30 álbuns de bandas inglesas que você deveria ter ouvido em 2020
Ainda estamos em novembro mas isso não significa que não tenhamos álbuns suficientes para fazer um apanhado com 30 álbuns de bandas inglesas lançados em 2020.
A Inglaterra tem artistas incríveis dos mais variados estilos e muitas vezes reunindo artistas do mundo inteiro. Desta vez o foco da nossa lista serão bandas de rock alternativo / indie / post-punk / pop. Temos de artistas em ascensão local a consolidados a nível mundial. Vamos lá!
30 álbuns de bandas inglesas que você deveria ter ouvido em 2020
1) IDLES Ultra Mono
Em seu disco mais ambicioso, conceitualmente dizendo, o IDLES mostra como pode incorporar novas sonoridades para se reinventar mesmo sem perder sua essência middle class hero. Eles ousam desde as escolhas do time como também nas temáticas delicadas e super pertinentes com os nossos tempos.
Gravado em Paris e produzido por Nick Launay (Nick Cave, Yeah Yeah Yeahs, Arcade Fire) e Adam ‘Atom’ Greenspan (Anna Calvi, Cut Copy), com Kenny Beats (FKA Twigs, DaBaby, Vince Staples) na produção adicional,Ultra Mono foi sonoramente construído para capturar a sensação de um disco de hip-hop.
O disco ainda conta com convidados como Jehnny Beth (Savages) e contribuições adicionais de Warren Ellis (Nick Cave & The Bad Seeds), David Yow e Jamie Cullum.
O Disco
O post-punk ainda segue brutalizado – perdão pelo trocadilho – mas eles flertam com diversos gêneros e às vezes tudo ao mesmo tempo. “Kill Me With Kindness” tem piano, energia do bandas como Mudhoney e Nirvana mas sem querer refazer o que já foi feito.
“The Lover”, por exemplo, tem aquela histeria de bandas como o Fucked Up em outros momentos acaba dialogando com bandas contemporâneas como Viagra Boys e Shame. Suas músicas colocam a banda em outro patamar, podendo virar a “chavinha” e os caminhos durante seu andamento. Tendo até faixas mais experimentais, e conceituais, mas sem perder aquela vitalidade presente em seus sets.
A língua continua afiada para falar sobre o caldeirão que o mundo tem se tornado e eles refletem sobre temas como inclusão, classe, desigualdade de gênero, nacionalismo, comunidade, e masculinidade tóxica. Se na Europa temos os Greens, a Inglaterra sofre as consequências do Brexit, os EUA lutam em movimentos como o Black Lives Matter – no meio de uma eleição sem pudores – e no Brasil vemos como a nossa democracia é frágil….ouvir IDLES traz esperança por dias melhores.
A crítica social e a empatia com os menos favorecidos, inclusive, é algo corriqueiro na discografia dos ingleses. O que aos poucos foi criando uma verdadeira legião de fãs e um crescimento por novas bandas interessadas no revival do post-punk.
2) Adulkt Life Book Of Curses
frescor do novo disco do Adulkt Life faz Chris Rowley (ex-Huggy Bear) parecer um jovem de 55 anos digno de dividir palco tranquilamente com bandas como IDLES e Fontaines D.C. ou Savages. O ex-vocalista da banda de Brighton, integrante do movimento riot grrrl dos anos 90, traz para si conflitos da vida adulta de uma forma punk, brutal e com direito a expor conflitos internos.
Sexo, confusão, repressão, violência, existencialismo e poesia marginal acabam aparecendo ao longo das suas 10 faixas de uma forma própria e muita vezes dando voltas em círculos.
Do punk rock fica mesmo a narrativa, já a sonoridade flerta com o post-punk, hardcore e aquele lado mais caótico de bandas como Circle Jerks, Wire e The Fall somada sujeira do The Exploited.
O Disco
A faixa introdutória tem até uma levada new wave com direito a metais que lembram muito o jazz punk de grupos como The Cravats e as pirações do próprio The Fall. “JNR Showtime” chama para a linha de frente com uma energia nuclear no melhor estilo anarquista e obscuro dos Wipers – que Kurt Cobain tanto venerava.
