Jay Horsth, nascido em Worcester, em Massachusetts, é um nome conhecido do cenário independente mineiro. O músico é vocalista da Young Lights, que passou por uma reformulação e em breve deve lançar um novo disco com uma proposta bem diferente do registro anterior. Mas isso é papo para outra hora.
Em paralelo Jay está prestes de lançar seu primeiro EP solo. O debut marca também a quebra de alguns obstáculos pessoais. O músico vem lançado aos poucos canções em português, perdendo o medo e trazendo para seu som novas influências; como é o caso do som do vencedor de Grammy, Bon Iver. Com ambiência rural, e segundo Jay, crueza o registro foi produzido por Helio Flanders, do Vanguart, em parceria com Leonardo Marques (Transmissor e Maglore).
Hoje Jay Horsth lança em Premiere no Hits Perdidos o single. “O Fogo” acompanha um videoclipe que conta a história de uma ardente paixão.
A faixa tem produção de Leonardo Marques e Hélio Flanders, que também tocam baixo e teclado, respectivamente. Além de Matheus Fleming (guitarrista do Câmera e Young Lights) e Gentil Nascimento (Kill Moves e ex-parceiro de Jay na Young Lights).
“O Fogo” é delicada, introspectiva, intimista e parece reabrir a ferida de um capítulo que já se encerrou a um bom tempo. Mas é de chamas de que é feita a vida, não é mesmo? A canção parece até mesmo brincar com o famoso poema de Camões.
O videoclipe tem direção de Gentil Nascimento, também responsável pela edição do curta-metragem. Já Luiza Barcelos realizou a produção e styling. No vídeo Jay contracena com a atriz Camila Santana mostrando uma relação conturbada.
Assim como o próprio nome diz, “O Fogo” move a narrativa. Da ardência dos amassos, e selvageria dos encontros, ao fim. O amor acaba mas todo final de ciclo também pode significar um novo recomeço; como próprio Jay nos conta em entrevista exclusiva.
Batemos um papo com o Jay Horsth para saber mais sobre como tem sido essa nova fase. Ele também contou mais detalhes sobre a produção do EP de estreia, influências e a produção do videoclipe.
Jay Horsth: “Então, eu acho que como, sei lá, ‘artista’, a gente sempre tem que tentar nos desafiar. E com certeza esse projeto vem desse novo desafio para mim mesmo. Eu achei incrível que eu descobri um novo jeito de me expressar em outra língua. Algo que ao mesmo tempo eu ainda me sinto inseguro mas estou fazendo. É meio assustador e o resultado é até esquisito. Você pensa “caraca, consegui escrever e fazer sentido? Será que tô cantando e a galera não tá me entendendo?”.
Nesse EP eu tô fazendo uma certa comparação com Bon Iver (risos). Esse EP na verdade é o meu For Emma, forever ago, pelo jeito que ela foi gravada. No meio do mato, em alguns dias, gravado ao vivo na fita pelo Leonardo Marques, da Ilha Do Corvo.
Literalmente demos ‘rec’, tocamos e gravamos. Sem frescuras, bem crua e natural. É um EP com uma ambiência rural. Tá muito especial. Foi produzido pelo meu talentosíssimo amigo Helio Flanders junto do Leo Marques. Teve assistência técnica do Licio Daf também.
O Matheus Fleming (que também é da Young Lights e acaba de lançar disco solo, instrumental) nas guitarras e o Gentil Nascimento nas baterias. Os meus produtores, da Música Quente, produzindo tudo lindamente. O disco foi feito com muito afeto, junto com pessoas que eu admiro e deixo perto do meu coração. Isso transparece no EP.”
Jay Horsth: “Esse processo do clipe foi bem doideira da minha cabeça, de fazer um curta-metragem que conta uma história que conversa com as músicas (que também contam uma história própria). Primeiramente, eu liguei pro Gentil Nascimento (sim, além de tocar no EP ele também fez o roteiro/produziu/gravou e editou os clipes, é um monstro).
Liguei pro Til e falei sobre essa ideia de fazer 4 clipes. A ideia inicial era fazer absolutamente TUDO em plano sequência. Eu ia ser um dos protagonistas e queria contar histórias reais da minha vida, além de dar uma vida visual para cada música, sendo o mais direto possível.
Ele topou minha loucura, claro, haha! Já fomos olhar referências, como os clipes do Tiago Iorc, do Rubel etc. Pegamos referências de imagens, de cor. Criamos um roteiro, mudamos várias vezes, pensamos nas possibilidades de contar uma história com duas pessoas, em uma casa, durante 3 dias. Foi uma loucura.
Chamei uma amiga minha de São Paulo, a Camila Amora, pra participar e ser o meu par no clipe. Ela topou demais. Eu estava morrendo de medo, vergonha e bem inseguro pois eu nunca atuei em clipe assim antes, com cenas íntimas e sensíveis. Pensei ‘porque inventei de aparecer no meu próprio clipe?’ No final achei desafiador, mas super positivo pra mim como artista.
O clipe realmente passa a sensibilidade das músicas. O Gentil realmente fez o seu trabalho. Ele é um visionário. Tivemos ajuda da Luiza Barcelos, com produção e styling com joias e peças da marca dela, Seja Triana. Ficamos 3 dias na casa do nosso amigo Vitor Lopes, em Macacos. Fizemos uma bagunça boa. Foi feito com a ajuda de muitas pessoas incríveis e dedicadas.
This post was published on 26 de março de 2020 10:32 am
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