tocar é mega simples, mas a coisa foi fluindo aos poucos. Me dedicava super, gravava todos os ensaios ouvia as demos 24/7, fiz meu dever de casa (hoje em dia sei as letras praticamente de cor). Dai quando vi estava lá, fazendo música junto, rolou uma super conexão. Lembro que fiquei tão obcecada pela banda que fui ensaiar até atropelada, toda doida, faltava tudo menos o ensaio, melhor acontecimento da minha semana.

A Proximidade

O legal da proximidade é que quando a gente não tava ensaiando, estávamos trocando áudios de ideias de músicas (DW é uma máquina de ideias e pré demos) fazendo jam session com outro músicos na casa do DW, ou brincando de acústico MTV Bumbo Caixa na laje. Minha linha de batera é super ligada a guitarra do DW, é ela que tento acompanhar sempre, sempre tentando segurar o tcham pros solos super noise.

Me lembro até hoje do nervosismo do primeiro show, até vesti uma fantasia pra ver se me soltava mais (o que acabou virando tradição), hoje em dia toco sem o óculos pra não ver a plateia em alta definição e não travar. Lembro também que a Ana viu o nosso primeiro show, nossa sempre admirei muito a Ana, sempre quis tocar com ela.

Quando ela disse que curtiu o show e a pegada da batera, fiquei nas nuvens. Sempre quis tocar com ela, dai foi num show da outra banda da Ana que eu e DW tomamos coragem e a chamamos pra tocar teclados (instrumento que ela ainda não tocava). E não é que ela aceitou?

Depois a Ana trouxe a Elisa, outra pessoa que admirava muito o trabalho, que surpresa boa. Imagina felicidade de quem entrou numa banda de caras estar agora numa banda majoritariamente de minas, um SONHO.”


Ana Zumpano em Still do Videoclipe lançado hoje em Premiere no Hits Perdidos

Ana:

“Numa tarde qualquer fui visitar um amigo e ele morava com o Dw, que eu não conhecia na época. Cheguei na casa deles e tinha uma bateria montada, uma guitarra com um adesivo de dinossauro, um sintetizador e algumas cervejas… não trocamos muita ideia, mas fizemos um improviso sonoro que foi bem legal.

Tempos depois fui trabalhar com comidinhas na Laje e acabei assistindo  o primeiro show da bumbo caixa com a Clara na bateria. O show começou e, de longe, as guitarras me chamaram muito a atenção. Me lembrou Pavement, uma das minhas bandas preferidas e, a bateria, era perfeita. Precisa, simples, com pegada. Quando eu fui chegando perto e vi que era uma mina, foi melhor ainda! Fiquei encantada com a Clara, hipnotizada mesmo!

O Show que mudou tudo

O show inteiro foi foda, eles tinham uma harmonia, aquele tom grunge, noise e, ao mesmo tempo, perfeitamente pop. Adorei a estética e a ambiência que o som proporcionava. Eu já conhecia a Clara das redes mas nem sabia que ela tocava bateria (só conhecia os outros milhões de dons que ela tem).

Tempinho depois fui tocar com outra banda minha por aí e na plateia estava essa duplinha: Clara e Dw! Fomos juntos prum after e eles disseram que estavam procurando alguém pra tocar sintetizador e me convidaram pra entrar na banda. Eu topei de imediato (só no outro dia que lembrei que nunca tinha tocado teclas (risos) e a partir daí foi uma aventura e tanto. Comecei a estudar e a tirar as músicas.

A entrada da Elisa

Ensaiávamos toda semana e começamos a gravação do disco. O baixista da banda saiu depois de um tempinho e então chamamos a Elisa pra entrar!!! Eu ja tocava com a Elisa no Antiprisma e trazer ela pra bumbo caixa fez a coisa ficar ainda melhor!!!

O Dw é um gênio, a gente tem muuuita afinidade musical. Sou muito fã da Elisa, multi-instrumentista maravilhosa. A Clara é a minha baterista favorita, tem pegada, estilo e referências boas demais! A experiência tem sido muito boa. Nem sabia tocar sintetizador e de repente tenho uma banda 90% feminina <3

O Fator Quarentena

Antes de entrar na quarentena a gente tava num ritmo intenso de ensaios e produções. Tivemos que dar uma pausa nos encontros, mas essa nova dinâmica nos fez criar muitas outras coisas também. Acredito que temos muito pra explorar num futuro próximo! Num novo mundo!

Com certeza, se fosse em outro momento, o lançamento do videoclipe seria com uma festinha e um show na laje. Devido à situação atual, optamos por experimentar uma vernissage online!

Vamos fazer uma sala aberta no zoom pra trocar ideia sobre o clipe com o diretor, com o selo e com os amigos que aparecerem!

Logo depois vamos exibir o videoclipe em forma de projeção para quem estiver nos acompanhando online!”

Vernisssage

Falando nisso, hoje tem vernissage , às 20h, no Zoom da Laje. Para mais informações confira o flyer abaixo e se prepare para saber ainda mais detalhes sobre a produção do videoclipe.


This post was published on 15 de julho de 2020 12:04 pm

Rafael Chioccarello

Editor-Chefe e Fundador do Hits Perdidos.

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