Audições da Lôca #6: ZANZAR, Carbônica, C.E.L.T. e Nico Antônio e os Filhos do Mar
Diante de um retrato de pessoas isoladas e outras parcialmente isoladas, reflito sempre no sintomático número de lançamentos de projetos solos autorais…e em contraposição bandas que apresentam álbuns e canções atravessadas pelo bom e velho rock n roll. E é disso que se fala essa sexta edição do #AudiçõesdaLôca.
Aqui nessa junção de sons tive a sorte de ser presentada por tanta gente boa do Brasil, tanta gente que resiste e se mantém junto pra fazer música boa.
ZANZAR, Carbônica, C.E.L.T. e Nico Antonio e os Filhos do Mar tem tanto em comum e tanto pra realizar e investigar que só resta torcer pra essa pandemia manter esses músicos unidos, criando mesmo com a distância e impossibilidades de shows.
O novo rock brasileiro continua na ativa.
A ZANZAR é uma banda de Rock/MPB, que diversifica narrativas da música independente feita no sul do Brasil, criando sua identidade na mistura com samba, sintetizadores e ritmos da América Latina.
Em 6 faixas a banda apresenta dois novos singles e 4 músicas captadas de shows ao vivo, compondo uma obra orgânica e extremamente verdadeira.
Bebendo do rock, psicodelia, letras inteligentes e politizadas e muito groove a banda do Rio Grande do Sul estaria se apresentando em muitas casas de shows do país se não fosse a pandemia, fiquei imaginando esse show e aguardo o pós apocalipse para conferir.
Com faixas com títulos como “Pressa”, “Cidade parada”, “Quanto Vale”, a banda apresenta um ambiente urbano, inquieto, existencialista, dramático e melancólico refletindo o universo confinado dos dois músicos do duo.
A partir de uma sonoridade potente, o projeto formado por Vini Carbônica e Will Carbônica, ambos de Guarulhos (SP), apresenta um rock brasileiro que não abriu mão de traços clássicos do gênero, mas que agora revelam-se atualizados numa subversiva tradução sonora, produzida pelos dois em parceria com Leandro Sousa. O álbum traz 8 faixas, sete delas autorais e uma adaptada de um poema de Aline Fonseca.
Bandas instrumentais contemporâneas sempre agradam, inda mais como CharlieEchoLimaTango que transitam do rock progressivo, do jazz clássico ao experimentalismo de narrativas sonoras que são sempre tão surpreendentes.
Baseado no alfabeto fonético da OTAN, CharlieEchoLimaTango (ou CELT) serve como um “nome de guerra” adotado pelos músicos sorocabanos Leonardo Ortega (contrabaixo), Elvis Toledo (Bateria), Camilo Macedo (Guitarra) e Tiago Giovani (Teclados) que usam a linguagem, também universal, da música como artilharia de sobrevivência nas trincheiras do mercado instrumental.
Apresentando um universo místico, imagético, poético que lembra rock progressivo com um mix de trilha sonora teatral o EP Presas é o sexto e último capítulo do álbum de 15 faixas, “O Paquiderme”, disco de estreia do grupo Nico Antonio e os Filhos do Mar (SP).
Na construção de uma ópera canção narrativa, a série de lançamentos contou com seis EPs e um álbum visual. São 15 faixas que se nutrem das nuances lúdicas e literárias junto a ritmos diversos da música popular brasileira para contar sobre a jornada de uma mulher. Agora, no fim dessa estrada.
A banda é composta pelos artistas Nico Antonio, Rafael Lauro, Adriana Vasconcellos, Juliana Gushi, Luiza Hokema, Gabriel Garrett, Heitor Marin com narrações de Leni Rocha.
Lançado pelo selo La Luna o álbum e EP teve direção artística e produção executiva de Nico Antonio, produção Musical de Rafael Lauro e contou com profissionais já conhecidos do mercado paulistano como o engenheiro de som Heitor Marin, mixagem de Gabriel Spazziani, masterização de Maurício Gargel e captação do Estúdio Casa da Lua.
This post was published on 21 de julho de 2021 12:19 am
Da última vez que pude assistir Lila Ramani (guitarra e vocal), Bri Aronow (sintetizadores, teclados…
The Vaccines é daquelas bandas que dispensa qualquer tipo de apresentação. Mas também daquelas que…
Demorou, é bem verdade mas finalmente o Joyce Manor vem ao Brasil pela primeira vez.…
Programado para o fim de semana dos dia 9 e 10 de novembro, o Balaclava…
Supervão evoca a geração nostalgia para uma pistinha indie 30+ Às vezes a gente esquece…
A artista carioca repaginou "John Riley", canção de amor do século XVII Após lançar seu…
This website uses cookies.
View Comments
Nesse período de isolamento, para nós artistas mergulhar nas criações tem tido um peso enorme.
Ao menos no meu caso é assim, várias preocupações com o caos nosso de cada dia, rede social
e nosso trabalho que é criar.
Ver nosso trabalho fluindo em locais que acreditamos é muito massa
Valeu mesmo!