Chase Atlantic emociona São Paulo com show explosivo e homenagem ao Brasil

 Chase Atlantic emociona São Paulo com show explosivo e homenagem ao Brasil

Nada como as lentes de um fã para revelar detalhes que passam muitas vezes despercebidos por quem escreve sobre música. Ao nos depararmos com relatos pós-show, sempre aprendemos alguma curiosidade, referência ou detalhe simbólico da apresentação que apenas quem canta aquelas canções há anos, ou acompanha as notícias com frequência, consegue captar com precisão cirúrgica.

O Chase Atlantic fez no último fim de semana um show lotado no Suhai Hall, casa localizada em Jurubatuba, na zona sul de São Paulo. Com mais de 10 anos de trajetória, a banda australiana de pop, rock e R&B formada em Cairns, Queensland, é composta por três integrantes: Christian Anthony, Clinton Cave e Mitchel Cave.

A turnê Lost In South America 2025 é produzida pela Live Nation, e além da apresentação em São Paulo, no Suhai Hall, passou por Porto Alegre, na KTO Arena, e termina a etapa brasileira nesta quinta (13) no Rio de Janeiro (Qualistage). Além disso, eles irão passar por Santiago, no Chile, em 17 de novembro, e encerrarão a turnê em Buenos Aires, na Argentina, em 19 de novembro.

Após dois anos da sua última passagem, no domingo (09/11) os australianos retornaram a São Paulo com direito a canção que homenageia o Brasil na bagagem. Para engrandecer essa narrativa e trazer a perspectiva de fã para o primeiro plano, Pam Cardeal pôde comparecer representando o Hits Perdidos.

Quem assume a partir de aqui é ela relatando sobre como foi assistir à apresentação de uma das suas bandas favoritas no dia do seu aniversário.


Chase Atlantic Tour 2025 Lost in South America
Chase Atlantic faz turnê “Lost in South America” – Foto: Reprodução/Divulgação Live Nation

Chase Atlantic em São Paulo

por Pamela Cardeal

“Eu cheguei faltando 10 minutos para o show começar e desde o momento em que entrei o pessoal da Suhai Hall foi bem prestativo em relação ao atendimento lá dentro e eu nunca tinha ido lá antes. Achei a casa bem bonita, ela é grande, mas não a ponto de impedir que a gente veja o artista no palco e isso foi bem reconfortante na minha visão como fã. Até porque além de eu querer escutar o artista ao vivo, eu também quero ver ele.

O show começou 21h06 e a música de abertura foi “Die For Me” do último álbum deles lançado (LOST IN HEAVEN (HIGH AS HELL [2024]). Assim que eles entraram, cada um se posicionou numa ponta. Clinton do lado esquerdo, Mitty no meio e Chris do lado direito. Eles se manteriam assim por muito tempo no palco, mudavam de posições poucas vezes. O Mitty e o Chris andavam mais pelo palco, mas o Clinton não. Se eu não tivesse ficado do lado esquerdo do palco, eu mal teria visto ele, porque ele quase não se movimentava.

As músicas foram rolando e eles mais tocaram faixas de álbuns antigos do que do novo, até porque o novo não atendeu as expectativas dos fãs. Eu mesma fiquei bem mais feliz assim do que se tivessem tocado mais música do álbum novo (risos).

Eles tocaram hits como “Slow Down”, “Okay”, “Swim”, “Into It”, “Friends”, entre muitos outros que a galera simplesmente amou e gritou até perder a voz {eu inclusive}.

Uma das músicas do novo disco foi “Favela” que foi feita especialmente para o Brasil. E isso simplesmente me encantou.

  • 1°, porque não é todo artista internacional que ama o Brasil nesse ponto de criar uma música só pra ele;
  • E 2°, que enquanto eles cantavam eles mostravam o porquê realmente gostam tanto daqui.

Eles pediam pra gritar e cantar cada vez mais alto e a gente mostrou que esse é o nosso forte como fãs. Eu achei isso completamente lindo. Mas o que realmente me chocou e tocou meu coração foi o Mitty descendo até o pit para ter contato direto com os fãs. Além disso, ele parou o segurança que estava atrás dele segurando algumas fãs dizendo: “Fucking thank you by the way”.

Eu achei isso impressionante. Esse foi o nível deles querendo estar em contato com os fãs brasileiros. E, além disso, eles também jogavam presentes deles para o público e pegavam os presentes dos fãs para eles. O Mitty foi quem mais fez isso do começo ao fim, sempre perguntando se estávamos bem e curtindo o show.

Após 1h20 de show, eles tocaram “a última música” — entre muitas aspas —, que foi “Swim”, o maior hit da banda, lançado há quase 10 anos.

Pra mim é impressionante o quanto essa música ainda é forte e o quanto todo mundo cantou forte por lá.

Assim que “Swim” acabou e eles saíram do palco, todo mundo começou a gritar por “Friends”.

E então, como pedido, eles voltaram e todo mundo foi à loucura de verdade. Cantaram junto do começo ao fim!

O show acabou 22h30 e tiveram muitas pessoas que não conseguiam sair do lugar por só simplesmente não querer ir embora.

Apesar de ter durado 1h30, o show pareceu curto para os fãs. Existiam muitas outras músicas deles que poderiam ter tocado… o show poderia ter durado 2h e com certeza todos ficariam do começo ao fim cantando com eles.

Mitty disse que tivemos um domingo que ficará para sempre na memória de todos e eu tenho certeza absoluta disso!



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