[Premiere] Riviera busca refúgio e reconforto em videoclipe para “Eloquente”
Composta por Vinícius Coimbra (vocais), David Maciel (bateria), Rapha Garcia (baixo/voz) e Rafa Giácomo (guitarra/voz) a banda Riviera, de Belo Horizonte (MG), lançou no ano passado seu segundo álbum, Aquário.
Tendo dois pés cravados no rock alternativo eles confessam ter influências dentro de sua sonoridade de grupos como A Perfect Circle, Silverchair, Radiohead, Tool, Queens Of the Stone Age, Circa Survive, Thrice e até mesmo os conterrâneos da Udora.
A jornada do grupo mineiro começou a cerca de 8 anos quando o vocalista, Vinícius Coimbra, ainda vivia em Brasília (DF). Com um violão em mãos e diversas composições, formar uma banda era só questão de tempo.
Iniciando suas atividades no formato power trio e trazendo em sua panela referências que vão do rock alternativo, passando pelo post-grunge e chegando ao rock progressivo.
Ou seja, revelando uma paixão pelo peso e estranheza da década de 90, fruto de uma geração que consumiu a MTV à todo vapor.
Após alguns EPs e consolidação de sua sonoridade em 2016 veio o primeiro álbum, Somos Estações, que condiz com o nome e traduz em suas faixas a intensidade de todas as estações. Brasília volta a ser protagonista nesta história, desde a escolha do estúdio a até mesmo as parcerias.
O registro foi gravado no Refinaria Estúdios, na capital federal, e teve a produção e edição de Jota Dale (Satanique Samba Trio) e mixagem e masterização de Ricardo Ponte, conhecido por seus trabalhos ao lado da Scalene e Alaska.
Já no ano passado Aquário foi lançado. Com uma proposta de lidar com as emoções de outra forma mas sem perder a intensidade característica do grupo. Inclusive em fevereiro eles disponibilizaram três faixas em uma versão deluxe do disco.
Riviera “Eloquente” (10/05/2019)
Nesta sexta-feira (10/05) a Riviera disponibiliza o videoclipe para “Eloquente”. Nela o sentimento de solidão, caos, angústia e desespero transparecem. Isso também se apresenta na composição que tem seu lado melancólico exposto na faixa.
“É dentro dela que as pessoas costumam se esconder. E essa dualidade, onde o interlocutor vive na solidão e, ao mesmo tempo, manifesta a vontade de sair dela, parte do princípio da negação de se querer estar neste ciclo solitário com o que as pessoas realmente fazem para sair dele.”, reflete Coimbra.
A direção, produção e edição são assinados por Bruno Paraguay (Eminence). É através de luzes, contrastes, transições de câmeras, escuridão e distorção que os versos ganham espaço para ecoar no horizonte.
A sensação que a produção audiovisual nos passa é de estarmos presos dentro de um aquário onde tentamos ser ouvidos pelo mundo exterior. A angústia vai crescendo conforme a música vai ganhando corpo e força. A falta de luz e os cortes nos passam a ideia de desconforto, sufoco e de poucas chance de fuga.
A claustrofobia do quarto escuro da letra, que também vive no clipe, ganha o auxílio das luzes piscantes e criam todo um cenário perfeito para o isolamento. Ponto positivo para a direção e edição do clipe que a primeira vista parece simples mas depende muito do andamento de sua execução.