Fazer pop rock não é nada fácil. É bem desafiador para falar a verdade. Justamente por todas as camadas, possibilidades e soluções que podem ser exploradas. Fato é que quando acerta na veia pode se tornar atemporal, marcante, entreter e chegar a um público que não necessariamente tem familiaridade com o circuito independente. Apesar de muitos acreditarem que existam fórmulas prontas, o fator do imprevisível parece sempre acompanhar as bandas que se aventuram por esse caminho. Nos últimos meses por aqui vimos duas bandas que assumiram o pop, sua estranhezas, resgates, memória afetiva e experimentação. Ambas inclusive com integrantes que vem de bandas de rock alternativo mas que decidiram optar por ter também um projeto por este caminho, a Ginge, de Belo Horizonte e a Hibizco, de Porto Alegre.
A Hibizco é uma banda, digamos assim, novíssima. Formada por Guilherme Boll (Bordines, Cardamomo) na bateria, Johnny Oliveira (Cardamomo) no baixo, Raquel Pianta (As Batucas, Biba Meira, 2 Pianta) e Yan Maia (Bordines) dividindo as guitarras e vocais.
O som é ensolarado, leve, powerpop com linhas de guitarra que grudam feito chiclete e em seu primeiro EP mostram como estão tateando os possíveis caminhos que o projeto pode percorrer. Nostalgia, calor, passatempos, trocas de olhares e imprevisibilidade circundam a órbita do EP, Hits de Estreia, que conta com 5 faixas.
Talvez a maior ligação entre as faixas seja justamente esse clima leve, descompromissado e saudosista. Algo que lembra até mesmo as tardes no sofá acompanhando os filmes da Sessão da Tarde. Filmes água com açúcar mas que nem por isso não dispõe de roteiros repletos de reviravoltas muitas vezes até mesmo impensadas à primeira vista.
Por este motivo pedimos para eles tentarem de alguma forma relacionar as faixas deste primeiro lançamento com aquelas produções quase sempre acompanhadas de uma vasilha de pipoca e um pacote de Skittles enquanto esperava pelos desenhos.
Nostalgia para qualquer um que foi criança entre os anos 90 e 00. Sendo assim a partir de agora quem assume o comando são os integrantes da Hibizco que abriram o baú para entrar no clima. Confira!
“A música tem energia desde o início e um clima de alegria sem tempo pra pensar em consequências ou impeditivos, única diferença em relação ao dia planejado por Ferris Bueller. De resto a música convida a viver um dia de pura felicidade e aventura. No refrão final “eu tô parado em frente ao edifício” tem um clima parecido ao de quando a Sloane Peterson vê o Ferris do lado da Ferrari esperando ela pra começar a diversão. “A vida passa rápido demais e se você não parar de vez em quando pra viver a vida, acaba perdendo seu tempo”.”
“Esperando aqui, me pergunto quando irá voltar”. Não preciso dizer mais nada, né?
A criança abandonada em casa, e várias coisas de ruins poderiam acontecer. Mas ao longo do filme, como na música, o espectador só se diverte, curte o momento, da risada (vale ver o nosso clipe), e de todas coisas ruins que podem rolar pro Kevin McCalister terminam bem pra ele.
Inclusive isso conversa com todo o EP, pois tivemos imprevistos nas gravações, na mix, no lançamento… Mas a jornada acabou resultando a nosso favor.”
“A personagem interpretada pela magnífica Reese Witherspoon começa uma jornada em busca de provar aos outros e a si mesma que é capaz de vencer um desafio. No filme ela começa sendo retratada como “apenas um rostinho bonito” e entrar na faculdade de direito é uma forma de mostrar que não é bem assim.
A dúvida e insegurança caminham com a protagonista durante o filme e “Vale A Pena” ir é sobre isso. Sobre deixar o medo de lado para mergulhar numa nova aventura.
“Nas horas mais difíceis é preciso enfrentar, a insegurança vem, é normal”, diz a letra da música, concluindo “mas eu e você é remédio para qualquer mal”, que poderia ser o retrato do momento em que olhamos no espelho e dizemos para nós mesmo “sim, eu sou capaz!”.”
“Tanto o queridíssimo filme ABC do Amor quanto a canção “Estranha” tem como sua base o tema “os sentimentos que envolvem o amor e que não podemos ignorá-los, mesmo quando é de nossa vontade”.
O filme mostra o protagonista se apaixonando pela primeira vez, sem saber se é correspondido pela garota de seus sonhos, apresentando sintomas emocionais e físicos por causa de um sentimento que ele não quer ter.
Apesar da música ir para outro lado, falando sobre um relacionamento que já acabou, ela mostra como a narradora ainda alimenta sentimentos que já não são mais correspondidos, sentimentos que não deveriam mais existir. É mais sobre a jornada individual de lidar com a dor e entendimento sobre aquilo que sentimos do que sobre os relacionamentos em si.
Apesar dos protagonistas das duas obras passarem por um momento que pode ser bastante doloroso, tanto o filme como a música trazem uma leveza e doçura em sua composição.”
“Assim como no filme O Show de Truman, a música “Atropelado” traz a lição de que é preciso estar de olhos bem abertos para as coisas ao redor. Se tudo está muito tranquilo, é hora de redobrar os cuidados e até mesmo desconfiar.”
This post was published on 10 de setembro de 2020 3:52 am
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