Melhores Álbuns da Década: Taco de Golfe
No começo de Outubro a Pitchfork disponibilizou uma lista polêmica (confira aqui) comentando os 200 álbuns favoritos da década (2010-2019). Listas são controversas por si só mas acabam gerando uma discussão saudável, além de trazer dicas para sua playlist. Pensando nisso convocaremos até o fim do ano: um time de personagens do mercado da música para comentarem seus prediletos. O sexto post que aparecerá por aqui é da banda Taco de Golfe, de Aracaju (SE).
Neste post teremos três listas! Participam Gabriel, Filipe Williams e Alexandre em uma seleção caprichada que faz uma verdadeira turnê na década.
Eles que vem para São Paulo especialmente para a Noite Brain Productions & Booking e se apresentam no Jazz nos Fundos nesta quinta-feira (05/12) dentro da programação da SIM São Paulo.
2010-2019:
A Lista do Gabriel (Taco de Golfe)
Arcade Fire: The Suburbs (2010)
“Ouvi esse disco muito depois do seu lançamento. As músicas ilustram ambientes que me remetem a várias vivências pessoais. Me soou nostálgico desde a primeira vez que ouvi.”
Rancore: Seiva (2011)
“Tenho um imenso carinho por esse disco. Passei grande parte da minha adolescência ouvindo. Timbres e arranjos de guitarra muito criativos (acabou me fazendo repensar como eu deveria soar em minhas composições).”
Circa Survive: Violent Waves (2012)
“Não é o meu favorito do Circa, mas é um dos mais interessantes. Acho que foi meu primeiro contato real com o Circa Survive.”
Deafheaven: Sunbather (2013)
“A parede sonora, as progressões harmônicas, as letras, tudo muito foda. Eu acho incrível como os arranjos e as letras conversam entre si pra ilustrar imagens nas nossas cabeças.”
Interpol: El Pintor (2014)
“Um álbum realmente muito elegante. Também não é o melhor do interpol, mas gostei muito de todas as faixas. “Tidal wave”, com sua modulação audaciosa no refrão, talvez seja minha favorita.”
Chon: Grow (2015)
“Foi meu primeiro contato com o Chon. Fiquei muito impressionado com o nível técnico de todos os músicos. A forma com que eles exploram as progressões harmônicas e o ritmo são muito interessantes. Também me fez repensar sobre como tocar guitarra.”
Radiohead: A Moon Shaped Pool (2016)
“Um dos discos que eu mais ouvi dessa lista. Arranjos ricos meio cinematográficos e letras interessantes. Bem Radiohead.”
Tim Bernardes: Recomeçar (2017)
” Músicas de término. Gosto muito da forma que Tim escreve, realmente me cativa. Um disco simples e bem arranjado.”
Mahmed: Sinto Muito (2018)
Gabriel: “Músicas muito bem trabalhadas e timbres maravilhosos. Mahmed é foda.”
Filipe Williams: “Mahmed é uma banda querida de Natal (RN). O disco de 2018 foi trilha sonora de momentos inesquecíveis para mim e até hoje faço questão de ouví-lo na íntegra. As guitarras bem colocadas e os timbres belíssimos são as melhores coisas nesse disco.”
* O álbum foi citado pelos dois integrantes do Taco de Golfe.
Black Midi: Schlagenheim (2019)
“Disco realmente muito foda. Grooves muito bem pensados, arranjos intensos e de muito bom gosto. Minhas favoritas são “Near DT, MI”, “Reggae” e “Ducter””
A Lista do Filipe Williams (Taco de Golfe)
Dream Theater:
A Dramatic Turn of Events (2011)
“Todos estavam ansiosos pela estreia do baterista Mike Mangini, após uma saída confusa do baterista fundador Mike Portnoy. “Breaking all Illusions” é a faixa que mais me agrada e com certeza está na lista das músicas mais belas da banda.”
Marcus Miller: Renaissance (2012)
“Marcus sempre me inspirou como músico desde o início dos meus estudos no contrabaixo elétrico.
Renaissance marca uma nova fase nas bandas do Marcus Miller, que conta a partir deste com músicos completamente diferentes dos últimos trabalhos. Linhas de baixo vigorosas, composições sensíveis, além de improvisos incríveis compõem o melhor álbum de sua carreira, na minha opinião.”
Tono: Aquário (2013)
“Conheci Tono através de um vídeo da música “Não Consigo”, que conta com a participação do Ney Matogrosso. A partir daí passei a explorar os outros trabalhos da banda. Aquário possui ótimas composições que fazem parte da minha playlist até hoje.”
Lenine: Carbono (2014)
“Ouvi pela primeira vez em 2015 ao vivo num show do Lenine no Teatro Tobias Barreto, em Aracaju. “À Meia Noite dos Tambores Silenciosos” arranjada pelo maestro Letieres Leite é a minha faixa preferida do álbum.”
Chico César: Estado de Poesia (2015)
“É um disco que fala sobre amor e significou muito pra mim em um momento específico; me traz muitas memórias. A faixa “Estado de Poesia”, que também já foi interpretada por Maria Bethânia, é uma verdadeira obra de arte e portanto a melhor faixa do álbum. Estado de Poesia possui composições fortes que alcançam um tom político-social, são elas “No Sumaré” e “Reis do Agronegócio”.”
The Baggios: Brutown (2016)
“Foi primeiro álbum do trio sergipano de rock a ser indicado ao Grammy Latino por “Melhor Disco de Rock Alternativo”. “Medo”, uma das faixas, foi eternizada por Joésia Ramos (cantora sergipana) nas festas de São João do estado, e portanto pode-se dizer que faz parte do universo folclórico tão forte na região.”
