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Bratislava se entrega de corpo e alma em “Parte Do Que Vem”

O íntimo, o interno, o intenso e a natureza humana se afloraram em todos nós na pausa que a pandemia proporcionou de forma sistêmica. O desacelerar e repensar a profundidade das nossas relações acabou ganhando novos contornos e capítulos à parte cuidadosamente desenhados ao longo dos últimos dois anos. E, claro, que já não somos os mesmos que viramos o ano de 2020. Em Parte Do Que Vem, a Bratislava traz consigo boa parte deste exercício de se permitir tirar a casca e mostrar um lado ainda mais sensível, do solar ao lunar feito as noites em claro pensando nas incertezas sobre o futuro. Da amargura das perdas ao relembrar de como a vida pode sim ser boa e compartilhada com as pessoas que amamos. Tudo isso, sem deixar de lado amigos que acabam, por sua vez, se tornando família – e em muitos casos nem tão postiça por assim dizer.

Para a Bratis, apelido carinhoso que os próprios integrantes costumam chamar, foi um momento bastante visceral. O grupo passou por mudanças em sua formação e isso em uma banda muitas vezes ressoa como um momento de ajustar os ponteiros do relógio e tirar para a conta para balanço.

Ciclo este que permitiu uma renovação da sonoridade, um sonho antigo que ganhou ainda mais propulsão segundo o vocalista e tecladista Victor Meira. Completam a atual formação Gustavo Franco (bateria), Zé Roberto (baixo) e Jonas Andrade (guitarra).

O trabalho reúne 12 faixas e uma sensibilidade intensa de uma banda que se permitiu deixar com que a personalidade das ações do seu dia-a-dia reverberasse no horizonte das novas composições. 

 “O resultado foi um trampo honesto e visceral, mas que ao mesmo tempo tem uma audição agradável e que fala de sentimentos e situações com as quais todo mundo pode se relacionar”, afirma Zé Roberto.

Sentimento tão forte que o resultado ressoa como familiar para quem escuta pois as histórias acabam trazendo uma universalidade com temas como a saudade e a vontade de vivenciar as relações de uma forma ainda mais aprofundada.

Em muitos momentos eu me vejo no disco, e não porque toquei, mas simplesmente porque determinados versos parecem que foram feitos para mim. Os timbres batem num lugar muito familiar, no final tudo me conforta, tudo vem pra um lugar comum de representatividade”, reflete Gustavo

O material foi gravado entre os estúdios C4 Audio Lab (bateria e master), Estúdio Alvorada (guitarra, baixo e vocais) e Big House Studio (pré, vocais e percussão). As canções foram produzidas por Hugo Silva, que também assina a mix, e Ian Fonseca (Supercolisor).

Ao mesmo tempo que experimenta e carrega frescor nas ideias e intervenções, o álbum mira no pop no sentido palpável justamente para estabelecer diálogos e reforçar conexões. Algo que também se traduz na videografia que mostra um espaço e tempo bem característicos de um cenário musical da cidade de São Paulo.


Bratislava disponibiliza hoje seu quarto álbum de estúdio “Parte Do Que Vem” – Foto Por: Thiago Roma

Entrevista: Bratislava sobre Parte Do Que Vem

Conversamos com o Victor Meira para saber mais detalhes sensíveis a obra.
Ele nos conta histórias emocionantes em relatos bastante pessoais.

Como tem sido essa nova fase da Bratislava entre despedidas, reformulação da formação e a possibilidade de explorar novas estéticas?

Victor: “A mudança da formação veio em um momento oportuno, porque a gente queria mesmo fazer uma mudança estética. Pessoalmente, eu já tinha vontade de fazer um disco mais solar, mais aconchegante com a Bratislava, que não tivesse a coisa ácida que o nosso disco anterior tem.

É o momento em que me vejo, como pessoa, como compositor. E aí fazer esse recomeço mudando tudo é legal também, traz um frescor, uma ausência de vícios estéticos. É o 4º disco da banda, mas de alguma forma é o 1º.”

O que sente que trouxeram para agregar e como funcionou a dinâmica de encontrar o conceito do novo álbum e de buscar novas referências?

Victor: “Acho que eu tô num momento de querer que a minha canção reflita um pouquinho mais da minha personalidade, da energia que eu coloco no mundo quando falo com as pessoas, quando saio na rua. Nunca esqueço do comentário do Danilo, da Torre, banda lá de Recife, amigões nossos, que disse depois de um show que fizemos durante a nossa turnê lá no nordeste em 2018:

“Victão, até dando esporro na gente você é fofo”, comentando a performance da música “Fogo“, que é um spoken word bem visceral. Então acho que cada um da banda tem sua personalidade inserida nas novas canções e o meu quinhão nelas é esse, um pouco mais alinhado com a minha personalidade na vida.”

