“Sou uma artista do presente, do agora”, diz Jup do Bairro em entrevista exclusiva
A cada passo de sua jornada dentro do campo das artes, porque limitar a música seria no mínimo injusto, Jup do Bairro mostra como sua mensagem ultrapassa os limites da arte e expressividade.
Sua luta se faz todos os dias e é urgente em um momento onde temos um governo tirano que luta contra a cultura, etnias, pensamentos, ideologias, credos e quer delimitar a liberdade dos nossos corpos.
“CORPO SEM JUÍZO é como se fosse uma extensão de mim, a possibilidade de imortalizar as minhas memórias, o meu corpo. É pessoal, mas não termina em mim. É honesto com uma dignidade construída. Talvez seja a coisa mais importante que já fiz na minha vida e pela mesma.”, disse Jup que começou sua jornada em 2007
Jup do Bairro Corpo Sem Juízo
“Esse EP passa por três fases de um corpo: nascimento, vida e morte… Não necessariamente nesta ordem pois eu sinto que já nasci e morri tantas vezes. Essa materialização também é sobre as mudanças e explorações de mim mesma.
Foi um processo dolorido e, muitas vezes, incompreendido: mas foi a única forma de me sentir pertencente, pelo menos a mim mesma.”
O EP ainda conta com participações especiais de Linn da Quebrada, Rico Dalasam, Mulambo e Deize Tigrona. A produção musical é assinada pela produtora musical e DJ BadSista.
O registro só foi possível graças a ajuda coletiva dos fãs que participaram de um projeto de financiamento coletivo na plataforma Kickante. Aliás coletividade, empatia, intensidade e diálogo aberto são palavras que definem o registro com perfeição.
CORPO SEM JUÍZO assim como nome deixa bem claro, não se limita. Seja pelas narrativas, gêneros musicais e experimentações que acabam abraçando, ao diálogo fértil de sua produção.
São 7 faixas potentes e que conectam diferentes corpos de uma forma bela e genuína. Sem medo de abrir o espaço para o diálogo, o registro se faz necessário ao seu tempo…e talvez por isso esteja sendo tão bem recebido pelo público e pela crítica.
Entrevista: Jup do Bairro
Conversamos com a Jup do Bairro que falou muito sobre a vida, EP, curiosidades, transformações, aprendizados em um papo super leve e agradável de ler.
Você co-criou “Pajubá”, primeiro álbum da Linn da Quebrada, também sempre contribuiu com as performances no palco. Como aconteceu essa amizade e colaboração?
Jup do Bairro: “Linn e eu nos conhecemos em 2012 na primeira edição do SP na Rua, um festival de festa independentes que acontece no velho Centro da capital. Ela ainda não cantava mas já se aprofundava na atuação e performance. Eu estava trocando de palco para uma outra apresentação e no caminho encontrei alguns amigos que estavam com ela e me apresentaram “essa é a Linn”.
Como eu não poderia perder a oportunidade de jogar um xaveco eu perguntei: “é Linn de linda?” e ela virou os olhos e eu desencanei da piada. 1×0 pra ela, confesso.
Nós estávamos em uma ascensão notável na cena clubber, eu cantando e ela performando apesar de muitas vezes receber R$50 ou nada pelas apresentações.
A noite fez nos aproximarmos muito pois como eu morava (e ainda moro) no Capão Redondo, extremo sul e ela na Fazenda da Juta, extremo leste. Nós esperávamos a abertura do metrô ou a volta de circulação de ônibus juntas, ali já estava nascendo uma parceria que mais tarde significaria a maior de nossas vida.
O Causo do Primeiro Álbum
Em certo momento, passei por uma grande decepção. Estava tudo pronto para eu lançar o meu primeiro álbum e eu estava muito feliz com isso. Mas o produtor, agindo de má fé quis cobrar cerca de R$3 ou R$4.000,00 para disponibilizar esse disco. E claro, penosa que eu estava e sem onde tirar esse valor, me veio com a pergunta: “Você tem o seu disco? Pois eu tenho.”
