Novo Rock: Black Drawing Chalks, Black Pantera, Jovens Ateus, Bike e mais

 Novo Rock: Black Drawing Chalks, Black Pantera, Jovens Ateus, Bike e mais

Novo Rock Playlist Spotify e Capa – Hits Perdidos

Dia de estreia no Hits Perdidos! Dando pontapé inicial às 10 novas editorias, a Novo Rock trará conteúdos em micro-resenhas do que melhor tem acontecido no Rock Nacional. Singles, discos e novidades com o radar antenado do Hits Perdidos ganham o palco em um post informativo que acompanha sempre uma playlist!

Sobre o Novo Rock

“Novo Rock” é onde vivem as bandas e artistas que reinventam o gênero, cruzam influências e quebram rótulos. Se você quer saber por onde anda o rock em 2025, esse é o seu lugar. Lançamentos, listas e estreias exclusivas com a cara do agora de quem não parou no tempo das ondas das FMs. A cada nova lista serão adicionados 10 novos lançamentos, vamos juntos?


Novo Rock Playlist Spotify e Capa - Hits Perdidos


Estreia da Editoria: Novo Rock

Black Drawing Chalks “Date On The Grave”

Nossa lista de lançamentos de rock começa com um grande comeback representando a cena goiana de música pesada. O Black Drawing Chalks lançou no começo de agosto o single “Date on a Grave” pela Monstro Discos, o primeiro do vindouro disco que sairá também em vinil.

Com DNA que consolidou o grupo nos anos 2000, o peso do Stoner Rock, a levada suja de garagem, e riffs que grudam aparecem no novo single que imprime o sarcasmo que acompanha a discografia dos goianos. A volta vem alguns meses depois do lançamento do documentário Goiânia Rock City, dirigido por Théo Farah.

Mateus Fazeno Rock Lá Na Zárea Todos Querem Viver Bem

De Fortaleza para o Brasil, Mateus Fazeno Rock é um dos grandes representantes do rock periférico brasileiro, tendo até mesmo chegado a palcos de festivais como o Primavera Sound Brasil. Em quase 40 minutos de duração, o terceiro álbum conta com produção dele em parceria com Fernando Catatau e Rafael Ramos – saiu recentemente pela Deck.

Sua sonoridade é diversa e multifacetada, passando pelo grunge, punk, funk brasileiro, reggae/dub e R&B, o que ele chama de “rock de favela”. “Eu venho cantando desde sempre sobre memória, sobre a minha visão do que vivemos nas favelas aqui de Fortal. Venho falando nos meus shows sobre saúde, sobre vida, sobre longevidade, então essa música reflete muito do que eu já venho abordando desde o primeiro álbum.”

“O rock sempre foi uma presença na minha vida, na minha infância tinha ali o Raul Seixas como uma presença trazida por alguns parentes; o próprio forró que tinha muitas versões de músicas de bandas como Scorpions. Então, na época das lan houses, eu descobri ali, com meus 11, 12 anos, o Led Zeppelin e a música ‘Rock and Roll’, que foi muito marcante pra mim ouvir pela primeira vez.

Mas a verdade mesmo, a minha principal memória foi ouvir ‘Israel’s Son’ do Silverchair, e por mais que eu não entendesse nada do que estava sendo cantado, aquele baixo chegando na música, lembro até hoje a sensação. Mas, eu mesmo não me via como alguém que podia cantar rock ou fazer parte daquilo”, revelou Mateus durante o lançamento

Black Pantera BLACK BOOK CLUB”

Após lançar o elogiadíssimo álbum Perpétuo, no ano passado, o Black Pantera disponibilizou, especialmente para o Dia Mundial do Rock, um single duplo “BLACK BOOK CLUB”, projeto que reúne a versão original da música em português e outra em inglês. Segundo eles, a faixa é um hard rock com referências de Living Color.

 “Uma das faixas mais importantes do álbum ‘Perpétuo’, que traz na letra uma frase que está na contracapa, ‘Guia de sobrevivência para o povo preto’. Uma música que fala sobre filosofia negra, filosofia dos guetos, como sobreviver no mundo de hoje. A gente faz uma alusão a uma biblioteca secreta, um manual de sobrevivência para o nosso povo”, comentou o baixista e vocalista Chaene durante o lançamento

Bike “Sucuri”

De São José dos Campos (SP), e com 5 álbuns e diversas turnês no exterior na bagagem, o Bike lançou no fim de julho “Sucuri” – primeiro single do novo disco, Noise Meditations, que marca os 10 anos do projeto. “Sucuri é uma canção que traz a interação da terra natural com a terra ocupada.”, comentou o guitarrista e vocalista Júlio Cavalcante durante o lançamento.

Segundo os integrantes, a faixa psicodélica convida o ouvinte a interagir com a natureza animal.

“A letra de “Sucuri” é inspirada na lenda Yube e a Sucuri, da tradição indígena Kaxinawá, em que um homem se apaixona por uma mulher sucuri. Para viver esse amor, ele também se transforma em sucuri, mergulhando no mundo profundo das águas. Lá, descobre uma bebida alucinógena que oferece poderes de cura e acesso ao conhecimento — uma metáfora poderosa para os estados de transe, transformação e sabedoria espiritual.”, afirma o material enviado à imprensa

A percussão por si carrega o espírito animal da faixa, entre uma narrativa imersiva e riffs marcantes entrelaçados entre a relva da floresta e o iluminar das luzes do sol.

