[Premiere] Entre colagens e viagens sensoriais, Taboo liberta paranóias em animação

 [Premiere] Entre colagens e viagens sensoriais, Taboo liberta paranóias em animação

A arte das colagens tão presente em fanzines e diversas vezes usadas em capas de discos, como no caso do Art Pop, aparece poucas vezes nas produções audiovisuais. Porém é uma solução que se bem realizada pode trazer distintas sensações para quem assiste.

Esta estética foi escolhida pela banda Taboo, de Montes Claros (MG). Misturando sonoridades que vão da psicodelia, passando pelo rock alternativo e influências da música brasileira.

O quarteto do norte de Minas Gerais lançou no primeiro trimestre o EP Valência, e agora através de videoclipes pretende trabalhar ainda mais forte o lançamento.

Na ativa desde 2014, em sua formação eles contam com Lucas Nobre (vocal e guitarra) e Matheus Leite (bateria) que se conheceram e tocam juntos desde a infância. Além de John Longuinhos (baixo) e Michelle Marques (guitarra) que entrou no grupo no ano passado.

O EP Valência contou com a produção de Leonardo Marques (Maglore, Moons, Young Lights) e foi a partir deste contato que eles puderam conhecer o trabalho da animadora Jojo Hissa que assina a direção do belo vídeo para “Entre Cortes e Jornais”.

“Durante a gravação na Ilha no Corvo, o Leo nos apresentou o trabalho da Jojo. Ela inclusive já fez um clipe no mesmo estilo para o trabalho solo dele, The Girl From Baianema, do álbum Early Bird.

Ficamos muito interessados no estilo do trabalho dela, que traz uma metalinguagem com o próprio nome da música”, conta Matheus Leite.

Taboo “Entre Cortes
e Jornais” (27/05/2019)



A narrativa do clipe é interessante justamente pela habilidade que tem em transformar os versos delicados de uma canção que discorre sobre as dualidades e inseguranças de um relacionamento, em arte. De maneira sensível, delicada e com atenção aos detalhes de todo este contexto.

A cultura pop através de quadros, trechos de jornais, explosões e o caos de uma cidade em transformação, ajudam com que a narrativa ganhe ainda mais elementos e uma infinitude caminhos. Permitindo assim que a cada play você se atente a um novo detalhe.

Claro que por sua vez, a verve psicodélica da faixa também permite sensações para o espectador.

Assista e viaje por um universo ainda mais distópico que a insanidade da nossa caixa preta.

Ouça Valência


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