Drogas, confusão e rehab, baixista revela os bastidores de “Lekkerboy” do Sticky Fingers

 Drogas, confusão e rehab, baixista revela os bastidores de “Lekkerboy” do Sticky Fingers

Leia entrevista exclusiva com Paddy do Sticky Fingers – Foto: Divulgação

Baterista do Sticky Fingers, Paddy, conversa com exclusividade para o Hits Perdidos

A banda australiana Sticky Fingers está se preparando para lançar seu sexto álbum que ja possui sete singles lançados. Entre os mais recentes estão “Love Song” e “Multiple Facets of The Same Diamond” que vem acompanhado de visualizer psicodélico.
O próximo álbum da banda inicialmente se chamaria We Can Make The World Glow, mas foi alterado para Lekkerboy, título de uma das faixas do álbum.

“Existem algumas razões para a mudança. Para começar, diga ‘We Can Make the World Glow’ cinco vezes rápido. Cansado de dizer isso ainda? Sim, nós também.”, afirmou Paddy Cornwall (baixo)


Sticky Fingers - Entrevista Exclusiv com o baixista Paddy
Australianos do Sticky Fingers se preparam para lançar seu quinto disco de estúdio – Foto: Divulgação

Sticky Fingers, Lekkerboy a caminho

Lekkerboy é a palavra que Dylan, vocalista da banda, tatuou em sua barriga após ter desaparecido por alguns dias durante as férias da banda em Amsterdã. Lekker’ significa ‘saboroso’ em holandês.

Ao entrar na chamada para conversar com o grupo, Paddy, baixista, me recebeu avisando que Dylan não poderia participar da entrevista devido a problemas com as drogas.

“Acho que você conhece toda a cultura em torno de drogas e álcool e isso tem sido uma grande parte da banda. Nós dois (Dylan) temos nossos problemas com o vício”

A banda australiana foi formada há doze anos por Paddy Cornwall, o brasileiro Beaker Best (bateria) e Seamus Coyle (guitarra), que se conhecem desde crianças.

Paddy e Dylan são os que mais interagem com o público durante os shows. Paddy muito simpático, insistiu em esboçar algumas palavras em português durante a entrevista. A ausência de Dylan ilustra o problema das drogas, que sempre foi um assunto nas letras da banda.

“Antes de começarmos a fazer música juntos, quando éramos adolescentes vivíamos experimentando drogas nas festas e meio que mergulhamos nessa cultura sendo muito jovem. Lembro que descobrimos raves em Sydney que não conferiam nossa identidade, e lá conhecemos o êxtase.”, explica Paddy

O sucesso da banda também contribuiu com o vício. Ano passado, Paddy estava em uma clínica de reabilitação. Esse ano, Dylan também está.

“É um trabalho engraçado quando você está em uma banda, porque é como se fosse bonito. O único trabalho no planeta onde você tem permissão, para conhecer, usar drogas e beber na estrada.”

Em 2016, Sticky Fingers entrou em hiato depois do vocalista arrumar confusão com a banda Dispossessed e em seguida, uma briga de bar com a cantora Thelma Plum.

“Para mim, a reabilitação foi boa porque vi como uma oportunidade de colocar a cabeça no lugar, mas com Dylan quase foi para ‘o outro lado’, ficou meio sombrio.”, explica

Até o momento a banda já lançou um EP e sete faixas do próximo álbum. Apesar dos problemas, os integrantes estão a todo vapor produzindo seu novo trabalho. Todos os singles, exceto os últimos dois, possuem videoclipe. Além dos planos de vir para a América do Sul.

“Estamos sempre tentando capturar algo diferente com olhar para a banda. Gostamos de fazer videoclipes e queremos voltar para a América do Sul para fazer shows”, finaliza o baixista


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