Haroldo Bontempo clama pelo fim do capitalismo no clipe para “Vaporwave”

 Haroldo Bontempo clama pelo fim do capitalismo no clipe para “Vaporwave”

Frame do Videoclipe

O músico mineiro Haroldo Bontempo (leia mais) faz parte também do Mineiros da Lua (conheça) e lançou seu álbum de estreia, Músicas Para Travessia, e passeando pela MPB dos conterrâneos do Clube da Esquina e também com referências de nomes como Gil e Caetano.

“Eu gravei o disco sem muitas ambições, eu sempre pensava nisso mas deixava de lado. Foi motivação de amigos mesmo que me motivou, especialmente do Artur da Sentinela Discos, acho até que já até te contei essa história. Logo que lancei foi a maior surpresa, você ter me dado espaço, a Joyce do cansei (do mainstream) também e alguns outros portais comentaram e várias pessoas aleatórias (ou amigos de amigos) vieram comentar comigo, o que enche a gente de emoção, né?

Desde que eu terminei de gravar eu já tinha outras composições prontas, e no meio do ano eu e o Arthur Melo resolvemos que vamos gravar elas juntos, ele vai produzir e gravar tudo. Quando eu resolvi gravar o MPT eu pensei em fazer bem low profile, só voz e violão, aos poucos fui aceitando arranjos maiores e agora eu to gostando muito da idéia.”, conta Haroldo Bontempo sobre a estreia e sua repercussão

Haroldo Bontempo “Vaporwave”

Haroldo Bontempo lança hoje em Premiere no Hits Perdidos o videoclipe para “Vaporwave”, o músico relatou para nós um pouco mais sobre a faixa e a produção do curta-metragem gravado em São Paulo. O vídeo que em sua narrativa mostra diversas pessoas em suas casas: prega a união e o sonho de um mundo mais justo para todos.

“A concepção desse clipe foi parecida com a do clipe de “Virgem” (Assista). O Bruno Alves da MUTO entrou em contato com o Arthur Melo que queria produzir com a gente, aí eu chamei ele e falei que gostaria de um clipe deles para alguma das músicas, eles escolheram (a escolha me surpreendeu muito até) e fizeram toda a ideia, até a dedicatória no final.

Na letra da música eu faço referência ao ”vaporwave” que é um estética crítica ao capitalismo, no meu entendimento é um ironia de apropriar do excesso de tecnologia para fazer coisas bregas mesmo (por isso o vaporwave tem toda essa pegada visual dos anos 80, e música lo fi).

O lo-fi pra mim no caso foi só voz e violão (mais lo fi que isso? (risos) e a ideia do coral me veio na ideia de que isso não é um grito só meu. Essa mesma ideia os caras da Muto tiveram e pensaram em fazer algo simples e objetivo, pessoas comuns cantando que o capitalismo vai acabar, que o mundo vai melhorar, num arranjo brasileiro, simples e forte.

É isso que eu quero escutar, imagino que tem muita gente ainda pensando o mesmo, mesmo sem entender, mesmo as pessoas que vivem falando do comunismo sem saber o que é, tá todo mundo ansiando por esperança.”


O Segundo disco está a caminho!

“Nesse próximo pretendo valorizar mais arranjos, com mais cordas e sopros, tem mais uma parceria com o Lucca Noacco e muitas ideias. O conceito continua parecido, as músicas falam das coisas da vida mesmo, na verdade mais ainda até.

No músicas para travessia ainda tem algumas faixas que falam ”de mim”, até então neste próximo não tem nenhuma. Ah, e as músicas tão mais longas também :)”, adianta o músico mineiro

Ouça Músicas Para Travessia


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