Logo em seguida disse que teria apagado o disco. Frustrada, pensei em dar um tempo com a música e explorar outro âmbitos da música. E a Linn estava passando por um processo de escrita que, quando me mostrava eu pensava “isso é música, as pessoas precisam ouvir isso. Eu decidi anunciar um show de despedida dos palcos, como a Linn já estava explorando seu flerte com a música decidi convidar ela e outro artista.
A Parceria
Ela estava muito insegura e como eu sabia aqueles textos de cor, resolvi apoiá-la fazendo uma segunda voz. As pessoas que estavam presentes foram ao delírio dizendo que tínhamos uma conexão muito boa e que era incrível nossa junção.
Foi quando ela me convidou para estar presente em suas apresentações, como eu acreditava na importância daquilo, resolvi me dedicar integralmente na carreira dela. Fui produtora, cuidava das redes, fazia flyers e até stylist eu era, pois tadinha, como posso dizer, ela tinha um gosto peculiar para roupas e então resolvi ajudá-la. Desde então estamos juntas criando, compondo e principalmente sendo base uma da outra. Acredito que somos as pessoas mais doces e brutais uma com a outra, nos cobramos muito e buscamos muita excelência em nosso trabalho.”
Seu primeiro EP “Corpo Sem Juízo” tem a produção afiada de DJ Badsista e conta com diversas colaborações como Rico Dalasam, Deize Tigrona, Linn da Quebrada e Mulambo. Como ocorreram os convites e o processo de produção do EP?
Jup do Bairro: “Quando voltei a pensar em lançar um disco o primeiro desafio que me deparei foi: com que dinheiro? A produção do audiovisual no Brasil ainda é muito cara e não temos grandes lugares de acesso a equipamentos musicais para corpos periféricos.
Tudo isso é muito desanimador para artistas independentes, principalmente quando vemos um governo conservador tomando o poder, pois quando isso acontece os primeiros cortes orçamentários é de acesso a cultura e arte.
A arte transforma, impulsiona e salva vidas. A arte é o caminho que muitas vezes substitui a educação institucional, não temos uma educação que interesse a população preta, a população pobre e corpos marginais no geral. Não é interessante pro sistema capitalista pois é daí que conseguem gerar mãos de obras baratas, operários.
O Financiamento Coletivo
A primeira solução que pensei foi que esse disco só seria possível através de um financiamento coletivo. Em um dia chuvoso em São Paulo, fim do ano de 2018, me juntei com 3 pessoas: Thiago Felix, Izabela Costa e Bia Bem. Pessoas fundamentais que viram a ser a minha equipe.
Atribui minha vontade de trabalhar com eles e também de ter um disco, que mais uma vez só seria possível a partir da soma de forças que fui encontrando ao longo da minha trajetória. 2019, uma guerra cultural estava sendo estabelecida. Como eu poderia executar um trabalho que contaria juntamente com o que faltava pro meu público e parceiras que era grana?
O Poder do Coletivo
Só me restava mais uma contar com o coletivo só que dessa vez com uma abordagem diferente. Eu quis dividir a responsabilidade com o público na criação desse trabalho como uma ponte de imaginários.
Muitas vezes nós questionamos o motivo de X artista não ter a visibilidade que achamos que mereça e nos esquecemos que somos responsáveis pelo que consumidos de forma geral: o que comemos, o que vestimos, o que ouvimos.
E fui moldando essas estratégias e reeducando a importância da ação do muito para o ingresso de um corpo que a indústria da música não se preocupou intencionalmente ou não. Com muito sufoco e apreensão, conseguimos bater a meta e agora precisaria entender quais faixas estariam presentes nesse EP.
CORPO SEM JUÍZO
“CORPO SEM JUÍZO” é formado a partir de fases básicas de um corpo: nascimento, vida e morte. Não necessariamente nesta ordem. Eu já tinha algumas algumas composições e decomposições prontas durante anos e que gostaria de usar, outras abri mão por achar que não me contemplava mais, eu já era outra pessoa. Pra completar o EP fui listando algumas coisas que eu gostaria de dizer. Assuntos que permeavam o meu corpo e o corpo das pessoas que estavam ao meu redor.
