Mita 2023 em São Paulo: The Mars Volta faz show histórico, HAIM declara amor ao Brasil, Florence + The Machine faz exibição de gala e NX Zero celebra a volta no segundo dia

 Mita 2023 em São Paulo: The Mars Volta faz show histórico, HAIM declara amor ao Brasil, Florence + The Machine faz exibição de gala e NX Zero celebra a volta no segundo dia

Far From Alaska e Supercombo no MITA Festival 2023 em São Paulo – Foto Por: Lays Milanello (@laysmilanello)

Após o primeiro dia do Mita 2023 em São Paulo em que tivemos shows da Lana Del Rey, Jehnny Beth, BADBANOTGOOD, Flume, Djonga convida BK’, Flume, Duda Beat entre outros, o segundo dia embora o line up tivesse maior potencial para atrair um público maior, foi mais vazio. Era possível andar tranquilamente pelo local já que problemas de logística do dia anterior, como a entrada da pista premium e as filas dos caixas, foram contornados.

Embalado pela nostalgia como marca principal do dia, já que o evento reunia roqueiros mais velhos que celebravam a volta do The Mars Volta ao país, o vocalista, Cedric Bixler-Zavala, até comentou ao longo do show se tinha alguém que estava presente na vinda do grupo em 2004. O NX Zero após um hiato de 6 anos fez seu primeiro show em São Paulo, tendo se apresentado na semana passada no Mita RJ (saiba como foi), assim como o Capital Inicial que resgatou seus hits de décadas em um dia onde o rock foi protagonista. Com 16 anos de estrada, Florence + The Machine também faz parte da leva nostálgica, visto que alguns dos seus hits já ultrapassam a marca de uma década do seu lançamento.

O dia ainda contou com apresentações do novíssimo nome da música pop, Sabrina Carpenter, o show do rapper cearense Don L com Tasha & Tracie e o encontro entre os potiguares do Far From Alaska com os capixabas da Supercombo. Como elemento surpresa também tivemos o ineditismo no line up com as HAIM se apresentando pela primeira vez no país após o sucesso meteórico do álbum Days Are Gone (2013).

Saiba como foi: O Primeiro dia do Mita em São Paulo


Far From Alaska + Supercombo no Mita Festival 2023 em São Paulo - Foto Por: Lays Milanello (@laysmilanello)
Emily Barreto (Far From Alaska) e Carol Navarro (Supercombo) durante show em conjunto no Mita Festival 2023 em São Paulo. – Foto Por: Lays Milanello (@laysmilanello)

Mita 2023 em São Paulo: Os shows do segundo dia

Sabrina Carpenter

No momento que adentramos o complexo montado dentro do Vale do Anhangabaú, Sabrina Carpenter já dava início a sua apresentação no Palco Deezer, que ficou conhecido como “O palco sem pista premium” e teve a missão de abrigar os shows menores do Mita Festival.

Por volta das 14 horas a artista de apenas 24 anos, da Pensilvânia, e confirmada para realizar turnê mundial ao lado da Taylor Swift, parecia super empolgada para se apresentar no festival. Desconhecida para a maior parte do público, Sabrina foi revelada em um concurso de canto dirigido por Miley Cyrus, intitulado The Next Miley Cyrus Project.

Com carreira dividida entre ser atriz e cantora, seu single de estreia “Can’t Blame a Girl for Trying” estreou na Radio Disney. Seu álbum de estreia, Eyes Wild Open, foi lançado em 2015. Também se destacando por tocar em musicais e chegar na Broadway.

Seu som é pop e ela transita por gêneros como folk-pop, country, eletropop, house, dance-pop e até mesmo nos últimos trabalhos se aproximou mais do hip hop, trap e R&B, entre as referências ela cita Christina Aguilera, Adele, Rihanna, Taylor Swift, Lorde, Whitney Houston e Etta James.

Seu álbum mais recente, Emails I Can’t Send, foi lançado em julho de 2022, e marca a mudança da Hollywood Records para a Island Records, subsidiária da Universal Music Group, e teve a produção musical de Julian Bunetta, Leroy Clampitt, Jason Evigan, Ryan Marrone, Jorgen Odegard e John Ryan, sendo ela compositora de todas as músicas.

