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C6 fest anuncia line-up da 3ª edição com Nile Rodgers & Chic, Air, Wilco, Pretenders, Gossip, The Dinner Party, English Teacher e mais

C6 Fest chega a sua terceira edição com line-up de peso

Após a primeira edição (saiba como foi), com nomes como Kraftwerk e Underworld, da segunda edição com Pavement e Cat Power (saiba como foi), nesta terça (22) foi anunciado o line-up completo da terceira edição do C6 Fest. Algumas semanas antes do anúncio oficial já haviam sido confirmados nomes como Air, Pretenders e Wilco.

Na véspera o nome de Nile Rodgers & Chic foi veiculado nas redes sociais por um jornalista, agora, finalmente, podemos conhecer as atrações que estarão escaladas para se apresentar no Parque Ibirapuera entre os dias 22 e 25 de maio de 2025.

A pré-venda de ingressos para clientes C6 acontece nos dias 23 e 24 de outubro, enquanto venda para o público em geral se inicia no dia 25.

Com foco na diversidade de estilos e com oito países de cinco continentes representados, o festival contará com quatro palcos.

Line-up completo C6 Fest 2025

A. G. CookAgnes NunesAirAmaro FreitasArooj AftabBeach WeatherBrian Blade & The Fellowship BandCat BurnsEnglish TeacherGossipKassa OverallMaria EsmeraldaMeshell NdegeocelloMulatu AstatkeNile Rodgers & ChicPeter Cat Recording Co.Perfume GeniusPretendersSeu JorgeStephen SanchezSuperJazzClubThe Last Dinner Party e Wilco.

“O trabalho de pesquisa e seleção do elenco é sempre um momento de muita troca e enriquecimento musical para cada um de nós. Poder dividir com milhares de pessoas o nosso entusiasmo pelas descobertas recentes, ou o nosso reconhecimento por nomes que fizeram história, é para mim o grande barato do festival. O C6 Fest torna possível essa eclosão anual da música de qualidade”, pontua Monique Gardenberg, fundadora da Dueto, produtora responsável pela realização do C6 Fest



Novidades

  • De três noites, o C6 Fest salta para quatro na edição 2025.
  • As duas primeiras (22 e 23 de maio) serão reservadas exclusivamente aos shows mais intimistas – de jazz e suas vertentes – na plateia interna do Auditório Ibirapuera.
  • No sábado (24) e no domingo (25), o grande público poderá desfrutar da programação nos palcos ao ar livre do parque: a Arena Heineken e a Tenda.
  • O Pacubra – Pavilhão das Culturas Brasileiras receberá uma programação de DJs a ser anunciada em breve.

Venda de Ingressos

Clientes do C6 Bank terão pré-venda exclusiva (23 e 24 de outubro), com 20% de desconto sobre o valor dos ingressos, inclusive para meia-entrada, mediante compra com o cartão de crédito do banco. A venda para o público em geral terá início no dia 25 de outubro. Confira abaixo os tipos de ingressos e preços.

Vendas Online no site oficial do C6 Fest (clique aqui).

Ponto Físico de Venda de Ingressos até maio/2025 (Sem Taxa)

Teatro Renault

Av. Brigadeiro Luís Antônio, 411 – República, São Paulo–SP, 01317-000.
De terça-feira a domingo das 12h às 20h (Fechada às segundas-feiras).

Preços (1º lote, por dia):

Arena Heineken e Tenda (dias 24 e 25 de maio, sábado e domingo)
R$ 680 (inteira) / R$ 340,00 (meia)
*Ingressos dão direito ao Pacubra/Village

Auditório Ibirapuera (plateia interna) (dias 22 e 23 de maio, sexta e domingo)
R$ 560,00 / R$ 280,00 (meia)

PASSAPORTES (1º lote)

Passaporte Jazz (dá acesso aos dois dias de shows na plateia interna do Auditório Ibirapuera)
R$ 1.000,00 (inteira) / R$ 500,00 (meia)

Passaporte Arena Heineken e Tenda (dá acesso aos dois dias de shows nestes palcos e ao Pacubra/Village)
R$ 1.200,00 (inteira) / R$ 600,00 (meia)

Serviço

C6 Fest
PARQUE IBIRAPUERA (Av. Pedro Álvares Cabral, 0 – Ibirapuera)

Programação

Auditório Ibirapuera (Plateia Interna)

Quinta, 22 de Maio

Mulatu Astatke
Amaro Freitas Septeto
Arooj Aftab

Sexta, 23 de Maio

Kassa Overall
Brian Blade & The Fellowship Band
Meshell Ndgegocello

Arena Heineken, Tenda e Pacubra* 

Sábado, 24 de Maio

Air – “Moon Safari”
Pretenders
Gossip
Perfume Genius
Stephen Sanchez
A.G. Cook
Agnes Nunes
Beach Weather
Peter Cat Recoring Co.