A crueza de “Whistle / Country” vai agradar a quem gostar de OFF! tanto pela duração como petardo sonoro. A versatilidade da banda é algo a se comentar, repare quantas referências já citei por aqui, em “Taking Hits” vai do obscuro do post-punk a simplicidade de grupos como Guided By Voices. Ao longo do disco você ainda encontrará outras soluções de uma banda que é punk por essência mas que logo no primeiro disco encontrou sua identidade e forma de se reinventar; algo que deixa clara a experiência e tato dos integrantes.
A narrativa nada linear, e niilista, deixa clara a identidade da banda londrina que surpreende justamente por fazer um som que ao mesmo tempo que possa parecer datado: é extremamente moderno. A sensação que fica é que se John Peel estivesse vivo ele com certeza chamaria para tocar em seu aclamado programa.
3) Jehnny Beth To Love Is To Live
Você com certeza conhece Jehnny Beth a um bom tempo mas talvez não pelo seu trabalho solo. A vocalista do Savages que ficou mundialmente famoso em 2013 vem com um álbum fantástico e com uma liberdade artística ainda maior que na banda.
O debut To Love Is To Live foi lançado no dia dos namorados, 12/06. O registro conta com com participações especiais de Romy Madley Croft, do xx, do ator Cillian Murphy e de Joe Talbot, do IDLES. Recentemente ela lançou o novo single “Heroine” e contou mais detalhes.
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4) Porridge Radio Every Bad
Formada em Brighton na Inglaterra em 2015, a Porridge Radio lançou seu segundo álbum em 2020, Every Bad. O disco é o sucessor de Rice, Pasta And Other Fillers (2016) e traz consigo elementos de post-punk e new wave de uma forma muito visceral e pronta para o consumo. Se você gosta do trabalho da Karen O e ama PJ Harvey, essa dica é para você.
Sua guitarra provoca, os vocais são melódicos, a vitalidade e o espírito que consegue emular em alguns momentos os delírios do Pixies e a ironia de Lou Reed, cativando e chamando para si o ouvinte. Muitas vezes esse disco soa como a trilha perfeita para Dogville do polêmico diretor Lars von Trier. Entre a dor e o silêncio.
O disco apesar do nome, tem momentos de euforia, de trazer para si o ritmo, entre guitarras mais melódicas, euforia e o domínio vocálico. São muitas texturas que fazem o registro memorável. Com personalidade forte, o registro acaba revelando diversas facetas, possibilidades e caminhos que o som da banda poderá no futuro percorrer.
São tantas referências que o disco traz que é difícil para quem curtir rock alternativo não se apaixonar por uma ou outra canção. Dana Margolin, a vocalista, se entrega de corpo e alma, assim como Iggy Pop, Kathleen Hanna ou a contemporânea Jehnny Beth.
Um fenômeno interessantíssimo e que vale acompanhar os próximos passos e festivais onde definitivamente alcançarão degraus ainda mais altos nos line ups.
5) Dream Wife So When You Gonna…
Com nome inspirado na clássica comédia romântica de 1953, o power trio Dream Wife se formou em 2014 no bairro de Brighton (Londres, Inglaterra). Seu som é bastante abrangente e faz um mix de garage rock, punk e pop tendo como influências artistas como David Bowie e Madonna.
Um detalhe curioso é que sua vocalista Rakel Mjöll é islandesa. Completam o trio Alice Go (Guitarra / Vocais) e Bella Podpadec (Baixo / Vocais). Isso mesmo temos três integrantes que se alternam nos vocais.
A banda tem uma origem toda diferente. Seu conceito para tocar veio como parte de um projeto de arte conceitual – já que todas estudavam em uma escola de artes juntas – no qual tinha a ideia de tentar reproduzir “uma banda a partir de memórias de uma garota que cresceu no Canadá durante os anos 90”. Acontece que foi um sucesso o projeto e pediram para que elas não parassem, o que lhes rendeu inclusive uma turnê pelo Canadá em 2015.
Se você gosta de bandas como Yeah Yeah Yeahs, bandas o movimento riot grrrl, garage rock e punk rock este disco é para você. Energético, cintilante, potente e em algumas horas até mesmo pop.
6) Sports Team Deep Down Happy
A Sports Team é uma banda de rock alternativo que se conheceu enquanto estudavam na Universidade de Cambridge, atualmente a moram em Londres. Vendo bandas como IDLES e Fontaines D.C. crescendo, eles apostaram nas polêmicas e criticavam elas publicamente, o que funcionou como marketing para a banda.
