Conheça artistas do cenário musical da Palestina
Assim como todo o Oriente Médio, a música da região da Palestina é rica e cheia de particularidades, muito embora, não se ouça muito falar no Brasil. Por isso decidimos listar 10 artistas de diferentes estilos para conhecermos mais sobre a música produzida no território por lá. Sendo assim, continuamos nossa volta ao mundo logo após um post sobre bandas australianas.
1) Rasha Nahas
Rasha Nahas nasceu e cresceu em Haifa e atualmente vive em Berlim. Seu folk rock acaba abraçando elementos de free jazz, rockabilly, violinos e muita personalidade. Seu primeiro álbum foi lançado em 2019 em pleno verão europeu. Ela já se apresentou em festivais como o Glastonbury e na SIM São Paulo.
2) TootArd
De Druze, o TootArd foi fundado por dois irmãos, Hasan e Rami Nakhleh e até então conta com dois álbuns, Nuri Andaburi (2011) e Laissez Passer (2017). Entre os estilos que o som do trio, que conta até mesmo com saxofone, eles citam rock psicodélico, tuareg, reggae além de ritmos regionais.
3) 47SOUL
O 47Soul é um quarteto de música eletrônica que entre outros estilos traz para o caldeirão o Mijwiz e o Shamstep. O quarteto palestino da Jordânia está na ativa desde 2013 e em 2019 chegou a se apresentar no Tiny Desk e ganhar uma nota alta no jornal britânico The Guardian.
4) Bashar Murad
Nascido no leste de Jerusalem, Bashar Murad, além de músico é ativista LGBT+ no oriente médio. Ele ganhou maior reconhecimento depois de colaborar com a banda de techno-punk Hatari da Islândia. Bashar é filho de Said Murad que nos anos 80 fundou a primeira banda alternativa da região, a Sabreen. Seu som é pop e no ano passado ele participou da Canadian Music Week.
5) Jowan Safadi
Representando o cenário de avant-garde rock Jowan Safadi é polêmico. Recentemente até mesmo foi preso por conta das autoridades considerarem sua música “Police Song” como subversiva. Foi necessário uma campanha nas redes sociais para liberarem o músico. Ele relata que sofreu muito durante a prisão mas agora está de volta a Haifa.
6) Le Trio Joubran
Representando a música mais tradicional palestina temos o Le Trio Joubran. O trio é formado por irmãos da cidade de Nazaré, e hoje em dia eles se dividem entre Nazaré, Ramallah e Paris.
Filhos de pais músicos, seu pai Hatem é considerado um dos melhores instrumentistas da arábia. Suas influências além da música tradicional também flertam com o jazz. Eles já foram premiados por diversas vezes nacional e internacionalmente.
7) Haykal
Misturando hip hop com elementos de trap e grime Haykal é conhecido por ser um dos mais rápidos rimadores da região. Ao lado de Al Nather, Dakn, Marimakkuk e Shab Jdeed eles tem aproveitado o legado de grupos como DAM que abriram as portas para o estilo.
8) Muqata’a
O novo cenário underground de Ramallah parece ferver e trazer ótimas pérolas para fãs de hip hop e música eletrônica. O ativismo, claro, também é o fio condutor desta movimentação. Muqata’a também fez parte do coletivo Ramallah Underground, no qual obtive reconhecimento.
Sua família, inclusive é de refugiados que tiveram que se mudar para lugares como Nicosia, Chipre, Amman, Jordânia antes de voltar para Ramallah. O nascimento do grupo vem das festas subterranêas voltadas para a dance music.
Ele inclusive costuma samplear em sua música canções clássicas árabes, escutas de rádio de Israel registradas de maneira ilegal entre outros coisas. Tudo com apenas a ajuda de um iphone. Mais informações vocês podem encontrar no documentário Palestine Underground.
9) Sama’
Quem também já apareceu no Boiler Room foi a DJ Sama’. Antes atendendo pelo nome de Skywalker, ela foi a primeira DJ e produtora musical palestina. Tudo começou quando em 2007 ela começou a organizar suas primeiras festas techno que acabaram se tornando uma verdadeira febre em Ramallah.
Antes de entrar de cabeça na música eletrônica ela chegou a fazer rap e a participar de batalhas de dança, ela conta que durante os anos 00 a moda era ouvir hip hop e que em Ramallah as pessoas amam música psicodélica.
10) Extra: Documentário
Como comentamos sobre o documentário nada como deixar o link disponível para quem se interessar aqui na matéria. A produção audiovisual aborda o cenário de Hip Hop, Trap e Techno, além de aspectos como identidade, restrições políticas e seus muros.
Durante minha pesquisa encontrei também um link no qual falava como bandas israelenses e palestinas conviviam bem no cenário de metal local, fica aqui o link para quem se interessar.
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