A turnê do disco, inclusive termina no mês que vem, sendo a participação da cantora no Mita Festival 2023 em São Paulo, uma das últimas datas anunciadas antes de trabalhar em um novo projeto. Apontada como um dos nomes mais transformadores da indústria na geração Z, a artista debutou o disco na na 23ª colocação da Billboard 200 da parada americana, o que dentro do line up funciona como um novo nome do “pop para aquecer” em um dia em que mais tarde teríamos HAIM.

Dentro de todo esse contexto, entre Rádio Disney, perfil radiofônico e a busca por um caminho já feito algumas milhares de vezes, é até difícil o show fugir um pouco dos clichês. Toda aquela energia industry plant pairava no ar, a apresentação foi morna mas por outro lado seu carisma e trocas com os fãs foram marcantes. Seu repertório teve variações de estilos dentro do pop, ela chegando a tocar guitarra e performar palco adentro. Para se aproximar de um público mais velho, ela tira da cartola uma versão para “The Sweet Escape”, hit da Gwen Stefani.

O único pecado, de um show tão água com açúcar como assistir a um filme da sessão da tarde, ou até mesmo maratonar Camp Rock ou High School Musical, foram os problemas técnicos que fizeram com que o show ficasse parado por cerca de 6 minutos, o que forçou a banda a se retirar do palco e depois voltar para finalizar a apresentação já com clima ameno – e com público já disperso.


Sabrina Carpenter no Mita Festival 2023 em São Paulo - Foto Por: Rafael Chioccarello
Sabrina Carpenter no Mita Festival 2023 em São PauloFoto Por: Rafael Chioccarello

Setlist Sabrina Carpenter no Mita Festival 2023 em São Paulo

Read your Mind
Feather
Vicious
Already Over
Tornado Warnings
bet u wanna
The Sweet Escape (Gwen Stefani cover)
Looking at Me
Paris (tocou duas vezes por conta dos problemas técnicos)
opposite
Fast Times
Sue Me
decode
skinny dipping (Sabrina cantou apenas o primeiro verso atendendo a pedido dos fãs, ela disse que não ensaiaram)
because i liked a boy
Nonsense

Capital Inicial

É difícil entender a escalação do Capital Inicial para o evento. De qualquer forma o show é o mesmo já tem uns bons anos, passando por hits da época do Acústico MTV, sendo dividido entre músicas plugadas e outras acústicas. Uma fórmula que dá certo há muito tempo e continua se fazendo presente em festivais como o Rock In Rio.

Durante a apresentação, Dinho Ouro Preto diz que morou 12 anos no Anhangabaú e que apoia muito a revitalização da região. Fato este que afastou também boa parte do público e que a Prefeitura de São Paulo deveria ter uma postura mais engajada para atender as demandas da população que vão da saúde pública a segurança.


Capital Inicial no Mita Festival 2023 em São Paulo
Capital Inicial no Mita Festival 2023 em São PauloFoto Por: Rafael Chioccarello

Setlist Capital Inicial no Mita Festival 2023 em São Paulo

O mundo
Independência
Depois da meia noite
Todas as noites
Tudo que vai
Olhos vermelhos
Primeiros erros (Chove) (Kiko Zambianchi cover)
Não olhe pra trás
Música urbana
Fátima
Veraneio vascaína
Natasha
À sua maneira

NX Zero

É bem verdade que o NX Zero fez o show da volta na edição do Mita RJ mas tocar em casa tem sempre um sabor diferente nestes momentos. Não é por acaso que Di Ferreiro estava tão emocionado e Gee Rocha dava saltos com a mesma intensidade que fazia nos tempos em que as filas para o Hangar 110 se multiplicavam para as datas da banda por lá.

Tendo Florence + The Machine como headliner, era até esperado a maior parte do público com coroas de flores na cabeça, mas no meio da tarde esse cenário se transformou em emos na casa dos 30 e 40 anos trajando suas camisetas pretas do grupo paulista e de outras bandas como blink-182. Fato é que assim como no Lollapalooza, onde a Fresno mobilizou toda a sua comunidade para o momento histórico, o NX Zero entregou a alma em um set que passou pelos principais hits da carreira.

Canções como “Só Rezo”, “Daqui pra frente”, “Pela Última Vez”, “Apenas Um Olhar” (primeiro hit da banda), “Cedo ou Tarde”, “Além de Mim” e “Razões e Emoções” fizeram parte do setlist especial para o reencontro. Di Ferreiro salienta em uma das falas do primeiro show na cidade em 6 anos o amor que tem pela cidade e que jamais esqueceria desse dia e da importância que o momento tem para a banda.

