Lori envolvida pelo funk e reggaeton lança clipe para feat com Matias e FBC; assista “Me dói, boy”

 Lori envolvida pelo funk e reggaeton lança clipe para feat com Matias e FBC; assista “Me dói, boy”

Lori no clipe para “Me Dói, Boy” parceria com Matias e FBC – Foto Por: Janaína Morena

Um rolêzinho no fim de tarde, um desabafo entre amigos, uma vibe tropical y2k, tudo que combina com o calor do verão. O novo single da Lori, “Me dói, boy”, artista de Campinas (SP) assinada com a PWR Records, é fruto das parcerias com Matias e do rapper mineiro FBC. A colaboração a 6 mãos aconteceu desde a versão demo para a faixa que foi lançada na semana passada nas plataformas digitais. Nesta nova fase da carreira em que Lori abraça ainda mais o pop com todas as forças ela traz como referências elementos da música urbana, como funk e o reggaeton.

“Ter a participação do FBC em uma música que nós criamos, é um motivo de orgulho para o nosso trabalho. O fato de um artista tão pioneiro como ele ter acreditado no que estamos fazendo, nos faz ter ainda mais confiança e carinho por esse lançamento. Queremos com este single unir cenas por meio da música.

Mesclando o funk brasileiro, os sintetizadores presentes no ‘Baile’ e na música pop interpretada por mim, as percussões do reggaeton que são influências no som do Matias. Isso sem falar dos metais presentes no segundo refrão, que são minha parte favorita. É um som pro presente e futuro.”, comenta Lori, cantora e uma das compositoras da faixa sobre a fusão de ritmos.

A canção é mais uma a ser revelada do álbum de estreia, Cuore Aperto, e é uma composição realizada em 2020. O motivo de guardar por tanto tempo é justamente o timing e planejamento de divulgação em um cenário incerto como o que estávamos vivendo naquele período.


Lori no clipe para "Me Dói, Boy" parceria com Matias e FBC - Foto Por: Janaína Morena
Lori no clipe para “Me Dói, Boy” parceria com Matias e FBC Foto Por: Janaína Morena

Lori “Me dói, boy”

Até o presente momento Lori lançou o EP Vênus em Virgem (2019) e singles como “Stilettos” (2022), “Prison of my Mind” (2022), “Popstar” (2021),”Choro na Cama” (2021), entre outros.

Agora o single “Me dói, boy”, carinhosamente apelidado de MDB, discorre sobre uma paixão em que a chama já começa a apagar.

“A faixa fala sobre aquelas atitudes da pessoa que não merece nossa atenção ou nosso amor, dos vacilos que a gente tá cansade de perdoar, do amor próprio preciso pra seguir em frente. O verso do FBC também veio para somar na decisão de que não se pode perder tempo com algo que vai ficar para trás no fim do dia: ‘Vou pro mesmo rolê, na moral, fim de semana tô no samba no mesmo local. Não fique se achando tão especial, você é só uma lembrança no quadro geral “‘, define Lori.

Sobre a parceria com a Lori, Matias reflete: “Queríamos representar a nova geração de artistas que ascendem das cenas locais, trazendo inovação e coesão. Já queria trabalhar com a Lori há algum tempo, e foi durante a gravação do clipe ‘Mente’ que iniciamos a composição conjunta de MDB, o que resultou numa mistura verdadeiramente orgânica da Lori, comigo e o FBC. Foi divertido, e tudo fluiu muito bem. Este lançamento representa uma nova fase da minha carreira artística, significa muito para mim”, conta Matias que assina em conjunto a composição

O videoclipe com estética colorida, consolidada por artistas como Rosalía, mostra Lori e Matias, fazendo tatuagem, dançando em diferentes cenários feito um baile funk, clube de Miami ou festa latina, com direito a takes mais intimistas e referências da cultura pop dos anos 00 (que estão voltando como tendência para a geração Z).

“O clipe é tem uma pegada y2k porque a capa do single foi inspirada nas calças da Juicy que eram a tendência das patricinhas da época, que tinham uma palavra estampada no bumbum. E aí a minha amiga fez uma para mim com as siglas da música e isso ditou muito como ia ser a linguagem do clipe tem o celular flip fone, que diz que a pessoa está no celular, esperando uma resposta, enfim, tá nessa despedida dessa pessoa.
A ideia era ser um rolê, uma festinha onde essa pessoa também tá, dançando e rebolando, seguindo em frente. Tá sendo gostosa, mesmo. O clipe ficou muito legal, ficou muito lindo. Eu tô muito orgulhosa desse lançamento, mesmo e espero fazer outros clipes para o meu disco.”, revela Lori


A produção musical, mixagem e masterização da faixa é de Gabriel Nascimento.

Participaram do clipe “Me Dói Boy”: Lori e Matias (roteiro), Lavanderia Studio/Rafa Souza (filmagem), Lori e Rafa Souza (direção), Janaína Morena (assistência de direção, produção, making of, direção de arte, design, fotografia e direção artística), Anna Julia Sanchez e Evyn Azevedo (styling). No elenco, Juje 019, Giovanna Bergamaschi, Gabriela Santos, Matheus Silvestre, Mário Godoy, Juliana Sautchuk e Gabriel Rede.

