Marcelo Gross apresenta nova fase com o single “A Dança das Almas”
Após lidar diversas mudanças, Marcelo Gross, autor de hits como “Sinceramente”, “Um Bom Brasileiro” e “Dia Perfeito”, eternizados na memória dos fãs da Cachorro Grande; está prestes de lançar seu novo álbum. Este que levará o nome de Tempo Louco, com previsão de lançamento para o mês de junho.
O registro também marca uma nova fase, o disco foi gravado na companhia de Eduardo Barretto (baixo) e Alexandre Papel (bateria) que já acompanhavam o músico durante a turnê do álbum antecessor, Chumbo & Pluma (2017).
“Perdi pessoas próximas, sai da banda…reflete também o renascimento desse tempo difícil, o esforço para passar por essas mudanças e o encontro de novos significados para continuar.”, conta Marcelo Gross em entrevista exclusiva para o Hits Perdidos
A Dança das Almas
É através de um pop psicodélico que o músico gaúcho abre os trabalhos para o lançamento do novo disco. O single “A Dança das Almas” mistura elementos da música indiana e o power pop sessentista mas sem deixar de lado a psicodelia.
A temática até mesmo remete aos nossos dias atuais: o romance quase impossível. Inclusive a saga pela musa conduz a eletricidade dos acordes da canção que também conta com uma cítara indiana. Fábio Kidesh fez uma participação especial na faixa tocando o instrumento.
A obsessão pelos Beatles continua à todo vapor inclusive nos mínimos detalhes. Assim como os besouros, a gravação foi realizada ao vivo com todos os integrantes na mesma sala.Com os mesmos instrumentos/ equipamentos que os Beatles usavam: Bateria Ludwig, baixo Hofner e guitarras Rickenbacker e Epiphone Casino plugadas em amplificadores VOX.
Lisérgica, a faixa caminha pelo oriente com arranjos delicados feito o caminhar de uma longa jornada. Mergulhando no power pop, ela é entorpecida pelo feitiço de uma paixão noite adentro. Como em outras composições do músico, elementos da cultura pop acabam transparecendo; no caso da faixa ele cita os filmes de Woody Allen para descrever sua odisseia com a musa. Conforme a música entra de cabeça na paixão, a faixa ganha a pista de dança. Onde olhos se cruzam e a magia acontece.
Será o primeiro álbum depois de Chumbo & Pluma (2017), e do fim da Cachorro Grande, o que te inspirou e o que podemos esperar deste novo momento da sua carreira?
Marcelo Gross: “O Álbum vai se chamar Tempo Louco e esse nome reflete um pouco do período que eu passei no momento em que escrevi as canções desse álbum: perdi pessoas próximas, sai da banda… reflete também o renascimento desse tempo difícil, o esforço para passar por essas mudanças e o encontro de novos significados para continuar.
É também o primeiro álbum que gravei com o Gross trio, que me acompanha já há 2 anos e que conta com Eduardo Barretto no baixo e backings e Alexandre Papel na bateria.
Musicalmente ele traz um crossover da sonoridade dos anos 1960 com a modernidade dos dias atuais. Nas faixas trago elementos do que cada canção pede: Naipe de sopros a là Motown, Quarteto de cordas nas baladas, cítaras e instrumentos indianos, cravos, guitarras em reverse. Está bem variada a sonoridade do álbum novo, porém concisa. Serão 10 canções.”
O primeiro single é bastante espiritualizado. Acredita que este momento é hora de repensar as atitudes e nossa maneira de enxergar a vida?
Na parte instrumental, ele ainda conta com o recurso da cítara indiana, referências aos Beatles e um misto entre o passado e o presente. Como foi o processo de pesquisa por referências e o que optou por testar neste álbum disco?
Marcelo Gross: “A música nova, além do GROSS TRIO, conta com a cítara indiana tocada pelo grande Fábio Kidesh; e com teclados do meu velho parceiro de guerra Pedro Pelotas.
A base do GROSS TRIO foi gravada “ao vivo” no estúdio, ou seja, com a gente na mesma sala mandando ver som com os mesmos instrumentos/ equipamentos que os Beatles usavam: Bateria Ludwig, baixo Hofner e guitarras Rickenbacker e Epiphone Casino plugadas em amplificadores VOX.
O psicológico e as referências
A letra fala sobre a elevação espiritual que sentimos ao encontrar um novo amor. Como precisei de muita estrutura psicologia e espiritual para passar pelos meus momentos difíceis; acho sim que temos que encarar as coisas de uma nova forma porque tudo está acontecendo muito rápido e não está fácil acompanhar tudo sem perder o ímpeto e o fôlego.
Quanto as referências, elas vem do que tenho ouvido ultimamente e sempre: Motown, Power pop dos anos 60, bandas contemporâneas como Kula Shaker, True loves, Michael Kiwanuka, Liam Gallagher juntamente com os clássicos antigos de sempre: Kinks, Yardbyrds, Zombies, Beatles fase Revolver…”
Como tem observado esse momento de isolamento? Tem ajudado a compor ou a rascunhar projetos?
Como vê que a pausa forçada atrapalhou o mercado da música e como observa que será a retomada após este momento?
Marcelo Gross: “Eu já tinha planejado fazer meus lançamentos nesse período. Então resolvi manter os planos e ficar abastecendo meu público com material inédito: Novos singles, clipes e lyric videos; além do disco que está previsto para junho.
Tenho feito lives (a LOVE LIVE) todas as noites para estreitar o laço com quem curte meu trabalho. A hora é de readaptação e conexão com o público de outras formas; e espero que, com a cooperação de todos a gente consiga sair logo dessa situação para com isso retornar os trabalhos gradualmente.