Domingo, 19 de Maio

Nile Rodgers & Chic
Wilco
Seu Jorge e convidados no “Baile á la baiana”
The Last Dinner Party
English Teacher
Cat Burns
Maria Esmeralda – Thalin, Cravinhos, iloveyouangelo, Pirlo & VCR Slim
SuperJazzClub

*programação do Pacubra será anunciada em breve

Sobre os Palcos do C6 Fest

Tenda

Com uma atmosfera íntima e capacidade para 5 mil pessoas, a Tenda do C6 Fest receberá nove atrações que representam os mais variados gêneros e as novas tendências da música contemporânea.

Arena Heineken (Plateia Externa do Auditório Ibirapuera)

O palco externo do Auditório Ibirapuera, voltado para um enorme gramado do parque, é o espaço com a maior capacidade de público do festival e sediará uma variedade de estilos sonoros, comandados por algumas das grandes sensações da música mundial.

Auditório Ibirapuera

O palco interno do Auditório Ibirapuera abrigará seis espetáculos do C6 Fest. Com 800 lugares, o teatro, concebido por Oscar Niemeyer nos anos 1950 mas construído somente em 2005, receberá apresentações de caráter mais intimista, com alguns dos nomes mais representativos do jazz contemporâneo.

Pacubra – Pavilhão das Culturas Brasileiras

Com capacidade para 2 mil pessoas, o Pacubra é um dos prédios modernistas assinados por Oscar Niemeyer no parque e fica próximo ao edifício mais famoso projetado pelo arquiteto no local, o da Bienal. O espaço hospedará em seu subsolo um lineup de badalados DJs, enquanto o térreo abrigará uma extensão do Village, o famoso ponto de encontro do público no festival, que reúne praça de alimentação, experiências e ativações. Assim como em 2023 e 2024, Nelsinho Ferman, do Núcleo Food, assina a curadoria gastronômica do C6 Fest. A programação do Pacubra será anunciada mais adiante.


Air está confirmado no C6 Fest. – Foto Por: Mathieu Rainaud

Conheça mais sobre os Artistas do Line-up do C6 Fest

A. G. Cook

Produtor musical, cantor e compositor, o inglês A. G. Cook também é conhecido por ser o chefe da gravadora britânica PC Music, responsável por um movimento importante de jovens artistas que redefiniram nos últimos anos os limites da música pop. Ao lado de nomes como Sophie, Hannah Diamond, Danny L Harle e Charli XCX, criou um universo sonoro próprio e pessoal, que o levou a alcançar a 12a posição entre os 100 nomes que estavam redefinindo o estilo e a cultura jovem naquele momento, segundo a revista Dazed, em 2015.

Nos últimos anos, Cook tem alcançado marcas sem precedentes em sua carreira, coescrevendo e coproduzindo para ícones como Beyoncé, além de desempenhar um papel fundamental como produtor executivo nos álbuns de Charli XCX, “Number 1 Angel”, “Pop 2”, “Charli” e o recentemente lançado “BRAT”. Em 2024, A. G. Cook lançou o celebrado álbum “Britpop”, uma experiência artística que se divide em três discos e que funciona como um mergulho único na mente inventiva e avant-garde do artista.

Agnes Nunes

Agnes Nunes nasceu em Feira de Santana, Bahia, e foi criada no interior da Paraíba. Desde cedo, a música fez parte de sua vida: aos 12 anos, ganhou um teclado que despertou sua paixão por melodias e poesia. Aos 14, começou a postar vídeos de covers nas redes sociais, que rapidamente se tornaram virais e a projetaram no cenário musical. Agnes já colaborou com grandes nomes da MPB, como Chico César, Elba Ramalho, Elza Soares e Seu Jorge.

