Sound Bullet dialoga sobre questões internas e busca pela paz interior em “Home Ghosts”

 Sound Bullet dialoga sobre questões internas e busca pela paz interior em “Home Ghosts”

Sound Bullet por Pedro Guarilha

Imagine uma casa que poderia estar abandonada com as luzes ligadas, como que mantendo os moradores ou suas memórias ali dentro. Essa é a imagem da capa de Home Ghosts, segundo álbum de estúdio da banda Sound Bullet – lançado nesta sexta-feira (26/06) – sendo um resumo do clima do novo trabalho. 


Sound Bullet Capa Por Marina Jacome 2020
Capa Por: Marina Jacome / Foto Por: Pedro Guarilha

Sound Bullet e a busca pela paz interior

A busca por encontrar e manter a paz interna, viver suas próprias memórias em meio ao mundo caótico ditam o disco. Pode-se dizer que Home Ghosts seja um passo à frente do Terreno, onde o mesmo era explorado de forma como o mundo externo afetava cada pessoa. 

Home Ghosts vem com a mesma carga emocional do disco anterior, mas ao mesmo tempo leva em conta maiores questionamentos internos – as questões e busca de resultados do de dentro pra fora. 

A Trajetória da Sound Bullet

O álbum lançado via Sony Music graças a um concurso – que os levou a se apresentar no festival português NOS Alive – onde a banda sagrou-se campeã.

A gravadora irá lançar os dois próximos discos da banda – o primeiro sendo Home Ghosts e outro em português. O disco amplia a sonoridade inspirada pelo math rock, post-punk revival e o rock alternativo do grupo e está disponível nos principais serviços de streaming.

A produção do disco é novamente assinada por a Patrick Laplan, responsável por Terreno. 

“Esse o nosso primeiro álbum pela Sony, então, é uma grande história e uma grande responsabilidade pra gente. Ao contrário do ‘Terreno’ que fomos bem poucos, tivemos ajuda de bastante gente para deixar esse álbum do jeito que queríamos. Pudemos compartilhar com as opiniões da gravadora e com o apoio deles para sair. É engraçado pensar que não somos mais independentes, ainda que o corre que nós façamos esteja aí”, explica o vocalista e guitarrista Guilherme Gonzalez.

A Banda

Agora quinteto, a banda é formada por Guilherme Gonzalez (vocais e guitarra), Fred Mattos (baixo), Rodrigo Takming (guitarra), Henrique Wuensch (guitarra, synth) e Pedro Mesquita (bateria).

Sound Bullet conta com o EP de estreia, Ninguém Está Sozinho, produzido por Diogo Strausz e o single “Mineirinho”, uma releitura indie do sucesso do Só Pra Contrariar lançada em 2019, além do álbum Terreno (2017).


Sound Bullet Home 2020
Sound BulletFoto Por: Pedro Guarilha

Sound Bullet vem sendo um dos destaques em meio a cena independente, tanto carioca como nacional.

Antecipando ao lançamento do disco a banda lançou dois singles – “Shabby”, que conta com um belíssimo videoclipe dirigido por Lucas Bellator que já havia contribuído com a direção do clipe de “Atlas” – e também com a canção “I Was in LisbonYou Were in Paris” que conta com o Lyric video.




Faixa a Faixa: Sound Bullet Home Ghosts

Os integrantes da banda escreveram um faixa a faixa para contar mais detalhes sobre o seu segundo álbum. Confira os bastidores e processo logo abaixo.

Phoenix 

Foi uma das primeiras ideias pro disco. A gente ensaiava uma música e com improvisações, ela foi virando cada vez mais uma coisa própria nossa. A letra dela, junto com a letra de “Spanish July”, ditam o que o álbum é. Ela coloca a história do personagem principal, suas angústias e seus medos. (Guilherme Gonzalez).

I was in Lisbon, You were in Paris 

É uma música de amor triste. Desse que os jovens gostam. Ela começou com uma ideia country do Fred e o Tak colocou guitarras por cima, cada vez indo mais num sentido que nos lembrava Wilco, não que tenha a ver, mas, imagina um indie influenciado por country alternativo? Meio isso. Legal que é em 7/4 e tem tapping. É uma coisa bem Sound Bullet. (Guilherme Gonzalez).

Shabby

A primeira música a estar pronta pro disco, a primeira que tocamos ao vivo. É uma das nossas favoritas e uma das favoritas de quem já ouviu o álbum todo. (Guilherme Gonzalez)

Reveries

Essa é uma sobra do Terreno, por assim dizer. Ela começou a ser escrita junto, mas não ficou pronta a tempo. Gravamos ela pra um projeto da Levi’s que participamos, mas ainda achamos que poderíamos fazer ela de uma forma melhor. Reescrevemos uma parte do arranjo, colocamos uma outra parte de letra. Eu amo que essa música é a transição perfeita do Terreno para o Home Ghosts em tudo. (Fred Mattos)

Dance Tak Dance 

O lead single do álbum é uma música muito divertida. Provavelmente uma das últimas. Como dá pra perceber, é uma ideia que veio do Tak que desenvolvemos no que entrou pro disco. Ela trata sobre uma angústia interna que vem desde a infância e quando o eu lírico se rebela contra ela de uma vez por todas. (Guilherme Gonzalez)

Hope

Essa era pra ser um single antes do disco! Quando ainda estávamos esperando para gravar, fizemos algumas prés dela na casa do Henrique. Chegamos bem perto de finalizá-la, porém, conversando com o Patrick, guardamos pro Home Ghosts. É legal de pensar que é a primeira música escrita no ukulele barítono, um instrumento fundamental nesse disco. (Guilherme Gonzalez)

Are We in Oz? 

Nosso indie rock de cada dia. Foi uma das últimas terminadas pro disco. Tentamos ser mais simples, invertemos um pouco alguns pensamentos que tínhamos para abordar ela de forma diferente. Eu adoro que citamos o Seattle Supersonics na letra. O motivo? Porque sim. (Guilherme Gonzalez)

Spanish July 

Essa é irmã da primeira música do disco. Ela veio de um riff que eu criei quando estava aprendendo a tocar ukulele barítono. Como é um instrumento com afinação parecida com a da guitarra, pudemos transpor algumas ideias e usar características dele pra transformar numa música divertida. Adoro essa sensação latina dela. (Fred Mattos) 

Ouça Sound Bulllet no Spotify


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