Giovani Cidreira, que adotou recentemente o nome artístico de GIO, tem uma trajetória marcada por sempre estar se reinventando. Desde Japanese Food (2017) podemos acompanhar de perto sua trajetória e ver como ele vem experimentando a cada novo lançamento.
O compositor e cantautor baiano desde Mix$Take (2018) vem explorado texturas e camadas mais lo-fi, cheias de referências, colagens e transita com facilidade por várias frequências.
Prestes a lançar seu novo álbum via selo RISCO (Luiza Lian, O Terno, Ana Frango Elétrico, Vovô Bebê, Sophia Chabalu e Uma Enorme Perda de Tempo, entre outros), o músico após apresentar o envolvente single “Nebulosa Baby” apresenta hoje em Premiere no Hits Perdidos a faixa “Joias”.
Assim como seu trabalho anterior, o single tem a produção de Benke Ferraz (Boogarins) e é a última prévia antes do lançamento. O novo disco reunirá 14 faixas e já tem sido trabalhado simultaneamente a uma série de eventos relacionados.
Além do disco repleto de participações especiais, GIO apresentará ao público um álbum visual (curta metragem ficcional, dirigido em parceria com Edvaldo Raw) e uma websérie documental, dirigida por Safira Moreira, que cria uma unidade a narrativa e conecta a produção a ancestralidade periférica e nordestina do cantor.
A essência do disco se reflete na potência, e nas batidas, da canção que vai beber diretamente da fonte das raízes do músico. Entre as referências estão o eletro funk de Afrika Bambaataa e o funk ostentação do Brasil, homenageando e mostrando a força de resistência do povo preto da periferia.
Uma forma de levantar a voz contra o racismo infelizmente (ainda) presente em nossa sociedade. Reconhecendo o passado, os ensinamentos, vivências e o poder contra a opressão
“Joias é como uma oração, pedindo uma vida mais justa pra a gente que mora nas periferias. Escrevi pensando no bairro onde cresci aqui em Salvador, um lugar desprovido de muitos recursos mas cheio de potencial de pessoas incríveis, ela também é uma forma de celebrar e não esquecer que nós temos um valor que ultrapassa qualquer coisa.”, reflete o músico sobre a temática da faixa
Seus beats são reverberantes a e música deixa latente seu posicionamento e o papel de resistência. Em seus versos como “ouro pro meu povo”, com referências claras as conquistas tão marcantes do funk ostentação, ele mostra o sofrimento da luta diária. Simbologia potente para mostrar como a sociedade ainda olha torto para a ascensão e as conquistas do povo preto da periferia – e tudo que foge ao padrão branco europeu heteronormativo.
O próprio vocal acaba fazendo parte da instrumentação. Os samples, dissonâncias, teclas, distorções, efeitos e o ecoar deixam clara a proposta de bater no liquidificador diferentes referências para deixar a mensagem o mais acessível e direta possível.
O single conta com a participação especial da conterrânea Jadsa, e foi gravada em duas etapas. Primeiro no Red Bull Station São Paulo por Gio (piano e sample de voz), Ynaiã Benthroldo (bateria eletrônica), Lucas Martins (baixo synth), e Filipe Castro (percussão).
Já outros sintetizadores e samples foram inseridos posteriormente por Benke Ferraz, que ao lado de GIO, também assina a direção musical do álbum.
“Joias é um bom exemplo do que vai rolar nesse disco, uma mistura mais aprimorada de sons eletrônicos com orgânicos, tudo executado ao vivo, um tipo de experimento que venho desenvolvendo com Benke desde “Mixstake“.
Ela traz em si uma parte conceitual do disco…ela é algumas outras músicas que já apareceram em forma de sample, cacos, nos meus últimos trabalhos bem diferentes de como estão no disco, é como se eu tivesse quebrado um espelho. Espero que o público monte esse quebra cabeças comigo”, conta GIO sobre as experimentações presentes no novo álbum
This post was published on 17 de junho de 2021 12:06 am
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