Em noite fria, Epica aquece os cariocas em show da nova turnê

 Em noite fria, Epica aquece os cariocas em show da nova turnê

EPICA Retorna ao Rio de Janeiro, em destaque a vocalista Simone Simons. – Foto Por: Daniel Croce

No sábado (13/9), fazia 20 graus quando iniciou o show do Epica, banda neerlandesa de metal sinfônico, no Sacadura 154, no Rio de Janeiro (RJ), com produção do Liberation MC. Os desacostumados com o clima carioca, dirão que 20 graus não é frio; a estes eu posso dizer que a quantidade de casacos e jaquetas entre os fãs prova o contrário. Com a casa lotada de fãs que cantavam a plenos pulmões todas as músicas, o Epica mostrou porque continua a ser uma das bandas mais adoradas na América Latina. Mas esta jornalista segue a ordem cronológica dos fatos, então vamos começar pela banda de abertura: Fleshgod Apocalypse.

Ao chegar na casa de shows, percebi que, além das camisetas do Epica e do Iron Maiden (sim, sempre tem!), alguns carregavam o manto dos italianos da Fleshgod Apocalypse, a banda de abertura da turnê do Epica no Brasil. Esta foi a minha primeira vez assistindo ao grupo, embora os músicos já estejam na segunda visita ao país. Em seu setlist, além das canções mais conhecidas, como “The Fool” e “The Violation”, alguns pontos altos da performance merecem ser destacados: em “No”, quando na intro e no fim, eles fazem um mashup com “Hit me baby one more time”, da Britney Spears; a bandeira do Brasil como presente para o público durante a valsa “Morphine Waltz”; e o encerramento ao som de “Blue (Da Ba Dee)”, em uma versão cômica e pesada, bem ao estilo da banda que soube trazer bom humor e talento para o palco.


Banda italiana liderada por Francesco Paoli e Veronica Bordacchini (foto) preparou o público de fãs do Epica com bom humor - Crédito: Daniel Croce
Banda italiana liderada por Francesco Paoli e Veronica Bordacchini (foto) preparou o público de fãs do Epica com bom humor. – Foto Por: Daniel Croce

A turnê do Epica no Brasil se justifica pelo lançamento do álbum Aspiral, a noite no Rio foi a quinta apresentação da turnê, que até então havia tido três dias de folga após os concertos finalizados no domingo (14), em São Paulo (SP).. Já tinha conversado com o baixista, Rob Van der Loo, para falar sobre o disco e a visita ao Brasil, portanto já esperava um setlist recheado de hits da banda de 23 anos de existência que conta com oito álbuns. Foram 14 músicas no repertório em um show com pouco mais de 1h30, e sendo este o meu terceiro encontro com os neerlandeses, pude assistir de uma forma totalmente diferente.

Leia entrevista exclusiva com o Rob Van der Loo

Meu integrante favorito é o tecladista, Coen Janssen, portanto, sei que ficando ao lado esquerdo do palco consigo uma visão privilegiada do músico. Muito além de ser o principal arranjador do Epica, Coen é também o mais bem-humorado em cima do palco, entregando performance corporal, passos de dança com o teclado (risos) e convidando outros integrantes a participarem de suas piadas no palco. Foi Coen que, já na última parte do show, foi para o vão entre o palco e os fãs da Pista Premium e presenteou os fãs com uma performance eletrizante com seu teclado em formato ergonômico durante “Cry for the Moon” – a canção mais aguardada do repertório.


Coen Janssen, do Epica, (foto) e seu teclado ergonômico em "Cry for the Moon" -Crédito: Daniel Croce
Coen Janssen (foto) e seu teclado ergonômico em “Cry for the Moon” – Foto Por: Daniel Croce

Muito além da minha preferência como jornalista parcial nesta resenha – já contei que sou fã da banda há 20 anos? – é importante reforçar que os fãs do Epica são unidos, apaixonados e dedicados. Mesmo durante a atração de abertura, em canções que muitos não conheciam, o público fazia questão de se engajar na apresentação da Fleshgod Apocalypse. E antes que o Epica subisse ao palco, centenas de balões nas cores azul e amarelo – as cores da capa do álbum Aspiral – foram erguidos para saudar a banda. A organização da homenagem, merece o crédito, partiu do fã-clube do Epica Rio de Janeiro em parceria com a fanpage Simone Simons Sunshine. Sempre fico muito feliz em acompanhar esses movimentos!

Como já disse, este não é o meu primeiro show do Epica. Mas sem dúvida, este foi o melhor! O repertório perfeito, a segurança de uma banda que se encontrou artisticamente, a sintonia entre os integrantes, que sabem entregar e animar o público. Por falar nas músicas tocadas durante a apresentação, faço um breve resumo dos pontos que considerei mais importantes do show:

Iniciar o show com “Cross the Divide”, single do novo álbum, foi uma escolha de uma banda muito segura de si e que não decepcionou, pois todos conheciam a letra por inteiro. O mesmo efeito se seguiu em todas as outras canções do disco, “Arcana”, “Fight to Survive”, “Apparition” e “Aspiral”, a última, uma balada cantada docemente por Simone Simons, composta por Rob Van der Loo e que, segundo a entrevista que me concedeu para o Hits Perdidos, entrou no disco por acaso.


Rob Van der Loo (foto) antecipou em entrevista para o Hits Perdidos a potência das canções na turnê do disco "Aspiral" - Crédito: Daniel Croce
Rob Van der Loo (foto) antecipou em entrevista para o Hits Perdidos a potência das canções na turnê do disco “Aspiral” – Foto Por: Daniel Croce

Os clássicos não ficaram de fora, “Sensorium”, “Cry for the Moon”, “Consign to Oblivion” e “Quietus”, que foi tocada pela última vez no Rio de Janeiro no show de 2012! E, por falar em canções que não costumam aparecer no repertório e que apareceram nesta noite carioca, os fãs deliraram com “Fools of Damnation – The Embrace That Smothers, pt. 7”, uma das canções mais longas com mais de oito minutos de duração, que só tinha sido tocada anteriormente no Rio em 2010.

Entre os presente de fãs para Simone Simons e banda, elogios aos calorosos fãs cariocas e ao pão de queijo brasileiro (risos), o Epica entregou um show redondo, dedicado e feito para os fãs que acabaram de conhecer o grupo e também para os seniores, que já acompanharam momentos altos e baixos. A última vez do Epica no Rio foi em 2019, e tomara que não demorem a retornar, pois sempre estaremos a postos com balões, presentes e letras decoradas!

Setlist: Epica @ Sacadura 154 – Rio de Janeiro (13/09/2025)

Entrada no palco ao som de “The Pretender” (Foo Fighters)
Cross the Divide
Unleashed
Sensorium
Apparition
Quietus
Fools of Damnation
Fight to Survive
Arcana
Unchain Utopia
Aspiral
Design Your Universe

Encore:
Cry for the Moon
Beyond the Matrix
Consign to Oblivion

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