Deize Tigrona
Me lembro que alguns anos atrás Deize Tigrona deu uma entrevista depois de muito tempo e falou sobre sua relação com a depressão. Aquilo abriu um horizonte na minha cabeça, são poucas as pessoas vindas de periferia que falam abertamente sobre a doença.
Doença essa que significa pelo menos 5,8% da população brasileira, taxa acima da média global, que é de 4,4%. Isso significa que quase 12 milhões de brasileiros sofrem com a depressão segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas a saúde mental ainda é um tabu que muitas pessoas ainda tratam como “doença de rico” ou “frescura”.
Me apropriando de uma gíria que já usava com minhas amigas (PELO AMOR DE DEIZE) com a tentativa de feminilizar esse deus, eu quis levantar uma possibilidade tornar nossas relações afetivas em efetivas onde uso o áudio de uma troca de conversa entre Deize e eu.
O Amor, as Vontades e o Tesão
Outro assunto que também quis abordar era o amor, mesmo sem saber o que é amar. Amor que não contempla em horizontalidade todos os corpos. O amor que segrega, escolhe e exclui.
“ALL YOU NEED IS LOVE” cria a possibilidade de destruirmos esse amor e inventarmos outro, e que mesmo estando sob o deserto de nossa solidão, o desejo existe. O tesão, vontades, pulsos. Não teriam pessoas melhores pra inventar essa utopia junto comigo do que Rico Dalasam e Linn da Quebrada, corpos que tanto admiro enquanto pessoas físicas e jurídicas, enquanto artistas.
Composta por Rico Dalasam e eu, creio que é uma faixa que traz humor, referências e uma urgência que vai pra além de playlists de sexo. É uma criação imagética e coletiva, criação de imaginário.
LUTA POR MIM
Eu escrevi minha parte de “LUTA POR MIM” a uns dois anos atrás, mas ainda sentia falta de algo mais material. Conheci o Mulambo em uma apresentação sua aqui na quebrada. Quando o vi no palco, lembro que senti uma coisa que não sentia a muito tempo vendo um show.
A performance, letras e inquietude de Mulambo me roubou a visão, também me deixou inquieta. A primeira coisa que veio na minha cabeça foi “eu preciso gravar com ele”. Logo pensei em “LUTA POR MIM”, apresentei minha escrita, disse mais ou menos o que eu queria dizer com aquilo e deixei livre para que ele pudesse entrar com sua parte. Fiquei muito empolgada com suas rimas, mas confesso que foi quando fomos gravar a guia que as lágrimas vieram confirmando aquela música.
O CORRE
E “O CORRE” entra como uma espécie de “juízo final” do EP. É quando eu olho a minha trajetória, entre dores e delícias e crio juntamente com a BADSISTA esse hip hop new school tragicômico. É um disco muito vivo assim como seus processo criativo. Coletivo, sobre soma, sobre mim, mas também sobre nós. Ao mexer em minhas feridas ainda frescas gero um desconforto necessário para cura, mas devolvo esse desconforto pra quem ouve na tentativa de curá-lo também.
O EP tem uma sonoridade diversa, transita do hip hop ao funk. Mas a faixa “Pelo Amor de Deize” com participação de Deize Tigrona, tem um arranjo com riffs de metal e uma linha de baixo que lembra Rage Against The Machine. Seria essa uma de suas referências para a concepção do EP?
Jup do Bairro: “AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA sim, sim, sim!
Inclusive Rage Against the Machine (1992) foi o primeiro CD de banda que meu pai me deu, anteriormente eram CDs infantis. Meu tinha uma referência musical muito vasta, principalmente sobre o rock. Foi punk na sua adolescência e depois de mais velho migrou para o samba e afins.
Quando ouvi RATM pela primeira vez a minha cabeça ficou igual aquele emoji explodindo. A mistura do rap com o metal foi uma bomba de informações e me apaixonei por “Killing in the Name”. Inclusive era a única música que eu tocava no Guitar Hero II.