Letrux: Em Noite de Climão (2017)
“O clima oitentista, com sintetizadores e composições de fácil compreensão, fizeram com que o Em Noite de Climão alcançasse diversos públicos. “Que Estrago” é a melhor faixa deste álbum.”
Céu: APKÁ (2019)
“Escolhi o álbum, pois é o que estou ouvindo atualmente. Céu, pra mim, é uma cantora de afinação impecável e letras sensíveis. Adorei o clima do disco. “Corpocontinente” é a faixa que mais me chama a atenção.”
A Lista do Alexandre (Taco de Golfe)
Foals: Total Life Forever (2010)
“Lembro de ter esperado muito esse disco quando tava pra ser lançado, Foals era uma das minha descobertas recentes que mais ouvia. Apesar de um estranhamento inicial por conta das diferenças com relação ao primeiro disco, depois fui amando algumas faixas como “2 Trees” e “This Orient”. Tudo muito bonito e bem feito.”
Mutemath: Odd Soul (2011)
“Eu ouvia muito isso! Instrumental fudido, vocal afinadíssimo, músicas muito interessantes. Fiquei curioso para reouvir e sentir como envelheceu pra mim”
Melody’s Echo Chamber (2012)
“Eu ia escolher o “álbum-irmão” desse, o Lonerism do Tame Impala, que eu ouvi tanto quanto na época, mas esse da Melody acho que envelheceu melhor aos meus ouvidos. Timbres lindos e aqueles arranjos anos 60-70 do Kevin Parker, não tinha como dar errado.”
The National:
Trouble Will Find Me (2013)
“Único disco do National que eu fiquei na expectativa para ouvir, que foram sumariamente atendidas. Acho toda a atmosfera que eles trazem pras canções de uma sensibilidade ímpar, os arranjos e a voz de Berninger, letras que conversam demais com a gente. Lindo demais.”
BADBADNOTGOOD: III (2014)
“Um das primeiras coisas que ouvi que me levaram a querer conhecer e estudar e tocar jazz. Ouvi muuuito isso aqui, toquei “Triangle” na minha prova de admissão do conservatório. Tem um lugar especial guardado.”
Hiatus Kaiyote:
Choose Your Weapon (2015)
“Colocando esse aqui pra dizer que tô feliz pra caralho que vou prum show deles em dezembro aí em SP, vai ser tudo!”
Animals As Leaders:
The Madness of Many (2016)
“Às vezes acho um pouco “prolixo” demais, outras vezes acho tudo na medida. A sequência da 2a até a 4a música é sensacional, três alienígenas trazendo mensagens codificadas do espaço.”
Fleet Foxes: Crack-Up (2017)
“Obra-prima sem contestação, as harmonias, os arranjos, o timbre das vozes. Disco para revitalizar as energias, dar aquela descansada esperançosa.”
Makaya McCraven:
Universal Beings (2018)
“”Ouvi bastante isso recentemente, lindão. Sessões de improviso em 4 cantos diferentes do mundo se transformaram nessas faixas, depois de uma pós-produção feita pelo baterista e líder que dá nome ao trabalho, de uma riqueza rítmica e timbrística incrível.”
Flying Lotus: Flamagra (2019)
“Escolhi esse disco por conta de um momento na nossa primeira turnê esse ano, lá em abril. Foi logo na primeira ou segunda viagem, saindo da Bahia pra chegar em Vitória (ES). A gente pegou estrada bem cedinho, umas 4 da manhã, e botou esse disco pra rodar. Daqueles raros momentos que você pensa que vale a pena viver.”
Playlist no Spotify
Claro que você não ia conferir essa lista sem ouvir um pouquinho de cada disco citado! Preparamos uma lista com os sons escolhidos especialmente para esta seleção do Taco de Golfe.
-> Siga o Perfil do Hits Perdidos no Spotify<-
Noite Brain Productions Booking
O Taco de Golfe está confirmado na Noite Brain Productions Booking que acontece dentro da programação da SIM São Paulo 2019!
A Noite Brain Productions Booking tem tudo para ser um dos grandes acontecimentos da edição deste ano da SIM São Paulo, a Semana Internacional de Música de São Paulo, uma das mais importantes feiras de negócios da música da América Latina.
Se São Paulo tem tudo para se tornar a Cidade da Música (saiba mais), a noite promete legitimar ainda mais o espírito de reunir apaixonados pela arte. Se a SIM São Paulo acontece durante os dias 4-8 de Dezembro, a Noite Brain Productions Booking acontece no dia 5/12 no Jazz Nos Fundos (Pinheiros).
Entre as bandas já anunciadas temos até então: Taco de Golfe, Ema Stoned, Glue Trip, Bike, The Baggios, La Leuca, DJ’s Alexandre Giglio (Minuto Indie) e Rafael Chioccarello (Hits Perdidos), Paul Higgs, Los Siberianos e DJ Barbarelle.
Serviço
Noite Brain Productions Booking
Evento (clique aqui)
Data: 05 / Dezembro / 2019
Horário: 19h00
Local: Jazz Nos Fundos
Endereço: Rua Cardeal Arcoverde, 742 – cep: 05408-001 // São Paulo
Ingresso: R$ 30,00 (Lote 1) / 40,00 (Lote 2) / 60,00 (Lote 3/porta)
Link para compra antecipada (clique aqui) ou www.jazznosfundos.net
Capacidade: 200 pessoas
Censura: 18 Anos