O grupo se apresenta nos 15 e 16 de dezembro novembro no Allianz Parque.

* Os ingressos da primeira data, inclusive, estão esgotados.


NX Zero no MITA Festival 2023 em São Paulo - Foto Por: Lays Milanello (@laysmilanello)
NX Zero no MITA Festival 2023 em São PauloFoto Por: Lays Milanello (@laysmilanello)

Setlist NX Zero no Mita Festival 2023 em São Paulo

Só rezo
Daqui pra frente
Bem ou mal
Pela última vez
Apenas um olhar
Onde estiver
Cedo ou tarde (introdução do Chorão)
Cedo ou tarde
Pedra murano
Ligação
Hoje o céu abriu
Não é normal
Além de mim
Razões e emoções

HAIM

A verdade é que depois da Tiktok dançando Xuxa, e da incrível exibição no Mita RJ, a expectativa para o primeiro show das irmãs HAIM em São Paulo era grande. Elas até mesmo chegaram a se encontrar na casa da apresentadora global alguns dias antes e a foto do encontro viralizou nas redes sociais.

De São Fernando Valley, na Califórnia, o trio funde em seu pop rock elementos de indie rock, R&B e surf rock, e desde cedo elas tiveram a música presente em casa, tendo uma banda com o pai delas, o israelense Mordechai, na bateria e a mãe, Donna, na guitarra. Antes do HAIM, Danielle e Este tiveram uma breve passagem pela girl band The Valli Girls.

Depois de tocar como banda de apoio de artistas como Edward Sharpe e os Magnetic Zeros, The Henry Clay People e Ke$ha, elas lançaram o primeiro EP que as levou para o SXSW e lhes rendeu um contrato com a Polydor, a ida para a Inglaterra tendo aberto shows para o Mumford & Sons e realizando turnê em conjunto com a Florence + The Machine, abriram as portas para Days Are Gone circular pelo mundo.

Depois disso viraram parcerias com grupos como Bastille, M83, Calvin Harris, e turnês com nomes como Taylor Swift, Shawn Mendes e Vance Joy abriram muitas portas ao longo dos anos seguintes, que levou a lançarem o segundo álbum, Something to Tell You, já explorando referências da soul music, dos anos 70 e 80 e se aproximando da banda Fleetwood Mac, tendo Stevie Nicks uma espécie de mentora das HAIM.

Em 2020 veio o disco, Women in Music Pt. III, o melhor disco delas até agora, e talvez o mais intenso. Visto que Danielle Haim revelou que o single “Summer Girl” é basead nas experiências sobre o câncer de seu namorado Ariel Rechtshaid, que colabora com a banda desde o primeiro EP, a faixa inclusive tem melodia influenciada por “Walk on the Wild Side”, do Lou Reed e uma interpolação de “Sing Me A Song That I Know” de Blodwyn Pig.


HAIM no Mita Festival 2023 em São Paulo - Boné da Xuxa - Foto Por Rafael Chioccarello
O famoso Boné da Xuxa no show do HAIM no Mita Festival 2023 em São Paulo Foto Por: Rafael Chioccarello

O show começa justamente com um interlúdio de “Ilariê” seguido da entrada da banda e já alimenta o que viria após 4 músicas, uma breve versão da música. Assim como no Rio de Janeiro, elas entram vestindo blusas do Brasil e se derretem pelo público se declarando de todas as formas possíveis.

As HAIM contam que conheceram a Xuxa nos últimos dias por conta dos fãs brasileiros e que era um sonho dela, já que sempre acompanhou a música brasileira, tendo a loira como ídola – e que era muito grata por isso. Aproveitam para contar que estiveram na Avenida Paulista onde puderam comprar um boné com mechas loiras escrito Xuxa e mostram para o público.

Após o momento bem vindo a nave do Planeta Xuxa, a vocalista vai até os fãs e pergunta: “Onde devemos fazer o after hoje? Na D-Edge ou na Augusta (essa pronunciada de uma forma bastante peculiar)?”

Ela se aproxima ainda mais perto de uma fã que responde “Augusta Porra” e na sequência presenteia a artista com um boné do Hopi Hari contendo uma carta de amor.

