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Ana Frango Elétrico mergulha na vanguarda em “Electric Fish”

4 anos depois do sucesso do seu segundo álbum, Little Electric Chicken Heart, Ana Frango Elétrico, de surpresa, apresenta o primeiro single do terceiro álbum de estúdio. Aos 25, o novo registro evidenciará seu prumo artístico, a artista carioca que além de interpretar e tocar Glockenspiel, na faixa “Electric Fish”, ainda assina a produção musical do vindouro disco.

O álbum inclusive já teve a capa revelada nos últimos dias, será lançado no dia 20/10,  leva o nome de Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua e será lançado simultaneamente por três selos, RISCO (Brasil), Mr Bongo (Inglaterra) e Think! Records by Disk Union Japan (Japão).


Design da Capa Por: Maria Cau Levy

Ana Frango Elétrico “Electric Fish”

A autoria é de Bruno Cosentino, Márcio Bulk e Sylvio Fraga. Em sua companhia Ana tem um time afiado de instrumentistas do cenário brasileiro.

A aura de vanguarda é notória desde os primeiros segundos através dos timbres setentistas, poesia, clima de paixão no ar e um embalo de frequências que se fundem flertando com o que acostumamos chamar de “vanguarda paulista”. Aquele elo entre os 70 e o quebradiço experimental que veio logo depois com artistas como Patife Band, Arrigo Barnabé e cia.

Atmosférica, até mesmo em detalhes como os metais elegantes de bandas como a Black Rio, a faixa é um deleite para quem gosta de sinestesia. Algo que a artista costuma propor nas diferentes formas de arte que se expressa. Seja na poesia, nas artes plásticas ou na música, seu universo sempre colide para criar algo singular.

“Electric Fish resume bem todo o pensamento de produção musical do disco: timbres setentistas com processamentos oitentistas, testando os limites da música orgânica. Diferentes referências de décadas com diferentes processamentos. A escolha da faixa parte de um desejo meu pela produção musical no geral, eu tinha muita vontade de produzir essa música”, conta Ana

Sobre a música Bruno Consentino postou em sua conta no Instagram:

“Compus esta canção a pedido do Márcio de Oliveira para o disco dele com Cadu Tenório, Banquete. Márcio me enviou a letra em português e quando fui fazendo a melodia e a harmonia percebi que com uma letra em inglês — e a opulência das consoantes, para usar o termo que meu amigo Paulo da costa me disse uma vez — ficaria melhor, eu poderia fazer ataques explosivos no canto e deixá-la mais percussiva. com a autorização do márcio, pedi ao Sylvio fraga para fazer uma versão para o inglês. Ele fez lindamente, me dando várias opções de versos — um luxo — entre os quais eu escolhia os que soavam melhor.

Um tempo depois, gravei “Electric Fish” no meu disco Babies, em parceria com a banda Exército de Bebês. Num show coletivo que aconteceu se não me engano no escritório, do Lê Almeida, faz já uns bons anos, toquei essa música e a ana me disse que gostava muito dela e que queria gravá-la. Eu achei de cara que ficaria maravilhoso.

O tempo passou e ontem ela lançou como single do seu próximo disco uma versão deslumbrante de “Electric Fish”. com uma banda perfeita, arranjo incrível, dançante, cantando do seu jeito bonito e criando novos contornos para a melodia que adorei — especialmente na hora da letra que diz “So late at night, You light a cigarette”. Eu amo esta canção e sempre gostei muito de cantá-la. E fico tomado de alegria ao ouvir esse prazer se espraiando na voz da Ana, do Calu, da Dora, do suingue incontrolável da banda. um baita presente. ouçam!”.

Agora é esperar pelos próximos lançamentos.

Letra: Electric Fish

(Bruno Cosentino, Sylvio Fraga, Marcio Bulk)

Nearing dawn
I find you
Drunk, maybe happy
Dodging the few words
That are left for us
So late at night
You light a cigarette
Tobacco smoke
My throat burns
The eyes, water
Clumsy
I seek a quiet place
In your body
Your smell is cruel
And all of a sudden
I think I love you
Uphill battle
I pray within your legs
Electric fish swimming in my mouth
Electric fish swimming in my mouth

Ficha Técnica

Produzido por Ana Frango Elétrico

Ana Frango Elétrico: Voz, Glockenspiel
Alberto Continentino: Baixo
Guilherme Lirio: Guitarra
Sérgio Machado: Bateria
Marcelo Costa: Percussão
Lux Ferreira: Wurlitzer e Synth
Thomas Jagoda: Synth Bass, Synth Pad
Marlon Sette: Trombone
Diogo Gomes: Trompete
Gilberto Pereira: Sax, Flauta
Jorge Continentino: Sax, Flauta
Arranjo de metais: Ana Frango Elétrico e Marlon Sette
Capa do Disco e do Single: Maria Cau Levy

This post was published on 16 de agosto de 2023 8:42 am

Rafael Chioccarello

Editor-Chefe e Fundador do Hits Perdidos.

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