A dúvida entre ficar e não dar o melhor de si ou deixar aquela pessoa não é novidade para quem já terminou um relacionamento. Muito menos o vazio instaurado nos cômodos ao perceber que talvez aquela relação não esteja mais dando certo . Esses e outros sentimentos são revividos por quem escuta “Alarmes e Relógios”, o novo single lançado nessa sexta (29/07) pela Adorável Clichê.
Formada em 2013, o grupo catarinense, natural de Blumenau (SC), é marcado por uma pegada mais experimental, com produções livres e músicas que beiram parte do Indie e Dreampop. Em 2018, a banda lançou “O Que Existe Dentro de Mim”, seu primeiro álbum e, desde então, tem feito lançamentos de diferentes singles. “Papel de Trouxa”, o mais recente, alcançou 20 mil reproduções no Spotify.
Para quem conhece as produções da Adorável Clichê, “Alarmes e Relógios” reúne tudo o que constitui a identidade musical do grupo. Com um começo mais devagar e intimista, a voz doce de Gabrielle Philippi começa firme e cansada e, a cada verso, se funde à melancolia da letra e à solidão da guitarra. Aos poucos, a composição vai se enchendo de desejos do eu-lírico de coisas que pudessem melhorar a situação vivida pelo casal.
Depois de um tempo, os sintetizadores, que já tinham protagonizado o single “Papel de Trouxa”, anunciam o clímax da música e trazem com eles a marca doce da banda: a fusão acelerada e harmoniosa entre os instrumentos e o vocal triste – mas cada vez mais forte. Os sintetizadores criam uma atmosfera enérgica e, ao mesmo tempo, soturna.
A tônica das relações desgastadas acaba reverberando na composição: “É importante sabermos reconhecer nossos limites e os dos outros. Acho que nossas emoções são ponteiros importantes para entendermos se algo em que estamos envolvidos está ou não sendo bom. É uma obviedade que esquecemos no calor do momento.”, diz Gabrielle.
Com gritos potentes, a música acaba, deixando clara a evolução musical da Adorável Clichê e sua capacidade de composições profundas, que levam o ouvinte por uma longa viagem pelos seus próprios sentimentos. O single é o segundo lançamento da banda com o produtor Guilherme Chiapetta, que além de produzir o álbum de estreia deles, também já assinou trabalhos de artistas como Terno Rei e Raça.
“Quando ficamos muito perto das pessoas, os espaços, ânimos e humores podem começar a se misturar e se bagunçar. Elas podem ficar emocionalmente dependentes e criarem mágoas. Esses sentimentos vão se manifestando fisicamente ao nosso redor através de bagunça e sujeira que se espalha pela casa – isso está em toda parte e é impossível ignorar”, completa Gabrielle Philippi, vocalista e também compositora da canção.
Já para Marlon o lado íntimo aflorado na faixa permite uma conexão mais intensa com o ouvinte.
“A letra transpira intimidade e vulnerabilidade. Pra mim foi natural criarmos um início mais simples, que evocasse uma certa crueza e proximidade do ouvinte, como se ele estivesse no quarto conosco.”, diz Marlon.
This post was published on 2 de agosto de 2022 11:00 am
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