Em 2022, lançou seu primeiro álbum, “Menina mulher”, regravou “Preciso me encontrar”, de Cartola, para o filme “Medida Provisória”, e participou do programa “Onda Boa” ao lado de Ivete Sangalo. No mesmo ano, foi premiada com o Leão de Ouro em Cannes e o Prêmio Jovem Brasileiro. Em 2024, lançou seu segundo álbum, “O Amor e Suas Variáveis”, que transita entre MPB e R&B, explorando as fases do amor com participações de Mari Fróes e Thaylan, reafirmando seu talento e sensibilidade musical. 

Air

Formada por Nicolas Godin e Jean-Benoît Dunckel, o Air é uma dupla francesa de música eletrônica que se destacou no final dos anos 90 e se tornou uma das mais influentes bandas do gênero. Com um som atmosférico e sensual, o grupo se diferenciou pela mistura de influências que vão do pop ao experimentalismo, incluindo referências como Burt Bacharach, Brian Wilson, Tomita e Vangelis.

Além do sucesso instantâneo com o álbum de estreia “Moon Safari” (1998), lançaram trabalhos marcantes como “Talkie Walkie” (2004) e trilhas sonoras para filmes como “The Virgin Suicides” (2000) e “Le Voyage Dans La Lune” (2012). A dupla continuou inovando e experimentando com álbuns como “10,000 Hz Legend” (2001) e “Pocket Symphony” (2007). Além dos projetos como duo, os músicos também exploraram carreiras solo e colaborações com outros artistas.

Amaro Freitas

Natural de Recife, o pianista, compositor e arranjador Amaro Freitas é presença certa nos principais palcos dos circuitos de música por todo o mundo. De formação erudita, Amaro tem construído uma sonoridade particular e original ao incorporar ritmos oriundos de manifestações da cultura popular brasileira como o frevo, o maracatu, o baião, o coco e a música africana, à linguagem do jazz. Ao explorar a riqueza das identidades afro-brasileiras, afro-indígena, ibérica e árabe, ele traduz o movimento da diáspora mundial, ao mesmo tempo que mergulha no Brasil profundo, do encantamento das florestas, dos povos originários, da Amazônia.

Entre suas influências, John Cage, de quem absorveu e adaptou a técnica do piano preparado, da década de 1940, que consiste em introduzir objetos entre as cordas do instrumento para dar as teclas um som percussivo e ancestral, características que remetem a outro grande mestre inspirador: Naná Vasconcelos. A universalidade de sua música oferece uma conexão intensa e mágica com o público. No palco do C6 Fest, Amaro apresentará um show especial e inédito.

Arooj Aftab

Uma das grandes revelações dos últimos anos, a cantora e compositora paquistanesa Arooj Aftab tem conquistado o público com apresentações arrebatadoras em grandes festivais internacionais, como o Newport Jazz Festival, Montreal Jazz Festival, Coachella, Primavera Sound, Glastonbury, entre outros, além de ter sido a primeira mulher e artista do Paquistão a ganhar um prêmio Grammy.

Suas composições despertam os sentidos, falam de amor e perda, influenciadas sobretudo pela poesia secular urdu, criando paisagens sonoras melancólicas, de leveza contemplativa, explorando os mistérios da noite. O timbre suavemente grave e outras vezes agudo, de grande alcance e intensidade, de beleza quase hipnótica parece esculpir as palavras.

Sua música transita entre o folk e o jazz, o minimalismo clássico e o new age, o indie pop e o blues, com forte presença da poesia ancestral do sul da Ásia. O resultado não é um mix de gêneros e sim uma sonoridade única, de vanguarda, fruto de sua interação com o mundo, como a própria artista diz: “Herança é o que você herda de onde quer que esteja”. O show no C6 Fest será o primeiro da carreira da cantora no país.

Beach Weather

Beach Weather é uma banda norte-americana de pop rock que surgiu em 2015, fruto da colaboração entre o vocalista e guitarrista Nick Santino e o produtor Sean Silverman. Juntos, eles começaram a trabalhar em demos e a desenvolver os primeiros sons que definiriam o estilo da banda. Nos anos iniciais, lançaram alguns singles e realizaram shows de abertura, mas, por diversos fatores, o projeto esfriou e entrou em hiato de 2017 a 2022.

Com a pandemia de COVID-19 e outros acontecimentos, Santino percebeu que era hora de revitalizar o Beach Weather e se reuniu novamente com Silverman. A partir daí, começaram a trabalhar no álbum “Pineapple Sunrise” (2023). Antes disso, em 2022, a faixa “Sex, Drugs, Etc.” se tornou um sucesso viral no TikTok, ajudando a consolidar a presença da banda. O segundo álbum do grupo, “Melt”, está previsto para ser lançado em 25 de outubro de 2024.