Jup do Bairro + BADSISTA = BAD DO BAIRRO
A pegada heavy metal, o funk, o rap e outros ritmos presentes em “CORPO SEM JUÍZO” foi uma viagem em minhas e nas referências de BADSISTA. É muito prazeroso trabalhar com ela. Temos gostos muito parecidos pra música, talvez por termos a mesma faixa etária e por temos um recorte geográfico em comum na periferia.
A BAD consegue captar sons que faço com a boca e reproduzir em rifs e melodias, além ser extremamente imersa no que faz, muito matemática. E assim foi feito o esqueleto desse CORPO, quase um Frankenstein. Antes de começar a pré-produção, eu comecei a estudar muito e investigar coisas que eu gosta de ouvir.
Com isso revisitei o tempo que minha mãe costurava ouvindo Nelson Gonçalves, Cartola, Paulo Diniz. Usei do meu berço que foi o rap e batalhas de rimas por onde passei e também gêneros do rock. No carnaval deste ano, por exemplo, entrei em turnê com o meu projeto BAD DO BAIRRO com BADSISTA que é uma plataforma de experimentação onde eu nunca sei o que ela vai tocar e ela nunca sabe o que eu vou cantar.
Nos intervalos me peguei ouvindo Slipknot, Korn… Queria estudar novos flows, novas dicções do que eu já havia apresentado anteriormente. “LUTA POR MIM” produzido pelo DJ Pininga foi uma das mais difíceis, foi um desafio tanto pra mim quanto pro Mulambo, é uma sonoridade muito diferente pra nós. E “PELO AMOR DE DEIZE” foi uma das mais fáceis, Deize também é uma grande roqueira, pegou o ritmo e gravamos em poucas horas.”
https://www.instagram.com/p/CD2W8wvshEp/
A faixa “Corpo Sem Juízo” originalmente possuía a participação da escritora Conceição Evaristo e uma instrumentalização Hip Hop, mas no EP a faixa entrou a capella. Por que a mudança?
Jup do Bairro: “Ainda no ano passado, eu lancei um EP com três remixes do single de “Corpo Sem Juízo” com VINEX, JLZ e CyberKills. Pro EP pensei em colocar uma versão acapella pensando no looping sonoro de todo o contexto. “Que versão faz mais sentido colocar no disco?” eu me perguntei. E quando ouvi só a voz era justamente aquilo que eu estava procurando.”
Podemos notar o sentimento de urgência no EP. Abre caminhos para a liberdade e transformação. Passado, presente e futuro de Jup. Como o público vem recebendo a obra?
Jup do Bairro: “Tem sido uma experiência muito inspiradora. As pessoas chegam em mim falando o quão se identificam com cada faixa, o quão era importante tudo aquilo ser dito, da maneira que foi dito, e eu sempre fico muito emocionada. Há muitas dissertações que alegam que aquelas composições são a frente de seu tempo por conter faixas mais antigas que dizem tanto sobre o cenário que estamos vivendo. Mas eu acredito que sou e reivindico que sou uma artista do presente, do agora.
As dores e as Opressões
O fato de de fazer tanto sentido pra tudo isso é que parte das minhas escritas são sobre as dores que o sistema causa em corpos como o meu. E isso não é diferente de mais de 10 anos atrás, quando comecei a materializar meus pensamentos.
Há muitas opressões que ao longo do tempo se sofisticam mas não deixam de existir. O genocídio da população preta, o pódio de vivermos no mais que mais mata pessoas trans e travestis, o corre de produzir e ao mesmo tempo colocar comida no prato, inseguranças, tristezas, felicidades, transformações. Me coloco de forma transparente e viva, acho que o público precisava disso de alguma forma, eu precisava.
A Indústria Fonográfica
Estamos em um momento que a indústria da música endossa canções fáceis de comercializar, de até três minutos, que comece pelo refrão e com potencial de viralização de dancinhas pro TikTok. E a pensar de desengonçada, também me divirto com isso. Mas não pode ser só. Eu sou uma contradição, contra a tradição.
