Celeste - Foto Por: Fábio Alt
Pop, Música e cultura tem sido uma boa forma de alento, da fuga dos problemas e do que temos enfrentado em meio a pandemia. Tentar focar no que realmente importa, relembrar momentos bons, encontrar sua própria liberdade e sentimentos faz parte do pacote. Produzir e criar conteúdo tem sido a válvula de escape de vários artistas e para porto-alegrense Celeste não é diferente.
Hoje (28/09) a banda lança seu primeiro videoclipe de “Manto”. O grupo anteriormente já havia lançado os lyric vídeos das canções “Luz” e “Abraço” . “Manto” é o terceiro single e trata da ideia de encontrar em si nesses momentos de solidão e recarregar as energias para enfrentar esse novo desafio.
A banda de Porto Alegre existe a pouco mais de um ano. Formada pelos amigos Dyego Gheller (voz e baixo), Lucas Hanke (guitarra), Christiano (guitarra e sintetizadores) e Lucas Giorgetta (bateria e beats eletrônicos), todos os músicos também já fizeram ou fazem parte de bandas como Cartolas, Júpiter Maçã e Identidade, e há tempos queriam se juntar para trabalhar em algo novo e explorar horizontes diferentes.
O processo de criação da banda é muito rápido. Os integrantes combinaram que se a música agradasse de primeira, seja no ensaio ou por áudios no Whatsapp, finalizariam o quanto antes. Apesar de gostarem de processos mais trabalhosos a Celeste mostrou outro método de trabalho, onde a verdadeira essência da música é gravada.
A Celeste tem influencias diversas do Brasil 70, ao pop dos anos 80 e psicodelia moderna. “Se fossemos nomear alguns artistas, ficaria assim: De Novos Baianos a Tame Impala, de Caetano a Boy Pablo, de Nação Zumbi a MGMT”, revela Gheller.
“Manto” é o terceiro single da banda e o primeiro que ganha um videoclipe. A canção é sobre sentir a vida, reconhecer sinais e encontrar a liberdade. É a ideia de vestir o que a vida pode trazer de melhor se comunicando com os seres através da natureza. Absorver, transbordar e transcender.
“Ela fala, acima de tudo, sobre natureza e espiritualidade. Combustíveis e força procurados pela maioria das pessoas”, conta Dyego Gheller, vocalista e baixista da Celeste.
O clipe foi gravado com os integrantes todos em suas respectivas casas e utilizando o celular, com exceção de Dyego Gheller que teve suas imagens captadas numa pedreira abandonada em Santo Amaro (RS). A ideia era sair da lógica de clipes que ficaram repetidos na quarentena com os artistas utilizando suas casas como cenário. Uma das influências deste clipe, que mistura imagens com animações, é “The Zephyr Song” do Red Hot Chilli Peppers e “Summum Bonum” do grupo jazzy taiwanês Sunset Rollercoaster.
“Apostamos em técnicas para amenizar esse efeito [quarentena], pois, no final, tivemos que gravar separados mesmo assim. O reflexo é o ator principal do clipe e foi através dele que procuramos nos mostrar, sendo via espelhos, pela própria água ou utilizando de sobreposições e ângulos, guiados pela Vitória Proença (criadora de todo projeto gráfico e fotografia do clipe)”
“Manto”, o clipe, foi dirigido por Akeem Music e Vinícius Angeli. Tem roteiro de Akeem Music, edição de Vinícius Angeli e projeto gráfico e fotografia de Vitória Proença. Já “Manto”, o single, tem produção de Lucas Giorgetta, foi gravado, mixado e masterizado no estúdio Marquise 51 por Beto Silva.
Aproveitando o lançamento do videoclipe de “Manto” tivemos uma breve conversa, por e-mail, com o baixista e vocalista Dyego Gheller onde ele fala um pouco sobre a Celeste, o videoclipe, isolamento e próximos passos da banda.
Dyego:“Sempre tivemos vontade de tocar outros instrumentos ou variar um pouco mais a função de cada músico, nos trabalhos que já vínhamos desenvolvendo com as outras bandas. Por já sermos amigos há muito tempo, acabamos conversando e todos tinham essa mesma vontade. Com isso, surge a Celeste.
O processo de criação com nossos outros projetos sempre foi um pouco mais trabalhoso e detalhista, mas apesar de gostarmos desses processos, a Celeste nos mostrou outro método de trabalho, onde a verdadeira essência da música é gravada.
Dyego: “O nosso manto durante esse ano foi justamente conhecermos formas diferentes da nossa arte. Aprendemos e gravamos outros instrumentos, nos colocamos em posições diferentes no processo de criação, no show e até na produção.
Falando sobre nossas vidas, posso dizer que cada um sabe com qual manto se cobrir para se fortalecer e não desistir dos objetivos e sonhos que temos em comum. A nossa ideia foi de que, através da mensagem da música, as pessoas tomem uma sacudida e lembrem de onde buscar seus escudos e suas forças.”
Dyego: “Sempre gostamos muito do trabalho musical do Akeem Music – que é um grande amigo da banda – além dos clipes e todo trabalho visual que ele cria nas redes. Sabíamos que o Akeem poderia nos ajudar a extrair mais coisas da música, através do clipe, devido a sensibilidade que tem. Ele adorou a ideia e esteve junto no processo, iniciando o roteiro e conversando com o Vini e a Vitória Proença (Projeto Gráfico), durante toda a execução.”
Dyego: “Apesar da grande saudade dos palcos e da estrada, as lives realmente tem sido um refúgio e acredito que isso também aproximou mais os artistas e fãs. Consumimos muita música nas plataformas de streaming, praticamente tudo que ouvimos vem delas.
O novo disco da Carne Doce, chamado Interior, está lindíssimo (destaque pra música “Hater”) e também estamos acompanhando os recentes lançamentos acústicos da Dingo Bells, além das inéditas.
Tem os trabalhos solos da galera do Francisco, El Hombre: Sebastianismos (do Sebastián), Baby Amorzinho (do Mateo e Lue). Além das lives semanais do Jaloo falando sobre produção musical e também um projeto muito legal da Mahmundi onde ela faz uma rádio.”
Dyego: “Nossa ideia é seguir lançando singles e clipes até a metade do ano que vem para então compilarmos num álbum, somando com mais inéditas. Gostamos da velocidade que os singles dão e por isso seguiremos com esse plano por mais algum tempo.”
This post was published on 28 de setembro de 2020 6:31 pm
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Se o objetivo era fazer o público esquecer um pouco dessa pandemia, então foi alcançado. Parabéns pela magia e paz que a música nos passa.