Brian Blade & The Fellowship Band

A trajetória de Brian Blade como baterista influenciou uma geração de músicos e revolucionou o papel do instrumento no jazz. De estilo altamente sensível, sua maneira de tocar é marcada pela capacidade ímpar de criar atmosferas, de surpreender e de servir ao propósito emocional da música, combinando momentos de clímaxes catárticos com outros de extrema delicadeza.

Essas qualidades fizeram de Brian Blade um colaborador frequente dos maiores músicos de jazz de nosso tempo: Chick Corea, Herbie Hancock, Joshua Redman, Brad Mehldau, além de Joni Mitchell, Bob Dylan e Norah Jones. Como membro do quarteto do saxofonista Wayne Shorter, Blade fez parte de um dos grupos de jazz que ficará para a história entre os mais proeminentes do gênero. Tudo isso seria suficiente para colocá-lo num lugar de imenso destaque na história do jazz como instrumentista. Porém, para além disso, seu trabalho autoral é de rara originalidade.

Caracterizado por seu lirismo e sua potência arrebatadora, Brian Blade & the Fellowship Band traz para o jazz o elemento espiritual que marcou a origem do baterista, que na infância frequentava a igreja batista onde seu pai era pastor. Somado à genialidade das composições, que divide com o pianista Jon Cowherd, o grupo propõe uma experiência de êxtase e beleza em estado puro. Pela primeira vez no Brasil, Brian Blade & The Fellowship Band vem ao C6 Fest por ocasião do lançamento do sétimo álbum da banda “King’s Highway”, definido pela NPR como “majestoso”.

Cat Burns

Com apenas 24 anos, a cantora e compositora Cat Burns já foi indicada três vezes para o Brit Awards. Na ativa desde 2017, ela já atraía ouvintes e fãs ao redor do mundo, porém foi com o single “Go” (2020), que ela ganhou destaque nas redes sociais e nas plataformas digitais.

A música chegou ao segundo lugar no UK Singles Chart e ajudou a pavimentar a carreira da artista. Nascida em Londres, Cat Burns é filha de dois imigrantes da Libéria, que fugiram do país durante a sua Primeira Guerra Civil, nos anos 90. Com uma mãe cantora, Cat cresceu sob a influência da música gospel, que funde a outros ritmos como a música pop e o indie rock. Em julho de 2024 Cat Burns lançou “Early Twenties”, seu álbum de estreia.

English Teacher

Composta pela vocalista Lily Fontaine, o guitarrista Lewis Whiting, o baterista Douglas Frost e o baixista Nicholas Eden, a banda britânica English Teacher foi formada em 2018, no Conservatório de Leeds. Inicialmente, se apresentavam como Frank, com um som voltado para o dream pop.

Em 2020, no entanto, adotaram o nome English Teacher e passaram a explorar uma sonoridade mais próxima do indie rock. Com uma carreira sólida de singles e apresentações, o grupo lançou em abril de 2024 seu álbum de estreia, “This Could Be Texas”, que recebeu grande aclamação de crítica e público. Em setembro, foram anunciados como vencedores do Mercury Music Prize por esse trabalho, que será apresentado ao vivo no C6 Fest 2025.

Gossip

Formado em 1999, no estado de Washington, nos EUA, o Gossip é composto pela carismática vocalista Beth Ditto, o guitarrista Brace Paine e a baterista Hanah Blilie. Com fortes influências do punk rock e da energia do movimento riot grrrl, o grupo ganhou notoriedade em 2006 com o aclamado álbum “Standing in The Way of Control”, que os projetou ao mainstream. Ao longo da segunda metade dos anos 2000, o Gossip desenvolveu uma sonoridade própria, que mescla indie-rock, pós-punk e dance music, sem medo de flertar com o pop, como no aclamado disco “Music for Men” (2009).

Na década de 2010, o grupo se separou, e seus membros seguiram em projetos individuais. Beth Ditto, por exemplo, expandiu sua atuação no mundo da moda, lançou EPs solo e participou de produções audiovisuais. Em 2023, o Gossip se reuniu, lançando o álbum “Real Power” no ano seguinte. Recebido com entusiasmo por crítica e público, o disco marca um retorno vigoroso e renovado de uma das bandas mais influentes da música alternativa dos anos 2000.


