Pollux & Castor: Um maremoto de sentimentos em sinfonia

 Pollux & Castor: Um maremoto de sentimentos em sinfonia

Hoje vamos adentrar as profundezas do oceano, ir de encontro a correnteza e navegar em direção do fundo das nossas almas. Cruzando os limites de nosso ego e nos emancipando de qualquer preconceito sonoro ou moral. Tudo isso com leveza, elegância, peso, distorção, beats sinfônicos mas principalmente: densidade.
A atmosfera criada pelo som do Pollux & Castor é estridente, através de ondas sonoras curvilíneas, vibrantes e catárticas temos a união do clímax em oposição ao anticlímax. A energia vem da sinergia da soma dos elementos, tudo é matemático feito uma ópera porém bebendo de fontes mais disruptivas e alucinantes como o post-rock, o post-hardcore e o experimental.
Estes que dão liga para o rock instrumental e substâncial ganhar forma e movimento. A leveza é palavra de ordem e à partir do momento que você inicia sua audição: não há mais campo gravitacional que te deixe preso ao chão. Até imaginei se os caras da Pollux & Castor tivessem feito a trilha sonora de Gravidade (2013), como seria a releitura deles sobre a obra.
Bom, vira e mexe Trent Reznor (A Rede Social (2010), A Garota com a Tatuagem de Dragão (2011), Gone Girl (2014)), Angels & Airwaves (Love (2011), Poet Anderson: The Dream Walker (2014) e até mesmo Daft Punk (Interstella 5555: The 5tory of the 5secret 5tar 5ystem (2003), Tron: Legacy (2010) já se aventuraram a compor e estabelecer essa conexão conceitual entre a sétima arte e a música instrumental.

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Pollux & Castor viaja por ondas eletromagnéticas em seu som.

Pollux & Castor é Arnóbio Antonio (Guitarra), Dan Carelli (Baixo), Danilo Fiotti (Guitarra) e Raul Teodoro (Bateria). Desde 2013 muita coisa mudou, desde funções dentro da banda ao aumento do leque de influências que contribuíram muito para a sonoridade que podemos ver no novo trabalho: Efeméride (2016).
[Hits Perdidos] Como surgiu a Pollux & Castor e qual grande conceito por trás do projeto?

Arnóbio: “Eu chamei o Danilo pra fazer uma jam pra poder posar de banda pra um trabalho da minha faculdade, a gente continuou tocando junto depois disso, começamos a tocar umas músicas que tínhamos guardadas, mas não sabíamos bem o que ia rolar ainda.
Um dia falamos da semelhança que a ideia de algumas músicas com Explosivos in the Sky, aí começamos a trocar mais ideias e decidimos seguir como post-rock.”

Na primeira formação, em 2013, Danilo tocava baixo, Arnóbio e Guilherme Novak tocavam guitarra e Raul Teodoro experimentava na bateria. Pouco tempo depois Novak e Danilo trocam de posições e a banda grava, na casa do guitarrista Danilo, o seu primeiro EP.
Meses depois Novak decide deixar a banda e Dan Carelli, guitarrista e vocalista da Hollowood, assume o baixo.
O baterista Raul Teodoro, quando o grupo se iniciou estava aprendendo a tocar o instrumento, fazia parte da We are Piano – onde tocava guitarra e cantava. Que inclusive a pouco tempo falamos do último e póstumo lançamento do conjunto no excelente MÓNÓ. Este que também conta com a banda do baixista Dan Carelli, a Hollowood que ainda está em atividade à todo vapor.
[Hits Perdidos] Após o fim da We are Piano o ritmo da banda intensificou?

Raul Teodoro: “Sim, na época da piano a Pollux era pra mim o famigerado projeto paralelo, agora é minha banda principal e os corres que eu fazia antes pela piano (camisa, show, media) eu faço com a galera aqui (não que antes eu não fizesse, mas era menor minha participação nesses lances).”

