Melhores Álbuns Internacionais (2024)
Pela primeira vez faço uma lista única e exclusivamente de 50 Melhores Álbuns do Ano no Hits Perdidos. Não será a única do site, além desta com escolhas do editor teremos também individuais dos colaboradores (veja a lista do Diego Carteiro). A intenção é essa mesma trazer diversos pontos de vista e novas dicas para quem acompanha o Hits Perdidos.
Nesta aqui tiro um pouco do peso da lista com os 50 Melhores Álbuns Nacionais (2024) e foco nos favoritos com critérios diferentes da brasileira. É uma lista com um viés pessoal e menos mercadológico, mas que traz discos que ouvi ao longo do ano e fizeram querer eu ouvir novamente. A ideia é sempre reoxigenar as playlists, e claro, no fim tem uma completa com os sons dos citados.
Bem Indie Rock/Dream Pop anos 2000 sem muita surpresa, se gostar de Phoenix na fase mais pop, é bem por aí.
Post-Punk divertido, algo meio DEVO, meio Talking Heads, se gostar de sons assim vai pirar.
Indie Pop com perfume de jazz da Coreia do Sul. Para playlists de dias mais leves.
Para quem gosta do hardcore com vocais mais ásperos, o Hot Water Music, depois de algum tempo, volta a lançar um disco digno dentro da sua discografia. Tem até mesmo participação do City And Colour, do Thrice e do The Interrupters.
Teve um hype no TikTok e fui ver qual era, às vezes o hype compensa em um disco de Indie Rock com referências de grunge e rock antigo.
Gosta de IDLES? De Jazz com Punk? De misturas diferentes, energéticas e transgressoras? É bem por aí.
Banda de punk rock / garage rock com a chancela da Epitaph Records. Divertida e boa para praticar exercícios físicos.
Lançado pela Hopeless, é leve, indie pop e perfeito para quem curte minas guitarristas no Indie Rock.
Com integrante do tão memorável Title Fight, o terceiro disco da banda atende a nostalgia por guitarras noventistas, entre ecos e vocais ásperos. É punk rock, mas tem elementos de teclados psicodélicos.
DIIV não precisa de muitas introduções, sempre com distorções e com referências do shoegaze. Esse é dos mais leves e calmos deles em uma fase mais madura da carreira.
Após 8 anos sem lançar disco, até porque estavam parados e voltaram em 2023, mantém a qualidade dentro do nicho emo/rock alternativo.
Mais politizado, em constante evolução, é interessante ver como os filmes e términos deixaram tudo mais dramático dentro do punk rock / alternativo que se propõe a fazer.
Apesar do nome de música do Pixies, o som deles é todo cheio de barulho, com referências do grunge e do hardcore, embora seja todo em escalas e com muita técnica. Nesse disco a vocalista se destaca ainda mais. Fizeram um bom show em São Paulo neste ano.
Um dos grandes hypes do ano dentro da música pesada, ao lado do Chat Pile, e também dos que ganhou popularidade com a Gen Z através do TikTok. Pedais duplos, berros e break downs fazem parte da fórmula.
Para fãs de Sludge Metal, eles resgatam bastante da essência do metal alternativo dos anos 90 e 2000.
Por aqui não ignoramos discos latinos e este dos argentinos do Fin Del Mundo mistura dream pop, shoegaze e emo. Um belo disco cheio de um emaranhado de camadas e muitas sensações à flor da pele. Plástico, abstrato e com DNA da patagônia.
Psicodélico, imersivo, sensorial e frágil. É uma viagem por sons mais calmos e frequências mais baixas. Daqueles sons que te abraçam a cada nova audição.
Sétimo álbum da cantora com referências soturnas e eletrônicas, para quem gosta de rock industrial, rock gótico e trip hop.
Não ouvia eles tem alguns bons anos, mas bateu bem esse. Ainda tem a raiva adolescente, mas é um álbum mais maduro para quem gosta de post-hardcore em muitos momentos flertando com o alternativo. Tem até homenagem a “Brand New Love” do Sebadoh.
Com ex-membros do excelente Ought, a banda canadense que mistura post-punk com rock alternativo surpreende bastante.
Você foi provavelmente bombardeado por esse disco e ele é realmente pop, inovador e bom. Vem mais um Grammy?
Instrumental, de Londres, mas com integrantes imigrantes, e com referências de música latina, como, por exemplo, a cumbia. Música pra dançar.
Primeiro álbum da banda britânica instrumental. Bastante experimental, mas envolvente, eles trazem referências entre o jazz e o pós-punk. A cara do C6 Fest.
Primeiro álbum da banda e logo com a produção do James Ford (Arctic Monkeys), uma mistura intrigante entre punk e a música techno. Épico, às vezes exagerado, meio trilha de videogame ou anime. Divertido e com referências da música oriental.
Irônico, debochado, revival do indie, post-punk, contra fórmulas e açucaradamente pop dentro do gênero, sendo quase powerpop.
Fui super cético quando elas apareceram alguns anos. Mas neste disco parece que encontraram produtores que deram corpo e as referências que precisaram para se firmar nesse nicho de punk/pop que tanto buscavam. Dá para colocar na mesma prateleira do Green Day já.
Quando cogitei dar o play não sabia muito o que esperar, mesmo com os sets bacanas em festivais por aqui, e não é que eu gostei? Um bom disco de house com participações especiais de grandes nomes.
Para mim este já nasceu clássico. Tame Impala, Connan Mockasin e Thundercat ainda participam como cereja do bolo.
Sabe aquele disco zona de conforto para dias que você precisa desligar um pouco da rotina? É o que o Indie Rock das espanholas propõe com letras sobre corações partidos e noites solteiras. Finalmente se assumindo como um duo e precisando voltar logo para um show no Brasil.
