“Velhos Rituais” é a primeira faixa a ser revelada do quarto disco de estúdio Parte do Que Vem.
A história da Bratislava de certa forma se confunde um pouco com o Hits Perdidos durante tantos encontros e reencontros ao longo dos anos. É até uma coincidência muito agradável a deles optarem por apresentar a nova fase, após Fogo (2018) que fechou um ciclo muito bonito na história da banda, no dia do aniversário de 8 anos do Hits Perdidos.
A vida tem dessas belezas, desses encontros e desencontros. No projeto Contramão Gig, em 2017, inclusive reunimos eles e a Cigana em uma noite no Estúdio Aurora, em projeto ainda nos 3 anos de Hits. Palco e estúdio importante para a cena paulistana e deste contato e de conversas sobre a música o elo foi ficando cada vez mais estreito. Fica aqui a singela homenagem as pequenas coisas que a música proporciona.
Hoje, o grupo que na atual formação conta com Victor Meira, Gustavo Franco (bateria), Zé Roberto (baixo) e Jonas Andrade (guitarra), apresenta “Velhos Rituais”, primeira faixa a ser revelada do quarto álbum de estúdio, Parte do Que Vem.
De certa forma “Velhos Rituais” tem tudo a ver com essa nostalgia dos encontros, dos lugares, das pessoas e das memórias. É um pouco do fluxo de cena independente como corpo vivo formado por diversos encontros, profissionais, fãs e vínculos que vão muito além da arte. O vídeo, inclusive, faz menção a lugares cheios de afetos, memórias e marcas em quem estende a mão para fazer que tudo isso seja possível. Para que esse lastro de contracultura ganhe cada vez mais lugares de aconchego e resistência.
A memória, muitas vezes apagadas em nosso país, é preservada mostrando os vazios onde antes eram emblemáticas casas de show como a Casa do Mancha ou o Puxadinho da Praça, mas que podiam incluir a Livraria da Esquina o Espaço Walden e tantos outros; além de estúdios que tiveram que fechar as portas durante a pandemia. Uma pequena retribuição a trajetória de diversos projetos culturais que muitas vezes vão além da música e da poesia que colorem nossas memórias.
A direção é de Rafael Augusto
“Muita coisa se foi. Pessoas, lugares, relacionamentos. Ao mesmo tempo, a gente vê que o mundo tá começando a reflorescer. Muita energia nova, novos lugares, novos relacionamentos. Meu sobrinho que nasceu recentemente. A gente sente essa força de renovação acontecendo, o tempo trazendo um mundo de novidades”, comenta o tecladista e vocalista Victor Meira
“Os primeiros rascunhos de ‘Velhos Rituais’ mostravam uma canção complicada, com padrões rítmicos mais distantes da música pop. No desenvolvimento da composição ela foi se transformando e pedindo uma docilidade maior, mantendo algumas coisas dessa primeira versão, como a sensação ralentada do verso ‘será’ no refrão”, diz Meira
“A canção vai criando vontades próprias enquanto a gente tá desenvolvendo ela, e tem que dar o que ela pede, tem que ir pra onde ela quer ir. Tem algo ali que quer acontecer e a gente tem que ir tirando as pedrinhas pro rio correr. ‘Velhos Rituais’ é um abraço daqueles longos, cheios de saudade”, reitera o vocalista
“No meio do processo criativo a gente chegou a fazer uma dinâmica entre nós 4, em que cada um apontava uma canção que representaria o disco como um todo e a resposta foi unânime nela (fizemos separadamente a dinâmica e depois comparamos respostas). Inclusive, é um verso dela que dá nome ao disco”, finaliza o músico
This post was published on 13 de maio de 2022 10:30 am
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