“PRAZER” é o primeiro single a ser apresentado do novo disco da Viratempo
Pode não parecer mas já fazem 4 anos que a banda paulistana de indie pop Viratempo lançou o álbum Cura, lançamento que quebrou a estética folk até então utilizada pelo grupo composto por Vallada (synth/vocais), Danilo Albuquerque (guitarra), Hygor Miranda (synth/baixo) e Max Leblanc (samples/bateria).
O som do último material apresentado por eles AUTOCURA (2020), é um EP de remixes experimentais das faixas do debut, misturando elementos do trip hop ao dream pop. O material pandêmico teve ainda participações especiais de artistas nacionais como ÀIYÉ e Lou Alves (Walfredo Em Busca da Simbiose) e internacionais de SARTOR e AKAN. Por aqui na época, inclusive, chegamos a fazer a Premiere do videoclipe para “LA FLACA”.
Agora eles preparam o segundo álbum de estúdio já prometendo trazer novas referências e narrativas para as produções do quarteto paulista. O primeiro single a ser apresentado, por exemplo, faz o mix entre o synthpop, o funk e ainda em seu corpo capricha nos beats e graves. Uma das referências citadas é justamente Kaytranada que recentemente se apresentou no Lollapalooza Brasil.
Com previsão de lançamento para o segundo semestre, o quarteto tem trabalhado as tracks que farão parte do novo disco com produção de Janluska (Terno Rei, Tuyo), mixagem e masterização de Guigo Berger (Marina Sena, Mateus Carrilho).
A faixa que tem mixagem com direito a bastante experimentação, cria um universo etéreo e cintiliante para traduzir em palavras todo o sofrimento e tensão vivida em tempos como os nossos. Conflitos esses exacerbados entre teclados enigmáticos oitentistas e o groove do baixo – dando uma levada da house music para uma balada com letra bastante obscura. Essa ironia de dançar as incertezas embala a faixa que tem nos graves seu pulsar.
O material chega acompanhado dirigido por Rollinos e de forma bastante lúdica e noventista explorando as cores, efeitos e pela primeira vez dentro da videografia da Viratempo traz a a banda performando. O material possui uma estética que nos remete até mesmo as bandas produzidas ainda nos anos 90 pelo genial Alan McGee.
Viratempo: “O saldo até agora é muito positivo! Lançamos o Cura no fim de 2018, de uma forma completamente independente, e a recepção foi ótima, muito melhor do que imaginávamos. Descobrimos aos poucos que muita gente estava ouvindo o nosso som, inclusive pessoas importantes dentro do cenário musical, o que foi uma surpresa ótima. Muita gente escutou o disco pela primeira vez durante a pandemia e nós recebemos muitos retornos positivos até hoje.
O EP AUTOCURA foi lançado no segundo semestre de 2020 e tem uma cara de “Lado B”. Ele é composto de remixes de músicas antigas, então não fez tanto barulho como um disco completo, mas é um trabalho que nos orgulhamos muito. Ele reflete muito o período incerto e sombrio do início da pandemia.
Acho que uma palavra que define o novo ciclo da banda é “amadurecimento”. O Janluska é um profissional extraordinário e um cara que sempre admiramos muito. Ter a oportunidade de trabalhar com ele está diretamente ligada a esse amadurecimento sonoro na nova fase da banda.”
Viratempo: “Uma evolução da essência da Viratempo (alô fãs do Cura!) se misturando com novas referências e gêneros musicais, como o House que trouxemos em “PRAZER”. Temos certeza que os fãs de todas as fases da banda vão se identificar com esse novo trabalho. Escutamos muitos artistas que bombaram no fim dos anos 90 e começo dos anos 2000 no período de composição!”
Viratempo: “O que podemos adiantar sobre o conceito e o tema do novo disco é a questão da dualidade. É um trabalho que permeia entre o surrealismo e a realidade, o interno e externo, entre o “eu” e a relação com o outro. “PRAZER” foi um primeiro passo, onde falamos um pouco mais sobre conflitos internos e como lidar com o passado. As próximas faixas trarão um pouco desse sentimento, mas misturado com o outro lado da moeda.”
This post was published on 3 de junho de 2022 11:01 am
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