GossipFoto Por: Cody Critcheloe

Kassa Overall

Baterista, M.C., cantor e produtor musical baseado no Brooklyn-NY, Kassa Overall foi definido pela Pitchfork como “um dos futuristas mais audaciosos do jazz moderno”. Sua linguagem inovadora é ligada à sua maneira peculiar de relacionar o jazz com o hip-hop. As fronteiras entre esses dois gêneros, já amplamente exploradas por diversos artistas, ganham uma nova abordagem na música de Kassa, onde se fundem de forma tão natural que praticamente desaparecem, criando uma linguagem musical única.

Assim, não há mais distinção ou hierarquia entre levadas que remetem a Elvin Jones, aos drum machines 808 ou entre experimentações avant-garde e as técnicas de produção associadas ao rap. Em seu último álbum, lançado pelo selo Warp Records, essa visão subversiva e caleidoscópica da linguagem musical é levada ainda mais longe.

“Animals” (2023) é um trabalho verdadeiramente colaborativo, que conta com a participação de instrumentistas virtuosos ao lado de rappers, como Danny Brown, Wiki, Lil B e Shabazz Palaces, bem como dos vocalistas Nick Hakim, Laura Mvula, Francis and the Lights e estrelas do jazz, como Theo Croker e Vijay Iyer. Kassa Overall se apresenta pela primeira vez no Brasil com um quarteto de jovens músicos de notável expressão, cuja energia aponta para novas possibilidades no jazz contemporâneo.

Maria Esmeralda

Idealizado pelos músicos Cravinhos, Thalin, VCR Slim, iloveyoulangelo e Pirlo, o projeto Maria Esmeralda ganhou vida com o lançamento do álbum de estreia homônimo em junho deste ano. Com 16 faixas que exploram a complexidade da vida humana, o lançamento reúne colaborações de artistas como Marília Medalha, Doncesão, Tchelo Rodrigues e RUBI, mesclando elementos de MPB, rap, jazz, boombap e outras vertentes musicais.

Thalin assume o papel de principal intérprete, enquanto VCR Slim, Pirlo, Cravinhos e iloveyoulangelo cuidam das produções, resultando em uma celebração da continuidade e reinvenção da arte brasileira, harmonizando o nostálgico com o moderno e criando o conceito dos “novos clássicos”. Elogiado pela crítica e por artistas como Daniel Ganjaman, Marcelo D2 e Rodrigo Ogi, o projeto promete uma experiência única ao vivo, permitindo ao público vivenciar toda a intensidade e profundidade de um trabalho que reflete sobre temas como amor, vingança, desilusão, medo e outros conflitos pessoais.

Meshell Ndegeocello

Vencedora do Grammy 2024 na categoria Melhor Álbum de Jazz Alternativo, Meshell Ndegeocello se apresenta pela primeira vez no Brasil no C6 Fest 2025. A baixista, cantora e compositora traz ao país a turnê do álbum “No More Water: The Gospel of James Baldwin”, dedicado ao escritor e ativista americano em seu centenário. Meshell tem propriedade para homenagear a obra de Baldwin, um dos autores mais destacados da literatura americana do século XX, sobretudo por seu pioneirismo e sensibilidade no tratamento das questões raciais.

Afinal, ela foi uma das artistas que pavimentou o caminho para o que se definiu como Black Music nos Estados Unidos e há pelo menos 30 anos lança um olhar firme para temas como amor, raça, sexualidade e religião. Por outro lado, se o tema da identidade negra nas Américas é denso e complexo, a música livre de Meshell, que incorpora sobretudo o funk e soul, torna verdades desconfortáveis acessíveis.

Assim como Baldwin, ela leva paixão e honestidade para o debate, numa odisséia de investigação musical que coloca o ritmo, o groove, a fluidez, a dança, no centro da discussão de identidade negra e queer. “O amor tira a máscara que tememos não poder viver sem” , canta Justin Hicks, o vocalista do projeto. Meshell Ndegeocello busca inspiração em intelectuais que pensaram a humanidade como um todo e deixa ensinamentos universais a partir de sua leitura de Baldwin pelo prisma da música.

Mulatu Astatke

Multi-instrumentista, compositor e arranjador, Mulatu Astatke é o mais influente e lendário artista da Etiópia. Profundo conhecedor das origens ancestrais da música de seu país, ainda jovem foi estudar no exterior, uma experiência que foi determinante para o desenvolvimento de sua assinatura singular.

