Sandyalê encontra a redenção no clipe para “Bruta”
A sergipana Sandyalê está a todo vapor e preparou uma trilogia de videoclipes que passeiam por universos distintos. Depois do lançamento de “Sua”, a musicista apresenta hoje em Premiere no Hits Perdidos o segundo videoclipe da apelidada “Trilogia do Desapego”, “Bruta”.
Esta que conta com canções presentes no elogiado Árvore Estranha que entrou na nossa lista de Melhores Álbuns Nacionais de 2019. Se no primeiro vídeo da saga ela sentiu o amor de possessão, agora Sandyalê renasce em outro plano como um ser autossuficiente na busca por novos horizontes.
Sandyalê “Bruta”
O desprendimento toma conta do clima leve e alto-astral, isso também é transmitido através de sua paleta de cores, coreografia e os excelentes takes de cenários exuberantes. Ela ainda comenta que a escolha pelos tons rosa, bege e azul além de estabelecerem no nosso imaginário a ideia de leveza também trazem consigo a magia e os encantos do nordeste brasileiro.
Em seu roteiro ela renasce como uma mariposa, dentro de uma casa de taipa e transita por diversos cenários nesta produção, gravada na paradisíaca Ponta dos Mangues, entre o mar e a caatinga, em Pacatuba (SE).
A força da Mariposa
A simbologia da mariposa, inclusive, se relaciona com a reconquista pela confiança e o anseio de desbravar o mundo outra vez. A auto-estima se dá após superar o engodo das garras de um amor abusivo. A poesia (torta) da vida dando lugar para as metáforas e narrativas da sétima arte.
No roteiro um enigmático pássaro (interpretado por Hélio Toste) contracena com a cantora. A ave representando o predador, simbológicamente retrata os empecilhos enfrentados pelas mulheres nos mais diversos âmbitos.
“‘Bruta’ é uma música que fala sobre o feminino e a gente tentou trazer isso pro clipe de forma simbólica, com um pássaro que representa não só o predador natural da mariposa, mas também as dificuldades enfrentadas pelas mulheres.
O machismo, a repressão, a falta de equidade, abusos de todos os tipos…é um clipe que de forma irônica vem pra comunicar com as mulheres que passam por essas situações ainda nos dias de hoje.
A narrativa é uma história de perseguição, onde o pássaro quer levar a mariposa para uma emboscada, mas a mariposa, plena de si, estraga os planos do pássaro. É a segunda parte da trilogia, que traz um sentimento de resiliência depois do amor possessivo de Sua. É um momento de sublimação, de virada de jogo, da personagem que começa a encontrar em si a plenitude, que tem seu clímax no último capítulo da trilogia, “Pensando em Mim”, conta Sandyalê
A direção é assinada por Raymundo Calumby, que também assina os outros dois vídeos da trilogia do desapego ao lado de Vitor Lotfu. Quem quiser saber como se encerra a trilogia de vídeos vai ter que esperar até o final de maio quando o clipe para “Pensando em Mim” será revelado. Como será que termina essa história?
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