Caio Prado lança manifesto antirracista “Não sou teu Negro”

 Caio Prado lança manifesto antirracista “Não sou teu Negro”

Caio Prado – Foto Por: Marcos Hermes

No Dia da Consciência Negra o carioca Caio Prado apresenta o primeiro single do álbum Griô, “Não sou teu Negro”, um manifesto antirracista. O sucessor dos discos Variável Eloquente (2015) e Incendeia (2018), que tem até mesmo participação especial de Maria Gadú, trará consigo a sabedoria popular.

“O griô se baseia na tradição oral para a transmissão de vivências e saberes culturais
de uma comunidade. É um registro vivo, com instrumentos, elementos e rituais de
iniciação. É como um historiador que trabalha com o canto e a memória.”, explica Caio Prado

Três singles que estarão presentes em seu terceiro álbum foram gravados durante o processo de aceleração Lab Sônica – edição Toca do Bandido (RJ), Prado é um dos 6 finalistas do Edital.


Caio Prado - Marcos Hermes
Caio Prado Foto Por: Marcos Hermes

Caio Prado “Não Sou teu Negro”

O single foi produzido por Felipe Rodarte, produtor musical de grandes nomes da MPB como Marcelo Falcão (O Rappa), Baco Exu do Blues e The Baggios. O material foi mixado por Fabricio Matos e masterizado por Ricardo Garcia.

As referências a Zumbi dos Palmares, a luta do dia a dia, a desumanização da escravidão, o empoderamento e a reparação histórica acabam adentrando a composição assinada por Caio Prado.

A percussão de Boka Reis ganha o reforço dos coros entre a dor lamento e o olhar para um futuro em construção. A canção também conta com arranjos de metais de Marcelo Cebukin, baixo e synths por Marcelo Delamare e guitarra por Elísio Freitas.

Não foi por acaso a escolha da data do single, a faixa é um manifesto antirracista e deixa claro seu posicionamento ao longo dos seus versos críticos como por exemplo no trecho: “A Conduta dos meus filhos será fogo nos racistas. Não tem nota de repúdio, nem lamento à nossa morte.” – quem acompanha o rap nacional sabe o quanto a frase “fogo nos racistas” é ecoada também nos shows do rapper mineiro Djonga.

A faixa denuncia também a repressão policial, contextualiza a situação do Haiti, e em seus versos, feito um verso livre de rap, alerta sobre o o problema do racismo estrutural, o modus operandi do capitalismo, denuncia a violência, o fascismo, e clama por igualdade nos mais diversos campos: da política, passando pelo acesso a recursos básicos de saúde, a uma vida mais digna.

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