Considerado o precursor do Ethio jazz, uma fusão entre a herança musical de sua terra natal e as tendências sonoras ocidentais, Mulatu é responsável pela introdução de congas e bongôs na música etíope, instrumentos muito utilizados em estilos latinos, uma inovação implementada no final da década de 1960. O vibrafonista, que chegou a tocar com Duke Ellington na década seguinte, construiu uma carreira sólida, com uma sonoridade moderna e única, um híbrido do jazz etíope popular, o funk e a alma afro-latina. É um dos maiores nomes do jazz em atividade no mundo.

Nile Rodgers & Chic

Nile Rodgers é um dos maiores nomes da música pop do século XX, destacando-se como compositor, produtor, arranjador e guitarrista, além de ser membro do Rock and Roll Hall of Fame e do Songwriters Hall of Fame, com inúmeros prêmios Grammy em sua trajetória. Cofundador do Chic, Rodgers foi pioneiro em uma sonoridade que marcou época, criando hits como “Le Freak”—o single mais vendido da história da Atlantic Records—e lançando as bases para o advento do hip-hop com “Good Times”.

Sua atuação na Chic Organization também gerou clássicos como “We Are Family”, com Sister Sledge, e “I’m Coming Out”, com Diana Ross. Rodgers produziu e colaborou com gigantes da música como David Bowie (“Let’s Dance”), Madonna (“Like A Virgin”) e Duran Duran (“The Reflex”), somando mais de 500 milhões de álbuns e 100 milhões de singles vendidos ao redor do mundo. Suas parcerias contemporâneas com artistas como Daft Punk (“Get Lucky”), Daddy Yankee (“Agua”) e Beyoncé (“Cuff It”, “Leviis Jeans”) continuam a reafirmar sua relevância e visão inovadora na indústria musical.

Peter Cat Recording Co.

Fundado em Nova Déli, Índia, em 2009, o Peter Cat Recording Co. é composto pelo vocalista e guitarrista Suryakant Sawhney, o baterista Karan Singh, o baixista Dhruv Bhola, o tecladista e trompetista Rohit Gupta e o multi-instrumentista Kartik Sundareshan. Com uma sonoridade que mescla indie rock, gypsy jazz e influências da música indiana, o grupo se recusa a ser limitado por rótulos, preferindo explorar um universo musical próprio.

Com um status cult entre os fãs do sul da Ásia, o Peter Cat Recording Co. embarcou em uma extensa turnê internacional, passando por países da Ásia, Europa e América do Norte, com 77 shows previstos até o final do ano—alguns ao lado dos igualmente cultuados Khruangbin. Em 2025, o grupo chega pela primeira vez à América do Sul, dentro do C6 Fest, para apresentar seu mais recente álbum, o elogiado “BETA”.

Perfume Genius

Perfume Genius é o pseudônimo de Mike Hadreas, músico que cresceu em Seattle, Washington, e iniciou sua carreira musical em 2008. Seu álbum de estreia, “Learning” (2010), rapidamente atraiu a atenção da crítica especializada, e o lançamento seguinte, “Put Your Back N 2 It” (2012), ajudou a consolidar sua base de fãs. Em 2014, Perfume Genius deu um grande salto com “Too Bright”, álbum co-produzido por Adrian Utley, do Portishead, que destacou sua evolução na produção e na autoconfiança artística. O single “Queen” tornou-se um hino queer e reforçou sua presença na cena alternativa.

Em 2017, lançou “No Shape”, que foi indicado ao Grammy e ampliou ainda mais sua audiência global. A música de Perfume Genius tem sido amplamente usada em trilhas sonoras de filmes e séries, como “The Goldfinch”, “The Society”, “13 Reasons Why”, “Booksmart” e “Eighth Grade”. Além de colaborar com artistas como Christine And The Queens, Sharon Van Etten, Weyes Blood, Cate Le Bon, Anna Calvi e King Princess, Hadreas também participou de projetos especiais com marcas como Prada e W Hotels. Seus álbuns foram indicados ao Grammy e ao GLAAD Media Award, além de figurarem em listas de melhores da década de publicações como Billboard, Pitchfork, Crack, e Paste.

Pretenders

Chrissie Hynde é a espinha dorsal do Pretenders desde a sua fundação nos anos 1970, na Inglaterra. A cantora viveu intensamente o surgimento da cena punk inglesa e chegou a trabalhar na icônica loja SEX, de Malcolm McLaren e Vivienne Westwood. Fundada em 1978, a banda foi premiada em 1980 como a grande revelação do ano pela Rolling Stone. Ao lado de ícones como Patti Smith e Debbie Harry (Blondie), Hynde se tornou uma referência feminina e inovadora na cena rock daquela década. A mistura de punk, new wave e rock alternativo resultou em uma série de hits atemporais, como “I’ll Stand by You”, “Don’t Get Me Wrong” e “Back on the Chain Gang”.