Aliás o bom humor inglês é a marca do grupo que costuma convocar os fãs para beber após os shows. Após dois EPs em 2020 eles lançaram seu primeiro disco conseguindo se posicionar muito bem nas paradas do UK e da Escócia.
7) Sleaford Mods Spare Ribs
De Nottingham, o Sleaford Mods é um duo eletropunk com um vocal bastante peculiar. O som funde também elementos do post-punk, mininalismo e rap. O espírito working class e a austeridade inglesa fazem parte das suas letras ácidas.
O estilo de canto já rendeu comparações a lendas como Mark E. Smith e Ian Dury. Quando o assunto são influências o leque é vasto e vai de Wu-Tang Clan, Stone Roses, Nas, passando pela rave e o Black Metal.
O próximo álbum Spare Ribs será lançado no dia 15/01 de 2021, dá para considerar 2020 ainda? O single abaixo fará parte.
8) WIRE 10:20
Wire é uma lendária banda formada em 1976 em Londres, por Graham Lewis, Bruce Gilbert, Colin Newman e Robert Gotobed. Uma das primeiras banda de punk rock a misturar seus sons com profundos conceitos artísticos, o que foi chamado de art rock e solidificando estilos como o post-punk.
Com diversos álbuns relevantes que quebraram parâmetros, e limites dentro do gênero, em 2020 eles lançaram um disco denso mas é incrível como a identidade deles é inconfundível, basta ouvir alguns segundos para falar: é WIRE?
9) King Krule Man Alive!
O cantor, rapper, compositor e produtor musical King Krule já não é mais aquele jovem que conhecemos ainda no fim da MTV Brasil. Quando ele lançou seu debut em 2013, 6 Feet Beneath the Moon , ele tinha apenas 19 anos.
Em 2020 ele lançou seu quarto álbum Man Alive! seu estilo mistura rap, avant-rock, jazz fusion, post-punk de uma forma tão única que de fato é sempre uma grata surpresa ouvir um novo álbum do músico que teve uma infância caótica. Em Man Alive! ele mostra um lado romântico até mesmo perverso ao mesmo tempo que traz para si tormentas e o olho do furacão da política.
10) Lianne La Havas Lianne La Havas
Talvez um dos álbuns mais comentados de 2020 fala sobre dar a volta por cima após o fim de um relacionamento. Aliás passaram-se 5 anos desde que seu segundo disco foi lançado. Neo-Soul, Jazz, R&B e folk são alguns dos gêneros que o registro percorre, como influências ela cita nomes como Milton Nascimento, Joni Mitchell, Jaco Pastorious, Al Green e Destiny’s Child. É um dos grandes álbuns do ano.
11) Laura Marling Song for Our Daughter
Por mais que o começo de 2020 pareça distante Laura Marling lá em abril lançou seu sétimo álbum de estúdio. A narrativa do disco, inclusive, é bastante peculiar, ela escreve para uma filha fictícia.
Tem canção inspirada em música do Leonard Cohen (“Alexandra Leaving”), faixa em homenagem ao Paul McCartney entre outras curiosidades. Um álbum íntimo, muitas vezes triste mas resiliente com direito a belos arranjos. Talvez o mais maduro e arrisco em dizer que é seu melhor trabalho até então.
12) Georgia Seeking Thrills
Representando o dance-pop na lista temos o ótimo segundo disco da Georgia, Seeking Thrills. O disco que saiu pela Domino, mesmo selo dos Arctic Monkeys, foi um dos indicados ao Mercury Prize.
Eletrônica, techno e house acabam entrando como influências. Fácil assimilação, ótimo canto e com aquela energia dos anos 80, sem erro.
13) Happyness Floatr
14) Sorry 925
Jazz, música eletrônica, hip hop, trip-hop e experimental se encontram no álbum de estreia do Sorry, 925, lançado no fim de março via Domino. A banda do norte de Londres chamou atenção justamente por sua combinação ao mesmo tempo que inusitada, estranhamente pop.
15) Gengahr Sanctuary
A banda foi formada em 2013 na Stoke Newington School em Hackney, Londres, o primeiro nome era RES mas como já existia uma banda com esse nome decidiram renomear através de uma brincadeira com o nome do Pokémon.
O novo álbum da banda que mistura em seu som indie rock, dream pop e rock psicodélico, Sanctuary, foi lançado no fim de janeiro. O Glam Rock e o funk entram como novos elementos desta nova fase do grupo inglês.