O disco carrega muitos sentimentos e muitos deles despertos durante o período de isolamento por conta da pandemia como em “Terra do Nunca Mais”. Como foi esse momento de reflexão e o que como compositor acabou te influenciando direta e indiretamente, seja em vivências como em pesquisas por outras artes já que é uma característica que você sempre tenta trazer para a sua música?

Victor: “Falar do terror que foi esse período é chover no molhado. Mas o isolamento social mudou a nossa rotina. Por dois anos a gente não saiu pra encontrar os amigos ou fazer as coisas que estávamos acostumados a fazer. A banda não fez shows nem gravações. Então o tempo que era gasto com todas essas coisas virou um painel em branco. Parte Do Que Vem foi composto nesse cenário, completamente imerso nessa realidade terrível mas com a dádiva do tempo ao nosso lado.

Então eu realmente mergulhei nesse novo mundo de possibilidades criativas. Passava dias e dias fazendo exercícios exploratórios de melodias para as canções. Eu e o Zé trocávamos ideias musicais num esquema de ping-pong, um ia mexendo na última versão do anterior, e íamos encontrando as canções dessa forma.

As letras começavam a pintar depois de longos exercícios de campo semântico, baseados sempre nas sensações dos rascunhos das canções – em outras palavras, eu ouvia ou tocava muitas vezes os sons e ia anotando as ideias que iam surgindo daquelas notas, daqueles movimentos. Depois de estruturadas, veio a seleção de quais canções iam para o álbum, e isso foi um outro processo que levou dias, semanas.

Depois disso, começamos a revisar melodias e harmonias de canção por canção, e nessa etapa pude contar com a ajuda do meu amigo genial Ian Fonseca, músico e compositor da banda Supercolisor. Tudo isso antes de começar a produção de fato, que é quando a figura do Hugo Silva entra no jogo e a gente faz uma nova rodada de revisões, apertando os grooves, encontrando os andamentos certos de cada uma… e só então começamos a gravar.

É um processo que se extende pela pandemia toda. E eu conto toda a ópera aqui de forma resumida pra que se tenha uma imagem do processo criativo nessa época. Então a temática das letras vem sim muito carregada desse momento, desses sentimentos, desse absurdo que vivemos.



A escolha da ordem das canções é sempre um grande dilema para as bandas, quais critérios estabeleceram desta vez?

Victor: “Testamos muitas ordens, dividimos com alguns amigos mais próximos também. Por pouco o disco não abre com a “Velhos Rituais“, que a gente considera uma canção-mãe desse disco. “Calcanhar” é uma que em muitas ordens anteriores figurava como uma das últimas.

A gente também não queria colocar os 4 singles que foram lançados antes como as 4 primeiras faixas do álbum. O Hugo e o Ian participaram da escolha com a gente, assim como os ex-Bratis Sandro, Lucas, Xande, Sophian, Edu, Ricardo, Chammé, e amigos músicos como a Larissa Conforto (AIYÉ), Túlio Albuquerque (Kalouv), entre outros chegados.

Finalmente, conseguimos montar uma narrativa que começa com uma sensação de sol nascente (“VHS”) e mostra uma Bratislava mais solar nas 3 primeiras faixas. Em “Calcanhar” a gente vai pra um mood mais lunar, que perdura até a festa em “Pode Chegar?, amanhecendo novamente no disco-dia, retomando o ciclo.”



A fragilidade da vida é exposta de uma forma muito sem filtros ao longo do disco e em “Calcanhar” isso fica bastante evidente. O que acabou inspirando a canção?

Victor: “Calcanhar” foi baseada em um antigo desafeto meu, uma amizade que foi interrompida por bobagem, mas que machucou muito na época. Então eu trago esse episódio com um olhar novo, maduro, mais de dez anos depois desse dissabor, entendendo os motivos, observando a ferida cicatrizada.”

“Um Jeito de Te Ver” é uma canção bastante emocionante, muito por conta de ser uma canção dedicada ao teu pai, assim como “Canção Para Você Viver Mais” do Pato Fu. Quão emocionante foi para você compor esta canção e qual foi a sensação de ouvir ela pela primeira vez depois de pronta? Encaixar o áudio dele para você traz ainda mais significado?