Ao longo de mais de 40 anos de carreira, o Pretenders passou por diversas mudanças de integrantes e já contou com talentos como Johnny Marr e Andy Rourke, ambos do The Smiths. Contudo, uma força permanece inabalável: Chrissie Hynde, que mantém viva a essência e a inventividade da banda.

Em 2023, o Pretenders lançou “Relentless”, um álbum moderno com produção cuidadosa e colaborações de peso — Jonny Greenwood, do Radiohead, por exemplo, assina os arranjos de cordas de um dos singles. O novo disco recebeu quatro estrelas do The Guardian e foi classificado pela Far Out Magazine como uma afirmação da ferocidade de Hynde: “Hynde poderia facilmente descansar sobre os louros de ser uma das mães do rock and roll moderno pelo resto de sua vida. Embora a maioria dos artistas de sua idade tire o pé do acelerador, ‘Relentless’ prova que ela ainda está interessada em ver aonde a música a leva.”

Seu Jorge

Seu Jorge é multi-artista: cantor, compositor, instrumentista, ator, além de ceo e fundador da Black Service, espaço de produção cultural. Dono de uma consistente carreira de sucesso global, transita entre a MPB, o R&B e o samba. Em 1997, assumiu os vocais da banda Farofa Carioca. No ano de 1999, o cantor e compositor deixou o grupo para seguir uma carreira solo e, em 2001, lançou o seu primeiro álbum solo, “Samba Esporte Fino”, mixado e masterizado em Los Angeles, conhecido internacionalmente como “Carolina”. Em 2004, Seu Jorge lança “Cru”, seu segundo álbum, pelo selo francês Naïve e produzido pelo Gringo da Parada, fundador do bar parisiense “Favela Chic”.

Seu Jorge já foi premiado com o Grammy Latino em 2008 como Melhor Álbum de Música Popular Brasileira, com “America Brasil, O Disco” e, em 2012 de Melhor álbum pop contemporâneo com “Músicas Para Churrasco vol. 1”. Em seus shows, Seu Jorge proporciona uma experiência musical diversificada, transformando o palco em uma festa vibrante que contagia o público e o faz dançar ao som de seus inúmeros sucessos. Seu Jorge já se apresentou nas maiores e mais renomadas casas de shows : Royal Albert Hall, Carnegie Hall, Hollywood Bowl, Philharmonias de Hambourg, Paris, Boston, Madison Square Garden, Sydney Opera Hall. Opéra Garnier de Paris , l’Olympia de Paris.

Stephen Sanchez

Cantor e compositor radicado em Nashville, Stephen Sanchez lançou seu primeiro EP, “What Was, Not Now”, em outubro de 2021, e desde então tem construído uma carreira que vem conquistando tanto o público quanto a crítica. Seu single “Until I Found You”, também de 2021, atingiu a 23ª posição na Billboard Hot 100, a 8ª no Australian ARIA Chart e a 14ª no UK Singles Chart, destacando a força global de seu som. Sanchez já recebeu indicações a diversos prêmios, incluindo o Billboard Music Awards, MTV Video Music Awards e People’s Choice Awards. Seu álbum de estreia, “Angel Face”, lançado em setembro de 2023, reafirma a potência musical do artista, que combina influências de pop rock, folk, soul e rockabilly.

SuperJazzClub

SuperJazzClub é um coletivo criativo ganês formado por artistas, produtores, cineastas e DJs, atualmente contando com BiQo, Øbed, Seyyoh, Tano Jackson, Joeyturks e Ansah Live. Fundado em 2018 em Acra, a capital do Gana, o grupo nasceu da amizade entre seus integrantes, que se uniram para expressar sua criatividade e compartilhar ideias, explorando suas distintas origens artísticas para construir uma unidade coesa em pensamento e rica em estilos variados. O primeiro single, “Couple Black Kids”, foi lançado em junho de 2019.