Antes de adentrar a destrinchar a discografia da Pollux & Castor que já conta com dois EP’s lançados – Pollux & Castor EP (2013) e Efeméride (2016)  – vamos entender mais sobre as influências que o grupo tem na hora de materializar as ondas intangíveis do seu som.
[Hits Perdidos] Vocês citam ser influenciados pelo The Smashing Pumpkins, Caspian e At the Drive-In. Como acha que cada uma influência tanto no processo criativo como no resultado final?

Raul Teodoro: “É um lance de captar a essência da banda, cada integrante da banda tem suas influências pessoais, mas essas três são algo do tipo a base da pirâmide.
O Caspian flutua bastante entre post-rock e rock alternativo, e não se prende aos clichês do gênero, e o Smashing Pumpkins criou uma identidade muito forte, os timbres, os andamentos, melodias e as estruturas são impecáveis, os caras fizeram uma síntese coesa entre hard rock e pós punk, é algo que a gente busca com nosso som.
o At The Drive-In é uma banda que a gente soa bem pouco parecido, mas se vc ouvir ou ver a banda entende a nossa necessidade de ser intenso.
Quando alguém traz uma ideia de música já pronta pro ensaio, ela fica mais característica de acordo com o que a pessoa que fez está escutando ou alguma banda que gosta. Quando criamos uma música todos juntos, geralmente sai de uma jam que fizemos no ensaio, aí o som fica uma mistureba de tudo que a gente gosta

Devidamente introduzidos ao terreno ardiloso, inconstante, criativo e espacial da Pollux & Castor fica mais light para vocês leitores entenderem a proposta do quarteto. O primeiro trabalho ganhou vida no final de outubro de 2013.
[Hits Perdidos] Explique como foi o lance de decidirem alternar de instrumentos e como isso funcionou e agregou do EP, Pollux & Castor, para o recém lançado Eferméride?

Dan Carelli: Embora até então eu nunca tivesse tocado baixo seriamente, compor linhas de baixo para a Hollowood sempre me foi muito prazeroso, e com isso veio o interesse de assumir o instrumento de fato, em alguma ocasião.
O convite pra tocar na Pollux portanto caiu como uma luva. Até porque aqui o baixo tem como função principal sedimentar o caminho para as guitarras brilharem, permitindo que eu vá me encontrando no instrumento com calma.

Danilo Fiotti: Eu saí do baixo porque o antigo guitarrista, Novak, me falou que gostava mais de tocar baixo. Então foi útil pros dois, porque eu simpatizo mais com a guitarra.


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O capa do primeiro EP – Pollux & Castor EP (2013) –  te remete ao Siamese Dream (1993), álbum do The Smashing Pumpkins, que no mês que vem completa 23 anos.

O álbum lançado 20 anos após o emblemático álbum do Smashing Pumpkins e com a temática da capa similar, não deixa dúvidas: é influência intrínseca na certa.
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A primeira faixa “Climbing Stars” como o nome já diz é uma epopeia. Uma marcha. Uma trilha sem fim. Um respiro da alma. Uma canção otimista que desperta euforia, te enche de expectativas e de certa forma constrói esperanças.
Sua progressão de acordes e combinação de post-rock com post-hardcore transmitem uma leveza ímpar ao longo dos 7 minutos e 17 que voam feito uma pluma. Eu diria que tem a mesma ousadia que o disco Transformer (1972) de Lou Reed carrega em sua essência. Seu último minuto te leva para uma viagem astronômica como os lados B do genioso The Smashing Pumpkins.
“Centopeia” coloca a poeira no chão, o otimismo é de certa forma brecado. Assim como a centopéia que finca suas inúmeras pernas no chão. Ele prega o auto-conhecimento em relação aos limites que devemos ter. Essa atmosfera que tenho ao ouvir as bandas de Jason Pierce (Spaceman 3, Spiritualized). A música é linda, te dá vontade de comprar o LP só para brincar de air guitar por horas em seus pontos mais altos.
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Mesmo sem usar palavras através dos acordes distorcidos eles conseguem fazer poesia.

