No dia 12/04 foi a vez da Rita Oliva, a Papisa, lançar seu segundo disco de estúdio, Amor Delírio, sucessor de Fenda (2019) e do EP Papisa (2016). O novo disco conta com a produção assinada por Felipe Puperi (Tagua Tagua), e é um lançamento do selo espanhol Costa Futuro, que tem em seu casting nomes como Los Siberianos (Argentina), Queralt Lahoz (Espanha) e El Culto Casero (Paraguai).
Sedução, desejo, ilusões e desilusões amorosas, são estes os campos que o álbum explora ao longo das suas nove faixas. O material ainda conta com a participação especial de Luiza Lian na faixa “Amor Delírio” que teve Premiere aqui no Hits Perdidos (confira).
“Passei a me questionar sobre o amor romântico e comecei a observar as minhas relações e de outras pessoas sob essa ótica. Então, fui me dando conta de que o disco tinha uma narrativa, retratando fases distintas que alguém pode viver dentro das relações, incluindo a excitação dos começos, a angústia da falta, o processo de ilusão e desilusão quando colocamos expectativas em uma situação e também as formas como nos ligamos e nos desligamos de algo ou alguém”, explica Papisa.
O álbum foi produzido em uma imersão de duas semanas em São Francisco Xavier e contou ainda com gravações de Alejandra Luciani, Felipe Puperi, Fabio Pinczowski e Pepeu JC no Estúdio 12 Dólares e Sid Souza no Artsyclub Studios. A mixagem é de Tiago Abrahão e a masterização é de Brian Lucey (que já trabalhou com nomes como The Black Keys, Lizzo e Cage the Elephant).
Se em Fenda, a Rita produziu especialmente para o Hits Perdidos um Making Of, agora, ela volta a repetir a dose contando um pouco mais dos bastidores. Um conteúdo inédito e exclusivo que você só confere por aqui.
“O que eu mais amo ao gravar discos é que eles são como um universo que a gente cria e depois convida as pessoas a fazerem parte. O centro é a música, mas envolve muitos outros fatores: a identidade visual, os videoclipes, os shows, as narrativas. E fazer tudo isso acontecer envolve o trabalho de muita gente. Sou muito grata por ter esse time comigo.”
“Comecei a pensar no álbum Amor Delírio em 2020. Foi a primeira vez que aconteceu de o nome surgir antes de qualquer outra coisa. Eu queria falar de amor, e mais do que isso, estava curiosa e intrigada com o amor romântico e sua relação com ilusões e desilusões.
Fiquei anos cozinhando o assunto até decidir em 2022 que queria realmente gravar outro disco depois do Fenda, e de certa forma voltar para a música depois de anos de pandemia e luto pela suspensão dos shows, quarentena, etc. Minha vida tinha virado de cabeça pra baixo, assim como a de muita gente, mas naquele momento decidi que era o momento de escrever de novo. Eu não estava totalmente dedicada para a música nessa época, então usei o tempo que eu tinha para compor muitas canções. Criei muito mais música do que entrou no disco e resolvi que não ia produzir sozinha dessa vez.”
“Tomando um café com o Felipe (Tagua Tagua), sugeri que a gente produzisse algumas músicas juntos. Mandei para ele as demos que faziam sentido para mim, ele selecionou as que gostou e me incentivou a criar outras até termos canções fortes para produzir e gravar.
Com cinco faixas escolhidas, planejamos uma imersão para otimizar o tempo e concentrar esforços. Chamei a Alejandra Luciani, engenheira de som com quem já trabalho há tempos (ela mixou Fenda e “Homem Mulher”), o Felipe chamou o Leo e o Jojô, que tocam com ele no Tagua, e fomos em três carros carregados de equipamentos para uma casa na montanha, em São Francisco Xavier. Desmontamos a sala, montamos um estúdio e passamos cinco dias produzindo e gravando cinco músicas, uma por dia.”
“Essa temporada teve uma sinergia muito grande de ideias e referências, o trabalho fluiu bem, com sensibilidade e leveza apesar do prazo apertado e trabalho intenso, então quando acabou eu pensei: quero fazer um disco inteiro com esse time e o Felipe na produção. Eu tinha menos de um mês para compor mais música, mas marquei a segunda temporada mesmo assim. Desafio lançado e com material novo para trabalhar, voltamos pra São Chico.
Dessas duas imersões saíram todas as bases das nove músicas, gravamos as baterias e os baixos, algumas linhas de guitarra, synths. Depois de voltar da montanha, a pós-produção durou mais ou menos nove meses, o tempo de uma gravidez. Foi nesse período que gravei as vozes valendo em São Paulo, chamei a Luiza Lian para cantar uma faixa, e passamos meses mixando com o Tiago Abrahão até deixar tudo pronto para o Brian Lucey masterizar, e estava pronto Amor Delírio.
Pelo menos a música.”
“Para criar a identidade visual, chamei a Thata Jacoponi, que também trabalha há anos comigo (ela fez capa e identidade de Fenda e dos singles que vieram depois). Gosto muito de como a Thata consegue traduzir em imagens o que pra mim às vezes é um conjunto de sensações em torno das músicas e da ideia do que quero transmitir com o álbum.
Ela acompanhou todo o processo de gestação desse disco, desde as primeiras ideias. A gente tem uma forma gostosa de trabalhar, que mistura longas conversas sobre a vida com troca de referências e trabalho, então o processo vai se desenrolando conforme o disco também vai amadurecendo. Dessa troca de referências e impressões nasceu a capa do disco e dos singles, a partir de um ensaio fotográfico que fizemos com a Julia Mataruna e um time de mulheres incríveis.”
This post was published on 18 de abril de 2024 9:00 am
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