Sobre como se sentiu após o momento, a fã Marcella Cantoni, nos confidenciou através de sua conta no Twitter que ainda está se sentindo nas nuvens depois de tudo que rolou.



@jlrsfvr #haim #estehaim #haimbrasil #mitafestival #3am #festival #frontrow #hopihari #womeninmusicpartiii @haimtheband ♬ 3 AM – HAIM


Dentro do repertório do show entram, 7 músicas do Women in Music, Pt. III, 4 do álbum de estreia, Days Are Gone, e uma do Something to Tell You. Entre duelos de percussão, caretas da guitarrista e show bastante conectado com o público. Se fosse uma competição de “banda mais feliz por estar tocando no Brasil”, elas certamente ganhariam o primeiro lugar com folga.

Foram inúmeras declarações de amor ao longo do set, com dizeres de “teremos que voltar” e “estamos vivendo um grande sonho”. Elas dançam com guitarras, se divertem, em algum momento até agitam os peitos, entre caretas e brincadeiras com o público.

O show também tem espaço para um solo de Sax do Michael, músico que as acompanha, e elas pedem aplausos e dizem que o público merece um improviso especial, ele concorda e faz uma linha tímida. A sensação que fica é de que o show poderia ser mais longo, o que já mostra como podemos sim ter em mente um show delas por aqui muito em breve.


HAIM no Mita Festival 2023 em São Paulo
HAIM no Mita Festival 2023 em São PauloFoto Por: Rafael Chioccarello

Setlist HAIM no Mita Festival 2023 em São Paulo

Intro (Ilariê)
Now I’m in It
Don’t Save Me
I Know Alone
My Song 5
Ilariê (Xuxa cover)
Want You Back
3 AM
Gasoline
Don’t Wanna
Summer Girl
Forever
The Wire
The Steps

The Mars Volta

O The Mars Volta é daquelas bandas históricas e únicas justamente por incorporar o peso, a progressão, as raízes latinas, aliando o post-hardcore ao jazz fusion, indo do art rock passando pelo metal progressivo, punk rock, hard rock ao experimental, foi isso que colocou a banda de Cedric e Omar no mapa e este motivo que os levou a apresentar por aqui no ano seguinte do lançamento do disco, De‐Loused in the Comatorium.

Cedric até relembra da turnê do álbum e pergunta se no show tinha alguém que esteve na apresentação por aqui do grupo em 2004, visto que eles se apresentaram no Tim Festival daquele ano. No set, do disco que é considerado até hoje sua “obra prima” eles tocam 5 músicas (“Cicatriz ESP”, “Drunkship of Lanterns”, “Inertiatic ESP”, “Roulette Dares (The Haunt Of)” e “Son et lumiere”. Do álbum seguinte, Frances the Mute, entram 2 canções (“L’Via L’Viaquez” e “The Widow”). De novidade mesmo tivemos “Graveyard Love”, do álbum homônimo lançado em conjunto com o anúncio da volta no ano passado.

A verdade é que era a nostalgia e a vontade de reviver todos aqueles 10 anos de hiato que conduziram a experiência do show como um todo. Na grade era possível ver fãs de todos os cantos do país que vieram para lá somente para acompanhar o grupo, pude conversar com um casal que viajou mais de 18 horas do Mato Grosso do Sul somente para poder viver esse momento.

De perto, ou de longe, ver os rostos extasiados, marejados e contentes de ter podido viver a experiência de um show deles foi uma das impressões mais satisfatórias de todo o festival. Independente deles terem feito o melhor show tecnicamente e com uma entrega que nos leva diretamente para o começo dos anos 2000, a potência e visceralidade da apresentação mostra como o seu legado e importância vivem nas histórias pessoais de cada fã – e como nem o tempo consegue apagar essas memórias e sentimentos que a música nos provoca.

Em “L’Via L’Viaquez”, podemos ver explicitamente a síntese sonora do som do grupo, um berimbau metalizado no meio da música, misturado com salsa, cha cha cha, rock progressivo e merengue, algo que nas regravações acústicas do novo disco se faz presente. Está no DNA da banda convidar o fã para ir do dissonico ao dançante, do céu ao inferno, da vendaval ao baile. Uma salada musical com a assinatura deste grupo que trás consigo uma bagagem de diversos projetos criativos como At The Drive-InBosnian Rainbows, além dos trabalhos solos de Omar Rodríguez-López.