16) Circa Waves Sad Happy
Sad Happy é o quarto álbum de estúdio de uma das bandas inglesas mais comentadas em 2020. A banda de Liverpool optou por lançar o disco quebrado em duas partes, a primeira em janeiro e a segunda em março. O lado Happy e o lado Sad. Segundo eles o álbum duplo representa os dois lados dos nossos tempos marcados por saturação tecnológica e muitas inseguranças.
17) The Big Moon Walking Like We Do
O quarteto de indie rock de Londres lançou seu segundo álbum ainda em janeiro. Um disco reflexivo que olha para a geração atual e seus problemas de maneira esperançosa. Ele chega até a flertar com o indie pop e a dance music.
18) Yellow Days A Day in a Yellow Beat
Indie, Soul, Funk e R&B se fundem no segundo álbum do Yellow Days. O projeto de George van den Broek, de apenas 20 anos de idade, emerge na nostalgia no novo trabalho. Ray Charles aparece na intro e filmes antigos fazem parte do cenário da obra que brinda outros tempos. Até mesmo Mac DeMarco faz uma pontinha no disco.
19) The Orielles Disco Volador
Uma das bandas inglesas que mais tem chamado a atenção é a The Orielles. Se no primeiro álbum eles flutuavam entre o Space Rock e o Indie rock, no novo eles vão atrás de novas texturas e exploram gêneros como: funk, dream pop, Disco e a música eletrônica dos anos 70. O que deu uma aura, densidade e universo todo peculiar para o lançamento. Uma ótima surpresa!
20) Doves The Universal Want
O Doves é uma banda de rock alternativo de Manchester que surgiu em 1998 e entrou em hiato em 2010. Eles anunciaram a volta em 2018, o grupo passou por reformulações e lançou seu quinto disco em 2020. O som passeia por gêneros como brit-pop, space rock e indie rock. Se esperança foi a palavra do ano, o disco fala sobre isso e até mesmo faz ode a memória de David Bowie.
Recomendado para fãs de: David Bowie, Arcade Fire e The Verve.
21) Sea Girls Open Up Your Head
A Sea Girls está na ativa desde 2015 mas seu primeiro álbum só foi lançado em agosto de 2020 alcançando o Top 3 das paradas britânicas. A banda não inova muito mas irá agradar a quem procura bandas indies dos anos 2000 que costumam colocar fogo na pista da Funhouse. Entre um Franz Ferdinand e um The Killers muitos perguntariam: que banda é essa que tá tocando?
22) Shopping All or Nothing
Uma das inúmeras ótimas bandas inglesas de post-punk, a Shopping, lançou seu quarto álbum de estúdio All or Nothing em fevereiro. Mas não se limita a isso, o trabalho também transita por gêneros como disco, dark wave, krautrock e o synth-pop, o que aparece com bastante peso em seus sintetizadores.
Recomendado para fãs de Devo.
23) Bdrmm Bedroom
Se você gosta de Shoegaze você precisa ouvir agora o álbum de estreia do Bdrmm. O quinteto explora o gênero de forma moderna e versátil, resultado de um longo trabalho de 4 anos para a confecção do que viria a ser Bedroom.
Recomendado Para fãs de DIIV, My Bloody Valentine, Ride, Slowdive, Radiohead.
24) Chubby and the Gang Speed Kills
Punk Rock, Hardcore e Pub Rock se encontram no fantástico álbum do Chubby and the Gang, Speed Kills. Jonah Falco da banda canadense Fucked Up assina a produção do disco. A banda do oeste de Londres mostra o gás explosivo da nova cena punk inglesa.
25) I Like Trains KOMPROMAT
De Leeds o I Like Trains fez um dos álbuns mais fantásticos do ano e irá agradar a quem gosta do rock alternativo, post-punk e post-rock de bandas como Sigur Rós e Godspeed You! Black Emperor.
Kompromat foi lançado em agosto. Um disco complexo, com poesias darks, com um estilo todo a parte mas principalmente: vanguardista.
26) The Magic Gang Death of the Party
O quarteto The Magic Gang, de Brighton, lançou seu segundo álbum de estúdio. Powerpop e irá agradar a quem gostar de Weezer, Beach Boys e The Beatles. Baladas, faixas sobre relacionamentos e faixas para cantar junto, é essa a aposta do grupo em seu segundo álbum de estúdio.
