Melhores Álbuns do Ano: Hot e Oreia “Crianças Selvagens”
O segundo álbum do Hot e Oreia, Crianças Selvagens, já chega com status de clássico instantâneo. Com direção musical de Daniel Ganjamen, o disco tem o nome inspirado em livro mas que também carrega diretamente o significado do amadurecer. Como eles mesmos disseram na audição do disco: a responsabilidade e as contas chegaram.
Com letras mais maduras, mas sem perder a ironia e o senso de humor, eles abraçam personagens para falar sobre temas como a Quarentena, a política, as falcatruas, a religião e o amor. Os beats também são destaques tendo inúmeras parcerias ao longo do registro como por exemplo, de Coyote Beatz, Vhoor e produção musical de Fantini.
Parcerias também se destacam ao longo do disco que tem faixas de peso como “Juro$”, o hit “Saiu o Sol” e baladas como “Papaya” parceria com Black Alien. Samples também aparecem com direito a Nelson Ned em uma faixa com participação do duo Tropkillaz.
Hot e Oreia Crianças Selvagens
O flerte com a música brasileira é cada vez mais forte em um registro espiritualizado, sarcástico e com direito a até mesmo love songs. Essa versatilidade que mostra como eles estão a cada dia mais prontos para palcos, e desafios, maiores.
O salto é grande em relação ao primeiro disco e eles continuam com o mesmo senso de humor mas parecem ser do tipo que quando entram no estúdio: o papo fica sério. Compromisso esse que faz com que esse disco faça com que esse álbum quebre ainda mais barreiras do que eles já quebraram com o debut.
Eles revelaram durante a audição que as letras estavam demorando para sair mas que em poucos dias trabalhando sob pressão, e com cronograma apertado, a caneta decidiu rabiscar e saíram 6 faixas em uma tacada só. Ou seja, não procurem regras para a criação, apenas, façam.