Os números de streamings são importantes mas não podem ser o destino final, são cartões de visita. A imprensa está recebendo muito bem também, mais do que eu imaginava por ser um primeiro lançamento solo.
Estampei páginas de uma das edições da Revista Vogue, a capa da Folha Ilustrada, perfil na Rolling Stone, matéria no The Guardian e de sopa estreei n’Os 25 Melhores Singles de 2020 do Hits Perdidos, sabe? É muito gratificante pra uma artista como eu, fazedora de música torta, arteira.
Além de cantora, performer e atriz você também é apresentadora e hoje ao lado de Linn da Quebrada comandam o TransMissão, no Canal Brasil em horário nobre. Como aconteceu o convite? Quais foram os impactos na sua vida ao estrelar em horário nobre?
Jup do Bairro: “Linn e eu estrelamos o filme “Bixa Travesty”. No filme, tem uma parte que remete uma rádio onde nós trocamos ideia sobre vivências, nossos corpos e assuntos gerais. Quando o filme foi lançado, primeiramente na Europa, o público sempre perguntava onde assistia ou ouvia aquele “programa, podcast e afins” ao fim das sessões. Quando chegou no Brasil, não foi diferente.
Com isso o Canal Brasil juntamente com os diretores Claudia Priscilla e Kiko Goifman, os mesmo diretores de “Bixa Travesty” fizeram um convite para estarmos explorando mais esse lugar. Deu frio na barriga junto com o peso de muita responsabilidade. Não teve piloto, não teve ensaio, não temos roteiros, assim. Mas sempre gostei muito de estar nesse lugar de saciar minha curiosidade, sou muito curiosa.
O Programa no Canal Brasil
O programa é muito honesto, é um escambo de informações. Não é um provocador, um talkshow, é uma construção de pensamento conjunto. Sinto que muitas vezes colocam eu, Linn e tantas outras artistas para falar unicamente sobre suas características físicas: gênero, sexualidade, raça… E temos muito a falar, na verdade todas as pessoas.
Qualquer um pode falar sobre esporte, gastronomia, psicologia, geografia, música e qualquer que seja o assunto. Reconhecer que você não domina alguma questão faz parte de um diálogo e o TransMissão consegue deixar isso evidente. Não é sobre verdades absolutas, é sobre o atrito de ideias e ideais. Um programa como esse se faz necessário na nossa contemporaneidade.
Hoje converso com as mais variadas gerações que me abordam falando que me assistiu na TV, que sou inteligente, engraçada, articulada. E eu timidamente digo “são seu olhos (?)”. A televisão ainda é um meio muito responsável por transmitir e gerar conteúdo, informações. Por isso se faz urgente um F5 nesses softwares também.”
Podemos esperar um disco cheio de Jup do Bairro? Quais são os planos para o futuro?
Jup do Bairro: “No momento estou curtindo essa apresentação que “CORPO SEM JUÍZO” está proporcionando enquanto introdução do que pode vir por aí. Mas penso em um álbum completo, penso em uma mixtape para BAD DO BAIRRO com uma outra linguagem, singles.
Mas antes disso vou distribuir o visual do EP com “LUTA POR MIM” e “O CORRE”, o lançamento do CD e LP, tem bastante Jup do Bairro ainda esse ano.”
Jup, o que é um Corpo Sem Juízo?
Jup do Bairro: “Um “CORPO SEM JUÍZO” é um corpo que rompe o juízo judaico cristão que nos auxiliou na organização seria a realidade. Realidade que julga quais são os corpos que merecem ou não viver, ter dignidade. Um corpo que transgride, se transforma e toma voo. Um corpo impassível, que explora, olha atravessa e se deixa atravessar.
Chora, ajuda, pede ajuda, reinventa deuses e deusas. Ama, destrói o amor, inventa um novo amor e procura saber o que é amar. Um corpo que faz um corre danado pra se sentir pertencente, pelo menos a si. É tudo isso, e é a discordância de tudo isso com a mesma frequência. Entre ser ou não ser já não é mais a questão. Quero estar.”
5 Comments
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