Victor: “O processo criativo dessa canção foi muito especial. A primeira ideia musical dela surgiu do Zé. Ele dividiu comigo em meio a outras ideias e quando eu peguei ela pra trabalhar, não havia essa intenção temática. Foi quando comecei a desenvolver os vocais que senti ela era sobre isso, senti que ela evocava um sentimento de luto, uma coisa triste, saudosa e esperançosa. Então fui encontrando os versinhos, encontrando a lembrança do meu pai ali entre os acordes e melodias. E foi só quando eu mostrei novamente pro Zé que ele me contou que havia composto aquelas primeiras ideias bem na semana em que meu pai faleceu, com o coração carregado e triste. Liguei pra ele no dia em que a gente constatou esse diálogo sutil, a gente se emocionou muito.

E tem mais histórias sobre ela. Eu e meus irmãos tínhamos um apelido carinhoso pro meu pai, que era “melzinho”, uma corruptela de “meuzinho” (modo brincalhão como ele chamava a gente quando nos mudamos pra São Paulo), e aí o grupo de zap da família era o “melzinhos” e a gente chegou a tatuar uma abelhinha, todos nós da família, minha mãe inclusive, isso em 2019.

E aí na semana da passagem dele aconteceu uma coisa muito curiosa: todos da família tivemos uma experiência com uma abelhinha, fosse encontrar uma abelhinha morta na lavanderia, uma abelha que entrou pela janela, uma abelha que pousou no café na padaria do lado de casa… Tudo isso pra contar que no dia em que fui encontrar o Hugo no estúdio pra fazer alguns ajustes de edição, uma abelhinha entrou ali na sala bem quando começamos a ouvir “Um Jeito De Te Ver”. A gente tentou tirar ela, mas ela foi pra cima da placa de absorção de som no teto. Deixamos ela lá, voltamos a trabalhar no som e um pouco antes da gente terminar de mexer nessa música, a abelhinha voou pra fora da sala do estúdio.

Enfim, acho que é uma canção muito carregada de energia, de frases que meu pai dizia, como a da da primeira estrofe “deus lhe abençoe”. Toda noite eu e meus irmãos pedíamos a benção assim, “bença pai” e ele respondia “deus lhe abençoe”. São formas de trazê-lo pra dentro da canção, assim como o audio com a voz dele. Aquele foi o último audio que eu recebi dele. Foi a última vez que eu ouvi a voz dele, de fato.”

A vinheta “As Pessoas Querem Uma Música Empolgante” ressoa como uma crítica ao mercado fonográfico como um todo. Como observam os mecanismos disso e a frustração que gera no artista em tempos onde tudo tem que “viralizar” para ter eventualmente milhões de streams?

Victor: “É lindo como o recorte funciona aqui, muito bom considerar essa leitura. A fala também é do meu pai, numa ocasião em que ele queria que eu compusesse uma canção para que ele cantasse com o quarteto de vozes da época da juventude dele. E olha como ele queria que fosse essa canção, se não se parece com o que o mercado fonográfico quer?

É engraçado demais. É isso, olhando por esse prisma, cada geração tem seu desafio e fazer música popular é uma batalha diferente a cada geração. A gente vive a briga pela viralização no tiktok, pelas playlists editoriais das plataformas… É a cara desses anos. Daqui a 5 anos vai ser tudo diferente de novo.”

Como enxergam essa “cobrança” do artista ter que fazer um som específico, ou melhor dizendo, a pressão de ter que explorar a “fórmula” de um som que tenha a capacidade de tirar os pés do chão em festivais para quem sabe “dar certo” neste circuito?

Victor: “Acho que ninguém sabe dar certo. Quem dá certo faz de conta que sabe, que sempre soube. Agora, tem outra coisa, que é compreender a peça artística também como uma peça dialógica, uma criação que quer comunicar uma ideia, um sentimento.

A “fórmula”, que tô entendendo aqui como traços “pop” de composição, poucos acordes, harmonia funcional, uma letra de temática apelativa com frases curtas e simples, uso de repetição, um ritmo pra frente, beats mais eletrônicos com os kicks profundos, refrãozão com melodia pegajosa… tudo isso pode te ajudar a estabelecer esses diálogos, tudo isso vira característica de uma obra convidativa, amigável, familiar.

O caminho oposto da fórmula vai erguer muros um pouco mais altos ao redor da canção, pode colocar espinhos no caminho, vai dificultando o acesso, e aí nem todo mundo “paga pra ver”, nem todo mundo quer desbravar, nem todo mundo confia que vai ser justa a recompensa por esse trabalho exploratório.

Então acho que pode ser uma escolha do artista, no fim das contas. A forma da canção tem que estar em sintonia com o que ele quer expressar. Se o sentimento que ele quer transmitir pede uma assinatura de tempo incomum, modulações de escala, textos mais complexos nas letras, é isso que tem que rolar. O artista tem que servir a canção que quer surgir. E aí a partir disso, cada artista vai ter um entendimento diferente do que é “dar certo”, se as expectativas dele forem realistas, condizentes com a obra.

