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Marcus Alves dá a volta na Montanha Russa da vida em “Queda Pra Cima”

Groove, Rap Chill, Funk, Samba, Jazz e Soul, tudo junto e misturado. É essa a proposta sonora do rapper sorocabano Marcus Alves que lança hoje em Premiere no Hits Perdidos seu novo videoclipe. A faixa em questão é “Queda Para Cima”, canção que discorre sobre o equilíbrio da vida, os altos e baixos e o senso de sobrevivência.

A inspiração vem sobre as situações e experiências vivenciadas ao longo da vida. De origem humilde, sua vida nunca foi fácil e isso deixou marcas nos mais diversos campos da vida. Mas você saberá mais em entrevista exclusiva para o Hits. O lançamento do clipe adianta o álbum Queda Para Cima que será disponibilizado nas plataformas de Streaming em Abril.

O álbum de estreia contará com 10 faixas e trará a tona temas que vão desde depressão, amor e o fato de estarmos vivendo em um mundo cada vez mais veloz. O registro ainda terá uma série de participações especias de Ananda Jacques, Kodux, Bruno Cons, Renan Brenga e o londrino Theon Marcel.


Marcus Alves lançará seu álbum de estreia em abril. – Foto Por: Kayan Viana

Marcus Alves “Queda Pra Cima”

O equilíbrio está no DNA de “Queda Pra Cima” que traz na fusão de estilos o sentimento de reconforto. O som foi produzido por Matheus Zanetti, que assume a mixagem e master, João Marcos na guitarra, Augusto Martins nos teclados e claro, Marcus na voz.

A estética é um dos pontos altos da produção audiovisual dirigida por Arthur Matheus e colorizado por Celso Cayuella. Os tons quentes, amarelados e avermelhados, dão a sensação de sangue pulsando na veia.

“..o clipe nasce de uma caminhada minha pelo centro de Sorocaba, quando vejo um rapaz fazendo malabares num sol forte, e ele estava ali, no seu melhor desempenho para que o show fosse bom com suas bolinhas. Pensei comigo, preciso traduzir para uma música, pois isso é minha vida, o entortar e equilibrar das coisas.”, relembra o rapper



Entrevista

Conversamos com Marcus Alves para entender mais sobre o background, referências e saber mais sobre seu álbum de estreia que está para sair do forno. O lançamento acontecerá na segunda semana do mês de abril.

O equilíbrio da vida, os altos e baixos e o senso de sobrevivência acabam transparecendo na faixa. Como é para você rimar sobre temas tão delicados do cotidiano e o que te inspirou? Já o clipe partiu de qual ponto?

Marcus: “Venho de uma família muito humilde, onde eu e minha mãe passamos por certas dificuldades, ela logo que ficou solteira teve que trabalhar como empregada doméstica, a vida foi brava comigo e com ela, não me deixou ter certas coisas, desde a infância eu já vi que tudo era delicado, era sobreviver ou sobreviver.

Ficando mais velho vi que o caminho é torto e difícil mesmo, por mais que você esteja fazendo o mais certo possível, seja no relacionamento, família ou “trampo”. Pessoas que amamos vão embora sem se despedir e, outras pessoas chegam, parece que sempre precisamos estar empolgados, “não importa se você está mal”. Mesmo sendo clichê é preciso achar o meio termo nessa grande montanha russa da vida e tento trazer isso na composição deste single a qual reflete muito do álbum também.

Já o clipe nasce de uma caminhada minha pelo centro de Sorocaba, quando vejo um rapaz fazendo malabares num sol forte, e ele estava ali, no seu melhor desempenho para que o show fosse bom com suas bolinhas. Pensei comigo, preciso traduzir para uma música, pois isso é minha vida, o entortar e equilibrar das coisas. (e consequentemente a ideia do clipe veio junto).”

Você também é baixista, como vê que a noção das linhas rítmicas contribui para seu trabalho? Você ainda faz a fusão de diversos estilos, como realiza sua pesquisa musical e quão orgânico é o processo?

Marcus: “O contra-baixo elétrico foi meu primeiro instrumento, onde mergulhei de cabeça. Pra mim é como se fosse um meio campo de um time de futebol, que arma todo o time, o baixo faz a ligação de todo o corpo da música.

Tento colocar muito balanço e groove nas linhas, para que ele faça a música dançar. Tenho escutado muito jazz, samba e rock. É bem variada a pesquisa. Mas eu gosto muito de achar coisas novas “nas playlists” da vida, ou recomendação de amigos. Normalmente o trabalho é arranjado numa base simples de violão, gravo voz e baixo. João Marcos (Ventilas) grava as guitarras e o Augusto Martins grava os teclados, somente a bateria é eletrônica.”

Quais outros temas irá discorrer em seu álbum de estreia? Como definiria suas escolhas estéticas para o projeto?

Marcus: “Solidão, amor líquido (uma parada que sempre me incomodou) e desapego. Mas tudo isso numa ideia de como saber lidar com isso. A estética do “trampo” é tentar simplificar, mas ser ao mesmo tempo algo valioso que some na caminhada de quem for escutar.
O trabalho deste 1° álbum é todo simbólico. Os três homens da capa representam mente, corpo e o espírito olhando para os novos caminhos. E essa é a proposta estar sempre atento ao novo e evoluir junto. Estou muito apegado ao aspecto de cores como, amarelo, laranja e roxo. Tudo se mistura no álbum como se fosse uma paleta de cores e letras. E provavelmente os próximos clipes serão nessa estética de cores.”

Quais são suas maiores inspirações na hora de escrever e quais artistas se espelha?

Marcus: “Tenho lido muito Milton Santos, Monja Coen e Djamila Ribeiro. E no processo de construção do álbum (queda pra cima) escutei muito o Inglês (Rapper), Sabotage e Mano Brown no Rap. E Simonal, Jorge Ben e Alcione no samba e, no jazz Badbadnotgood. Zanetti (produtor do álbum) trouxe as batidas bem brasileiras desde do funk carioca até o axé brasileiro, com muita percussão.”

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Ouça também o EP “Cores e Corres” no Spotify


This post was published on 9 de março de 2020 10:23 am

Rafael Chioccarello

Editor-Chefe e Fundador do Hits Perdidos.

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