“Navios e Maremotos” começa com elementos alá Omar Rodriguez-López, com percurssão e distorção que te remetem a suas bandas (The Mars Volta, At The Drive-In, e carreira solo).
Esse espirito latino colidindo com o post hardcore dá um “samba” inesperado e diferenciado. Ela é robótica mas te puxa para a introspecção. Os anos 90 são realmente bem absorvidos, o limbo deles na verdade.
E nesse miolo tem muita coisa interessante que poucos sabem dar valor, vale ressaltar. É interessante como as guitarras traduzem a chegada do navio…que parece se atracar em um iceberg. A trilha serve como um S.O.S. de um navio que está na realidade: á derriva.
Para mim, ao menos, é a minha canção favorita do EP. Tanto pela riquíssima construção, quanto pela levada que te emociona e te leva em direção do desconhecido. Uma estranha euforia somada a um cataclisma de emoções que se assemelham a uma bomba relógio em contagem regressiva prestes a explodir.
Algo que poucos discos como o Unknown Pleasures (1979 – Joy Division), Ferment (1992 – Catherine Wheel), A Portable Modle Of (1997 – Joan Of Arc), The Earth Is Not A Cold Place (2003 – Explosions In The Sky), Young Team (1997 – Mogwai), Green Mind (1991 – Dinosaur Jr.) ou o Terrorhawk (2005 – Bear vs. Shark) consegue transmitir.
Com esse clima que chegamos a Efeméride, o segundo EP do conjunto lançado no último mês de maio. No fim do ano passado a Pollux & Castor foi convidada para um dia de gravação no estúdio Family Mob pelo projeto Converse Rubber Tracks. E lá deciram gravar lá o seu segundo EP. Efeméride foi lançado pelo selo Bichano Records e conta com três músicas inéditas.
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O segundo EP, Éfemeride, é o resultado das gravações feitas no estúdio de Jean Dolabella, Family Mob dentro do projeto Converse Rubber Tracks.

Uma nova fase merece ter atenção aos detalhes, afinal de contas eles fazem toda a diferença e um texto analítico não pode deixar com que eles se percam. E nesse ponto que os trabalhos conversam.
A destreza e o perfeccionismo são elementos – eu diria – vitais para colocar ordem no caos sonoros das guitarradas post-hardcore que principalmente na faixa “Bruxa do Mar” berram sem parar.
[bandcamp width=415 height=620 album=4070307122 size=large bgcol=ffffff linkcol=de270f]
 
“Mailard” é a canção que abre o trabalho. Consigo sentir a perspicácia de faixas como “Do You Love Me Know” das gêmeas do Breeders, somadas as chapantes sinfonias errantes do Smashing Pumpkins e as transgressões intimistas do som do At The Drive-In.
A delicadeza dos primeiros trabalhos mais crus do Death Cab For Cutie como Photobooth (2000) que é um disco quase punk ao meu ver (acredite se quiser). A paz que Instrument (1999) do Fugazi é capaz de nos transmitir e os choques de realidade que o The Mars Volta nos provoca.
“Ambição”, mostra em acordes e distorção sonora uma perspectiva de vida que tenta ser otimista sem esquecer do conflito que isso implica por meio de nossos altos e baixos. A plasticidade flui como as ondas telepáticas da guitarra em movimento, você se sente sedado e porque não dizer: sufocado.
Para fechar o disquinho, temos “Bruxa do mar” que tem uma atmosfera que te remete ao bandas como The XX e Real Estate mas sem esquecer do pós-rock de grupos como Mogwai e Sigúr Ros.
As guitarras te levam para outra atmosfera, talvez para as profundezas do mar onde a bruxa se abriga. E ela vem para te buscar com a força da correnteza. Assim como a We are Piano, o post-hardcore também mostra a força e a fúria do contraste entre o instrumental quase ambient indo de encontro com as guitarradas violentas e viscerais. É o transbordar do copo cheio…a ambição acaba se tornando uma forte ressaca da tormenta proveniente da desilusão.
Sinto uma ligação estabelecida entre as ondas do mar entre “Navios e Maremotos” do primeiro EP e “Bruxa do mar”, ambas abusam das estruturas do post-hardcore e soam como uma epopeia quebrada em duas partes.
[Hits Perdidos] “Bruxa do Mar” talvez para mim seja uma das mais filosóficas do EP. E por coincidência o tema marítimo está mais uma vez presente, visto que no primeiro trabalho temos “Navios e Marremotos”. Porque?