Jovens Ateus Vol. 1

Natural de Maringá (PR), atualmente a maioria da banda reside em São Paulo e em abril lançaram seu álbum de estreia Vol. 1 pela Balaclava Records, selo que entraram recentemente. 

É notória a guinada que a produção tem em relação à visceralidade dos primeiros trabalhos, o leque de referências se expandiu com mais melodias plásticas e arranjos que vão para outros lugares, como o lado mais rústico do Thrash Metal, em “Saboteur Got Me Bloody”, a cadência quase onírica do dream pop. O encontro com o produtor resultou em uma sonoridade ainda mais imersiva, o que evidencia por sua vez o mergulho profundo e poético, no campo das composições dos paranaenses.

Formado por Guto Becchi (voz), João Manoel (guitarra), Fernando Vallim (guitarra), Bruno Deffune (baixo) e Antônio Bresolin (sintetizador e bateria eletrônica) a banda tem como marca seu pós-punk com DNA dos anos 80 – contando com referências do estrangeiro, mas também de bandas clássicas nacionais.

“Todo o processo de fazer o disco foi, de certa forma, algo inédito para nós, pois nunca tínhamos feito isso juntos. Nunca paramos e dissemos que faríamos um álbum. Ao longo de alguns meses gravamos muitas demos e, tempos depois, selecionamos o que consideramos bom e trabalhamos em cima desse material até chegarmos onde queríamos. Gravamos ele todo por conta própria, inicialmente.

No estágio em que estávamos prestes a mixar, encontrei Kramer em um bar onde trocamos uma breve ideia e ele me contou que conhecia nossa banda e tinha interesse em ouvir no que estávamos trabalhando.

Já havia uma admiração da nossa parte pelas produções dele e, uma vez que nos reunimos, ele ouviu o que tínhamos e demonstrou interesse em estar junto. Foi então que decidimos regravar tudo mais uma vez, agora no estúdio dele, e trabalhamos em conjunto nesse disco em parceria com a Balaclava”, pontua João Manoel em comunicado enviado à imprensa durante o lançamento

Leia resenha completa no Hits Perdidos

The Completers The Completers

Após 10 anos de maturação da sonoridade, o quarteto The Completers, de Porto Alegre (RS), lançou um disco interessante pelo selo Yeah You!. A estreia flutua entre as ondas darks do post-punk de artistas como The Cure, Joy Division, The Sound e Wire, mas sem perder a fúria transgressora punk. A masterização do disco ficou por conta de Carl Saff, que já trabalhou com Sonic Youth, Dead Moon, Wipers, Mudhoney, Fu Manchu e muitas outras bandas.

Vivendo do Ócio e Jadsa “Não Tem Nenhum Segredo”

Um feat entre artistas baianos ganha a cena no novo single da Vivendo do Ócio no qual convida Jadsa em “Não Tem Nenhum Segredo”, faixa que funde pop/rock, mpb e o soul brasileiro. Com produção musical de André T (Pitty, Carlinhos Brown, BaianaSystem, Cascadura) a atmosfera swingada do neo soul, imersa em sintetizadores e percussão afro-baiana, dão o tom de uma faixa intimista de amor. A canção estará presente no quinto álbum do grupo, Hasta La Bahia.

Undo “Aprender a Perder” 

Com letra de André Frateschi com Leoni, os paulistanos da Undo disponibilizaram o single “Aprender a Perder”, um contraponto à ideologia “coach” tão inflada nas redes sociais como modelo. “Perder é uma grande parte da vida, é uma realidade inescapável”, afirma o vocalista André Frateschi. O primeiro álbum do grupo formado por André (voz), Rafael Mimi (guitarras), Johnny Monster (guitarras), Dudinha (baixo) e Rafael Garga (bateria) chegará em breve.

Tagua Tagua RAIO

Gravado, escrito e produzido em seu apartamento no centro de São Paulo, RAIO mantém as influências sonoras que marcam o trabalho de Tagua Tagua: neo-soul, psicodelia e tropicália. Entre as referências citadas por Felipe estão nomes como Tim Maia, Cassiano, Bill Withers, Daft Punk e a banda indie francesa L’Impératrice, que se apresenta em breve no Brasil.

Uma das novidades do novo trabalho é a fluidez entre músicas em português e inglês. O destaque fica para a colaboração internacional com a banda americana White Denim na faixa “Lado a Lado”.

RAIO: Um disco entre luz e sombra

As transições do álbum acompanham o ciclo de um dia, do amanhecer ao anoitecer. A estética quente e solar é evidente tanto na capa multicolorida quanto na sonoridade groovada, características marcantes do universo de Tagua Tagua. O músico Felipe Puperi mantém sua identidade ao criar pontes sutis com seus trabalhos anteriores, refletindo sobre sensações, relações humanas e a busca por sentido.

Leia a resenha completa no Hits Perdidos

Vauruvã Mar da Deriva

Com três longas faixas e explorando o black metal que se funde a música brasileira, a Vauruvã, projeto encabeçado pelos músicos Caio Lemos (Kaatayra, Bríi) e Bruno Augusto Ribeiro, lançou o interessante e pesado Mar da Deriva. Tempo, acentralidade, rituais e existencialismo fazem parte do universo que ronda o frutífero terceiro trabalho do duo.

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