O show intercala entre momentos mais intimistas e outros mais agitados com espaço para que cada instrumentista tenha seu momento como solista. Já no fim da catarse sonora que Cedric Bixler-Zavala assume o posto de mestre de cerimônias, o músico diz “muito obrigado, muchísimas gracias” e pede para cantar junto a última música, “Inertiatic ESP”.


The Mars Volta no Mita Festival 2023 em São Paulo - Foto Por Rafael Chioccarello
The Mars Volta no Mita Festival 2023 em São PauloFoto Por: Rafael Chioccarello

Setlist The Mars Volta no Mita Festival 2023 em São Paulo

Roulette Dares (The Haunt Of)
L’Via L’Viaquez
Graveyard Love
Drunkship of Lanterns
The Widow
Cicatriz ESP
Son et lumiere
Inertiatic ESP

Florence + The Machine

A fama de Florence Welch com suas máquinas de fazer um excelente show é de longa data, tendo no ano passado em votação popular realizada pelo G1 sendo eleito como o melhor show da história do Lollapalooza no Brasil, a apresentação aconteceu em 2016 no Autódromo de Interlagos.

Inclusive, estive presente naquela oportunidade e a apresentação me surpreendeu bastante justamente pela versatilidade, cenário, figurino, aproveitamento do palco e poder de fogo da banda que a acompanha. Desta vez não foi diferente, só que com mais discos acumulados e repertório ainda mais plural, tendo espaço até mesmo para uma canção que beira o rockabilly dentro do set.

E quem pensa que ela deixou hits apenas para o final do set de 20 músicas, errou feio. “Ship to Wreck” e “Dog Days Are Over” entraram logo nas primeiras cinco músicas do show. Com seu vestido azul angelical, cenário colorido, projeções e uma mega banda que tem até mesmo uma harpa gigante (que no Twitter ficaram perguntando quanto tempo demora para afinar – e a logística para levar para uma turnê), compõe o show que continua sendo um dos mais interessantes dentro do seu nicho.

“What Kind of Man” e a versão de “You Got the Love, da Candi Staton, aparecem já pela metade do show. Em “Cosmic Love”, uma das faixas mais místicas da seleção de canções, a inglesa aponta para a lua e canta os versos “The stars…the moon..”, tendo espaço no show para o violoncelo, teclados e um show de carisma de outra artista que sorri sempre que pode para todo amor que recebe. Ela agradece pela oportunidade de poder estar aqui mais uma vez e diz que adora o Brasil.

Durante a apresentação é comum ver ela descer para o público e ser erguida, ela retribui cantando olhando no fundo dos olhos dos fãs da primeira fileira da pista premium. Ainda antes do BIS, ela fala sobre o álbum Dance Fever (2022), composto em plena pandemia, e explica que ele leva este nome justamente por ter sido composto em um momento onde não era possível frequentar shows em estádios, casas de shows e pistas de dança. Ela aproveita para protagonizar um dos momentos mais bonitos do show onde ela convoca a todos para dançarem como se fosse a última vez.

Momentos mais cedo ela relembra que em seus shows quem já foi ela sempre pede para compartilhar amor com quem está do lado, seja dando as mãos, como dando um beijo, a escolha assim como a sua alma ela, é livre. Já no BIS ela a pedido dos fãs toca “Queen of Peace”, em seguida emenda dois hits “Never Let Me Go” e “Shake It Out”…quem fecha mesmo é “Rabbit Heart (Raise It Up)” e desta forma o Mita Festival 2023 se encerra.


Florence + The Machine no Mita Festival 2023 em São Paulo - Foto Por Rafael Chioccarello
Florence + The Machine no Mita Festival 2023 em São PauloFoto Por: Rafael Chioccarello

Setlist Florence + The Machine no Mita Festival 2023 em São Paulo

Heaven Is Here
King
Ship to Wreck
Free
Dog Days Are Over
Dream Girl Evil
Prayer Factory
Big God
What Kind of Man
Hunger
You Got the Love (Candi Staton cover)
Choreomania
Kiss With a Fist
Cosmic Love
My Love
Restraint

Encore:
Queen of Peace (Pedido dos fãs, acústica)
Never Let Me Go
Shake It Out
Rabbit Heart (Raise It Up)

E para você, quais foram os melhores shows do Mita Festival 2023?

error: O conteúdo está protegido!!