Raul Teodoro: “Bruxa e Navios são primas irmãs, os embriões das músicas vieram de uma época em que eu está lendo Moby Dick.
“Navios e Maremotos” é mais como algo sendo engolido pelo mar, pensei na sensação de se estar num navio durante um maremoto, e “Bruxa do Mar” é como sair de dentro desse navio, que agora está no fundo do mar.”

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Moby Dick foi a grande inspiração para as faixas que encerram ambos EP’s.

Efeméride mostra um ganho tanto na produção como em influências que dialogam de certa forma com o cenário alternativo do post-rock mundial. O estilo tem ganhado força e a cada dia mais vemos discos criativos e arrojados ganharem luz. Aqui no Brasil mesmo vemos muitas bandas saindo de seus cavernas para ganharem luz e certo prestígio.
[Hits Perdidos] No primeiro EP ao ouvir, sinto em “Climbing Stars” um tom de otimismo que te contagia. Em “Centopeia” um ar de pés no chão ao mesmo tempo que o corpo tentando se desprender. Já em “Navios e Maremotos” sinto um grito de desespero da alma. Mas isso é questão de interpretação e sentimento, algo que vocês não podem controlar – e isso de certa forma as vezes pode ser incrível. O que vocês geralmente sentem que transmitem com suas canções?

Raul Teodoro: As músicas mais intensas como navios e bruxa do mar, na minha opinião, são as mais legais de tocar. Eu vim do hardcore, sinto falta de um pouco disso, intensidade com distorção pesada. Creio também que são essas musicas que saem mais em nossos ensaios.

[Hits Perdidos] “Ambição” é uma música que consegue te levar do céu ao inferno. Estariam de certa forma tentando mostrar como a ansiedade é sua grande inimiga?

Arnóbio: “Ambição nasceu de trás para frente, eu pensei primeiro no final bem explosivo, foi numa época em que eu ouvia bastante post-hardcore.
A ideia de começar suave e chegar nesse ponto intenso e crítico vem disso mesmo, sobre pressão, decisão, ganância e megalomania.”

[Hits Perdidos] O novo EP tem um distanciamento de quase 3 anos para o primeiro. O que acham que mudou na hora de gravar?

Raul Teodoro: Definitivamente, gravar os instrumentos em um estúdio profissional é bem melhor do que gravar em casa, assim como fizemos no primeiro EP.
A falta de dinheiro sempre é um fator que pesa na hora de lançar algo. Mas optamos por não lançar nada nesse tempo para garantir uma melhoria na qualidade neste novo EP.”

[Hits Perdidos] Como foi a experiência no Converse Rubber Tracks…tendo a oportunidade de trabalhar com Jean Dolabella e Kbelo?
Na ficha técnica, a mixagem foi realizada pelo próprio Danilo. Qual o motivo da decisão?