Entrevista: Lori

Conversamos com a Lori para saber mais sobre a parceria. Lembrando que o rapper mineiro lança no dia 17 de fevereiro o single “Clareou”, uma parceria com a Tuyo.

A pesquisa por novas sonoridades (e o novo álbum a caminho)

“Então, “me dói boy” já me trouxe uns planos futuros, né? Do que eu quero que minha sonoridade seja daqui pra frente assim. Eu sempre fui muito ligada com música eletrônica e eu acho que agora ela está aparecendo de uma maneira mais eh voltada pro pop, pro funk e eu quero explorar mais isso. Mas antes de ir pra esse lugar, né outros singles tem o meu disco né?  O Cuore Aperto.

Eu estou trabalhando nele desde 2020. Então, os singles como “Choro na Cama”, “Introestelar”, “Popstar”, “Prison of my mind” e “Me dói, boy” vão estar neste álbum. Então é um álbum que tem diversas sonoridades mas tudo isso vai se encaixar e vai fazer sentido com estas 14 músicas aí. E que a previsão é de sair esse ano, se tudo de certo ainda no primeiro semestre.

Propostas diferentes eu acho que são inevitáveis na minha vida, né? Eu não sou uma pessoa só. Eu não sou de um lugar só. Eu não sou uma coisa só, então eu acredito que sempre vai existir essa pluralidade no meu trabalho, mas eu quero poder fazer o maior número de coisas que eu gosto possíveis e fazer com que elas sempre façam sentido. Sempre tenham a minha personalidade, o meu toque, independente se é um indie pop, um funk e você sempre vai ouvir e pensar: ‘esse som é da Lori‘.”, conta Lori

A Composição

“Bom, “Me dói, boy” é sobre aquele sentimento de que a gente não está sendo feliz em alguma relação, né?

Seja um lance, seja um ficante ou um relacionamento, mesmo. A música fala sobre alguém que não está te valorizando, fala que vai te mandar mensagem mas não manda, que marca de te ver mas não aparece, ou fica de joguinho. E você já passou daquela fase, né?

Tá aprendendo a se valorizar, está ciente daquela situação e aí o fim da música, a ponte né, o final, diz “ela seguiu, ela seguiu com a vida, essa noite é toda dela, ela tá bem atrevida”. Então é meio que uma despedida desses “boy lixo” ou “girl” ou pessoa no geral que tá desvalorizando a gente. Usamos o termo boy porque eu e o Matias gostamos de boys, mas nada impede que seja “Me dói, girl”, “Me dói, pessoa não binária”, enfim…”, reflete Lori

Como foi o contato e parceria com o FBC?

“O feat com o FBC é uma coisa que existe na minha cabeça há algum tempo quando eu conheci ele, em 2019, foi meu namorado que me apresentou e ele sempre cantou a bola pra mim, de como é a história do FBC, de como ele se divulgava na internet e ele começou a ser uma inspiração pra mim nesse sentido de ver um artista que já é famoso, mas sempre está buscando esses espaços, comentando “ouve meu álbum” na foto das pessoas e tudo o mais e eu sabia que ele era uma pessoa acessível nesse sentido, né?
Se eu procurasse, talvez conseguisse trabalhar com ele. E foi isso justamente que aconteceu, mandei uma DM, depois cheguei no WhatsApp e a gente foi conversando. Mandei versões bem iniciais da música, até as mais maduras e ele sempre fez questão de responder, elogiar e quando chegou a hora, ele gravou! E foi muito muito muito bom trabalhar com ele, eu gosto muito da cena do rap, eu escuto muito rap nacional e internacional e sempre acho que o pop e o rap são tudo a ver um com o outro e enfim, eu gosto muito de trabalhar com diversas pessoas, eu gosto de escrever junto, eu gosto de parceria, e isso só fortalece, une uma possível cena, enfim…
Ter esse feat duplo foi muito importante pra mim. Trouxe amadurecimento. Tem outros feats inéditos no disco e eu tô sempre aceitando parcerias, seja com djs, rappers e outros artistas, principalmente mulheres, e eu quero muito fazer uma parceria com uma cantora pop que eu gosto e é isso.”

O que tem ouvido, como tem se relacionado com a cena independente e quais feats gostaria de fazer no futuro?

“Artistas que eu ouço e curto ultimamente, olha, muitas pessoas, na SIM São Paulo eu pude conhecer muita gente que eu conhecia na internet e pude conhecer pessoalmente. Eu sempre tento colar nos rolês e tentando sair do circuito óbvio de São Paulo, esses rolêzinhos Vila Madalena e Pinheiros, que existem.
O dia que conheci o FBC foi num baile no Grajaú (SP), que tava tocando Black Alien, então como eu fui jovem monitora cultural e conheço muito São Paulo, Zona Sul, Zona Leste, Zona Oeste, Zona Norte, eu não tenho medo de sair dessa bolha e assim, sair desse lugar, do óbvio. Mas os artistas que eu gosto e quero fazer um feat, os feats dos sonhos são: VHOOR, Deekapz, Carol Biazin, Tove Lo, Aquino e a Orquestra Invisível, Pabllo Vittar, Bebé, Gab Ferreira, Duda Beat, niLL, Rosalía, Lalalaura, Lou Garcia e ÀIYÉ.
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