No ano seguinte, durante os bloqueios impostos pela pandemia, o coletivo lançou “Bordeaux”, uma faixa que proporciona ao ouvinte uma jornada de escapismo, refletindo o desejo de se libertar das restrições da época. O EP “For All The Good Times” (2020) capturou a essência das alegrias e desafios da vida dos “millennials”, apresentando canções que refletem os altos e baixos, bem como os dilemas emocionais vividos por jovens na casa dos 20 anos. Entre 2021 e 2024, o grupo lançou uma série de singles que foram muito bem recebidos pelo público e pela crítica. Vem pela primeira vez ao Brasil no C6 Fest.

The Last Dinner Party

Abigail Morris, Lizzie Mayland e Georgia Davis se conheceram na faculdade de letras, onde compartilhavam a paixão por shows e festivais. Dessa conexão nasceu a ideia de formar uma banda, um sonho que foi adiado pela pandemia de Covid-19. Com o distanciamento social, os ensaios foram suspensos e o The Last Dinner Party só se tornaria uma realidade oficial em 2021. Os anos de isolamento e ansiedade apenas intensificaram o apelo criativo da banda, que simboliza uma nova era de maximalismo e euforia desenfreada. Suas influências vão de Kate Bush e David Bowie ao glam rock e new wave, incorporando também elementos de blues, música clássica e sintetizadores pesados.

Apresentando-se em pubs de East London, o The Last Dinner Party rapidamente chamou a atenção de grandes gravadoras e iniciou 2022 com um contrato assinado, dando início a uma carreira meteórica. Em 2023, o single “Nothing Matters” alcançou o TOP 20 do UK e se tornou um sucesso tanto de público quanto de crítica. Seu primeiro álbum, “Prelude to Ecstasy”, conquistou o primeiro lugar nas paradas britânicas de 2024.

Todo esse alvoroço rendeu à banda o prêmio de revelação no Brit Awards, o mais prestigiado da música no Reino Unido, além do primeiro lugar no “BBC Sound of…”, pesquisa que destaca novos talentos promissores da música britânica. A vocalista Abigail, as guitarristas Emily e Lizzie, a tecladista Aurora e a baixista Georgia criam um universo sonoro repleto de melodias marcantes, refrões explosivos e letras que abordam tragédias e triunfos. Em seus shows, a banda leva o público por crescendos intensos e silêncios arrebatadores, transformando cada apresentação em uma experiência única — o que explica o rápido crescimento de sua legião de fãs dedicados. A estreia do grupo no Brasil acontece no C6 Fest.

Wilco

Formada em 1994 em Chicago, Illinois, a banda Wilco surgiu dos membros remanescentes do grupo de country alternativo Uncle Tupelo. A formação do Wilco mudou frequentemente ao longo dos anos, com apenas o vocalista Jeff Tweedy e o baixista John Stirratt permanecendo da formação original. Os atuais integrantes incluem o guitarrista Nels Cline, os multi-instrumentalistas Pat Sansone e Mikael Jorgensen, e o baterista Glenn Kotche. O som do Wilco combina country, rock alternativo e pop clássico com uma variedade de referências. A banda ganhou destaque na mídia com seu quarto álbum, “Yankee Hotel Foxtrot” (2002), que se tornou famoso pela polêmica em torno dos direitos comerciais, alavancando suas vendas e tornando-se o seu lançamento mais bem-sucedido, com mais de 600 mil cópias vendidas.

Posteriormente, a banda recebeu dois Grammy Awards pelo seu quinto álbum de estúdio, “A Ghost Is Born” (2004), incluindo o prêmio de Melhor Álbum de Música Alternativa. Em 2023, pela primeira vez desde “Yankee Hotel Foxtrot”, o Wilco colaborou com um produtor externo: a talentosa artista galesa Cate Le Bon. O resultado dessa parceria é o álbum “Cousin”.

Admiradores do trabalho um do outro, a banda e Le Bon se conheceram e improvisaram juntos no Solid Sound Festival, onde formaram uma conexão imediata. Isso inspirou Tweedy a convidar Le Bon para o renomado estúdio da banda em Chicago, The Loft para trabalhar no décimo terceiro álbum de estúdio do grupo. Nesse ambiente, Le Bon encorajou a banda a explorar novos riscos, aproveitando seus pontos fortes e desafiando hábitos estabelecidos. Na sequência, a banda lançou o EP “Hot Sun Cool Shroud” (2024), que apresenta novas composições e explora ainda mais a evolução musical do Wilco.

This post was published on 22 de outubro de 2024 3:46 pm

Rafael Chioccarello

Editor-Chefe e Fundador do Hits Perdidos.

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