Nesse disco a gente abaixa os muros. Já ouvimos muitas vezes em relação às canções dos discos anteriores que a Bratislava é como uma cebola, que você tem que ir descascando as camadas externas pra chegar ali no coraçãozinho mais suculento dela. Em Parte Do Que Vem a gente tá indo sem casca, sem escudo.”

“Pode Chegar” talvez seja o single mais ousado e divertido nesse sentido de experimentação, desde o groove funkeado ao rap que você apresenta pela primeira vez na história da banda. Como veio a ideia disso e como tem sido o feedback? Quais foram as referências sonoras?

Victor: “Um som que a gente ouviu bastante durante a fase de composição do disco foi Parcels, e acho que tem um cadinho de influência deles aqui na “Pode Chegar”. Pois é, talvez seja mesmo o primeiro rap, né?

No Fogo (2017) a gente encontra palavra falada na faixa homônima e na “Dança de Doido”, também já experimentei o formato em outros projetos como o Godasadog ou na participação que fiz para a Supercolisor na faixa “Incêndios“. Mas, de fato, numa estrutura um pouco mais regrada e rimada talvez seja a primeira.

E sim, ela tem pequenos outros temperos que podem ser lidos como experimentos, como o som da balalaica que surge no 2º verso, preparando para o refrão. Mas é, a gente enxerga mesmo ela como esse ponto mais festivo e solar do disco. Traz esse lado mais divertido, leve e convidativo que a gente quer mostrar.”

“Velhos Rituais” para mim me tocou bastante depois de assistir o videoclipe justamente por mostrar estúdios e casas de shows que deixaram de existir na paisagem de São Paulo. Como foi para vocês escolher os locais e quais memórias deles jamais vão esquecer? (Para citar algumas histórias sei lá da Casa do Mancha e afins, pode ser de shows, encontros, amizades que surgiram, etc)

Victor: “Cara, eu gostava demais da Casa do Mancha. Pra mim era o epicentro da música independente de São Paulo, era a casa mais importante. Tocar lá era gostoso, ir pra ver banda era gostoso, ir só pra encontrar amigos e curtir a noite era massa também.

O som no palco era bom, o som na plateia era bom, e tinha essa coisa mágica de estar pertinho ali do palco (ou do público, quando o show era nosso), ou então vendo o show pela janelinha lateral. Que lugar especial. E sinto algo parecido por cada uma das outras venues que aparecem no clipe.

O Almanaque Urbano talvez seja o que teve a vida mais curta ali entre todos? Só tocamos uma vez lá, mas ficou marcado. Zé Presidente viu a Bratislava nascer, acho que dos nossos dez primeiros shows, uns cinco foram lá. Enfim, cada lugar desses faz parte da história não só da Bratislava, mas da cidade de São Paulo, da música brasileira. Não é só saudade que elas deixam. Deixam um buraco cultural, um vão. E ficamos na torcida pra que novos espaços surjam agora no pós-pandemia.”



Contem mais sobre o conceito que buscaram trazer tanto nas artes dos singles como na capa do disco.

Victor: “O desenvolvimento gráfico desse trabalho foi orquestrado de forma brilhante pelo Ralph Mayer, do estúdio de design Polar ltda. A gente considera ele como um 5º membro mesmo, porque começamos a falar sobre a parte gráfica junto com os primeiros rascunhos das canções, lá em 2019.

O Ralph propunha dinâmicas diversas com a banda, desde um jogo de cartas que ia mostrando características que queríamos explorar visualmente no disco até questionários virtuais que só podíamos responder com imagens tiradas do google, pinterest ou do insta. Mandávamos os rascunhos das canções pra ele e ele voltava com propostas visuais, esquemas, estudos de cor e tipografia, símbolos… E tudo isso de alguma forma afetava o processo criativo das canções, ajudava a banda a se sintonizar ao redor do mesmo objetivo.

Através de perguntas abstratas, como “qual é a cor desse álbum, quando vocês imaginam ele?”, a gente discutia e chegava em um consenso “a gente vê como um álbum colorido, passando por azul, rosa, amarelo, muitas cores”. Isso é alinhamento criativo, isso se reflete nas escolhas estéticas dos sons, sabe? Foi um processo muito bonito e contínuo, um exercício de sinestesia e verbalização de conceitos abstratos.”



Bratislava Parte Do Que Vem


This post was published on 1 de julho de 2022 10:18 am

Rafael Chioccarello

Editor-Chefe e Fundador do Hits Perdidos.

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