27) The Cool Greenhouse The Cool Greenhouse
De Norfolk o The Cool Greenhouse aposta no rock experimental mergulhando no post-punk com direito a letras darks. Aliás tem sido uma marca dos lançamentos deste ano, apostar na fusão de diferentes gêneros dentro do rock e resgatando experimentações como o The Fall sempre fez com primor.
28) Lebanon Hanover Sci-Fi Sky
Com 10 anos de atividade a Lebanon Hanover é uma banda de darkwave minimalista de Sunderland e lançou Sci-Fi Sky seu sexto álbum de estúdio. Inclusive é apontada como uma das bandas inglesas chave do revival do estilo que também flerta com o industrial e o rock gótico.
29) Bombay Bicycle Club Everything Else Has Gone Wrong
A banda de indie rock Bombay Bicycle Club de Londres estava um pouco sumida no quesito lançamentos, afinal seu último álbum tinha sido disponibilizado em 2014, eles voltam bem em 2020 com Everything Else Has Gone Wrong. O quinto álbum de estúdio foi lançado em janeiro já conquistando o topo das paradas do Reino Unido.
Em 2016, inclusive a banda tinha anunciado um hiato, e depois de disco solo de Nash, em 2017, mas em 2019 eles anunciaram que estavam de volta com a intenção de lançar um novo disco com produção do premiado engenheiro de som John Congleton. O álbum não é genial mas é sábio em consegui trazer um pouco do melhor dos dois últimos lançamentos que levaram a banda a ter reconhecimento a nível mundial.
30) Mystery Jets A Billion Heartbeats
Em atividade desde 2003 o Mystery Jets chega ao seu sexto álbum de estúdio como uma uma das bandas ingleses indies mais experiente da nossa lista. Optaram por ouvir o calor das ruas e a tensão dos tabloides e fazer um disco mais politizado que o habitual; inclusive inspirados nas marchas das ruas inglesas. Caótico, questionador mas dançante como sempre.
31) Gorillaz Song Machine, Season One: Strange Timez
22 anos depois da sua estreia, o Gorillaz continua a se reinventar, cruzar universos, unir pessoas, ficção, cinema e extrair o melhor que a cultura pop tem a oferecer. Genial como sempre, Damon Albarn, que deixou de ser apenas “O Cara do Blur” a muito tempo, ao lado de Jamie Hewlett, consegue reunir em um mesmo álbum artistas talentosíssimos como o lendário Elton John, o príncipe do post-punk Robert Smith (The Cure), Beck e a incrível, e versátil, St. Vincent, Fatoumata Diawara e Peter Hook (Joy Division, New Order), Slowthai, Slaves, Tony Allen, JPEGMAFIA entre outros.
De novidade mesmo tem a volta do baixista Murdoc Niccals que em Not Now estava preso. Se fosse só isso já bastaria mas o disco possui uma narrativa distópica, com a habitual mistura de gêneros musicais e em alguns momentos podendo soar até mesmo solar. Quando você acha que as soluções se encerram, o grupo conhecido por sua narrativa transmidiática, vai lá e tira mais um coelho da cartola dentro do seu vasto repertório que faz com que fórmulas não sejam repetidas. As canções, claro, ganharam episódios com direito a animações, ao todo o disco reúne 17 faixas.
“Song Machine é uma maneira totalmente nova de fazer o que fazemos, o Gorillaz está quebrando o molde porque o molde envelheceu. O mundo está se movendo mais rápido do que uma partícula supercarregada, então temos que estar prontos para cair. Não sabemos nem quem vai entrar no estúdio em seguida. O Song Machine se alimenta do desconhecido, funciona em puro caos. Seja o que for que esteja por vir, estamos preparados e pronto para produzir como se não houvesse amanhã”, revelou Russel Hobbs em entrevista durante o processo de produção do disco
Confira resenha completa no Hits Perdidos
Playlist: 30 álbuns de bandas inglesas que você deveria ter ouvido em 2020
É claro que não íamos deixar vocês sem uma playlist com as faixas dos 30 álbuns de bandas inglesas que você deveria ter ouvido em 2020.
Confira a nossa lista no Spotify e siga o Hits Perdidos por lá para playlists exclusivas (clicando aqui).
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