Raul Teodoro: “Os dois são realmente incríveis, nos ajudaram bastante e deram ótimas dicas e conselhos na hora de gravar e ajudar a escolher – e moldar – os timbres. São mestres mesmo.”
Arnóbio: “Foi bem massa gravar lá, os caras são muito legais e bons no que fazem. Além de serem mega atenciosos com o que a banda quer com o som.”
Dan: “Melhor estúdio em que este par de pés já pisaram. Foi meio que aquele quadro “um dia de princesa”. Muito foda também trazerem bandas com propostas tão distintas como Odradek ou A Espiral de Bukowski.”
Danilo: “Como eu já trabalho com áudio há muitos anos, a opção de eu mesmo mixar aconteceu porque teríamos mais tempo pra isso, além do fator dinheiro. Por ser um processo mais delicado, fazendo isso em casa, analisamos com mais calma as decisões dentro da mixagem.”
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Efeméride foi mixado por Danilo.

[Hits Perdidos] Nas canções podemos ver uma riqueza de detalhes melódicos que te levam para outra atmosfera. Qual o maior desafio na visão de vocês em fazer música instrumental?

Raul Teodoro: “O grande lance da música instrumental na minha opinião é ter uma identidade e não soar repetitivo. Hoje a gente olha pra trás e vê mais de 60 anos de rock feito, é quase impossível aparecer com algo 100% novo, mas através de nossas referências pessoais e vivências conseguimos imprimir uma certa identidade pessoal no nosso som.”

[Hits Perdidos] Como veem a cena de música instrumental no Brasil?

Raul Teodoro: “Tá crescendo né? Eu acho sensacional a galera que tem se interessado, tanto em fazer como em ouvir. O mais legal é que não tem tanto aquela divisão de “estas são bandas instrumentais e essas tem vocal” na hora de fazer show.

A cena tá massa, tem aí Pib e o Onda Instrumental dois rolês voltados só pro gênero e isso é bem legal.

[Hits Perdidos] Para fechar com chave de ouro: Quais bandas vocês tem ouvido e quais bandas do cenário nacional vocês acham que merecem a atenção dos leitores do Hits Perdidos?

Raul Teodoro: “To ouvindo muito Bear vs. Shark e bastante o novo do Metá Metá, o Máquinas e El Toro Fuerte lançaram ótimos discos recentemente. Fora o MÓNÓ split que saiu esse mês e tá o supra-sumo da qualidade.
Danilo: “Estou escutando bastante Tycho, gosto bastante da atmosfera criada em suas músicas, o uso de sintetizadores, mas somente fazendo aquela camada para os outros instrumentos, nada exagerado. Guitarra com efeitos mas tudo calibrado, acho muito bem feito e a performance ao vivo é perfeita.”
Dan: “De verdade, o que mais tenho ouvido realmente é o split MÓNÓ, um pouco por conta da divulgação (a Hollowood faz parte do disco), um pouco porque é bom mesmo.
As outras bandas que o compõe são a We are Piano, do Raul, BLUES DRIVE MONSTER, Chabad e Vapor. E bom, isso já responde quais bandas nacionais eu acho que merecem a atenção dos leitores do Hits Perdidos (risos).”

Arnóbio: “Da cena nacional de instrumental eu gosto e recomendo muito o Astronauta Marinho, O Grande Ogro e o 2faces. Tem também a turma do Split MÓNÓ que só tem fera. Fora isso uma playlist com Ghosts and Vodka, Alcest, Lantlos, Tristeza, Alceu Valença, Sleep e Black Sabbath.”

No começo do próximo mês no sábado, dia 09/07, em uma parceria entre Bichano Records e Gustavo Athayde Luthieria acontece o show de lançamento do EP Efeméride (2016).
O EP que está sendo lançado pelo selo carioca, contará com o show de abertura de Theodoro, projeto solo/folk do Lucas Theodoro (E a terra nunca me pareceu tão distante). Ideal para fãs de Koji, Into It. Over It. e Chuck Ragan.


Serviço:
Gustavo Athayde Luthieria
Endereço: Rua Sena Madureira, 788, Vila Mariana – SP
Data: 09/07, sábado.
Horário: 18h
Entrada: R$10
Evento: Facebook

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