André Ribeiro lança lyric video para “Cascais”
André Ribeiro é um velho conhecido dos leitores do Hits Perdidos. O músico paulistano por anos esteve à frente dos vocais da banda Alaska, na qual encerrou as atividades no fim de 2019.
Após o fim da banda o músico fez uma viagem para a Europa e transformou a passagem em cada cidade que passou em uma música. Muitas delas foram gravadas em quartos de hotel e captam os ruídos, imperfeições e até mesmo o vento. Por conta disso o EP recebe o nome de Cidades. O registro foi lançado na sexta-feira (06/03) via Eu Te Amo Records.
“No fim de 2018, decidi viajar sozinho e usar esse tempo para refletir e enfrentar algumas questões pessoais. Levei um notebook, um sampler e um microfone, caso tivesse estímulos e coragem para registrar minhas experiências durante a viagem. Visitei três cidades e gravei quatro músicas nos quartos de hotéis, durante as madrugadas”, relembra André Ribeiro
Sobre o estilo lo-fi e os elementos que optou por incluir nas gravações o músico conta:
“Todas as músicas tem como base sons que eu gravei com o celular em sua respectiva cidade, como ondas quebrando, vento, assobios e passos em museus, músicos de rua”, completa.
Premiere: Lyric Video para “Cascais”
O músico apresenta hoje em Premiere no Hits Perdidos o lyric video para “Cascais”. Sobre a composição o músico conta:
Me fez questionar a significância de absolutamente tudo. Parecia que nada tinha qualquer importância, mas não de uma forma ruim ou melancólica. Me fez, por alguns instantes, sentir o peso das realidades diminuir. Foi o mais próximo de “paz” que eu pude reconhecer.”
Entrevista com André Ribeiro
Conversamos com o André para saber mais sobre os mergulhos profundos que fez e suas inspirações. Ele comentou sobre a jornada ao lado da Alaska e algumas curiosidades de seu processo de transformação pessoal.
Gravar em quarto de hotéis é algo relatado por uma série de artistas, como Sessa, The Vaccines entre tantos outros. Como foi esse processo de autodescoberta e de viagens tanto físicas quanto metafísicas? Qual acredita que foi o maior aprendizado e o que ainda acha que não conseguiu curar?
No EP você tentou deixar as imperfeições e um pouco dos cenários – e vida – dos lugares por onde passou. A ideia era mostrar um pouco sobre esses barulhos e trajetos um tanto quanto solitários? Você procurou de certa forma pela solitude?
Dentro do campo das referências e pesquisa, o que acabou aproveitando para construir a identidade do novo projeto? O que acredita que os anos ao lado da Alaska contribuiu para esse novo passo?
“Cascais” em si tem alguma história particular? Depois do EP quais os planos?
Me fez questionar a significância de absolutamente tudo. Parecia que nada tinha qualquer importância, mas não de uma forma ruim ou melancólica. Me fez, por alguns instantes, sentir o peso das realidades diminuir. Foi o mais próximo de “paz” que eu pude reconhecer.
Bom, depois desse EP tenho uma pilha de músicas prontas para lançar com o selo Eu Te Amo Records e continuo compondo, gravando e mixando sempre que eu tenho tempo. Devo continuar tocando guitarra com O Grande Babaca até ele me expulsar da banda e produzindo outros artistas também.