Ver o IDLES sair da zona de conforto e se permitindo construir canções além do que se espera deles, é sempre algo a se valorizar. Músicas com o “A Gospel” e “Roy” não encaixariam em outra fase, mas nessa faz todo sentido.
É um álbum que vai te ganhando a cada nova edição, a cada nova textura que você repara. Psicodelia, blues, funk, surf music, tudo tem seu espaço.
Eu não esperava ouvir um álbum de rock do La Femme esse ano, mas não é que ouvi? Muito legais as referências da dance music e post-punk que os franceses trouxeram para o disco. Dançante, plástico e abstrato, a cara deles.
Tiveram sorte do hit viral para a versão de “Linger”? Claro. Mas os australianos logo em sua estreia foram lá e fizeram um disco Indie rock para lá de grudento com músicas justamente para cantar junto.
Fiquei meses esperando um disco de estreia de uma banda post-punk da Irlanda do Norte? Sim, e valeu cada segundo.
Um disco inspirado no burnout, quão contemporâneo é isso? Sou fã do post-punk cheio de camadas e guitarras cirúrgicas que os londrinos fazem desde o primeiro disco. A vocalista, por sua vez, parece sempre saber a melhor solução para a entonação dos vocais que cada música precisa. Entre o peso e a leveza, o Porridge Radio é o futuro.
Lançado pela Matador Records, o terceiro álbum do bar italia que teve sua vinda para o Brasil adiada nesse ano, é daqueles discos de rock alternativo que vão crescendo a cada nova audição. Calmo, ardiloso e contemporâneo. Alguns enquadram o som que eles fazem como hypnagogic pop, o que acho no mínimo curioso.
Um disco de UK Funk refinado com até mesmo referências a cidade de São Paulo, veja só. Refinado, urbano e que eu esperava mais hype… mas não veio pelo visto. De qualquer forma, não ignore e se apaixone também.
Altamente recomendado para fãs de Gorillaz, o segundo álbum do Yard Act é daqueles discos para você dançar, rir e descontrair.
Inesperado e com misturas quase apocalípticas, o experimental disco do integrante do black midi tem até mesmo gravações no Brasil. Daqueles que você para e pensa: “Que loucura que eu estou ouvindo?” mas depois se vê empolgado com a bagunça.
A cada disco, a banda australiana parece ir para outro nível, com a bem humorada vocalista que genuinamente parece que saiu da cena punk dos anos 70, as letras bem humoradas e as ironias parecem até mesmo quebrar todos os protocolos do que seria ser punk em 2024.
Das primeiras vezes que ouvi o disco fiquei pensando em várias referências da música pop para tentar descrever, de Kate Bush a Fleetwood Mac. Nada encaixava muito bem. Fato que o disco tem todas essas camadas, entre arranjos bem desenvolvidos imersos nos anos 70, e um ar refinado que se torna um rock acessível que você parece já conhecer.
Nilüfer Yanya parece fazer do complexo simples e neste disco permite criar mais ambiências, algumas de arranjos sofisticados, como sopros ao drum & bass. Vale navegar pela obra da inglesa filha de imigrantes imersos no mundo das artes.
Memória afetiva falando alto por aqui. Os caras que começaram a fazer música com o sonho de um dia tocarem nos jogos do Tony Hawk, fizeram uma carreira para lá de perigosa, entre overdoses e erros, o que transparece nas letras. Para quem gosta de punk rock com flerte com surf rock, garage rock e pop punk.
Esse disco é tudo que eu esperava de uma banda de rock em 2024 em uma estreia: audácia, peso, distorção, intensidade e boas letras. Tudo no limite do que precisa ser feito. Para quem gosta de Post-Punk e Garage Rock, um prato cheio de muita fúria.
Pulsar é um dos discos mais agradáveis que ouvi no ano. Solar, ele é a cara do verão francês. Para quem gosta de Daft Punk, só que imagine com a leveza de vocais femininos e ainda mais dançante. Uma pena a vocalista ter largado a banda no fim do ano.
Sublime e ainda tem o encontro com a Romy, parceira de The xx. Se uma lista com discos internacionais de 2024 simplesmente não tiver ele, desconfie.
Conforme os singles foram saindo, a empolgação pelo disco cheio vinha. É bem verdade que eles são superiores ao resto apresentado pela banda de rock alternativo que explora até mesmo referências de jazz nesse trabalho… mas o amadurecimento é algo a se louvar por si só (e olha que eles tem várias referências religiosas e até mesmo a astrologia nesse disco).
Se era para ser uma crise dos 30, o disco é um dos mais intensos e explosivos dentro do rap estadunidense. E não se fecha só nisso, explora o ritmos como jazz, R&B, o gospel e, definitivamente, não poderia ficar fora da lista. Daniel Caesar, Childish Gambino e Schoolboy Q, são apenas alguns dos grandes nomes que colaboram no trabalho.
Fontaines DC definitivamente se reinventou nas mãos de James Ford e conseguiu fazer um disco que reflete perfeitamente os romances modernos, seja os longos, como os efêmeros. Criativo, tem canções que grudam como, por exemplo, “Bug” e “Favourite”, além da fantástica “In The Modern World”.
O The Cure provavelmente fez o disco mais relevante do rock nos últimos 15 anos e isso levaria por si só eles para o primeiro lugar de qualquer lista. Não bastasse isso, o último romântico do post-punk, Robert Smith, elevou o nível de maturação e a profundidade das composições que fazem com que o ouvinte entre de cabeça em seu próprio universo particular. Disco do ano!
É claro que uma lista com 50 Melhores Álbuns Nacionais (2024) ia contar também com uma playlist no Spotify para você conhecer tudo!
This post was published on 18 de dezembro de 2024 10:56 am
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