Terno Rei revela o single duplo “Nada Igual / “Viver de Amor” com diferentes inspirações

Novidade em dose dupla! É o que o Terno Rei entrega para os fãs nesta quinta (20). Com quinto álbum programado para abril, os paulistanos que completam 15 anos de estrada em 2025 apresentam o single duplo “Nada Igual / “Viver de Amor” com naturezas bastantes distintas entre eles.

Lançado pelo selo Balaclava Records, o material mostra duas faces igualmente compreensíveis dentro da carreira do grupo e também em sinergia com a carreira solo do vocalista e compositor do grupo, Ale Sater.

O novo trabalho conta com a produção do curitibano Gustavo Schirmer que já pode trabalhar com os paulistanos nos discos Violeta (2019) e Gêmeos (2022) e com a mixagem do francês Nicolas Vernhes, que já trabalhou com nomes como The War on Drugs, Wild Nothing e Deerhunter.

Terno Rei “Nada Igual / Viver de Amor”

Duas faixas, duas atmosferas, duas inspirações completamente distintas. Talvez essa seja uma boa forma de apresentar as duas canções que terão papéis distintos dentro do andamento do vindouro disco.

É impossível não pensar em clássicos radiofônicos de grupos como The Smiths ao ouvir “Nada Igual” e a faixa chega logo num momento onde uma nova geração está redescobrindo o trabalho dos ingleses liderados pelo ranzinza Morrissey. Ter uma canção nova no baralho neste momento… pode facilitar as estranhas do algoritmo do TikTok e fazer com que ganhe mais lastro em quem ainda não descobriu a banda após o boom de Violeta.

 “A energia pulsante e o ritmo em Nada Igual representam muito bem nosso momento atual, além de trazer elementos marcantes presentes no disco.”, aponta Ale Sater

A estética da capa nos aproxima de filmes como The Breakfast Club (Clube dos Cinco) e das capas de discos dos anos 80 brasileiros, como do Legião Urbana e Titãs. Se Dois (1986), dos candangos, já tinha entrado no leque de inspirações de Gêmeos, essa referência continua pungente.

Outra canção, outro universo. É assim que podemos definir “Viver de Amor” que poderia tanto se encaixar na carreira solo do vocalista mas com isso talvez perderia um pouco da combustão dos arranjos feitos em conjunto. Ela é mais serena, folk, meio americana escola Wilco, mas que também permite ter sopros mirando o improviso do jazz feito Kenny G. De natureza contemplativa, e confessional, ela a primeira orelhada pode até causar certo estranhamento nos fãs que esperam um novo Violeta mas vai crescendo a cada nova audição justamente por sua carga sentimental.

“Essa é uma das nossas favoritas da carreira. É unânime entre nós que ela se destaca e soma a essa nova fase que vivemos. Traz uma proposta diferente do outro single e ao que já fizemos no passado, então julgamos que seria interessante mostrar esse outro aspecto do disco.”, revela Bruno Paschoal, guitarrista e tecladista

Letras

“Nada Igual”

(composição: Ale Sater)

Há tempos que eu já não mais me iludo,

Mas eu preciso sonhar

Como preciso do sol

Eu vejo tantas frases inúteis 

Essas palavras me cortam

Eu não escuto mais

Nada igual 

A te encontrar 

Numa noite qualquer

Não tem nada igual

Procuro alguma coisa que cure

Essa vontade que sobra

Essa saudade que dói

Nenhum perigo mais me amedronta, me conta, me conta o que eu sou

Não sinto mais curiosidade 

O meu sorriso está pela metade

Há tempos que eu já não mais me iludo

Há tempos eu me sinto no escuro

Há tempos que eu tenho estado assim, assim

Nada igual

A te encontrar 

Numa noite qualquer

Em silêncio total

Nada igual

Eu já nem me sinto mais

Eu preciso, preciso, preciso

Nada igual

A te encontrar

Numa noite qualquer 

Não tem nada igual

“Viver de Amor”

(composição: Ale Sater)

Não quero me enganar

Não quero me enganar

Pra viver de amor

É preciso mais

É preciso mais

Pra viver de amor

Vou morrer de amor

Aaa

Não é da minha natureza

De falar coisas atrevidas

Mas ontem tive um sonho

Definitivo

Preciso do seu carinho

Da tua compreensão

Te dou o meu destino

E a minha atenção

Pra viver de amor

Vou morrer de amor

E morrer, e morrer, e morrer

Ficha técnica:

Letra, voz, violão e contrabaixo: Ale Sater
Guitarras: Greg Maya e Bruno Paschoal
Bateria: Luis Cardoso

Produção: Gustavo Schirmer
Mixagem: Nicolas Vernhes
Masterização: Greg Obis

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