“Voar de Novo” é o primeiro single/clipe que a banda Breu lança em sua nova jornada. Antes o grupo brasiliense chamava-se MDNGHT MDNGHT e apresentava suas músicas compostas em inglês.
É um grande passo no processo de mudança e amadurecimento, e aproveitando essa “metamorfose” nós conversamos um pouco com a banda sobre o processo criativo do clipe, a mudança de nome, influencias e o álbum Ideia Errada que tem previsão de lançamento para este mês.
Muitas vezes o esboço de um clipe nem sempre pode ser concluído como foi pensado de início, e com a Breu não foi diferente. O processo veio de uma ideia que não deu certo, sendo discutida por meses até perceberem que seria inviável por conta do orçamento. A banda formou uma força tarefa para discutir uma nova ideia onde conseguissem realizar a filmagem em um dia.
“A banda toda se uniu e conseguimos encontrar a tempo os atores e locações. Eu que estava responsável pela parte técnica e pela direção de tudo, consegui juntar forças e preencher o resto da equipe com parcerias preciosas, tanto na direção de arte, como na fotografia.”, conta Anderson Freitas que é o diretor do clipe e também baterista da banda.
A ideia veio de discussões sobre a estética com o novo posicionamento, o novo nome e como seria trabalhada a imagem da banda dali em diante.
O clipe mostra nuances de um relacionamento abusivo, com um final retratando o processo de libertação buscando a conexão com a letra da música de forma metafórica em certos pontos e literal em outros, dentro do imaginário que a canção traz como reflexão.
“A música é parte de um contexto geral do álbum, que irá se chamar Ideia Errada.
Pode-se perceber que há um conflito marcante na trajetória pessoal do eu-lírico, que é o recheio da temática geral: evolução pessoal.
Trabalho, relacionamentos, mudanças de mentalidade e aceitação. Questões e conflitos que passamos e buscamos apresentar de maneira honesta, respeitando nosso lugar de fala.”, descreve Henrique Rodrigues “Biu” sobre o que a música representa nesse novo contexto para a banda.
Conhecida por sua sonoridade vasta e diversificada, a banda tinha um estigma de anos 80 “colorida”. Agora com novo nome, compondo músicas em português, a Breu vai se aproximar mais uns dos outros e buscar uma identidade própria.
Djavan, Milton Nascimento, Francisco, El Hombre e a música brasileira foram grandes inspirações para o novo álbum “Ideia Errada”. Além disso o rock progressivo, o jazz e o psychopop também farão parte.
Antes a Breu se chamava MDNGHT MDNGHT, têm dois EPs Adventure e Colora, porém de acordo com a própria banda o nome se provou sendo ineficiente por conta da logística.
O nome diferente e querido pelos fãs era difícil de encontrar para quem não os conhecia. Havia o fato de a banda cantar em inglês, e com a brasilidade do novo álbum passou a não ter muito sentido continuar como MDNGHT MDNGHT. É um nome simples, curto, genuinamente brasileiro, inclusive muito mais fácil de encontrar.
“Acho que a MDNGHT MDNGHT foi uma escola para a Breu. Tivemos cinco anos para rodar e aprender bastante o que fazer e o que não fazer para aplicar agora como Breu, como de fato uma banda nova.
Mas para chegar neste sonhado ponto, a metamorfose foi também suada e cansativa. Realmente nos tornamos algo novo.”, identifica o vocalista Henrique Cintra “Bepo” relacionando o começo um tanto complicado ao identificar essa mudança na banda.
O processo em meio a mudança envolveu uma certa ambição, o que vai apontar os próximos passos da banda daqui pra frente. Não há uma expectativa especifica para o disco, mas foi pensado em cada timbre, cada detalhe.
De acordo com “Malms” (baixista) o álbum foi composto sobre quatro pilares: Gostoso, Útil, Desafiador e Atemporal.
A banda buscou manter a base pop, mas ao mesmo tempo ousando e “saindo” da caixinha. Toda a mudança em torno da banda fez com que alguns que já a conheciam ficassem um pouco confusos, mas muitos se mostraram positivamente surpresos.
A Breu já tocou algumas músicas novas em shows, mas realmente só saberá como vai funcionar para o ouvinte quando o álbum for lançado.
“Gravamos o disco que gostaríamos de gravar. E que gostaríamos de ouvir, achamos que será uma boa novidade. E, verdade seja dita, esperamos tocar muito pelo Brasil com este disco e em grandes festivais.”, finaliza Bepo.
A Breu é composta por Henrique Cintra “Bepo” (vocalista e Guitarrista), Henrique Rodrigues “Biu” (guitarrista), Maurício Barcelos “Malms” (baixista) e Anderson Freitas “Thundergetson” (baterista).
This post was published on 10 de junho de 2019 10:10 am
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Acho massa bandas que deixam certas estéticas pra trás e abraçam momentos/sentimentos/sentidos atuais. É sempre um grande desafio abrir mão de algo já construído e acho que a mudança só fez bem ao som deles... tá soando realmente com ares renovados.
Ótima matéria ♥